A pubilicidade
OBJECTIVO GERAL
ü
Analisar
a Gestão de Publicidade no ambito das organizações e na sociedade bem como o
papel fundamental da marca para uma empresa e o parecer sobre o marketing.
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS
ü
Determinar
os aspectos sociais da publicidade, seus princípios e restrições.
ü
Identificar
Verificar de que forma uma boa gestão afeta no rendimento profissional, bem
como nos resultados obtidos.
Introdução
O cenário empresarial actual mostra-se
fortemente marcado por uma busca constante pela competitividade. Condição esta
que vem sendo cada vez mais relacionada ao factor humano, social e ambiental
nas organizações. Percebe-se uma crescente preocupação com relação a estas
tendências sociais.
Os responsáveis pela imagem
institucional e pelos próprios rumos estratégicos das empresas e instituições
devem se manter atentos, pois é possível concluir que esses factores podem
revelar-se elementos condicionantes para uma empresa conquistar vantagem
competitiva.
A publicidade pode ser considerada uma
ferramenta fundamental para que as organizações consigam essa vantagem
competitiva, pois com os consumidores cada vez mais informados e exigentes dos
seus direitos, cabe a publicidade e sua gestão adequar as organizações a essa
nova realidade.
A publicidade surgiu de modo tímido
diante das organizações, não sendo levado muito a sério pelas empresas, mas com
o avanço do mercado e as empresas querendo cada vez mais o poder sobre ele,
viram a necessidade de uma ferramenta com o poder de captar as necessidades e
desejos de consumo dos consumidores e com isso a publicidade tomou conta das
empresas de uma forma que agora elas já não sabem competir no mercado sem o
auxilio dele.
A presente temática visa abordar a
gestão de publicidade, enfatizando a marca, seus produtos e serviços como forma
de conquistar o consumidor.
No capitulo I será relatado a história
da publicidade das organizações de ensino de graduação até chegar as empresas
onde ele ganha importância e novos conceitos, ainda neste capitulo será
abordado os conceitos de Publicidade, através dos diversos autores da área.
No capitulo II será observado a
importância que a publicidade adquiriu no mercado, principalmente dentro das
empresas, no qual deixou de ser apenas um assunto em departamento, para ser
realizado por todos os colaboradores, desde o porteiro até o presidente da
organização, pois é através do marketing que as organizações buscam captar e
entender as necessidades e os desejos dos consumidores e com isso produzir
produtos adequados às necessidades dos consumidores e com isso eles se sintam
satisfeitos.
Devido a isso que o Marketing
ultrapassou as fronteiras de um simples departamento de uma organização, para
envolvê-la por completo e está presente em cada departamento, sendo realizado
por todos os colaboradores.
No capitulo III será relatado a história
da marca desde o início da humanidade, quando já se praticavam, de maneira
rústica, a arte de marcar objetos, para que depois os consumidores saibam a
quem pertence determinado objeto.
No capitulo IV, o último será abordado a
marca como diferencial competitivo, para que a empresa se destaque diante do
consumidor, é abordado os critérios que o empresário deve analisar antes de
escolher uma marca, para a sua empresa ou produto, também é relatado os tipos
de marcas e descrito suas características.
É relatado também o valor de uma marca
para a organização e para o cliente, o registro da mesma em um órgão
competente, para que a organização tenha os direitos legais sobre a marca. A
marca é um símbolo, uma palavra ou uma imagem utilizada para representar a
organização diante do mercado.
É recente a preocupação das marcas com a
psicologia do consumidor. Nesse mercado hiper-competitivo, onde os produtos e
os serviços por si só já não possuem o suficiente para atrair um novo mercado
ou mesmo manter os existentes, torna-se pré-requisito compreender as
necessidades e os desejos emocionais das pessoas.
Dessa maneira, uma marca bem trabalhada,
baseada no estreitamento das relações com o seu público consumidor, tem grandes
chances de se destacar e se diferenciar das concorrentes, podendo ser a
preferida pelos benefícios intangíveis que oferece.
Nos dias de hoje as empresas já não
imaginam como seriam sem essa poderosa ferramenta, que os auxiliam e os mantém
no mercado, pois atualmente, uma empresa que não seja capaz de captar as
necessidades dos consumidores, e ainda conquistá-lo através de sua marca está
literalmente fora do mercado.
CAPITULO
I - A Publicidade
1. Conceitos de
Publicidade
A publicidade é uma actividade
profissional dedicada à difusão pública das associadas a empresas, produtos ou
serviços, especificamente, propaganda comercial.
Divulgação de
produtos, serviços e ideias junto ao público, tendo em vista induzi-lo a uma
atitude dinâmica favorável. Nesse sentido geral, a publicidade é parte da
técnica de comunicação.
Em sentido estrito,
tem um carácter comercial e, então, é parte de um todo que se chama
'mercadologia' ou conjunto de meios adoptados para levar o produto ou serviço
ao consumidor.
Publicidade é um
termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que envolvam esta
difusão comercial de produtos, em especial actividades como o planeamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias.
Por definição, a publicidade
consiste em qualquer forma de comunicação feita quer pelo público ou por uma
empresa cujo objectivo seja promover um bem ou serviço.
A publicidade é uma
actividade profissional dedicada à difusão pública de ideias associada
especificamente à propaganda comercial.
A publicidade tem vindo a crescer diariamente e melhorando cada vez mais as
suas estratégias publicitárias, hoje em dia consegue não só captar a nossa
atenção como consegue afectar muitas das nossas escolhas, sejamos crianças,
adolescentes ou idosos.
1.1 Historia da Publicidade
Pois
bem, tudo começou na Antiguidade Clássica, em Pompeia. Nesta altura a publicidade
era feita oralmente por pregoeiros, porém também foram encontrados vestígios de
publicidade na época dos gregos e egípcios. Estes, por sua vez, utilizavam
pinturas nos muros ou rochas e assim se manteve ate aos séculos XV e XVI,
aquando do início do aparecimento dos primeiros panfletos publicitários. Esta
evolução ocorreu em 1482, destinada a anunciar uma grande manifestação
religiosa em Paris.
Com o
passar do tempo a publicidade começa a desenvolver-se e é em 1625 que surge o
primeiro anuncio publicitário com a intenção de promover um livro, o Mercurius Britannicus.
Em 1631 ocorre o aparecimento da
primeira secção de anúncios, que tinham como finalidade única chamar a atenção
do leitor.
