ÓRGÃOS ANEXOS AO TUBO DIGESTIVO
INTRODUÇÃO
Para viver, crescer e manter o nosso
organismo, precisamos consumir alimentos. Mas daí vem a pergunta de partida: o
que acontece com os alimentos que ingerimos? Como os nutrientes dos alimentos,
chegam às células do nosso corpo? Para permanecer vivos, renovar continuamente
as células, desenvolver o nosso corpo e manter as actividades vitais,
necessitamos de alimentos, pois são eles que fornecem energia para o nosso
corpo.
Neste contexto o presente trabalho tem como
objectivos principal de identificar os principais componentes do sistema
digestivo e citar as principais funções de cada um. • descrever a anatomia dos
componentes do sistema digestivo. • nomear as características estruturais de
cada parte do sistema digestivo.
ÓRGÃOS ANEXOS AO TUBO DIGESTIVO
TUBO
DIGESTIVO
Definição
O tubo digestivo e os órgãos
anexos constituem o sistema digestivo. O tubo digestivo é um tubo oco que se
estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou tubo
gastrintestinal. As estruturas do tubo digestivo incluem: Boca, Faringe, Esófago, Estômago, Intestino
Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.
O comprimento do tubo
gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9 m. Na pessoa viva é menor
porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do tubo gastrintestinal
mantém o tónus.
Os órgãos digestivos acessórios
são os Dentes, a Língua, as
Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. Os dentes
auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na
deglutição. Os outros órgãos digestivos acessórios, nunca entram em contacto directo
com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o tubo
gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.
O tubo gastro intestinal é um
tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade
cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).
Funções:
1- Destina-se ao aproveitamento
pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a
manutenção de seus processos vitais.
2- Transformação mecânica e
química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos,
etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo
intestino.
3- Transporte de alimentos
digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos
da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos
alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células
descamadas da parte do tubo gastro intestinal e substâncias decretadas na luz
do intestino.
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico
e químico.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esófago.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.
Absorção: Processo realizado pelos intestinos.
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do tubo
gastro intestinal.
O tubo gastro intestinal
apresenta diversos segmentos que sucessivamente são: boca, faringe, esófago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso, recto e ânus.
Órgãos Anexos:
Glândulas Parótidas
Glândulas Submandibulares
Glândulas Sublinguais
Fígado
Pâncreas
BOCA
A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é formada
pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas
externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duros (parede
superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte
de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente
na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que
está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal.
Limites da Cavidade Oral
A cavidade da boca é onde o
alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das
glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A
deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do
processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida
do tubo digestivo – onde ocorra a fase automática da deglutição.
A cavidade da boca consiste em
duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço
semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as
bochechas. A cavidade própria da
boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É
limitada lateral e anteriormente pelos arcos alveolares maxilares e
mandibulares que alojam os dentes. O tecto da cavidade da boca é formado pelo
palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da
faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é
completamente ocupada pela língua.
Dentes
Os dentes são estruturas cónicas,
duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação
e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de
leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. Na época em que a
criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto
completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre
17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto
completo de 32 dentes permanentes.
Língua
A língua é o principal órgão do
sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação
e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do
corpo da mandíbula.
A raiz é a parte posterior, por
onde se liga ao osso hióide pelos músculos hioglosso e genioglosso e pela
membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da mucosa; ao palato mole,
pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos músculos constritores superiores
da faringe e pela mucosa.
O ápice é a extremidade anterior,
um tanto arredondada, que se apoia contra a face lingual dos dentes incisivos
inferiores.
A face inferior possui uma mucosa
entre o soalho da boca e a língua na linha mediana que forma uma prega vertical
nítida, o frénulo da língua.
No dorso da língua encontramos um
sulco mediano que divide a língua em metades simétricas. Nos 2/3 anteriores do
dorso da língua encontramos as papilas linguais. Já no 1/3 posterior
encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos linfáticos (tonsila
lingual).
Papilas Linguais – são projecções do cório, abundantemente
distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza
característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes,
filiformes e simples.
Músculos da Língua – a língua é dividida em metades por um septo
fibroso mediano que se estende por todo o seu comprimento e se fixa
inferiormente no osso hióide. Em cada metade há dois conjuntos de músculos,
extrínsecos e intrínsecos.
