interacção gravitacional
INTRODUÇÃO
O presente trabalho fala sobre a interacção
gravitacional que por sua vez os subtítulos são especificados no
desenvolvimento do trabalho. Sendo assim a abordagem sobre a intervenção
gravitacional reflecte-se em sentidos físicos que as experimentações dos
cientistas físicos e os estudos feitos por eles foram evoluindo até aos dias de
hoje. Neste contexto o presente artigo está composto por elementos
pré-textuais, elementos textuais e o elemento pós-textual, onde nos elementos
textuais é feita a abordagem do tema em síntese consequentemente os seus
subtemas.
A INTERACÇÃO
GRAVITACIONAL
Nos
séculos que seguiram a descoberta newtoniana até o início do século XX, a
condição da acção gravitacional ser instantânea, era entendida como uma
propriedade “natural” igual às suas outras características. O fato de não ser
observável não produzia nenhum desconforto de princípio para os cientistas. Em
verdade, nem sequer era possível formular uma tal questão: o tempo não aparecia
como um ingrediente importante no modo newtoniano de descrever a acção
gravitacional. Somente sua acção sobre um corpo estava associada a uma variação
temporal. O tempo aparecia como uma variável importante ao se acompanhar o
movimento de um corpo sob a força gravitacional, mas não era listado entre as
características desta força. Foi somente ao final do século XIX e inicio do
século XX que a instantaneidade da força gravitacional começou a ser entendida
como um verdadeiro problema, uma dificuldade associada ao modo newtoniano de
descrever este campo de força. Para entendermos essa mudança de atitude devemos
nos referir à revolução feita na física ao começo do século XX, por vários
cientistas dentre os quais podemos citar H. Poincaré, H. A. Lorentz e A.
Einstein, entre outros. Esta mudança foi sintetizada por Einstein no que chamou
de teoria da relatividade especial. Neste caso define-se a interacção gravitacional como
uma força do tipo que surge em pares, assim, um corpo tanto atrai quanto é
atraído por todos os outros corpos do Universo, com uma força que é
directamente proporcional às massas envolvidas e inversamente proporcional ao
quadrado das distâncias envolvidas. Estes
pares de forças são chamados de interação gravitacional, por que sua natureza é
gravítica, e o resultado é um comportamento complexo, descrito por vectores
cujo módulo é calculado instantaneamente pela equação:
F = G M m / d²
TEORIA GEOCÊNTRICA DE
PTOLOMEU E TEORIA HELIOCÊNTRICS DE COPÉRNIO
Teoria geocêntrica de Ptolomeu
A teoria geocêntrica é uma teoria a respeito do sistema cosmológico, segundo a qual a
Terra seria o centro do Universo.
Na Grécia Antiga, Aristóteles (384
a.C. - 322 a.C.) já defendia a idéia de que o Universo seria um enorme círculo
finito, sendo que a Terra estaria no centro desse círculo. Para ele, existiriam
9 esferas girando em torno da Terra.
No século II d.C. um astrónomo,
geógrafo e matemático chamado de Cláudio Ptolomeu, baseado na trigonometria, afirmava que ao redor da Terra
giravam a Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno, exactamente nessa ordem.
Ainda segundo Ptolomeu, cada planeta
girava ao longo de um círculo pequeno chamado epiciclo. Portanto, cada planeta
teria seu próprio epiciclo. O centro do epiciclo (de cada planeta) se moveria
em um círculo maior, ao qual denominou como deferente, sendo que a Terra
ficaria posicionada um pouco afastada do centro do referente.
Para Ptolomeu a Terra não estava no
centro do deferente. O deferente, alias, seria um círculo excêntrico em relação
à Terra. Com a ideia do equante, Ptolomeu buscou explicar o fato dos planetas
não se movimentarem de forma uniforme.
Além dessas teorias, Ptolomeu observou
o movimento lunar e elaborou tabelas a esse respeito, que foram utilizadas
séculos depois por Nicolau Copérnico.
O Almagesto é a principal obra de
Ptolomeu. É composta por um conjunto de 13 livros, traduzidos em
aproximadamente 500 páginas, que trata de assuntos como:
- Astronomia esférica.
- Teoria solar.
- Teoria lunar.
- Teoria planetária.
- Eclipses.
- Estrelas fixas.