Só passado 100 anos é que a publicidade foi vista do ponto de vista do
consumidor, e foi Benjamin Franklin, considerado o pai da publicidade, que a
impulsionou. Esta nova forma de ver a publicidade juntamente com o surgimento
de jornais, que começaram a ser utilizados como meio publicitário, sendo feita a
promoção de livros e jornais, como patrocinadores destes jornais.
Porém,
só em 1745 que surge o primeiro jornal dedicado apenas à publicação de
anúncios. Mas como todas as evoluções, esta também trouxe certas consequências
que hoje em dia se verificam, a primeira propaganda enganosa e assim a primeira
preocupação em defender o consumidor deste tipo de publicidade.
O grande ponto de viragem ocorreu na Revolução Industrial. É nesta altura que
surgem novas empresas e industrias, o que levou a um aumento de produção, que
por sua vez aumentou a quantidade de produtos a circularem no mercado.
Por outro lado, seguiu-se o início da explosão demográfica, que levou a um
aumento do número de consumidores potenciais. Com todo este desenvolvimento
económico e industrial também cresce o mercado publicitário, não só pela
publicação de anúncios mas também pelo aperfeiçoamento da técnica publicitária,
passando a ser persuasiva nas suas mensagens e perdendo, quase por completo, o
seu sentido informativo. E foi aqui que o produto começou a ser imposto e não
sugerido. Todo este progresso publicitário, levou ao aparecimento da primeira
agência publicitária em Boston, pela mão de Volney Palmer, em 1841, que cobrava
25% do custo dos anúncios.
Uma nova evolução inicia-se. Desenvolvem-se novas tecnologias (como o rádio)
para a divulgação de anúncios.
Os
equipamentos inicialmente eram muito rudimentares, mas foram sendo construídas
estações de rádio por cada vez mais instituições que os utilizavam para fazer
divulgar informações relativas às mesmas instituições.
Com o
aumento das estações de rádio começam a surgir o patrocínio a programas, sendo
as empresas ou produtos anunciados no programa. Como foi uma prática que ganhou
popularidade, as estações de rádio começaram a cobrar para anunciar as empresas
ou produtos.
Quando
surge a televisão acaba por ocorrer o mesmo, sendo actualmente a televisão um
dos maiores meios de publicidade em qualquer economia.
Contudo pode-se verificar que em toda a evolução da publicidade, quer na
antiguidade clássica ate a actualidade o principal objectivo da publicidade não
mudou. Esta continua a ser utilizada para chamar a atenção do público ao seu
produto e assim adquirir lucro.
1.2 Tipos de Publicidade
Existem duas formas de dividir os tipos de
publicidade: quanto às estratégias de marketing utilizadas e quanto ao seu
formato.
- Publicidade
“Outdoor”
- Publicidade
Encoberta
- Publicidade
de Substuição
- Publicidade
por Causas Sociais
- Publicidade
de Radiodifusão
- Publicidade
“Impressa”
- Publicidade
Através de Celebridades
Este é um tipo de publicidade
bastante usado, já que pode utilizar mais técnicas para atrair os consumidores.
Os exemplos mais comuns são
os cartazes à beira da estrada (designados billboards), que têm obrigatoriamente que ser apelativos
e com slogans que marquem
pela originalidade.
A imagem é muito importante,
visto que determinará o interesse dos futuros consumidores.
Quanto a quiosques, feiras e
eventos temos por exemplo as empresas de material de desporto que realizam
eventos desportivos de modo a publicitar as suas mais recentes aquisições.
A publicidade encoberta (em
inglês product placement ou embedded marketing) é um tipo de
publicidade em que não existem anúncios que representem a marca,
simplesmente os patrocinadores pagam aos responsáveis por um filme ou por uma
novela (por exemplo), de modo a que os actores envolvidos utilizem um
produto da tal marca no decorrer das filmagens.
Ao serem exibidas na
televisão ou cinema, o nome da marca não é referido mas está lá. Ocorre o mesmo
em eventos desportivos, como por exemplo o futebol, em que o nome de
algumas marcas aparece a contornar o campo.
Exemplos bastante conhecidos
de publicidade encoberta aparecem nos filmes "Relatório Minoritário",
em que Tom Cruise exibe o seu telemóvel Nokia, ou no filme "Matrix",
em que a marca Cadillac aparece inúmeras vezes.
Certos produtos como o alcoól
e tabaco não podem, por lei, ser publicitados.
A publicidade de substituição
normalmente publicita marcas que lembrem os consumidores daquela que não pode
ser publicitada.
Esta técnica faz
da publicidade um meio eficiente para passar mensagens sobre assuntos realmente
importantes, como a SIDA, conservação de energia, desflorestação,
analfabetismo, pobreza etc.
Este tipo de
publicidade está dividido em três ramos, televisão, rádio e internet.
A publicidade na
televisão é popular desde os seus primórdios, sendo que a quantia que as
empresas de publicidade têm que pagar às estações de televisão depende da
duração do anúncio, das vezes que está no ar, e da popularidade da estação em
causa.
Quanto ao rádio,
os anúncios têm vindo lentamente a perder a fama, embora continuem a ser o meio
de comunicação social preferido de pequenas empresas, com jingles que fiquem no ouvido, na
maioria das vezes.
Publicitar
produtos via jornal ou revista é uma prática comum, uma vez que estes vendem o
seu espaço às empresas de publicidade, ganhando dinheiro com isso: é claro que
publicitar um produto num jornal menos conhecido sairá mais barato, assim como
o preço variaria consoante o anúncio estivesse na primeira página ou numa das
interiores.
Apesar de o público estar
cada vez mais alerta para certas situações em que possam estar a ser enganados,
a grande maioria continua a deixar-se render pelas celebridades, que ao
publicitar uma certa marca ou participando em campanhas de solidariedade a
tornam bastante mais popular.
1.3
Tipos de Estratégias de Marketing
Publicidade de Produto: Este tipo de publicidade
pretende essencialmente mostrar ao consumidor que o produto que a empresa
publicita é a melhor alternativa.
Publicidade de Serviços: É aquele que tenta vender
bens não materiais, como por exemplo bancos, seguradoras, serviços de advocacia
etc.
Publicidade Genérica (ou de
“commodities”):
Quando publicitam algo no geral, como “chocolate”. Não estão a publicitar uma
marca de chocolate em concreto mas apenas o alimento.