Os Músculos
Extrínsecos são: Genioglosso, Hioglosso, Condroglosso, Estiloglosso e
Palatoglosso.
Os Músculos Intrínsecos são:
Longitudinal Superior, Longitudinal Inferior, Transverso e Vertical.
FARINGE
A faringe é um tubo que se
estende da boca até o esófago.
A faringe apresenta suas paredes
muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por
dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita
a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca
para o estômago, é realizado pelo acto da deglutição. A deglutição é facilitada
pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esófago.
Três estágios:
Voluntário: no qual o bolo alimentar é
passado para a parte oral da faringe.
Faríngeo: passagem involuntária do bolo
alimentar pela faringe para o esófago.
Esofágico: passagem involuntária do bolo
alimentar pelo esófago para o estômago.
Limites
da Faringe:
Superior – corpo do esfenóide e porção basilar
do osso occipital
Inferior – esófago
Posterior – coluna vertebral e fáscia dos
músculos longo do pescoço e longo da cabeça
Anterior – processo pterigóideo, mandíbula,
língua, osso hióide e cartilagens tireóide e cricóide
Lateral – processo estilóide e seus músculos
A faringe pode ainda ser dividida
em três partes:
nasal (Nasofaringe), oral (Orofaringe) e laríngea (Laringofaringe).
Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do
palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer
sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das
coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide em
crianças).
Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hióide.
Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina.
Parte Laríngea – estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide.
De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio
piriforme.
A faringe comunica-se com as
vias nasal, respiratória e digestória. O acto da deglutição normalmente direcciona
o alimento da garganta para o esófago, um longo tubo que se esvazia no
estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias
nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas
vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direcção a abertura
da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traqueia
move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a
entrada da via respiratória.
O movimento da laringe também
simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura entre a parte
laríngea da faringe e o esófago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da
faringe e entra no esófago em 1-2 segundos.
ESÓFAGO
O esófago é um tubo fibro-músculo-mucoso
que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à
traqueia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela
abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede
cerca de 25 centímetros de comprimento.
A presença de alimento no
interior do esófago estimula a actividade peristáltica, e faz com que o
alimento mova-se para o estômago.
As contracções são repetidas em
ondas que empurram o alimento em direcção ao estômago. A passagem do alimento
sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos ; alimentos
muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do
conteúdo do estômago para o interior do esófago causa azia (ou pirose). A
sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal.
O refluxo gastroesofágico se dá
quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esófago)
não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo
pode refluir para a parte inferior do esófago.
O esófago é formado por três
porções:
Porção Cervical: porção que está em contacto
íntimo com a traqueia.
Porção Torácica: é a porção mais
importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a
traqueia e a coluna vertebral).
Porção Abdominal: repousa sobre o
diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica.
ESTÔMAGO
O estômago está situado no
abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao
duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O
estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver
quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais
dilatado do tubo digestivo, em virtude dos alimentos permanecerem nele por
algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esófago e o intestino
delgado.
A forma e posição do estômago são
muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada
inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser
descrita como típica.
O estômago é divido em 4 áreas
(regiões) principais: Cárdia,
Fundo, Corpo e Piloro.
O fundo, que apesar do nome,
situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esófago com o
estômago.
O corpo representa cerca de 2/3
do volume total.
Para impedir o refluxo do
alimento para o esófago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago –
óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É
assim denominada por estar próximo ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar
passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa
válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de
saída do estômago – óstio pilórico). Pouco antes da válvula pilórica
encontramos uma porção denominada antro-pilórica.
O estômago apresenta ainda duas
partes: a Curvatura Maior (margem
esquerda do estômago) e a Curvatura
Menor (margem direita do estômago).
Funções
Digestivas do Estômago:
Digestão do alimento
Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas
digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
Secreção de hormônio gástrico e factor
intrínseco.
Regulação do padrão no qual o alimento é
parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado.
Absorção de pequenas quantidades de água e
substâncias dissolvidas.
INTESTINO
DELGADO
A principal parte da digestão
ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção ileocólica
(ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um
órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no
intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa
função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e
absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e
microvilosidades.
O intestino delgado retirado numa
é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o
comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9
metros).
