HIGIENE CORPORAL DA CRIANÇA NO CENTRO INFANTIL

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz abordagem sobre questões relacionadas sobre a higiene corporal da criança no centro infantil, sabendo que a higiene corporal é definida como ciência que visa à preservação da saúde e a preservação da doença, limpeza, asseio, etc., e também é tratada como condição para a vida saudável. A infância é uma das fases mais decisivas na construção de condutas e o centro infantil como uma instituição social é privilegiada pelo fato de poder desenvolver trabalhos sistematizados e contínuos. As crianças precisam responsabilizar-se com crescente autonomia por sua higiene corporal percebendo-a como fator de bem-estar e como valor da convivência social.



HIGIENE CORPORAL DA CRIANÇA NO CENTRO INFANTIL

A origem etimológica da palavra higiene vem do grego. É definida como ciência que visa à preservação da saúde e a preservação da doença, limpeza, asseio, etc. A higiene pessoal deve fazer parte dos hábitos diários da criança tanto em casa, quanto nos centros infantis e devem ser ensinados aos pequenos desde o inicio de seu desenvolvimento. As crianças precisam de orientação de como cuidar do próprio corpo, sendo essencial educar para a saúde contribuindo para a formação de bons hábitos e atitudes que irão fazer com que eles tenham uma vida saudável.
A infância é uma das fases mais decisivas na construção de condutas e o centro infantil como uma instituição social é privilegiada pelo fato de poder desenvolver trabalhos sistematizados e contínuos. Elas precisam responsabilizar-se com crescente autonomia por sua higiene pessoal percebendo-a como fator de bem-estar e como valor da convivência social.  Portanto, faz-se necessário contribuir com medidas práticas para que possam ter autonomia no cuidado com o corpo, como por exemplo: lavar as mãos antes das refeições e após as eliminações, limpeza de cabelos e unhas, higiene bucal e banho diário. É fundamental que elas conheçam bons hábitos, mas não basta apenas informá-los, é preciso trabalhar a aquisição desses hábitos, para que dessa forma possam desenvolvê-las.

Higiene corporal da criança

É durante a infância que se deve aprender a cuidar do próprio corpo. A responsabilidade de ensinar é dos pais, em primeiro lugar, mas a escola também tem a obrigação de apoiar essa fase tão importante da formação das crianças.
Em princípio, os pequenos devem conhecer o próprio corpo para entender a importância de cada hábito higiênico que vão adquirir. Os pais devem criar uma rotina, como: antes de se sentar à mesa, devem lavar as mãos; antes de se deitar, devem escovar os dentes e usar o fio dental. Com o tempo, eles vão se acostumar a essas atividades e vão fazê-las sem pensar.
Porém, eles devem entender o motivo de todas essas coisas. Os pais têm que conversar com seus filhos e esclarecer as razões dessas obrigações com a limpeza corporal, de forma simples e usando uma linguagem que eles entendam. É preciso dizer, por exemplo, que lavar e pentear os cabelos não permite que os piolhos se proliferem ou ainda que as cáries danificam os dentes. Então, devemos escová-los e usar fio dental várias vezes aos dias para evitar problemas.
Se na escola as crianças recebem apoio de maneira mais descontraída, ouvindo historinhas e assistindo a teatro de fantoches, elas captam a mensagem com mais precisão. Por isso os métodos pedagógicos devem chamar bastante atenção, nesse sentido.

O que a criança deve aprender sobre a higiene

Lavar as mãos antes das refeições, depois de usar o banheiro e quando chegar da rua. Até os quatro anos, os pais devem levar a criança para lavar as mãos. Depois dessa idade, podem apenas reforçar o recado, mas deixando que o façam. Lembre-se de ensinar cada passo – água, sabão, enxaguar e enxugar.
Pentear os cabelos. Para os meninos, essa tarefa é mais fácil; as meninas precisam de mais atenção, até pelo, menos sete ou oito anos de idade para lavá-los e penteá-los. O importante é ensinar desde cedo a pentear o cabelo ao acordar e depois do banho.
Tomar banho. É preciso que a criança tenha uma hora marcada para tomar o banho e seus utensílios (sabonetes, xampu, condicionador e toalhas) devem estar sempre ao seu alcance quando estão aprendendo a tomar banho sozinhas. Os pais devem mostrar a maneira certa de lavar as partes íntimas, os pés e todo o corpo. Elas precisam de auxílio até uns seis anos, quando podem exercer essa atividade totalmente sozinhas.

