A ÁGUA
INTRODUÇÃO
O
presente trabalho insere-se na pesquisa qualitativa sobre a água. No entanto
consta plano das actividades pedagógicas da disciplina de Saúde colectiva, no
curso de Enfermagem da 11ª classe. Sendo é importante dizer que O corpo humano
não trabalha nem sobrevive sem água, pois esta é importantíssima para que os
seus mecanismos funcionem.
Na
verdade, todas as células e funções dos órgãos que compõem toda a nossa
anatomia e fisiologia dependem da água para o seu funcionamento. A água é um
dos elementos mais essenciais à saúde e é tão importante que o nosso organismo
possui um sistema específico para gestão da quantidade de água, a fim de evitar
a desidratação e assegurar a sobrevivência. Daí a sensação de sede que sentimos
que nos leva a beber água.
REFERENCIAL TEÓRICO
A ÁGUA
Conceito
Do latim “aqua”, a água é uma
substância cujas moléculas são compostas por um átomo de oxigénio e dois átomos
de hidrogénio. Trata-se de um líquido inodoro (sem odor), insípido (sem sabor)
e incolor (sem cor) embora também se possa encontrar no seu estado sólido
(quando está em gelo) ou no seu estado gasoso (vapor).
A água é o componente
que aparece em maior abundância na superfície terrestre (cobre cerca de 71% da
crosta terrestre). Forma os oceanos, os rios e as chuvas, para além de ser
parte integrante de todos os organismos vivos. A circulação da água nos
ecossistemas produz-se através de um ciclo que consiste na evaporação ou na
transpiração (ressoar), na precipitação ou no deslocamento para o mar.
OS ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Na
natureza, podemos encontrar a água em três estados físicos. O estado
líquido é o mais comum, pois está mais presente em nosso dia a dia. É a água
que bebemos, tomamos banho, lavamos roupa e louças e etc. Podemos encontrar, na
natureza, a água neste estado nos mares, rios, lagos, riachos e etc.
No
estado sólido, a água se apresenta na forma de gelo. Neste estado físico, ela é
mais comum em regiões frias do continente com na Antártida e no Polo Norte. A
água também pode passar do estado físico líquido para o sólido de forma
artificial, ou seja, quando colocamos água no congelador de nossas geladeiras.
O
estado gasoso, embora menos visível, também está muito presente em nossas
vidas. A água é encontrada no estado gasoso após passar pelo processo de
evaporação. Num dia de muito calor, por exemplo, a água dos rios, mares e até
da roupa que estendemos no varal é transformada em vapor de água. Quando
fervemos a água em casa, ela também muda do estado líquido para o gasoso,
através do processo de ebulição.
FUNÇÕES ORGÂNICAS DA ÁGUA
No organismo, a água é solvente para várias
substâncias, principalmente para os sais minerais. Por isso, é mais apropriado
falar-se em equilíbrio hidroeletrolítico que simplesmente em
equilíbrio hídrico, já que as alterações nas porcentagens da água são
correlativas às alterações das concentrações minerais. A circulação,
a digestão, a absorção e a excreção de várias substâncias são reguladas
pela água. Em constante movimento de absorção e eliminação, ela hidrata,
lubrifica estruturas orgânicas, regula a temperatura corporal, faz o transporte
de nutrientes, elimina toxinas e repõe energias. Como a água é
essencial à vida, quase todas as enfermidades se beneficiam de uma boa
hidratação e sofrem os efeitos malévolos de uma hidratação deficiente.
As funções terapêuticas da água
Descontadas as crenças místicas sem bases científicas
no poder da “cura pelas águas”, a água é um grande remédio. Antes do advento da
síntese em grande escala das medicações, era comum o médico aconselhar a certos
pacientes que passassem uma temporada numa “estação de águas”, como recurso
terapêutico para muitas enfermidades. Na verdade, as fontes de água desses
locais continham em solução sais minerais que actuavam favoravelmente em
determinadas situações mórbidas.
Ainda hoje em dia as soluções de sais minerais em
água, os soros fisiológicos, são as medicações mais prescritas nos hospitais.
Além disso, os balneários com seus banhos colectivos são uma prática que vem
desde os romanos e que, de certa forma, está substituída ainda hoje pelas
piscinas, banheiras e ofurôs. De fato, o banho tem várias aplicações
terapêuticas e além de criar um estado de ânimo agradável ajuda a regular a
temperatura corporal e tem um efeito relaxante muscular.
Nos cálculos renais a água ajuda a diurese e
facilita a eliminação deles; nas afecções inflamatórias broncopulmonares a
água fluidifica o catarro e ajuda a expectoração; em muitas intoxicações a
água acelera o processo de eliminação do tóxico. A imersão na água, usada
na hidroterapia e na hidroginástica diminui o peso dos segmentos
corporais e os atritos articulares dos exercícios, além de melhorar o
equilíbrio. Tem-se ainda de considerar o fascínio exercido pela natação,
sobretudo nas crianças. Subsidiariamente, a água contribui com a higiene
corporal, tão importante para a manutenção da saúde.
Absorção e eliminação da água
O balanço hidroelectrolítico depende da
captação e excreção de água e sais minerais. Toda água contida no organismo vem
de fora e tem de ser ingerida ou administrada por via venosa. A água ingerida é
fácil e quase totalmente absorvida e comendo qualquer alimento, principalmente
frutas, chás, sucos, refrigerantes e sopas, o indivíduo está também ingerindo
água, contida neles em grandes quantidades. Os principais eliminadores de água
são os rins, através da urina, a pele através do suor e
os pulmões, através da respiração.