Publicidade de Classificados: É a publicidade a negócios
de venda ou aluguer que é muitas vezes a maior fonte de rendimento de jornais
de “bairro”.
Publicidade Comparativa: Os anunciantes comparam a
sua oferta com a dos concorrentes, tanto a nível de preço como de qualidade.
Publicidade Cooperativa: É o oposto da publicidade de
varejo. Vários lojistas ou fabricantes reúnem-se para produzir anúncios
conjuntos.
Publicidade de Promoção: Publicidade que passa nos
meios de comunicação social, como rádio, televisão, cinema, jornal, revistas,
ou outdoors.
Publicidade Legal: São os anúncios cuja
publicação é exigida pelas empresas de capital aberto, por lei ou
regulamentação específica, de modo a que se façam balanços, comunicados,
convocação de assembleias, avisos ou editais.
Publicidade de Varejo: São patrocinados pelo
intermediário, como por exemplo: ao colocarmos um anúncio num supermercado, não
significa que o supermercado patrocine essa marca, é meramente intermediário.
1.4
Factores de Mercado
Este conceito
bastante difundido pode ser entendido como filosofia empresarial e enfatizar todos
os seis factores de mercado, que são:
- Orientação para Produção: A grande questão, para as
empresas, era produzir e não vender. O papel do marketing é,
essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados.
- Orientação para Produto: Considera que os consumidores
preferem os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos
inovadores. Portanto as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar
seus produtos permanentemente.
- Orientação para Vendas: A orientação para venda significa
que o propósito da empresa é vender o que fabrica e não vender o que o
mercado (o cliente) deseja, ou seja, a preocupação com o curto prazo, não
se interessando se o cliente ficou ou não satisfeito.
- Orientação para o Cliente: A função principal da empresa não
é mais produzir e vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes
de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa
consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos/serviços/idéias de
qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem
da empresa e de seus produtos.
- Orientação para o Marketing Socialmente Responsável ou
Marketing Societal:
Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e
interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor
superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da
sociedade.
6. Orientação para o Marketing Holístico: Nesta abordagem a empresa
deve tentar compreender e administrar toda a compĺexidade envolvida na gestão
de marketing de uma empresa.
Na década de
1960, ocorreu a primeira grande mudança do Marketing, que veio com a divulgação
do artigo de Theodore Levitt, que é considerado o pai do Marketing, intitulado
“Miopia de Marketing” e foi divulgado na revista Harvard Business Review, nesse
artigo ele revelou uma série de erros de percepção, mostrou a importância da
satisfação do cliente e transformou para sempre o mundo dos negócios. O vender
a qualquer custo, deu lugar à satisfação garantida.
Não é à toa que
assistiu-se logo após esse período a um renascimento das marcas como Coca-Cola
, Sears, Malboro.
O mundo do
Marketing se encheu de artigos científicos, pesquisas e dados estatísticos
foram revelados, o conhecimento adquirido nessa área encontrava-se muito
difuso, espalhado e restrito ao mundo acadêmico. Por isso em 1967, Philip
Kotler, lançou a primeira edição de seu livro “Administração de Marketing”,
onde através dessa obra tratou de reunir, revisar, testar, e consolidar as
bases daquilo que até hoje forma o cânone do Marketing.
Na década de 1970, ocorre a grande evolução do marketing
no campo empresarial, se tornando componente curricular obrigatório para os
administradores que desejam assumir um cargo na alta administração de qualquer
empresa, surgiram os departamentos e diretorias de marketing nas organizações,
pois não se tratava mais de uma boa idéia, mas de uma necessidade de
sobrevivência.
Nessa época multiplicam-se os supermercados, shoppings
centers e franchises. Torna-se notória a contribuição do Marketing no meio
empresarial, que passa rapidamente a ser adotada em todos os setores da
atividade humana, tudo o que o homem realiza, passa a utilizar essa poderosa
ferramenta.
Com o avanço da
tecnologia, o marketing também evolui adquirindo novos conceitos e suas funções
tornam-se muito complexas, e englobam todo um processo que vai da tomada de
decisões, da gestão de recursos, coordenação de processos, até a avaliação dos
resultados, além das funções específicas do Marketing, que são conhecidas como
os “4Ps”, que são: Preço, Produto, Praça e Promoção. (DIAS, 2003, p.10)
As decisões do produto englobam várias características
relacionadas aos serviços e produtos que se deseja oferecer ao consumidor, tais
como: a identificação de oportunidades de lançamentos de novos produtos e
serviços, a adequação destes às necessidades e desejos dos consumidores, a
formulação das estratégias de produtos e linhas de produtos e a administração
do ciclo de vida dos produtos.
As decisões de preço envolvem a seleção da estratégia de
preço que gere vantagem competitiva e diferenciação para cada produto, bem como
a maximização do retorno para a empresa e para os parceiros do canal de
distribuição.
As decisões relacionadas com a promoção são aquelas
relativas ao investimento em estratégia e atividades de comunicação e promoção
de vendas.
As decisões
relacionadas com a praça diz respeito à logística de distribuição dos produtos,
para que eles estejam no lugar certo, no momento certo, para que o cliente
possa realizar as compras e satisfazer as suas necessidades.
Portanto, o profissional de marketing é o responsável
pelas atividades estratégica e táticas da área do marketing, visando
aperfeiçoar o valor para o cliente, e simultaneamente para o acionista. “Apesar
de muitos não acreditarem na possibilidade de se atingirem um ponto de
equilíbrio entre esses dois objetivos, considerados conflitantes, o crescimento
e a solidez da empresa a longo prazo dependem desse equilíbrio.” (DIAS, 2003,
p. 10)
As quatro grandes áreas de responsabilidade do gerente de
marketing podem ser resumidas abaixo:
1.
Análise de Marketing: analisar os riscos e as
oportunidades de mercado;
2.
Planejamento de Marketing: selecionar o mercado-alvo e
as estratégias de marketing;
3.
Implementação de Marketing: desenvolver o mix de
produtos ou compostos de marketing;
4.
Controle de Marketing: Avaliar os resultados das
estratégias e dos programas.
Na década de 1980
o marketing avança ainda mais no mercado, deixa de ser apenas um departamento
nas grandes organizações, passando a se envolver em todos os departamentos
estando em todo o lugar e em todos os processos que a empresa realiza.
Nesse período o
marketing atinge as massas populares e chega às pequenas e médias empresas,
todos agora podem usufruir dessa importante ferramenta, sem ter que manter um
departamento nessa área dentro de sua empresa.
