TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

ÍNDICE
INTRODUÇÃO.. 1
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS.. 2
As teorias construtivistas. 2
Epistemológica genética (Piaget) 4
A psicogénese da escrita (Ferreiro) 7
Pensamento e linguagem (Vygotsky) 9
CONCLUSÃO.. 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.. 12



INTRODUÇÃO

Construtivismo é uma das correntes empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas acções mútuas entre o indivíduo e o meio. A ideia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma cada vez mais elaborada.
Dessa forma pode-se dizer que o conhecimento consiste numa reestruturação de saberes anteriores, mais que na substituição de conceitos por outros. A passagem de uma didáctica centrada na transmissão do conhecimento para outra baseada na sua construção não nasce de um dia para outro. Assim, as abordagens construtivas para qual contribuíram os trabalhos de Piaget, Vygotsy, Ferreiro e outros, domina este conjunto com intuito de melhor percepção no que tange à teoria construtivista.



1.    TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Dominar os conhecimentos históricos relacionados com a arte-educação é de fundamental importância como subsídio para uma acção transformadora no ensino e na aprendizagem da arte na actualidade.
A busca de propostas contemporâneas para tratar das questões do ensino-aprendizagem, nas instituições de ensino formal, vem sendo uma das principais preocupações dos arte-educadores brasileiros nas duas últimas décadas. Como afirma BARBOSA (1989, p. 14):
[...] um dos instrumentos de conscientização dos educadores poderá se constituir na análise do sistema educacional, que numa sociedade dependente, de acordo com Berger, "necessariamente tem que ser histórica", porque a análise histórica atravessa o processo de transformação, modernização e inovação do sistema educacional.
Ao analisar as tendências pedagógicas que influenciaram e continuam influenciando o ensino-aprendizagem da arte, teremos condições de escolher qual a prática educativa mais adequada como caminho a seguir neste novo milénio.
Para compreendermos e assumirmos melhor as nossas responsabilidades como professores de Arte, é importante saber como a arte vem sendo ensinada, suas relações com a educação escolar e com o processo histórico-social. A partir dessas noções poderemos nos reconhecer na construção histórica, esclarecendo como estamos actuando e como queremos construir essa nossa história. (FUSARI e FERRAZ, 1992, p. 20-21).
Muito já se escreveu sobre as tendências pedagógicas relacionadas à nossa prática em sala de aula, portanto, neste estudo não é intenção discuti-las aprofundadamente, mas sim retomá-las como base para a compreensão e reflexão sobre a situação em que se encontram o ensino e a aprendizagem da arte na actualidade.
1.1.       As teorias construtivistas
A aprendizagem construtivista é simplesmente o processo de ajustamento do nossos modelos mentais para incluir e organizar novas experiências.


Princípios do Construtivismo:

- A aprendizagem é uma procura de sentido. Como tal, deve começar com tópicos à volta dos quais o indivíduo esteja activamente interessado em construir sentido.
- O sentido requer a compreensão tanto do todo como das partes. As partes devem ser compreendidas no contexto do todo. Por isso a aprendizagem deve focar-se em conceitos primários e não em factos isolados.
- Para ensinar bem, o professor tem de compreender os modelos mentais que os alunos utilizam para interpretar o mundo e os pressupostos que estão por detrás desses modelos.
- O objectivo da aprendizagem é que o aluno construa o seu próprio sentido, não é memorizar as respostas “certas” e reproduzir o sentido de outra pessoa.
- Visto que a educação é inerentemente interdisciplinar, a única maneira válida de avaliar a aprendizagem é integrar o processo de avaliação no próprio processo de aprendizagem, assegurando que o aluno receba informação sobre a progressão na sua própria aprendizagem.
Estilos de Aprendizagem:
- Cada aluno define o seu próprio estilo de aprendizagem, aprendendo o que se quer, como e onde se quer;
- É através deste estilo pessoal de aprendizagem que adquirimos a experiência de vida;
- Centra-se no ser humano, na sua singularidade, nos seus motivos e nos seus interesses;
- A aprendizagem é determinada pelo melhor processo que cada indivíduo encontra para reter novos conhecimentos, novas experiências;
- Aprendizagem como algo espontâneo.
