Portugal e o fim da primeira república
INTRODUÇÃO
O presente trabalho insere-se na pesquisa sobre a revolução
proletária e a crise do sistema capitalista internacional principalmente
dissertação sobre Portugal e o fim da primeira república e a Ditadura
Salazarista em Portugal. Sendo assim no primeiro ponto tratamos das causas da
falência da primeira república portuguesa e no segundo ponto falamos da
ditadura Salazarista que deu o fim assim no conteúdo desta pesquisa.
A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E A CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA
INTERNACIONAL
Portugal e o fim
da primeira república
A queda da monarquia portuguesa dá-se em 1910
com a Implantação da República. Contudo, devido a condicionantes exteriores que
agravaram o estado político, económico e social de Portugal, a República
portuguesa cai, no contexto da regressão dos demoliberalismos na Europa durante
o período do pós-guerra.
Causas da falência da Primeira República
Portuguesa
Políticas:
·
A
discussão política sobre o papel de Portugal na PGM acabou por resultar na intervenção
portuguesa através do Corpo Expedicionário Português que auxiliaria a
Inglaterra e protegeria as colónias cobiçadas pela Alemanha;
·
A
instabilidade governativa: a Constituição de 1911 atribuía o poder legislativo
ao Congresso e este destituía facilmente os governos na falta de uma maioria
parlamentar. A divisão dos republicanos em vários partidos políticos
dificultava ainda mais a situação.
Económicas:
·
As
consequências económicas da participação portuguesa na guerra, nomeadamente a
carência de bens essenciais e consequentes racionamentos;
·
Devido à
falta de meios de pagamento o governo aumentou a quantidade de dinheiro em
circulação. Consequentemente, a moeda desvalorizou e provocou a inflação e a
perda de poder de compra dos proprietários. Quanto mais o escudo desvalorizava,
maior o custo de vida, que foi aumentando de 1910 até 1926.
Sociais:
·
A subida
do custo de vida provocou o descontentamento da classe média e proletariado;
·
Em
virtude dos problemas económicos e por influências da Revolução Russa,
verificaram-se vagas grevistas e atentados à bomba contra a República. Foi
criada a CGT (Confederação Geral do Trabalho) dos movimentos operário, e a
Confederação Patronal, da classe capitalista.
·
Com a
laicização do estado, dado que Portugal era um país maioritariamente Católico,
a República perde grande parte do apoio popular.
A Ditadura
Salazarista em Portugal
António de Oliveira Salazar foi a figura
central do Estado Novo, ou seja, do Salazarismo em Portugal. Salazar foi
Ministro da Fazenda e em 1932 tornou-se primeiro Ministro de Portugal, função
durante a qual sustentou o país em regime ditatorial por 41 anos. Nesse
período, Salazar adoptou subitamente medidas em relação à economia portuguesa,
acrescendo os tributos e condensando os gastos do Governo, com isso, suprimiu o
saldo negativo financeiro existente no Estado. Essas acções renderam a Salazar
influência e poder, tanto que ele conseguiu retirar dos militares a força que
possuíam até aquele instante.
À frente do Governo, Salazar implantou
uma nova Constituição. A nova constituição de 1933 consentiu o fim da Ditadura
Militar e o começo da Ditadura Salazarista, essa atitude tinha como finalidade
a mudança dos poderes políticos portugueses, e assim foi feito. Através da
política salazarista observou-se quase de imediato a perda da liberdade de
expressão, do direito à greve e à restrição da acção de alguns órgãos de poder,
como a Assembleia Nacional. O poder do Presidente da República passou a ser
figurativo. Nesse contexto, a autoridade estava concentrada nas mãos do
Primeiro Ministro.
Algumas Características da Ditadura de
Salazar:
• A exaltação do líder, que está sempre
certo nas tomadas de decisão;
• A existência de um só partido, a União
Nacional, partido do governo;
• A Repressão através da política da
Polícia Internacional de Defesa do Estado;
• A Censura aos meios de comunicação
social;
• O Nacionalismo exacerbado;
• Criação da Mocidade Portuguesa:
organização juvenil criada em 1936 com o intuito de orientar a juventude para
os valores patrióticos e nacionalistas do Estado Novo. Observando que a
inscrição era obrigatória entre os sete e os quatorzes anos;
• O Resguardo dos valores morais e
tradicionais;
• Retirada de todo carácter
reivindicatório dos trabalhadores através da politica corporativista;
• Publicação do Ato Colonial, no qual as
Colónias Portuguesas existentes faziam parte integrante da Nação Portuguesa e
por isso deveriam ser defendidas, civilizadas e colonizadas.
• Política económica proteccionista que
tinha por fim a redução das importações e aumento da produção do país e no
investimento da construção de obras públicas.
O Salazarismo foi uma das mais longas
ditaduras do século XX, inspiradas no modelo fascista. Durante este período
Portugal viveu na censura, repressão e sob o poder autoritarista Salazarista. A
ditadura chegou ao fim em 25 de Abril de 1974, derrubada pela Revolução dos
Cravos, forte manifestação militar.
A consistência da nova sociedade
Será uma sociedade isenta de penúria, de miséria, fronteiras, e
guerra; uma sociedade em que as necessidades humanas serão atendidas. Será a
associação livre dos produtores, isto é, daqueles que, através de seu trabalho,
produzem as riquezas. Isto será o comunismo, onde o desenvolvimento de cada um
será a condição do desenvolvimento de todos. O trabalho deixará de constituir
um sofrimento e uma fonte inesgotável de aborrecimento para se tornar um factor
de desenvolvimento dos seres humanos.
Findo o sacrifício de uma vida presa pela especialização
excessiva dentro da mesma actividade, pois, como se diz: "na sociedade
comunista, na qual cada homem não tem um círculo exclusivo de actividade, mas
se pode adestrar em todos os ramos que preferir, a sociedade regula a produção
geral e, precisamente desse modo, torna possível que se faça hoje uma coisa e
amanhã outra.
CONCLUSÃO
A
mudança de regime político de Monarquia Constitucional para uma República Parlamentar
em Portugal trouxe, de facto, progresso ao país. Porém, devido a alguma
ineficácia da tutela; de resistência a novos ideais por parte de uma tradição
muito entranhada na sociedade portuguesa e ao contexto externo em que a
República se fez nascer, esta fracassou. Por isso, após 16 anos da 1ª República
surge a Ditadura como um ‘desvio do beco sem saída’ que era a República à
altura já ‘velha’ e sem progresso a apresentar ao país.
BIBLIOGRAFIA
Lilian Maria Martins de Aguiar: A ditadura
Salazarista. Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/historia/a-ditadura-salazarista-portugal.html. Acesso aos 28 de Junho
de 2016.
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