O intestino delgado, que consiste
em Duodeno, Jejuno e Íleo,
estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a
primeira parte do intestino grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe
este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos
(25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui
mesentério.
Apresenta 4 Partes:
1) Parte Superior ou 1ª
porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula
biliar.
2) Parte Descendente ou
2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada de dois Ductos:
Ducto Colédoco – provêm da vesícula
biliar e do fígado (bile)
Ducto Pancreático – provêm do
pâncreas (suco ou secreção pancreática)
3) Parte Horizontal ou 3ª
porção
4) Parte Ascendente ou 4ª
porção
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação
ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É
mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais
vascular e de cor mais forte que o íleo.
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz
continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais
estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente,
o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio
ileocecal.
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6
a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante
superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante
inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.
INTESTINO
GROSSO
O intestino grosso pode ser
comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros
de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e
está fixo à parede posterior do abdómen pelo mesecolo.
O intestino grosso absorve a água
com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a
consistência típica do bolo fecal.
O intestino grosso apresenta
algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre, as ténias, os haustos e os
apêndices epiplóicos.
O intestino grosso é mais
calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso.
A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.
As ténias do cólon (fitas
longitudinais) são três faixas de aproximadamente 1 centímetro de largura e que
percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e
no cólon ascendente.
Os haustos do cólon (saculações)
são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais.
Os apêndices epiplóicos são
pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em
gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmóide.
O intestino grosso é dividido em
4 partes principais: Ceco (cécum),
Colo (cólon) (Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmóide), Reto e
Ânus.
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre,
que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do
intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco
– Válvula Ileocecal (ileocólica).
No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.
A porção seguinte do intestino
grosso é o Colo, segmento
que se prolonga do ceco até o ânus.
Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para
cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado,
onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática).
Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino
grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura
esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente.
A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais
aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.
Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura
esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide.
Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”,
de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao recto. A
terminação das ténias do colo, aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção
recto-sigmóide.
Flexura Hepática – entre o cólon
ascendente e o cólon transverso.
Flexura Esplénica – entre o cólon
transverso e o cólon descendente.
O recto recebe este nome por ser
quase rectilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o
diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de
canal anal.
O canal anal apesar de bastante
curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar algumas
formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfíncteres
anais.
O esfíncter anal interno é o mais
profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares,
sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por
fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter
anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes
que a defecação possa ocorrer.
Funções
do Intestino Grosso:
Absorção de água e de certos electrólitos;
Síntese de determinadas vitaminas pelas
bactérias intestinais;
Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Peristaltismo:
Ondas peristálticas intermitentes
e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo
ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a
água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o
interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período
maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao
contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para
que ocorra a reabsorção de água, causando diarreia.
PERITÔNIO
O peritónio é a mais extensa
membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é
denominada Peritónio Parietal e
a que se reflecte sobre as vísceras constitui o Peritónio Visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral
do peritónio é denominada cavidade peritoneal.
Determinadas vísceras abdominais
são completamente envolvidas por peritónio e suspensas na parede por uma
delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os
vasos sanguíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério.
Os Mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o mesocólon
transverso e o mesocólon sigmóide. Em adição a estes, estão presentes, algumas
vezes, um mesocólon ascendente e um descendente.
O Mesentério Propriamente Dito – tem origem nas estruturas ventrais da coluna
vertebral e mantém suspenso o intestino delgado.
O Mesocólon Transverso – prende o cólon transverso à parede posterior
do abdome.
O Mesocólon Sigmóide – mantém o cólon sigmóide em conexão com a
parede pélvica.
O Mesocólon Ascendente e
Descendente – ligam o cólon
ascendente a descendente à parede posterior do abdome.
O Peritónio apresenta dois
omentos: o maior e o menor.
O Omento Maior é um delgado avental
que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado. Está
inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do
duodeno.
O Omento Menor estende-se da curvatura
menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado.
Apêndices Epiplóicos – são pequenas bolsas de peritónio cheias de
gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do recto.
GÂNDULAS
O aparelho digestivo é
considerado como um tubo, recebe o líquido decretado por diversas glândulas, a
maioria situadas em suas paredes como as da boca, esófago, estômago e
intestinos.