Princípios Psicopedagógicos:
- A preocupação central não deve ser com o ensino, mas sim com a aprendizagem numa perspectiva de desenvolvimento do aluno;
- Centrar a aprendizagem no aluno e nas suas necessidades, na sua vontade e nos seus sentimentos;
- Desenvolver no aluno a responsabilidade pela auto-aprendizagem e incutir-lhe o espírito de auto-avaliação;
- Centrar a aprendizagem em actividades e experiências significativas para o aluno;
- Desenvolver no seio do grupo relações interpessoais baseadas na empatia;
- Ensinar também a sentir e não apenas a pensar;
- Ensinar a aprender;
- Criar no seio do grupo uma atmosfera emocional positiva, que ajude o aluno a integrar novas experiências e novas ideias;
- Promover a aprendizagem activa, orientada para processos de descoberta, autónomos e reflectidos.
Técnicas de Ensino:
- Ensino individualizado;
- Discussões;
- Debates;
- Painéis;
- Simulações;
- Jogos de Papéis;
- Resolução de Problemas.
1.1.1.   Epistemológica genética (Piaget)
A teoria epistemológica de Jean Piaget sobre a aquisição de linguagem desenvolve-se na abordagem cognitivista construtivista, pois para ele o aparecimento da linguagem se dá na superação do estágio sensório-motor dependendo do desenvolvimento da inteligência da criança, com a união dos factores: conquista cognitivista e a inteligência sensória e motora surge na criança a possibilidade de adoptar símbolos, surgindo portanto, o desenvolvimento linguístico, já que para Piaget a linguagem é entendida como um sistema simbólico de representações.
As ideias de Piaget sobre a aquisição da linguagem são muito simples, apesar de terem revolucionado o estudo da linguagem como também do pensamento das crianças, seus estudos centravam-se apenas nas características das crianças, naquilo que ela têm e não, nas suas deficiências com relação aos adultos. Para ele assim como também para os behavioristas a criança adquire sua linguagem através de suas relações com o meio. O ponto forte de sua teoria é a revelação e a classificação de novos fatos, sempre evitando a generalização para não correr o risco da coexistência de duas posições opostas, da dualidade que ocorre em consequência da grande incompatibilidade entre as teorias. Piaget considera o egocentrismo, que para ele ocupa uma posição genética, como o elo de ligação de toda a característica lógica das crianças, como também uma estrutura intermediário entre o pensamento autístico e o pensamento dirigido.
Piaget relaciona a linguagem a cognição. Para ele a linguagem é adquirido através da experiência da criança com meio físico e de forma integracionista. Diferenciando dos empiristas, por acreditarem que a linguagem não construída por ela, mas, fora do organismo e também do interaccionismo de Vygotsky, que considera o adulto como criador da intenção comunicativa. Para Piaget,  "a criança como todo ser vivo tende a aumentar seu controle sobre o meio colocando-o a seu serviço",(MIZUKAMI: P.) mas isto "obedece a um grau de operatividade-moutora, verbal e mental - de acordo com nível do estágio de desenvolvimento", portanto em cada período a criança, desenvolve um grau maior de inteligência facilitando assim a linguagem ou seu melhoramento.
"Com efeito, nenhum conhecimento se deve somente às percepções, pois estas são sempre dirigidas e enquadrado por esquemas de acções. O conhecimento procede pois das acções, e toda acção que se repete ou se generaliza por aplicação ao novos objectos gera, por isso mesmo, um "esquema", ou seja, uma espécie de conceito práxico. A ligação fundamental constitutiva de todo o conhecimento não é, portanto, uma "simples associação" entre objectos mas a assimilação dos objectos ao esquema do individuo (Piattelli- Palmarini, 1983, p. 32).
O estudo psicogénese dos conhecimentos feitos por Piaget evidenciou a existência de estágios que parecem testemunhar a favor de uma construção continua de novidades no desenvolvimento. O qual a criança desenvolve capacidades necessárias para o estágio seguinte, provocando mudanças significativas no desenvolvimento.
O primeiro passo seria constituição de uma loja de acções, através de uma inteligência que trabalha a percepções (simbólicas) e das acções (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo (período sensório-motor). É uma inteligência voltada para a prática. Já no final desse período sua linguagem vai da repetição de sílabas a palavra - frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objecto e as acções, pois para ele o objecto só existe se estiver no seu campo visual. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ela). Por isso é que a criança chora quando alguém esconde um brinquedo dela ou quando a mãe sai do seu campo visual.