A garantia de saúde e a pureza

O papel de higiene na prevenção de doenças inflamatórias dos órgãos genitais externos é muito alta. A principal causa destas doenças é precisamente a inobservância das regras básicas de higiene pessoal. Tenha em mente que a área genital deve ser sempre limpo, seco e bem ventilado, além disso, não precisa evitar a hipotermia ou superaquecimento. Alguns lavar a criança como um todo, em qualquer caso, sem tocar os órgãos genitais, enquanto outros acreditam que a criança precisava de orelha a concerte lavados diariamente com sabão.
Sabão
Para a higiene dos órgãos genitais devem ser utilizados apenas os fundos especiais ou sabão da criança. O uso de sabonetes antibacterianos, econômicas e produtos para cuidados pessoais para adultos não são completamente aceitáveis para a higiene infantil.

Higiene bocal dental

Os educadores devem explicar a maneira correta de fazê-lo, como escovar a língua e de que forma usa-se o fio dental. Atenção: nos primeiros dias, fique olhando para ver se seu filho faz certo; depois o deixe fazer sozinho, mas fiscalize, veja se está bem feito. Depois de um tempo, quando vir que ele desempenha bem essa função, pode deixá-lo fazer totalmente sozinho.

Higiene da mão

- Lavar as mãos com água e sabonete em abundância e ensine as crianças a fazer o mesmo ao chegar à creche, antes das refeições, depois de ir ao banheiro ou de trocar a fralda e na volta do parque. A limpeza deve incluir as palmas, os dorsos, todos os dedos, as unhas e os punhos. 
- Para a secagem, dê preferência a toalhas de papel descartáveis. Se apenas as de tecido estiverem disponíveis, garanta que sejam para uso individual. Nesse caso, é fundamental que sejam trocadas com frequência a fim de serem lavadas e secas antes de serem usadas novamente. 
- Combine com todos os profissionais da creche envolvidos no preparo e na manipulação dos alimentos servidos que eles lavem as mãos em pias específicas para a tarefa. 
- Oriente a comunidade - o que inclui os pais dos bebês - a limpar as mãos ao entrar na creche, com água e sabão ou com álcool gel.
Os olhos 
Os olhos são órgãos muito delicados e que exigem cuidados especiais. Devem ser limpos com soro fisiológico e para isso deve utilizar compressas esterilizadas macias (uma para cada olho). O movimento de lavagem deve ser no sentido de dentro para fora, ou seja, do canto nasal para a orelha, num movimento único. É muito fácil um bebé desenvolver uma conjuntivite  (inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular - o branco dos olhos - e o interior das pálpebras), dado que o canal lacrimal, que se encontra no canto nasal do olho e drena as lágrimas e as secreções até ao nariz, é pequeno e entope com alguma frequência. Por outro lado, alguns bebés nascem com um aperto fisiológico do canal lacrimal (dacriostenose) e devido a isso, têm conjuntivites frequentes. Neste caso e se as conjuntivites forem frequentes e não melhorarem terá que procurar a ajuda de um Oftalmologista.
O ouvido 
O ouvido é um sistema extremamente complexo, o primeiro dos cinco sentidos que se desenvolve no feto e que lhe permite o primeiro contacto com o mundo. Há um ditado popular que diz que “não se deve pôr nada nos ouvidos que seja mais pequeno que… um cotovelo”. A utilização de cotonetes e outros objectos semelhantes constituem um risco porque estes não limpam, mas sim empurram a cera e compactam-na, formando rolhões espessos e duros que são difíceis de remover e que podem causar a oclusão do canal auditivo. Por outro lado, existe também o risco de, num movimento mais brusco poder furar-se o tímpano ou magoar-se o canal auditivo. A utilização dos aspiradores de secreções também pode não ser uma boa escolha pois além de provocarem dor, podem lesar o tímpano, se a pressão for demasiada. A cera que o canal auditivo externo produz é um óptimo mecanismo de defesa, e ajuda a proteger o ouvido médio e interno