Ainda com pouco
conhecimento nessa área, algumas pessoas se confundem ao imaginar que o
Marketing está acima da Administração nas organizações. Segundo Menshhein
(2007, p. 02), “Administrar envolve a organização completamente, o Marketing
une a organização completamente”.
Os profissionais
de marketing sempre estão utilizando-se de ferramentas para estudar o mercado,
os consumidores, criar produtos ou serviços entre muitas outras tarefas, também
deve estar ciente de que suas atitudes respondem ao administrador da empresa.
Na década de 1990
o marketing passou a ser incorporado ao curso de “Propaganda e Publicidade” e
assim como em outras áreas, o avanço tecnológico também teve forte influência
no desenvolvimento do Marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na
logística, distribuição e formas de pagamento. O marketing surgiu agregado. (COBRA,
2005, p. 06)
Devido ao pouco
conhecimento da área, o Marketing esteve relacionado à Internet e a
Globalização, com isso houve uma aproximação maior na relação
empresa-consumidor, surgiu os CRM (Gestão de relacionamento com o consumidor)
os SACs (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e outras inovações que tornaram
possível o relacionamento com o cliente em larga escala.
A internet surgiu
como uma nova via de comunicação e teve grande contribuição na expansão do
Marketing em escala mundial.
Outra tendência
do período foi o fortalecimento do Marketing Societal, na qual se transformou
em exigência do mercado a preocupação pelo bem-estar da sociedade.
A satisfação do
consumidor e a opinião pública passaram a estar diretamente ligada a participação
das organizações em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se
numa vantagem competitiva.
Na década de
2000, na virada do milênio viu-se uma grande inovação ocorrida nos meios de
comunicação, como: telefonia móvel, televisão a cabo e em especial as inovações
ocorridas na internet. Surgem novos conceitos e o Marketing se divide em outras
áreas de estudo, tais como o Webmarketing e comércio eletrônico.
O grande avanço
ocorreu no consumidor que deixou de ter apenas o poder de barganha, e passou a
ter também o poder de informação.
A internet
oferece um leque de oportunidades para que as empresas desenvolvam os seus
serviços e satisfaçam os seus clientes em qualquer parte do mundo. Segundo
GRONROOS,
A internet
oferece muitas oportunidades de criar processos de serviços que demandam menos
recurso do prestador de serviços e ao mesmo tempo, são percebidos pelos
clientes como qualidade melhorada de serviço. O consumidor possui o poder de
barganha e de informação influenciando a maneira com a qual os consumidores
interagem com as empresa e entre si.(GRONROOS, 2003)
Actualmente, com
toda a evolução nos meios de comunicação, nos processos de se interagir com os
consumidores, todas as empresas de alto padrão depositam um alto investimento no
departamento de Marketing, pois elas sabem da importância dessa área para o
sucesso de toda a empresa. As pequenas e médias empresas por não terem recurso
suficiente para contratarem profissionais e manter um departamento de marketing
dentro de suas empresas, podem recorrer às agências de publicidade, que são
empresas especializadas nessa área.
O marketing
tornou-se fundamental na hora de entender as necessidades do consumidor ou até
mesmo de criar a necessidade no consumidor, através de seu desejo por algo
novo. “O marketing é tão fundamental que não deveria ficar restrito ao
departamento de uma empresa.
A sua importância
é tamanha que as suas ações de marketing afetam a própria estratégia
empresarial.” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 05).
CAPITULO II - Aspecto Social
da Publicidade
2. A Publicidade e o
Consumismo
Hoje em dia, é
bastante normal ouvir a palavra “consumismo” associada à publicidade. Com o
formar de ambas, uma levou à outra. Com isto quero dizer que, o consumismo é a
base da economia de qualquer país, neste caso do nosso.
O consumismo
leva-nos a descurar por completo o que é realmente importante e essencial, na
vida de cada um, enquanto indivíduos pertencentes a uma sociedade.
Uma vez libertos
do que é, por assim dizer, correcto, não vemos outra solução senão
auto-satisfazer as nossas necessidades naquilo que a publicidade e os mais
variados meios de comunicação nos providenciam.
O instinto
conduz-nos pelo caminho mais fácil, que por sua vez nos encaminha até ao
consumismo.
Inconscientemente
somos levados a acreditar que podemos e, para grande cúmulo, devemos afogar as
nossas pseudo-mágoas em compras, compras e mais compras.
Há que ter em
conta toda a panoplia de efeitos (positivos e negativos, mas mais os negativos)
que a publicidade tende a exercer sobre o consumidor. Quer em termos económicos
quer do próprio auto-controlo.
Obs: Sempre que resolverem a ir
às compras, ponderem bem o motivo que vos move. É certo, e volto a reptir, que
o consumismo é a base económica de qualquer país, e que cada um terá de pôr a
mão na sua consciência no que toca aos próprios actos, de nada vale um país
cujos habitantes são meras marionetas movidas pelo consumo excessivo e, maior
parte das vezes, desnecessários.
2.2 A Publicidade e o Sexo
Como toda gente
sabe, o objectivo da publicidade é chamar a atenção do público a um dado
produto, e por isso é que muitos dos anúncios que hoje vimos quer na
nossa televisão, carros, cartazes etc … envolvem bastante o tema do
sexo.
Foi feito um
estudo que revela que os anúncios que envolvem sexo chamam muito mais a
atenção do público. Porém, as pessoas tendem a prestar mais atenção ao
tema do que ao próprio anúncio, ou seja, passado algum tempo já não se lembram
do que o anuncio se tratava, lembram-se apenas do produto.
Para tal temos o
argumento de Brad Bushman, encarregado deste estudo. Este diz que “uma possível
razão pela qual os programas de conteúdo sexual reduzem a memória dos anúncios
é que o espectador põe mais atenção no sexo, diminuindo assim a capacidade de
atenção disponível para ser usada nos anúncios”. Este facto é irrelevante quer
do publico gostar ou não do anuncio ou do programa, de serem homens ou
mulheres, com idades variadas.
Por outro lado,
Audrey Guskey, professora de marketing
na Universidade de Duquesne é de opinião que “as pessoas recordam o
anúncio, mas não o produto anunciado”. E para justificar o facto de ver
tanto sexo nos anúncios actuais há o argumento de George Gwerbner que foi
decano de uma Universidade da Pensilvânia, em matéria de comunicação. Este diz
que os programas desse tipo são revendidos com facilidade no mercado global das
televisões porque não necessitam tradução, nem subtileza de argumento, nem
qualidade de personagens, nem grande cultura.