O segundo é o Pré-operatório, onde dos dois anos a quatro anos, aproximadamente, surge a função dos sistemas de significação que permite o surgimento da linguagem. Podendo criar imagens mentais na ausência do objecto ou da acção, é o período do faz de conta, no jogo simbólico com a capacidade de formar imagens mentais transformar o objecto em outro que lhe traga prazer, satisfação, como por exemplo, brincar com uma caixa fazendo de conta que é um carrinho ou com uma escova de cabelo fazendo de conta que é um microfone. É também o período que ela dá alma aos objectos ("O meu carrinho está dormindo", "a minha boneca está comendo comidinha"). A linguagem está a nível de monólogo colectivo, ou seja, todas falam ao mesmo tempo sem fazer relações com a fala das outras, ou seja, dizem frases que não tem relação com a frase que a outra está dizendo. Daí a ideia de fala egocêntrica ou centralizada, conversa consigo mesmo, sem ter interacção comunicativa, pois não há preocupação com o interlocutor. Já dos 4 anos aos 7 anos, a criança deseja explicações para os fenómenos. É a "idade dos porquês", pois ela pergunta o tempo todo. Esse pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista quando a linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
O terceiro período é dos 7 anos aos 12 anos, aproximadamente é o das operações concretas, a criança conhece e organiza o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), pois a fala egocêntrica desapareceu devido o desejo de trabalhar com os outros, sem que no entanto possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.
O quarto período é o das operações formais, corresponde ao nível do pensamento hipotético-dedutivo que e o auge do desenvolvimento da inteligência. A partir desta estrutura de pensamento é possível o diálogo, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para chegar a uma conclusão.
Com base nos estudos feitos sobre a epistemologia de Piaget na Aquisição da Linguagem podemos concluir que a linguagem das crianças podem ser classificadas como egocêntrica, onde a criança pensa e fala por se própria sem se preocupar se o seu interlocutor está ou não entendendo e socializada quanto ela tenta estabelecer uma comunicação, ou seja, entender e ser entendida, isto porém depende da fase em que ela se encontra como também do meio a que interagem.
1.1.2.   A psicogénese da escrita (Ferreiro)
Nos últimos 20 anos nenhum nome teve tanta influência sobre a educação como o da psicolinguística Emília Ferreiro.  
Das obras de Emília a mais importante foi – psicogénese da Língua Escrita – não apresenta nenhum método pedagógico, mas revela os processos de aprendizagem da criança, levando a entender que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.
Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar o código linguístico. O tempo para o aluno transpor cada uma das etapas é bem variado. Duas consequências importantes a ser respeitada em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e compreender que o desempenho mais vagaroso não significa que a mesma seja menos inteligente. A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento.
O processo inicial é considerado em função da relação entre método utilizado e o estado de maturidade ou de prontidão da criança. As dificuldades que a criança enfrenta, são dificuldades conceituadas a respeito da construção do sistema e pode-se dizer que as crianças reinventam esse sistema. Não é reinventar as letras ou números, mas compreende-se o processo de construção e suas regras de produção.
De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até sua alfabetização:
·                     pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
·                     silábica: interpreta de sua maneira, atribuindo valor a cada sílaba;
·                     silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de cada sílaba;
·                     alfabética: domina o valor das letras e sílabas.
O processo de conhecimento da criança deve ser gradual dependendo de sua assimilação e de uma re-acomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esse sistema e não repetir o que ouvem, que as crianças interpretam o ensino que recebem. Nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido.
Emília Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliação de percepção e de motricidade (coordenação). O peso para o aspecto externo da escrita é excessivo, deixando de lado suas características como a compreensão da escrita e sua organização. Seguindo esse raciocínio o contacto da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela for capaz de ler as palavras isoladas, embora a relação com os textos inteiros sejam enriquecida. Portanto a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita.
Segundo Emília Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.”
Actualmente, os professores definem o processo de alfabetização como sinónimo de uma técnica. Entretanto no processo de alfabetização inicial, nem sempre esses critérios são utilizados. Os professores ensinam da mesma maneira como aprenderam quando eram alunos, e não aceitam os erros que seus alunos cometem.
A autora defende, que de todos os grupos as crianças são as mais fáceis de alfabetizar e estão em processo contínuo de aprendizagem, enquanto os adultos já têm formas de conhecimento mais difíceis de modificar, ressalta.
Tradicionalmente, as decisões a respeito da prática alfabetizadora têm como foco a polémica sobre os métodos utilizados. A metodologia normalmente utilizada pelos professores parte daquilo que é mais simples, passando para os mais complexos.
Para Ferreiro & Teberosky (1985, p.18) a preocupação dos educadores tem-se voltado para a busca do melhor ou do mais eficaz dos métodos, levando a uma polémica entre dois tipos fundamentais: método sintético e método analítico.