A saliva e as lágrimas também actuam nesse processo.
As crianças, sobretudo as recém-nascidas, são mais sensíveis
à desidratação, em virtude de terem um menor peso corporal e de terem uma
maior percentagem de água em seu organismo. Pessoas idosas também são mais
susceptíveis à desidratação porque têm menos sensibilidade à sede e
retêm menos água que os jovens.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA FALTA OU DO EXCESSO DE ÁGUA
NO ORGANISMO
Chama-se desidratação à situação em que o
organismo retém uma quantidade de água menor do que seria normal. Ela pode ser
classificada como leve, moderada ou grave. As causas mais comuns da
desidratação são a privação ou as perdas excessivas de água, como acontece se o
indivíduo urina em excesso, no diabetes não controlado; nos indivíduos que
tomam diuréticos inadequadamente; nas diarreias ou vómitos abundantes; nas
grandes queimaduras e no excesso de suor quando o indivíduo é submetido a altas
temperaturas ambientais ou a surtos febris intensos.
O excesso de água no organismo é chamado de intoxicação
pela água ou hiper-hidratação. A hiper-hidratação ocorre quando a ingestão de
água é maior que a sua eliminação, o que geralmente acontece por uma eliminação
deficiente, uma vez que a quantidade de água que um indivíduo normal bebe por
dia dificilmente excede a sua capacidade de excreção. Este excesso de água no
organismo provoca uma diluição excessiva do sódio e de outras substâncias
presentes na corrente sanguínea. Esse déficit de eliminação de água e sais
minerais em geral se deve a uma queda de filtração renal e da
fabricação da urina, como acontece nas doenças renais, cardíacas
ou hepáticas. O órgão que primeiro sofre os efeitos da hiper-hidratação é
o cérebro e se ela se instala repentinamente o paciente pode manifestar
confusão mental, convulsões e coma.
COMO TRATAR A DESIDRATAÇÃO E A
HIPER-HIDRATAÇÃO
A desidratação leve pode ser corrigida por
uma medida simples: beber mais água ou, em crianças muito pequenas, mais leite
materno. Beber água regularmente, mesmo sem sentir sede, é um hábito saudável.
Afinal, a sede só se sente quando a água já está faltando! Mas por vezes, em
casos mais graves, a água e os sais minerais têm de ser infundidos sob a forma
de soro, por via endovenosa, geralmente em unidades de saúde. Se
a desidratação for apenas moderada esse soro pode ser
fabricado e administrado oralmente, em casa.
Embora o tratamento da hiper-hidratação dependa em
parte da sua causa, em geral deve-se restringir o consumo de líquidos. Os
médicos costumam prescrever diuréticos, mas eles são mais úteis no tratamento
do excesso de volume sanguíneo circulante que na hiper-hidratação propriamente.
Na hiper-hidratação a água em excesso se acumula no interior
das células e não produz acúmulo de líquido, sendo pouco atingida
pelos diuréticos.
OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA
FALTA OU DO EXCESSO DE ÁGUA NO ORGANISMO
Uma pessoa desidratada mostrará baixa pressão
sanguínea, aumento da frequência
cardíaca, pele pegajosa, urina muito
concentrada, mucosas ressecadas, olhos afundados e
ressequidos em virtude da diminuição das lágrimas, diminuição
da sudorese e, nos bebés, a moleira afundada.
Outros sintomas podem ser dores de cabeça,
sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço, confusão mental
e choque e, por fim, perda de consciência, convulsões, coma e
morte. Mesmo uma desidratação imperceptível pode gerar problemas
de cólicas, flatulência, gases, prisão de ventre e
outros sintomas. Os sintomas da hiper-hidratação podem ser
confundidos com os sintomas da desidratação e são letargia,
confusão, agitação e convulsões.
CUIDADOS
COM A ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
A maior parte do
nosso organismo é constituído por água. Ela é vital para o bom funcionamento
dos nossos órgãos e metabolismo. No entanto, se a água que consumimos não for
de boa qualidade, ela pode transmitir diversas doenças. Por isso, o Ministério
da Saúde é o órgão responsável por definir o padrão de potabilidade da água
para consumo humano, que é aquela destinada à ingestão, preparação e produção
de alimentos e à higiene pessoal e, portanto, deve ser fornecida à população
com qualidade e quantidade suficiente, para que não ofereça riscos à saúde.
CONCLUSÃO
No
presente trabalho sobre a água, conclui-se que a nossa dependência sobre ela
vai além das necessidades biológicas: precisamos dela para limpar as nossas
casas, lavar as nossas roupas e o nosso corpo. E mais: para limpar máquinas e
equipamentos, irrigar plantações, dissolver produtos químicos, criar novas
substâncias, gerar energia. É aí que está o perigo: a actividade humana muitas
vezes comprometa a qualidade da água. Casas e indústrias podem despejar em rios
e mares substâncias que prejudicam a nossa saúde. Por isso, escolher bem a água
que bebemos e proteger rios, lagos e mares são cuidados essenciais à vida no
planeta.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABCMED,
2014. A importância da água para a saúde. Disponível em:
<http://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/517132/a+importancia+da+agua+para+a+saude.htm>.
Acesso em: 7 jun. 2017.