O sistema geocêntrico também é
conhecido por sistema Ptolomaico, afinal, a teoria de Ptolomeu foi aceita e
defendida, inclusive pela Igreja Católica, por aproximadamente 1400 anos. Durante
toda a Idade Média, o sistema geocêntrico foi defendido pelos estudiosos. Nessa
época não era consenso a ideia de que a Terra seria chata. Somente com as
ideias Iluministas, o sistema geocêntrico começou a ser contestado, e depois
foi substituído pelo modelo heliocêntrico.
Teoria heliocêntrica de Copérnico
A teoria do modelo heliocêntrico, a
maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro, De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas
celestes"), durante o ano de sua morte, 1543. Apesar disso, ele já havia
desenvolvido sua teoria algumas décadas antes.
O livro marcou o começo de uma mudança
de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava
que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que
girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correcta explicação do
conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios correctamente, através da vagarosa
mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara
explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é
perpendicular ao plano de sua órbita.
Em sua teoria, Copérnico descrevia
mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu
(modelo geocêntrico). Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais,
ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele.
Do ponto de vista experimental, o
sistema de Copérnico não era melhor do que o de Ptolomeu. E Copérnico sabia disso, e não
apresentou nenhuma prova observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em
argumentos sobre qual seria o sistema mais completo e elegante. Da sua
publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrónomos foram convencidos pelo
sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente
500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os
padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrónomos aceitaram partes
de sua teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam
a fazer parte da história, como Galileu e Kepler, que conseguiram assimilar a teoria
de Copérnico e melhorá-la. As observações de Galileu das fases de Vénus produziram a primeira evidência
observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu das
luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a
Terra.
O sistema de Copérnico pode ser
resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio Copérnico a listá-las
em uma síntese de sua obra mestra, que foi encontrada e publicada em 1878.
As principais partes da teoria de
Copérnico são:
·
Os
movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma composição de
vários círculos (epiciclos).
·
O
centro do universo é perto do Sol.
·
Perto
do Sol, em ordem, estão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, e as estrelas fixas.
·
A Terra
tem três movimentos: rotação diária, volta anual, e inclinação anual de seu
eixo.
·
O
movimento retrógrado dos planetas é explicado pelo movimento da Terra.
·
A
distância da Terra ao Sol é pequena se comparada à distância às estrelas.
Se essas proposições eram
revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito discutido durante o
vigésimo século. Thomas Kuhn argumentou que Copérnico apenas
transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronómicas
do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele
subestimou quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a
dificuldade que Copérnico deveria ter em modificar a teoria astronómica da
época, utilizando apenas uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma
evidência experimental.
LEI DA GRAVITAÇÃO
UNIVERSAL
A
fim de entender o movimento planetário, Isaac Newton, renomado físico inglês,
se fundamentou no modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico para basear seus
estudos.
Analisando
então o movimento dos planetas, Newton apresentou uma explicação, na qual
mostrava que esse movimento era baseado em uma atração entre os corpos, nesse
caso, entre os planetas.
Segundo Newton:
• O
Sol atrai os planetas;
• A
Terra atrai a Lua;
• A
Terra atrai todos os corpos que estão perto dela.
Depois
de analisar esses fatos, Newton, numa tentativa de resumir esses conceitos, os
chamou de força gravitacional. Ou seja, existe uma força que atrai todos os
corpos, estejam eles no espaço ou na Terra.
Tais
forças são grandezas vetoriais, porque possuem módulo, direcção e sentido.
A
representação matemática da lei da gravitação universal é:
Onde:
F = intensidade da
força gravitacional
G = constante de
gravitação universal, cujo valor é 6,67.10-11 Nm²/kg²
M e m = massa dos
corpos analisados
d = distância
Através
da equação apresentada por Isaac Newton, a fim de analisar as forças que atuam
na Terra e em suas proximidades, devemos lembrar que em sua Terceira Lei,
Newton fala sobre a acção e a reacção. Baseados então nessa questão, vemos que
a atracão entre os corpos deve ser mútua para que haja equilíbrio entre eles,
ou seja, a Terra atrai a Lua, mas, em contrapartida, a Lua também atrai a
Terra, com mesma intensidade, mesma direcção, porém com sentido contrário. O
mesmo acontece com os demais corpos já citados.