Quer as pessoas
se recordem do anuncio ou apenas do produto uma coisa é certa, as pessoas
tendem a prestar mais atenção a publicidade com sexo.
2.3 A Estética da Publicidade
A
estética e a publicidade estão intrinsecamente ligadas, pois sem a
estética a publicidade não chegava da mesma forma às pessoas. Suportados pela
tecnologia cada vez mais trabalhada e sublimada, tanto do ponto de vista
qualitativo como quantitativo, os media vão crescendo exponencialmente numa
disseminação alargada à escala planetária, fazendo com que a publicidade chegue
a todas as casas.
A
Estética na Publicidade constitui um vigoroso ensaio sobre uma atmosfera de
época, a nossa época, onde a um tempo se misturam desejo, valor e simulacro,
com a técnica e a estética a fundirem-se, sintetizando por um lado o
"bombardeamento" de representações e imagens a que estamos sujeitos
no quotidiano, que podem ou não enganar as pessoas, fazendo-as acreditar no
objecto que vêem, comprando-o e sendo enganados várias vezes.
Sem a
estética, os objectos não seriam o que sao hoje, pois apartir dela, consegue-se
chegar às pessoas fazendo-as fantasiar com o que não podem ter, mas como o que
ela vêem, é tao belo, fazem tudo para poderem comprar esse objecto. Sempre foi
assim, e sempre assim será. A estética serve para alimentar os desejos do
homem.
2.4
As Crianças e a Publicidade
Quem é que, na
sua infância, não gostava de mirar as imagens brilhantes e de cores vivas que a
televisão muitas vezes se entretia a publicitar?
Qualquer criança se deixa
levar por isso.
Todavia, de acordo com vários estudos realizados, a compreensão da
publicidade, pelas crianças, assim como a sua influência sobre elas depende da
sua idade.
A publicidade,
não necessáriamente aquela que é mais dirigida a outras faixas
etárias, actua como uma fonte de atracção para a criança desde a sua fase mais
precoce.
Investigações
levadas a cabo por Jean-Noël Kapferer2, revelam que, o gosto pela
publicidade, acaba por se tornar num meio através do qual as crianças também se
iniciam nos papéis dos adultos, tornando-se uma peça importante para a
construção da sua identidade.
As escolhas que
estas fazem neste domínio contribuem, de certo modo, para o processo de
auto-definição, no qual as marcas publicitadas têm um papel de grande relvo a
desempenhar em todo este processo.
Embora só mais
tarde, quando inicia as operações concretas e de diferenciação
cognitiva, esta consiga fazer uma distinção entre as marcas e o produto.
Seguindo esta linha de raciocínio, um aspecto relevante da influência da
publicidade trata-se da da variação da idade consoante o estado de
desenvolvimento afectivo e cognitivo.
A intenção não é
pintar um quadro negro de toda esta situação, porque nem toda o tipo
de publicidade tem um efeito assim tão negativo. Existem prós e contras, por
vezes mais aspectos do último carácter, no entanto, o mais sensato é começar
desde cedo a prevenir que estes efeitos, mais tarde se venham a manifestar,
acabando por moldar a identidade da criança.
2.2.1 Métodos de
Publicidade
Franchising
Franchising é uma
palavra inglesa que significa "franqueamento". Esta estratégia é
geralmente utilizada por empresas que queiram divulgar o seu nome por uma
grande área. Sendo que afinal de contas se trata de uma forma de publicitar o
nome da empresa ou marca, achámos interessante incluir este tema no nosso
projecto.
Tudo funciona de
um modo muito simples. O franqueador
(dono da empresa ou marca) concede os seus direitos ao franqueado (entidade autorizada a explorar a marca), mediante o
pagamento de uma verba acordada no contrato, a franquia.
Um caso muito
nosso conhecido é o da cadeia de restaurantes McDonald's.
Os donos da
McDonald's "alugaram" o seu nome, e produtos originais, para que
qualquer pessoa no mundo possa alugar um espaço e abrir um franchising da cadeia. Usufruem do
direito a utilizar o nome e os produtos em troca da quantia acordada. Esta
estratégia é muito boa para uma empresa como o McDonalds, que desta forma
atingiu a popularidade nos quatro cantos do mundo, apostando assim na inovação.
Outros exemplos
nossos conhecidos são o Burger King, Pizza Hut, Pans & Company, e outras
cadeias de fast food, assim como existem franchisings
de cadeias de roupa, e variados tipos de loja.
Jingles
O que são Jingles ?
Um jingle é um slogan de
propaganda utilizada na rádio e na Tv, este é feito com uma melodia cativante
e com um slogan memorável,
simples e de curta duração para o tornar inesquecível, por isso é que os
jingles requerem muita criatividade e espontaneidade para poder ficar no nosso
ouvido e assim serem recordados para sempre.
Os jingles são escritos para
descrever ou ajudar os consumidores a lembrarem-se de um dado produto, por esta
razão é que os jingles devem ter um slogan cativante e difícil de esquecer como
já mencionei. Este método publicitário muitas vezes pode nem ser um slogan,
pode ser um número de telefone, um nome de uma empresa ou os benefícios de um
produto.
Muitos psicólogos e
neurologistas estudaram os efeitos que a música tem no nosso cérebro e como
todos nos sabemos certas músicas despertam-nos sensações, sensações estas que
fazem-nos nunca esquecer essa música em questão e foi a partir desta descoberta
que muitos negociantes usaram músicas populares e utilizaram-nas para a sua
publicidade em vez de pagarem por jingles originais. Isto porquê? Para além do
que já expliquei sobre os efeitos da música também existe outra razão, muitas
músicas populares contem Earworms.
Earworms
são pequenas partes da música que não conseguimos tirar da cabeça quer seja pela sua melodia
quer pelo seu refrão e a este fenómeno chama-se Síndrome da Música Repetitiva
(entre outros nomes).
A causa desde fenómeno ainda
não se sabe muito bem mas crê-se que esteja relacionado com a repetição dos
circuitos nervosos que representam a melodia em nossos cérebros ou com a
descoberta de Alan Baddely e Graham Hitch e do seu modelo de memória funcional que representa a
parte do cérebro que repete a informação verbal.
