O CONTRIBUTO DE ROBERT BROWN NA CONSTITUIÇÃO DAS CÉLULAS E CÉLULAS PROCARIOTAS
INTRODUÇÃO
Sabe-se que todos os seres vivos são células ou
associações de células, originando seres unicelulares e os pluricelulares. As
células utilizam mecanismos para sintetizar proteínas, transformar energia e
movimentar substancias essenciais para seu interior, e multiplicam seu material
genético. O termo procariótico surgiu para que se identificassem as células que
não possuíssem envoltório nuclear. Neste contexto o presente trabalho fala
sobre o contributo de Robert Brown na constituição das células e células
procariotas.
O CONTRIBUTO DE ROBERT BROWN NA CONSTITUIÇÃO DAS CÉLULAS E CÉLULAS
PROCARIOTAS
QUEM FOI ROBERT BROWN
Robert Brown foi um Botânico britânico nascido em
Montrose, Angus, Escócia, descobridor do movimento browniano e o primeiro inglês
a descrever o núcleo das células vegetais (1831). Estudou medicina e ciência
natural na Universidade de Edimburgo. Foi convidado (1800) pelo naturalista
britânico Sir Joseph Banks para participar de uma expedição às costas da
Austrália. No seu retorno (1805), trouxe aproximadamente 4000 espécies de
plantas australianas.
Sua mais notável contribuição científica foi a descoberta
do movimento de partículas microscópicas, chamado movimento browniano. Também
fez a distinção entre gimnospermas e angiospermas, a descoberta da núcleo da
célula vegetal e um estudo microscópico de fósseis vegetais e faleceu em
Londres. Sua obra principal Produmus Florae Novae Holandiae et Insulae van
Damien contribuiu decisivamente para a adoção dos sistemas de classificação do
botânico francês Antoine Laurent de Jussieu, a qual se baseava na classificação
do botânico sueco Carolus Linnaeus.
Pesquisas e contributo sobre as células
O
pesquisador escocês Robert Brown é considerado o descobridor do núcleo celular.
Embora muitos citologistas anteriores a ele já tivessem observados núcleos, não
haviam compreendido a enorme importância dessas estruturas para a vida das
células.
O
grande mérito de Brown foi justamente reconhecer o núcleo como componente
fundamental das células. O nome que ele escolheu expressa essa convicção: a
palavra “núcleo” vem do grego nux, que
significa semente. Brown imaginou que o núcleo fosse a semente da célula,
por analogia aos frutos.
Hoje,
sabemos que o núcleo é o centro de controle das atividades celulares e o
“arquivo” das informações hereditárias, que a célula transmite às suas filhas
ao se reproduzir.
Os componentes do núcleo
O
núcleo das célula que não estão em processo de divisão apresenta um limite bem
definido, devido à presença da carioteca ou membrana nuclear,
visível apenas ao microscópio eletrônico. A maior parte do volume nuclear é
ocupada por uma massa filamentosa denominada cromatina. Existem
ainda um ou mais corpos densos (nucléolos) e um líquido viscoso (cariolinfa
ou nucleoplasma).
CÉLULAS PROCARIOTAS
As células procariotas também podem ser chamadas de
protocélulas, não possuem um sistema de membranas compartimentando o
citoplasma, seu DNA se apresenta na forma de anel e não estão associadas a
proteínas (histonas). Têm formato geralmente simples em esfera, bastonete, ou
em hélice, podendo formar colônias em alguns casos. Como essas células não
possuem citoesqueleto, como as eucariontes, sua forma é definida por uma parede
extracelular que sofre síntese no citoplasma e se posiciona na superfície
externa da membrana plasmática. Essa parede rígida possui 20 nm de espessura, é
constituída por peptidoglicanos e tem como função proteger a célula das ações
mecânicas. A bactéria Escherichia Coli é uma das mais estudadas por sua
reprodução rápida e estrutura simples.
Outras organelas presentes são os ribossomos no
citoplasma, que podem se ligar a moléculas de RNAm, constituindo
polirribossomos. Atente-se, também, para a presença de nucleoide, uma estrutura
que possui dois ou mais cromossomos idênticos circulares, presos a diferentes
pontos da membrana plasmática; ainda nesta membrana, em sua face interna,
aparecem enzimas relacionadas com a respiração.
As células procariotas não se dividem por mitose e seus
filamentos de DNA não sofrem o processo de condensação que leva à formação de
cromossomos visíveis ao microscópio óptico durante a divisão celular. Em alguns
casos, a membrana plasmática se invagina e se enrola, formando estruturas
denominadas mesossomos. Estes são importantes na divisão celular pelo método
binário, isto é, reprodução assexuada, em que em uma célula inicial realiza a
duplicação do material genético, que está ligado à membrana celular; a célula
começa a crescer e os mesossomos se afastam, levando consigo um cromossomo. Em
seguida, a célula se divide, originando duas células-filhas com as mesmas
características da célula-mãe.
As moléculas menores de DNA extracromossômicas são
chamadas de plasmídeos, e podem ser passadas de uma bactéria para outra,
carregando informações genéticas. As células procariotas ainda podem ter
flagelos que auxiliam na locomoção e fímbrias ou pili, que ajudam na junção com
as células hospedeiras.
Podem surgir células procariotas autótrofas, que possuem
em seu citoplasma algumas membranas, paralelas entre si, associadas à clorofila
ou a outros pigmentos responsáveis pela captação de energia luminosa. Entretanto,
a maioria dos procariotas é heterotrófica, ou seja, depende de uma fonte
externa de alimentos e realiza essa alimentação por absorção com vários
mecanismos de fermentação e de respiração.
CONCLUSÃO
No entanto, percebe-se como as células procariotas
possuem algumas particularidades que podem tornar seus representantes, como as
bactérias, resistentes. Notemos que um ponto muito importante para essas
células é a existência de uma cápsula de proteção, que é uma camada rígida
formada por uma série de polímeros orgânicos que se deposita no exterior da sua
parede celular. Outro ponto de atenção é para a presença de plasmídeos, que
podem transmitir até mesmo genes de uma bactéria para outra, aumentando a possibilidade
de mutação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil Escola. Robert
Brown. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/robert-brown.htm. Acesso aos 20 de
Março de 2018
Só Biologia. O núcleo celular. Disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo.php. Acesso aos 20 de
Março de 2018
Campbell, N. (2003): Biologia: conceitos e
conexões. San Francisco: Pearson Education.