DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSORIAL VISUAL
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A visão é responsável por cerca de 75% de nossa percepção. Resumindo
de forma extremamente sintética o ato de ver é o resultado de três ações
distintas: operações óticas, químicas e nervosas. O órgão responsável pela
captação da informação luminosa/visual e transformá-la em impulsos a serem
decodificados pelo sistema nervoso é o olho, sendo ele um instrumento altamente
especializado e delicadamente coordenado, e cada uma de suas estruturas
desempenha um papel específico na transformação da luz, se transformando no
sentido da visão.
Toda a entrada de luz do meio externo até chegar à retina, faz parte
do sistema ótico, propriamente dito. A sensibilização da retina se faz
quimicamente, a luz convertida em impulsos elétricos, é transportada através do
nervo ótico até o córtex. No presente trabalho temos como objectivo principal
falar sobre o desenvolvimento do sistema sensorial visuale doenças causadas
pela visão.
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA SENSORIAL VISUAL
Os sistemas sensorial e perceptivo são,
certamente, restrições estruturais do indivíduo ao movimento e a outras
atividades, tal como a leitura. Essa discussão do desenvolvimento do sistema
sensorial é a base para a exploração do desenvolvimento perceptomotor e do
equilíbrio.
Sensação é a atividade neural disparada por um estímulo
que ativa um receptor sensorial e que resulta em impulsos nervoso sensoriais
que se deslocam através para o cérebro.
Percepção é um processo de múltiplos estágios que ocorre
no cérebro e que inclui seleção, processamento, organização e integração da
informação recebida dos sentidos.
O
Desenvolvimento Visual:
A visão desempenha um papel principal na maioria
das performances de habilidades. Para entendermos melhor esse papel, precisamos
examinar as mudanças em três aspectos da visão relacionadas à idade:
ü Acuidade
ü Acomodação
ü Sensibilidade de contraste
A acuidade, a acomodação e a sensibilidade de
contraste indicam o quão detalhada a informação visual se apresenta.
Visão
na Infância
Durante o primeiro mês de vida, o sistema visual
oferece à criança uma visão funcionalmente útil, mas não refinada, em um nível de
aproximadamente 5% da eventual acuidade do adulto. A resolução de detalhe do
recém-nascido permite que ele diferencie características faciais a 20 polegadas
de distância (50,8 cm); além disso, ele provavelmente não pode ver objetos
claramente. Esse nível de acuidade reflete o tamanho relativamente pequeno do
olho da criança (resultando em uma imagem de tamanho pequeno), bem como a
imaturidade da fóvea (sobretudo dos cones) e do córtex visual.
Acuidade é a nitidez da visão.
A Fóvea
é a região central da retina que é repleta de cones.
Cones são os fotorreceptores que proporcionam visão
finamente detalhada e colorida.
Os recém nascidos não controlam muito bem a acomodação, ainda assim, podem ajustar
o foco na direção adequada para objetos próximos. Eles cometem mais erros do
que os adultos, mas alcançam níveis adultos aos 3 ou 4 meses de idade e
respondem como os adultos pelo 10º mês.
Acomodação é a ação dos músculos ciliares para mudar a
curvatura das lentes dos olhos (figura 10.1) para ver objetos a distâncias
variadas.
A acuidade visual trata da resolução de detalhe
sob condições de alto contraste, enquanto a sensibilidade de contraste trata da resolução em vários níveis de
iluminação. A sensibilidade de contraste em recém-nascidos é pobre se comparada
à dos adultos, mas suficiente para detectar muitos objetos. A melhoria é rápida
nos primeiros 6 meses.
Sensibilidade
de contraste é a capacidade
para resolver visualmente estruturas espaciais, variando de refinada a bruta,
em vários níveis de contraste.
A acuidade visual, acomodação e sensibilidade de
contraste são rapidamente aperfeiçoadas no início da infância.