Os pesquisadores não só
descobriram tudo o que eu já referi como perceberam que quanto mais curta e mais
simples for a melodia, é mais provável que ela fique na nossa cabeça e é por
esse motivo que alguns dos Earworms mais comuns serem jingles e refrãos de
músicas populares.
Como surgiram os Jingles ?
Os
jingles surgiram em meados dos anos 20 na rádio quando os publicitários usavam
a música nos seus anúncios.
Porém
o verdadeiro sucesso do jingle surgiu na véspera do Natal de 1926, em
Minneapolis, Minn para uma marca de cereais chamada Wheaties, esta marca já
estava na sua decadência quando lançaram o seu jingle cantado por Quarted,
quando esta marca parou de ser fabricada os seus comerciantes descobriram que
graças ao jingle Wheaties causou uma grande popularidade, por esta razão a
empresa lançou o jingle a nível nacional e as vendas dispararam. Passado 80
anos esta marca de cereais chamada wheaties é ainda hoje considerada um marco
das cozinhas do mundo inteiro, tudo isto graças ao jingle!
Contudo
existem diversas discussões sobre esta informação histórica, há quem diga que o
1º jingle foi criado em 1905 e se chamava "In My Merry Oldsmobile",
mas a música em si data numa época onde ainda não surgiam comercias na rádio
por isso considera-se esta musica a 1º música popular a ser utilizada como
publicidade.
No
início dos anos 30, a rádio estava no seu auge contudo havia regras bastante
estritas sobre a publicação da publicidade, uma dessas regras era que a
propaganda directa não poderia passar em horário nobre, então os publicitários
tiveram a excelente ideia de usar o jingle para poder publicitar os seus produtos,
pois um jingle poderia não só mencionar o nome de uma empresa como poderia
vender um produto sem a tentativa explícita de o fazer.
Contudo
foi só anos 50 que o jingle atingiu o seu clímax quer comercial e quer
artístico, muitos compositores famosos criaram slogans para jingles sendo os
direitos pagos aos criadores não aos fabricantes.
Hoje em dia, o jingle esta a
ser redescoberto e ser feito para um dado produto como uma forma barata de
publicita-lo. Existem ainda outros métodos de publicidade bastantes parecidos
com o jingle.
O springle é um deles, este surgiu há
pouco tempo no meio publicitário e consiste numa junção do spot com o jingle, ou seja, tem partes cantadas e partes faladas.
Outro
método é a vinheta que é geralmente uma peça de áudio ou vídeo utilizada para
rádio ou TV para identificação da marca, canal e frequência, também pode ser
falada ou cantada.
A
história do jingle está muito ligado à história do rádio, como se pode
verificar, antes da rádio muitos produtos eram vendidos um a um em lojas ou por
caixeiros-viajantes pois não havia outra forma de poder publicita-los, estes
eram muito directos e apenas descreviam os benefícios de um produto em relação
à concorrência, mas a medida que o rádio atingia mais audiência e levando assim
ao seu auge, os publicitários apenas tinham de convencer o público da
superioridade do ser produto e por esse motivo é que os jingles eram o método
prefeito, pois como se pôde ver um bom jingle faz milagres. Pode levar ao
auge um produto já “ morto” e torna-lo imortal e pode ainda ser um método de
publicidade muito discreto mas mesmo assim eficiente.
Como criar um
jingle?
Fazer um jingle, um bom
jingle não é tarefa fácil! É necessário ter conhecimentos não só na área de
produção como é preciso ter um bom ouvido para saber que efeitos aplicar e
saber o que soa melhor pois como já expliquei o objectivo desta publicidade é
ficar no ouvido do público. Jingles requerem criatividade e paciência para
aprender, experimentar e praticar. E este é o melhor concelho que se pode dar.
Outsourcing
Outsourcing é o
método que uma empresa tem para obter mão-de-obra fora dela. Isto reduzirá os
custos internos, maximiza o lucro, aproveitando a especialização de uma empresa
terceira em certas áreas específicas.
Antigamente, era
apenas establecido um contracto entre ambas as empresas. Hoje em dia,
partilha-se já o custo/benefício e a colaboração entre empresas conduziu à
produção de projectos conjuntos.
Incluímos esta
pesquisa no nosso projecto uma vez que, tal como o franchising, é uma forma de uma empresa ou marca se promover
através do trabalho de terceiros, sendo mesmo assim remunerada.
2.2.2 Príncípios da Publicidade
A publicidade rege-se por
certos princípios, princípios estes que determinam que certas formas de publicidade
sejam ou não proibidas.
Estes princípios são:
§
Ilicitude
§
Identificabilidade
§
Veracidade
§
Respeito
pelos direitos do consumidor
Ilicitude
Este princípio
proíbe todo o tipo de publicidade que possa ofender os direitos humanos, possa
de alguma maneira prejudicar alguém ou alguma coisa ou possa ser um mau
exemplo.
Muitas formas de publicidade
por vezes tendem a socorrer-se de instituições, símbolos nacionais ou mesmo
religiosos para chamar atenção, muitas outras podem de alguma maneira estimular
o apelo á violência ou qualquer outra forma ilegal ou criminosa ou então
conterem algum tipo de discriminação tanto a raça como ao sexo, ou seja, que
atendem contra a dignidade humana. Este princípio também proíbe todo o tipo de
publicidade que utilize imagens ou palavras de outra pessoa sem a sua
autorização (direitos de autor), utilize qualquer linguagem obscena, possa de
alguma maneira instigar comportamentos prejudiciais ao ambiente e contenha
qualquer forma de publicitar ideias sindicais, religiosos ou políticos.
Identificabilidade
Este princípio
como indica o nome proíbe tudo aquilo que não seja identificado ou que oculta
ou dissimule fazendo com que os consumidores não se apercebam da natureza da
mensagem publicitária ou possa provocar certas sensações aos consumidores que
por vezes nem eles se apercebem. Já na televisão é proibido focar directamente
o produto ou outra forma de publicidade, também na televisão e na ate mesmo na
rádio é proibido que a publicidade não seja separada da restante programação, e
por essa razão é que existem certos separadores.
Na rádio são
sinais acústicos, na televisão são sinais ópticos e acústicos e pela
apresentação da palavra “ publicidade” no inicio.
Veracidade
Neste princípio a publicidade deve
respeitar a verdade! Por isso é proibida a publicidade enganosa, que possa
induzir em erro o destinatário ou possa prejudicar um concorrente, assim todos
os produtos devem ser exactos e passíveis de prova.