CONSTANTE GRAVITACIONAL
UNIVERSAL
A constante
de gravitação universal, também chamada de constante newtoniana da
gravitação, constante gravitacional universal, constante de Newton ou constante
gravitacional (símbolo: G),
é uma constante física de carácter universal que figura na lei da gravitação universal de Isaac Newton.
Segundo a lei da gravitação universal, aparte
considerações vetoriais aqui não relevantes, a força de atracão entre dois corpos édiretamente proporcional à
cada uma de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. A constante de
gravitação universal é a constante que permite se escrever essa relação de
proporcionalidade em forma de uma igualdade:
Assim como outras constantes físicas, um dos principais papeis da constante de gravitação
universal G é estabelecer a correição da lei física associada no que tange às
unidades e à análise dimensional.
Em unidades adotadas no Sistema Internacional de Unidades, seu valor expressa a atração gravitacional, em
newtons, que verifica-se experimentalmente existir entre dois objetos de massa
um quilograma cada, quando separados pela distância de um metro. O melhor valor
aceito atualmente é: com incerteza na última casa decimal. A
unidade apresentada junto ao valor numérico da constante é por vezes escrita,
de forma equivalente, como Nm2/kg2.
A constante de gravitação universal G não
deve ser confundida com g (em minúscula), que é o símbolo
normalmente associado à variável que representa a intensidade da aceleração da gravidade terrestre
junto à superfície do planeta, ou outro astro, quando explicitamente
especificado. Em termos de G, g expressa-se como onde M
e r representam nesse caso a massa e o raio do astro esférico. Para a Terra
tem-se que a aceleração da gravidade vale
por volta de g = 9,81 m/s2.
Valor verdadeiro
convencional para a constante de gravitação universal
Actualmente o CODATA (CODATA, 2008)[2] recomenda para a constante de gravitação universal
o valor de: .
Este é o melhor valor estimado experimentalmente para
a constante de gravitação universal, conhecido também como valor verdadeiro convencional (de uma
grandeza).
Como sabe-se da teoria das medidas, toda medida experimental apresenta incerteza
intrínseca que deve figurar junto à expressão da medida, e a constante da
gravitação não é exceção. Porém essa é hoje conhecida com mais do que
satisfatória precisão para quase todos os fins práticos e teóricos.
As medições de G
Outra estimativa de autoridade é dada pela International
Astronomical Union.
Trata-se de uma das constantes físicas cujo valor é
menos preciso. A massa do Sol,
como é calculada a partir desta constante é, portanto, também calculada com
alguma incerteza. A primeira medição do seu valor foi efectuada por Henry
Cavendish, na sua obra Philosophical
Translations, de 1798. A força
gravitacional é relativamente
fraca. Como exemplo, duas massas de 3000 kg colocadas com seus centros de gravidade a uma
distância de 3 metros uma da outra atraem-se com uma força de de
aproximadamente 67 micronewtons. Essa força é aproximadamente igual ao peso de um
grão de areia. O erro na medição de G é muito alto para ser
usado, por exemplo, em estudos sobre a gravidade. Por isso, costuma-se usar o
valor de GM, sendo M um corpo celeste.
Para a Terra, temos:
MASSA INERCIAL E MASSA
GRAVITACIONAL
Massa inercial
Newton usou o termo quantidade de matéria como sinónimo de massa. Esta noção intuitiva de massa
de um corpo não é actualmente correcta, o termo "quantidade de
matéria" aplica-se em química com outro sentido. Mais precisamente,
podemos dizer que massa inercial de um corpo é uma medida da
inércia desse corpo. E quanto maior for a massa de um corpo, maior é a sua
inércia ou seja maior é a oposição do corpo em modificar o seu estado de
repouso.
Exemplo: é mais difícil fazer arrancar um vagão
(Fig.1a) do que mantê-lo em movimento (Fig.1b).
Fig.
1a
Fig. 1b
Para medirmos a massa inercial de um corpo utiliza-se
um processo dinâmico baseado na definição dessa grandeza: aplica-se uma força
de intensidade conhecida, F, determina-se o valor da
aceleração, a, que essa força comunica ao corpo e divide-se o valor
da força pelo valor da aceleração, .