Muitas crianças têm astigmatismo, ou visão
deslocada, devido a uma curvatura imperfeita da córnea. Todavia, esse fenômeno
parece ser passageiro, e sua incidência decai quando as crianças estão entre 6
e 18 meses de idade.
Em torno de 6 meses, então, os sistemas motores
da criança estão prontos para começar a locomoção auto-impulsionada, o sistema
visual percebe detalhes adequados que o auxiliam nessa tarefa. Da perspectiva
ecológica, a visão é um outro sistema que deve se desenvolver a um nível
adequado para facilitar a locomoção.
DOENÇAS CAUSADAS PELA VISÃO
As doenças
da visão, também chamadas de doenças
oftalmológicas, são as afecções que afetam o sistema visual, levando
à diminuição da acuidade visual, podendo, ocasionalmente, resultar em
perda total da visão.
A redução da acuidade visual tem origem, especialmente, em
defeitos de refração,
que podem ser corrigidos, como:
·
Miopia: é quando o olho encontra-se anatomicamente maior do
que o normal, fazendo com que o raio luminoso não alcance a retina,
resultando na formação da imagem antes desta.
·
Hipermetropia:
é quando o olho encontra-se anatomicamente menor do que o normal, levando à
formação da imagem após a retina, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade
de enxergar de perto.
·
Astigmatismo:
habitualmente é resultante de uma curvatura desigual da córnea, levando a uma visão distorcida, pois uma parte
da imagem é formada na retina, enquanto outras partes formam-se antes ou depois
dessa estrutura. Pode ocorrer isoladamente ou em associação com outros defeitos
de refração.
·
Presbiopia: é a perda da acomodação visual devido à
idade, resultando da perda da elasticidade progressiva do cristalino.
Outras afecções que causam certo desconforto ou levam
à redução da acuidade visual, mas que habitualmente não causam perda total
da visão, quando devidamente tratadas, são:
·
Ceratocone;
·
Conjuntivite;
·
Moscas
volantes;
·
Olho seco;
·
Pterígio;
·
Terçol;
·
Blefarite.
Dentre outras afecções que acometem o globo ocular e que
podem levar à perda de visão, encontram-se:
Nos adultos:
·
Catarata;
·
Glaucoma;
·
Doenças
maculares;
Nas crianças:
·
Catarata
congênita;
·
Glaucoma
congênito;
·
Estrabismo;
·
Ambliopia;
·
Doenças
ligadas à prematuridade;
·
Doenças
genéticas (por exemplo, daltonismo);
·
Doenças
metabólicas.
O diagnóstico precoce das doenças oftalmológicas, assim
como a realização de uma terapêutica adequada são imprescindíveis para a
diminuição da morbidade das doenças que acometem a visão.
CONCLUSÃO
Com base no que foi apresentado, diz-se que a contribuição do
desenvolvimento do sistema periférico (da retina) no surgimento de funções
visuais básicas pode explicar apenas parcialmente as melhorias do comportamento
visual, indicando que as mudanças ocorridas no cérebro também são
importantes.
Sendo assim a experiência sensorial em relação ao mundo exterior
pode influenciar a forma como o cérebro estabelece conexões após o nascimento;
experiências visuais são essenciais para que a visão do bebê possa
desenvolver-se normalmente – uma situação do tipo “usar ou perder”; e que o
tratamento de doenças oculares infantis comuns deve ter início muito mais cedo
do que preconizam as práticas padronizadas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
_________________
Desenvolvimento do sistema sensorial visual. Disponível em: ucbweb.castelobranco.br/webcaf/.../Desenvolvimento_do_Sistema_Sensorial.doc.
Acesso aos 10 de Junho de 2017
Clínica dos
Olhos Vila Maria. Doenças oculares. Disponível em: http://www.covm.com.br/doencasoculares.html.
Acesso aos 11 de Junho de 2017
Infoescola.
Doença dos olhos. Disponível em: http://www.infoescola.com/doencas/doencas-dos-olhos/.
Acesso aos 12 de Junho de 2017.