Para se poder determinar se
uma publicidade é enganosa tem de se ter em conta:
§ Às características dos bens e
serviços;
§ Ao preço e ao seu modo de
fixação ou pagamento, bem como às condições de fornecimento dos bens ou de
prestação dos serviços;
§ À natureza, às
características e aos direitos do anunciante;
§ Aos direitos e deveres do destinatário,
bem como os termos de prestação de garantias;
Respeito pelos direitos do
consumidor
Finalmente, por este direito
é proibida a publicidade que encoraje comportamentos prejudiciais à saúde e
segurança do consumidor, ou seja que as informações pelos produtos sejam
insuficientes. Por isso, toda a publicidade que efectue apresentações visuais
ou descrições de situações onde a segurança não seja respeitada ou tente sobre
os direitos do consumidor é proibida.
2.2.3 O Discurso Publicitário
I
Na sociedade
contemporânea, a retórica é aplicada na actividade publicitária, em particular
no chamado Marketing comercial,
que usa, sobretudo, imagens visuais e auditivas.
Para seduzir o público-alvo a
publicidade:
- Apela à sensibilidade;
- Mobiliza o desejo;
- Manipula símbolos para
alterar a avaliação que os receptores fazem da realidade;
- Induz o consumidor à
opção por um determinado produto;
- Utiliza a sedução,
provocando carências e despertando o desejo de as satisfazer;
- Explora o poder da
palavra e da imagem;
- Propõe um jogo de
associações semânticas;
- Impõe uma escala de
valores concretizada nos objectos publicitados.
2.2.4 O Discurso Publicitário II
O que ter em conta :
a) O possivel auditorio
a que se dirige.
b) As necessidades a que
responde:
De ordem imediata que
pressupõe uma certa consciência
Prévias à amostragem
objectiva da publicidade
Apelo ao inconsciente (
pode ser no sentido da sublimação)
c) As necessidades que cria (
que resulta sa exposiçao do produto em questão)
d) A possivel sedução
implicita
e) As promessas velados
f) As associaçoes que sugere
Remete para imagens\
realidades para as quais não se tem a noção de visuaçizar o dito objecto
g) A visão do mundo que
propõe ( ideal que proporciona)
CAPITULO III - As Restrições da Publicidade
- Publicidade dirigida a menores
- Publicidade testemunhal
- Publicidade comparativa
- Publicidade a bebidas alcoólicas
- Cursos
- Publicidade entregue ao domicílio
- Automóveis
- Medicamentos
- Publicidade na televisão
- Infracções as normas
que regem a publicidade.
- Fiscalização da legalidade da
Publicidade
3. Publicidade dirigida a menores
- Toda a publicidade que seja dirigida aos menores deve
ter em conta a sua vulnerabilidade psicológica e não pode:
- Incitar os menores explorando a sua inexperiência ou
credulidade, ou incita-los a persuadirem os seus pais ou outros a
comprarem os produtos ou serviços em questão;
- Conter elementos susceptíveis que possam conduzir a
violência;
- Explorar a confiança especial que os menores depositam
quer nos seus pais, tutores ou professores.
- Nas publicações, programas ou actividades destinadas a
menores é proibida a publicidade de bebidas alcoólicas, divulgação de
tabaco ou qualquer tipo de material pornográfico;
3.1
Publicidade testemunhal
Esta publicidade
deve integrar depoimentos personalizados, genuínos e comprováveis, porem é
admitido depoimentos despersonalizados desde que sejam atribuídos a uma
testemunha especialmente qualificada.
Publicidade
comparativa
A publicidade só
pode utilizar comparações de um produto ou serviço com outros desde que elas se
apoiem em características essenciais, afins e objectivamente demonstráveis dos
bens ou serviços ou que os contraponha com outros não similares ou
desconhecidos
- A
verdade sobre a publicidade comparativa recai sobre o anunciante e por
isso é proibida a publicidade feita:
- Ao
tabaco;
- Há
jogos de fortuna e azar;
- Tratamentos
médicos e medicamentos que não sejam autorizados;
- Há
bebidas alcoólicas, tabaco e material pornográfico em estabelecimentos de
ensino e nas publicações destinadas a jovens;
Publicidade a bebidas
alcoólicas
- Não se pode ser dirija a
menores;
- Não pode encorajar
consumos excessivos;
- Não pode menosprezar os
não consumidores;
- Não pode sugerir acesso,
êxito social ou especiais aptidões por efeito de consumo, nem a existência
nas bebidas alcoólicas propriedades terapêuticas ou efeitos estimulantes
ou sedativos;
- Não associe o consumo
dessas bebidas ao exercício físico ou a condução de veículos;
- Não sublinhe o teor de
álcool das bebidas como qualidade positiva;
- Na televisão e no rádio
é proibida a publicidade de bebidas alcoólicas desde as 7h ate as 21:30;
Cursos
- Toda
a publicidade que tenha a ver com cursos deve indicar a natureza desses
cursos ou acções, de acordo com a designação aceite pelos serviços
competentes bem como a duração dos mesmos.
Publicidade entregue ao
domicílio
A publicidade entregue ao domicílio tem
de conter de forma clara e precisa o nome, domicílio e os elementos necessários
para a identidade do anunciante, também terá de ter uma discrição rigorosa e fiel
dos bens ou serviços publicitado ou seja do seu preço, forma de pagamento,
condições de aquisição e assistência após venda e garantia.
Só se poderá efectuar este tipo de
publicidade se existirem amostras disponíveis para exame do destinatário que
não é obrigado a adquirir ou guardar sem lhe terem sido solicitados.
Automóveis
A publicidade a automóveis não pode
conter referencias a situações ou sugestões de utilização do veículo que possa
por em risco a segurança do utente ou terceiros, que sejam perturbadoras do
meio ambiente e que representem infracções às regras do código da estrada.
Medicamentos
Só podem ser publicitadas junto dos
consumidores e que não necessitem receitas médicas.
Publicidade na televisão
Toda
a publicidade que passa pelas nossas televisões esta sujeita a um conjunto de
normas que têm como objectivo disciplinar as mensagens publicitárias e
salvaguardar os consumidores. Essas normas são:
A publicidade televisiva deve ser
inserida entre programas, podendo ser inserida durante programas se não for
contra a sua integridade e tenha em conta as interrupções naturais, duração e
natureza dos programas.
Todos os programas televisivos que
tratem de serviços religiosos, telejornais, programas de informação política,
as revistas da actualidade, as emissões religiosas e programas para crianças
com menos de 30 minutos não podem ser interrompidos por publicidade.