Algumas glândulas constituem
formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual
se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos
de elaboração.
As glândulas salivares são
divididas em 2 grandes grupos: Glândulas
Salivares Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido
viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e
pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.
Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos
disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais
e molares.
Glândulas Salivares Maiores: são representadas por 3 pares que são as
parótidas, submandibulares e sublinguais.
Glândula Parótida – a maior das três e situa-se na parte lateral
da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria
carótida externa. Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e
facial.
Glândula Submandibular – é arredondada e situa-se no triângulo
submandibular. É irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos
secretomotores derivam de fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras
simpáticas provêm do gânglio cervical superior.
Glândula Sublingual – é a menor das três e localiza-se abaixo da
mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e
submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula
submandibular.
FÍGADO
O fígado é a maior glândula do
organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal.
Sua localização é na região
superior do abdómen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é,
normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à
esquerda. Pesa cerca de 1,500 g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do
corpo adulto.
O fígado apresenta duas faces: Diafragmática e Visceral.
O fígado é dividido em
lobos. A Face Diagramática apresenta
um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior
que o esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na
extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da
obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado.
A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo,
quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no
conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos antero-posteriores e um
transversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos
anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado
(posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado
pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.
Entre o lobo direito e o quadrado
encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco
que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda
transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria
hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos
linfáticos.
Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula
biliar, ducto cístico e ducto colédoco.
O fígado é um órgão vital, sendo
essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é
indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de
armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas.
A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na
vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile
emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão
e absorção.
Outras
Funções do Fígado são: Metabolismo dos
carboidratos; Metabolismo dos lipídios; Metabolismo das
proteínas; Processamento de fármacos e hormônios; Excreção da
bilirrubina; Excreção de sais biliares; Armazenagem; Fagocitose;
Activação da vitamina D.
VESÍCULA
BILIAR
A Vesícula Biliar (7
– 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral
do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do
fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte
superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula
biliar tem capacidade para até 50 ml de bile.
O Ducto Cístico (4 cm de
comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático
direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco
desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da
cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto
colédoco entra em contacto com o ducto pancreático principal.
PÂNCREAS
O pâncreas produz através de uma
secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos
pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no
sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500 ml de suco pancreático.
O pâncreas é achatado no sentido
antero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma
borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago.
O pâncreas apresenta duas faces,
uma a Face Diafragmática (antero
superior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a
Face Visceral (póstero
inferior) que é irregularmente côncava pela presença de impressões
viscerais.
O comprimento varia de 12,5 a 15
cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g.
O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na
curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido
em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda.
Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda
do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está
intimamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao
ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto
comum chamado ampola hepatopancreática.
CONCLUSÃO
Depois
da pesquisa feita, chegou-se por concluir que o sistema digestivo é responsável
por fazer a ingestão, digestão, absorção e eliminação dos alimentos. Ele é
composto por um longo tubo que contém os principais órgãos e glândulas do
processo digestivo. O tubo, com cerca de 9 metros, é capaz de levar o alimento
até o ânus. Ela se inicia na boca através da mastigação e saliva formando um
bolo alimentar. A língua é responsável por empurrar o bolo até a faringe, que
passa pelo esófago e depois para o estômago, num processo chamado deglutição.
Quando
o bolo atinge o estômago, ele passa por diversos processos químicos dos quais
são retirados os nutrientes necessários para o corpo. A água do corpo humano e
os sais minerais não são absorvidas durante a digestão e grande parte deles são
absorvidos no intestino delgado. Esse último conecta-se com o intestino grosso,
finalizando com o ânus, por onde as fezes são eliminadas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Anatomia Humana: Sistema digestivo. Disponível em: http://anatomia-humana.info/corpo-humano/sistema-digestivo.html. Acesso aos 09 de Setembro de 2017.
Fabíola
Alves dos Reis: órgãos anexos do sistema digestivo. Brasil, 2013. Disponível
em: http://www.ufjf.br/anatomia/files/2012/04/S-DIGESTVO-2013.pdf. Acesso aos 09 de Setembro de 2017.
AULA DE
ANATOMIA: Sistema Digestivo. Disponível em:
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-digestorio/. Acesso
aos 09 de Setembro de 2017.