Para quantificar o conceito de massa, temos que
definir um padrão. No sistema de unidades internacionais (SI), a unidade de
massa é o quilograma (kg). O padrão de massa escolhido é um
cilindro de platina iridiada, com 39 mm de diâmetro e 39 mm de altura, que
existe no Instituto Internacional de Pesos e Medidas em Sèvres, nas
proximidades de Paris, cuja massa é definida exactamente como sendo 1 kg.
O termo massa e peso, são
frequentemente confundidos um com o outro, mas é importante distingui-los.
Massa é uma propriedade intrínseca do corpo (é a medida da inércia desse
corpo). O peso, por outro lado, é uma força, isto é, a força que a Terra (força
gravítica) exerce sobre o corpo. Para perceber melhor esta diferença, suponha
que se leva um objecto para a Lua. Lá o objecto pesa apenas um sexto do peso
medido na Terra, mas a massa continua a ser a mesma. Isto deve-se ao facto da
gravidade lunar ser menor do que a terrestre. O corpo terá a mesma massa, mas
terá menor inércia na Lua do que na Terra. Isto significa que é mais fácil
tirá-lo do repouso lá do que cá.
Massa gravitacional
Massa gravitacional de
um corpo corresponde à sua propriedade característica e cujo valor é
proporcional à força com que ele é atraído gravitacionalmente para outro.
No Universo, todos os corpos têm a propriedade de se
atraírem uns aos outros por forças que obedecem à Lei da Atracção Universal de
Newton.
Com G = 6,670 x 10-11 Nm2kg-2.
Atribui-se esta propriedade geral da atracção,
manifestada pelos corpos, à existência de outra propriedade dos mesmos, a
chamada massa gravitacional.
Quadro que realça algumas das diferenças entre as duas
grandezas massa
Diferenças entre massa inercial e massa
gravitacional
|
Massa inercial de um corpo (mi)
|
Massa gravitacional de um corpo (mg)
|
||
|
|
É uma grandeza cujo valor é proporcional à força
gravitacional com que o corpo é atraído para outro.
|
||
Medição da grandeza
|
Mede-se com com o corpo em movimento sob a
acção de uma força conhecida, relacionando esta com a medida da aceleração
correspondente (processo dinâmico).
|
Mede-se com o corpo em repouso numa balança (processo
estático).
|
||
Relação entre a grandeza e o seu contributo para o
movimento
|
A maior massa inercial corresponde maior resistência
às forças actuantes, sendo assim menor o contributo da massa para o
movimento.
|
A maior massa gravitacional corresponde maior
força gravitacional, sendo assim maior o contributo da massa para o movimento
em direcção aos outros corpos.
|
||
Definição matemática a partir da equação de
definição.
|
|
mT = massa da Terra
|
A equivalência entre os valores das massas
gravitacionais (medidos com balanças) e os valores das massas inerciais
(medidos pelos quocientes das forças pelas acelerações), para os mesmos corpos,
foi verificada experimentalmente, com precisão crescente, por Galileu, Newton e
Bessel; mais tarde Eotvos, com a alta precisão de 10-8, e,
recentemente por Dicke, com altíssima precisão de 10-11.
Em virtude da identidade massa inercial -
massa gravitacional, futuramente passaremos a falar em massa sem
especificar se se trata de uma ou de outra.
CONCLUSÃO
Depois
da pesquisa feita, chega-se então a conclusão de que na interacção gravitacional o
resultado é um comportamento complexo, descrito por vectores cujo módulo é
calculado instantaneamente por uma equação específica. Viu-se também que as
teorias geocêntricas e heliocêntricas, diferiam-se uma da outra devido o
desenvolvimento dos estudos físicos. Contudo os outros elementos vistos
complementaram os estudos sobre a interacção gravitacional.
BIBLIOGRAFIA
Interacção
gravitacional. Disponível em: http://www.on.br/ead_2013/site/conteudo/cap9-forcas/forca-gravitacional.html. Acessado aos 23 de Setembro de 2015.
Teoria
Geocêntrica. Disponível: http://www.infoescola.com/astronomia/geocentrismo/. Acessado aos 23 de Setembro de 2015.
Teoria
Heliocêntrica. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Cop%C3%A9rnico. Acessado aos 23 de Setembro de 2015.