O método sintético preserva a correspondência entre o oral e o escrito, entre som e a grafia. O que se destaca é o processo que consiste em partir das partes do todo, sendo as letras os elementos mínimos da escrita. O método analítico insiste no reconhecimento global das palavras ou orações.
Então para Emília Ferreiro, o que seria correcto é interrogar, ”através de que tipo de prática a criança é introduzida na linguagem escrita, e como se apresenta esse objecto no contexto escolar” (1985, p.30).
Existem práticas que levam a criança à convicção de que o conhecimento é algo que os outros possuem e que só se pode adquirir da boca destes, deixando assim, de ser participante da construção. Algumas práticas levam a pensar que o que existe para conhecer já foi estabelecido, como um conjunto de coisas que não serão modificados. Algumas práticas fazem com que a criança, fique sem a prática do conhecimento, como receptor daquilo que o professor ensina.
Ainda para Ferreiro ”nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objecto dessa aprendizagem” (1985,p.31). Então para que o professor seja eficaz deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança.
1.1.3.   Pensamento e linguagem (Vygotsky)
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas.
Segundo a tradição marxista, Vygotsky considera que as mudanças que ocorrem em cada um de nós têm suas raízes na sociedade e na cultura.
A relação do indivíduo com o mundo está sempre mediado pelo outro. Para fazer a mediação, o homem também se utiliza de instrumentos, como por exemplo o machado para o lenhador.
No campo psicológico, o homem também se utiliza de instrumentos, só que agora chamados de “signos” que por sua vez também são por Vygotsky chamados de “instrumentos psicológicos”.
O signo é uma marca externa que auxilia o homem em tarefas que exigem memória ou atenção. Ex: fazer uma lista de compras por escrito.
Com o tempo, a utilização de marcas externas vai dar lugar a processos internos de mediação, chamados de processo de internalização.
As possibilidades de operação mental não constituem uma relação directa com o mundo real fisicamente presente; a relação é mediada pelos signos internalizados que representam os elementos do mundo, libertando o homem da necessidade de interacção concreta com os objectos de seu pensamento.
Um dos instrumentos básicos que temos é a linguagem, onde Vygotsky trabalha com duas funções básicas: intercâmbio social-criação e utilização de sistemas de linguagem: que o homem utiliza para se comunicar com os seus semelhantes; e o pensamento generalizante, onde a linguagem ordena o real, agrupando todas as ocorrências de uma mesma classe de objectos, sob uma mesma categoria conceitual.
Antes de o pensamento e a linguagem se associarem, existe, uma fase pré-verbal e uma fase pré-intelectual. Após, os processos de desenvolvimento do pensamento e da linguagem se unem, surgindo assim o pensamento verbal e a linguagem intelectual. Podemos ainda dizer que é no significado da palavra que o pensamento e a fala se unem em pensamento verbal, mas não podemos nos esquecer que os significados continuam a ser transformados durante todo o desenvolvimento do indivíduo. Deste modo é a função generalizante da linguagem que a torna um instrumento do pensamento.
A partir das concepções descritas acima, Vygotsky construiu o conceito de zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto, ou em colaboração com companheiros. Sendo assim diz-se que para Vygotsky, as relações entre aprendizagem e desenvolvimento são indissociáveis.
CONCLUSÃO
Mediante a reflexão sobre as tendências pedagógicas que influenciaram e continuam influenciando o ensino-aprendizagem, espera-se que o estudo abordado neste artigo possa ajudar os estudantes a entenderem-se como sujeitos do processo histórico, pois, ao mesmo tempo que fazem a história, são determinados por ela. Devem perceber que para interferir e transformar o presente é necessário conhecer e entender o passado. A compreensão da história lhes possibilitará uma acção transformadora no processo ensino-aprendizagem, e lhes dará subsídio para repensar as relações sociais existentes nas instituições, tanto de Educação Infantil.
Contudo, para alguns teóricos como Piaget, Vygotsy, construtivismo é uma teoria, que procura descrever os diferentes estágios pelos quais passam os indivíduos, no processo de aquisição de conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o indivíduo se torna autónomo. Em busca de descobertas feitas pelas teses construtivistas, muito se tem escrito sobre como se poderia ser o processo de ensino fundamentado nessa teoria, há várias críticas sobre o construtivismo que advêm de uma tradução feita por alguns educadores para a pedagogia, objectivando justificar a adopção de determinados procedimentos no ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MIZUKAMI, Maria da Graça Nicolelti. Editora Pedagógica e Universitária
SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. FIORIN, José Luiz (org). Introdução à Lingüística I. Objetos teóricos. São Paulo. Contexto, 2002. pp. 211-224
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