das infecções externas. Ao contrário do que possa parecer ter cera não é sinónimo de falta de higiene. A cera é, além de um mecanismo de limpeza, um sinal de que o canal auditivo está a fazer bem uma das suas funções, que é manter-se permeável e limpo para que o som chegue bem à membrana do tímpano. A água que durante o banho possa entrar no ouvido do bebé também acaba por sair naturalmente. Quando muito, poder-se-á limpar a parte de fora do ouvido (a orelha e pavilhão auditivo) mas com muito cuidado para não causar lesões. A cera geralmente tem um aspecto amarelado e pegajoso mas se notar que apresenta outra cor, com aspecto viscoso e cheiro fétido poderá tratar-se de uma otite e aí deverá procurar ajuda médica.
O nariz
O nariz é um órgão muito vascularizado porque uma das suas funções é assegurar, mesmo nos dias mais frios, o aquecimento do ar que por ele passa. As paredes do nariz são constituídas por ossos, os cornetos, que são uns autênticos aquecedores de resistência. É devido a isso que quando fazemos um traumatismo nasal, mesmo que este seja pequeno, sangramos logo e o nariz incha. O nariz do bebé é particularmente sensível e, á nascença, vem preparado para um ar que não é o nosso (um ar sem poluição, sem ares condicionados e aquecimentos, com temperaturas e humidades naturais. Devido a isso, até se adaptar, fica inflamado e com secreções. Todos os bebés passam por isto, embora uns mais do que outros. Deve ter muito cuidado com a higiene do nariz. Tenha em atenção que se se magoarem as narinas, o bebé passará a respirar pior, além de se “encher” de ar quando mama, aumentando os soluços e as cólicas. Para limpar o nariz deve utilizar soro fisiológico para lubrificar e amolecer as secreções e, de seguida, limpar aquelas secreções que estão mesmo à beirinha, com a ajuda da ponta de uma toalha macia ou de um cotonete, mas sem o introduzir no nariz.
Portanto faz-se necessário contribuir com medidas práticas para que as crianças possam ter autonomia no cuidado com o corpo, como por exemplo, lavar as mãos antes das refeições e após as eliminações, limpeza de cabelos e unhas, higiene bucal e banho diário; favorecendo assim a saúde individual e coletiva. Deveríamos ter motivos desde criança até quando idosos em nos preocupar com a higiene do nosso corpo e só assim teríamos uma boa saúde e retardaríamos as doenças e a velhice precoce. Nestas circunstâncias, os espaços de Educação Infantil e seus educadores, são fontes inesgotáveis de conhecimento para as crianças, pois é através do ambiente e principalmente do educador que esta lhe acompanhando, que a criança recebe estímulos para elaborar suas Hoje podemos perceber pelas características e demandas da atual sociedade, que as tarefas de cuidar e de educar não podem ser dissociadas.




CONCLUSÃO

Em suma chegamos a conclusão que de acordo com os requisitos contidos as crianças no centro Infantil percebem que com o auxílio de um adulto responsável, elas conseguem desenvolver atividades como: cuidar da higiene do corpo.  É na fase da Educação infantil que as crianças passam a ter um melhor conhecimento acerca das partes do seu corpo. Com base neste contexto e através de esquemas orientados pelos conteúdos de ciências naturais como os de natureza e sociedade, pretendemos iniciar um estudo sobre como trabalhar a Higiene Pessoal na Educação Infantil.  É relevante saber que a curiosidade e a observação são características predominantes no perfil da criança em geral, essas características são evidenciadas principalmente nas crianças que estão na Educação Infantil. Portanto, com a interação cotidiana, a criança observa e busca compreender o mundo a sua volta, tanto no que diz respeito ao mundo físico como também o mundo social.



BIBLIOGRAFIA

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NESTI, M.M.M.; GOLDBAUL, M. As creches e pré-escolas e as doenças transmissíveis. J Pediatr., 83(4):289-312, 2007.