Nas emissões desportivas e nas
manifestações ou espectáculos a publicidade só poderá passar nos intervalos.
Nas transmissões
de filmes, documentários, programas de diversão etc. que tenham uma duração de
mais de 45 minutos só podem ser interrompidos por cada período completo de 45
minutos. E entre duas interrupções do mesmo programa é necessário um período de
20 minutos exclusivamente para publicidade.
Infracções as normas que regem a publicidade.
- Se o
código da publicidade for violado é punível com coima podendo ainda serem
aplicadas outras sanções acessórias, tais como:
- Apreensão
de objectos utilizados na prática das contra-ordenações
- Proibição
de exercer actividade publicitária durante 2 anos
- Privação
do direito a subsídio ou benefício concedido por entidades ou serviços
públicos.
- Encerramento
temporário das instalações onde foi praticada a actividade publicitaria
bem como o cancelamento de licença.
3.2 Fiscalização da
legalidade da
Publicidade
- Compete
ao instituto do consumidor, sem prejuízo da competência das autoridades
policiais e administrativas, já a instrução dos processos de
contra-ordenação compete apenas a Inspecção-Geral das Actividades
Económicas
O verdadeiro
papel do Marketing é administrar a demanda de bens e serviços, estimulando o
consumo de um bem ou serviço que por suas características intrínsecas, atenda
as necessidades e desejos específicos de determinadas pessoas. (COBRA, 2005, p.
10)
É papel
fundamental do Marketing conhecer as necessidades e desejos e saber quais os
produtos adequados para cada consumidor, para isso o marketing conta uma
importante ferramenta, a pesquisa de mercado que irá captar antes as
necessidades e desejos e transformar em produtos adequados a satisfação dessas
necessidades.
O mercado está
saturado de definições de Marketing, e segundo Kotler existem definições
sociais e gerenciais, a definição social mostra o papel desempenhado pelo
marketing na sociedade. O papel do professor de marketing era “proporcionar um
padrão de vida superior”.
A definição
social que serve ao nosso propósito é a definição de Kotler e Armstrong, que
diz que o marketing é um “processo social por meio do qual pessoas e grupos de
pessoas obtém aquilo que deseja e necessita com a criação, a oferta e a livre
negociação de produtos e serviços de valor com outros”.
Para compreender
o Marketing gerencial é importante que o papel de marketing não seja apenas o
de vender produtos, mas criar clientes. “Processo de planejar e executar a
concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens
e serviços, para criar negociações que satisfaçam metas individuais
organizacionais” (KOTLER E ARMSTRONG, 2003, p. 13)
Estudar o mercado
tornou-se uma constante para qualquer empresa que deseje permanecer no mercado,
pois é através desse estudo que as empresas conseguem novas informações e
também captar os desejos e necessidades do consumidor, para que possa
atendê-los da melhor forma possível e assim a empresa atingir a excelência nos
seus produtos.
Atingir a
excelência na fabricação de um produto ou prestação de serviços é um objetivo
comum a todas as organizações, mas para chegar em um estágio acima da
concorrência é preciso muito planejamento, muitos estudos de mercado e saber
conciliar todas as áreas da organização para que o foco seja mantido e os
resultados apareçam ao longo do tempo. Nenhuma organização nasce grande, todas
iniciam suas atividades atendendo um mercado restrito e que irá crescer
conforme seu planejamento e dedicação. O sonho de construir uma empresa de
sucesso é comum a qualquer pessoa, os sonhos podem permitir que oportunidades
sejam encontradas, mas sem um estudo não há como colocar em prática o que é o
objeto dos desejos de cada um.
(MENSHHEIN,
2007, P. 01)
É necessário estar atento a cada passo da concorrência e
através de um estudo cuidadoso do mercado, procurar ficar acima da
concorrência, para isso a empresa precisa estar atenta às mudanças do mercado e
procurar avançar cada degrau do sucesso com cuidado para não “tropeçar” e cair.
Nos tempos
atuais, com o avanço da globalização, a concorrência pode estar tanto perto,
como longe, do outro lado do mundo, para isso é que existe o marketing, que
funciona como um radar com a função de captar as oportunidades, ameaças, forças
e fraquezas do marcado e transforma-las em um produto capaz de satisfazer as
necessidades dos consumidores.
Os profissionais
de marketing devem construir um bom relacionamento com seus clientes, com as
pessoas dentro da empresa e os parceiros externos. Para que isso seja feito de
maneira eficiente, é necessário que o profissional conheça as principais forças
ambientais que cercam esse relacionamento.
O ambiente de
marketing de uma empresa é constituído pelos participantes e pelas forças
externas ao marketing que afetam a capacidade da administração de construir e
manter bons relacionamentos com clientes-alvos.
O ambiente
continua a mudar rapidamente, e tanto os consumidores quanto os profissionais
de marketing se perguntam o que o futuro nos reserva. Mais do que qualquer
outro grupo na empresa, os profissionais de marketing devem acompanhar
tendências e buscar oportunidades. Apesar de todo administrador de uma empresa
precisar observar o ambiente externo, os profissionais de marketing dominam
duas competências especiais: eles têm métodos sistemáticos – inteligência de
marketing e pesquisa de marketing – para coletar informações sobre o ambiente
de marketing. Eles também passam mais tempo nos ambientes dos clientes e dos
concorrentes.
(KOTLER;
ARMSTRONG, 2007, p. 56)
O ambiente de
marketing é formado por um microambiente e um macroambiente. O microambiente da
empresa consiste em outros participantes próximos a ela que se combinam para
formar a rede de entrega de valor da empresa ou que afetam sua capacidade de
atender seus clientes. Abrange o ambiente interno da empresa – com seus vários
departamentos e níveis de gestão – devido ao fato de o pessoal interno
influenciar a tomada de decisão de marketing.
O macroambiente
consiste em forças socais maiores que afetam o macroambiente como um todo. As
seis forças que constituem o macroambiente da empresa são as forças
demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e culturais. Essas
forças moldam as oportunidades e ameaças da empresa.
As informações obtidas nas pesquisas de mercado ficam
disponíveis para todas as organizações, mas dentro delas é natural que ainda
haja uma resistência em compartilhar essas informações com seus colaboradores,
pois “a cultura do segredo da informação ainda é forte e as empresas deixam de
encontrar soluções para oferecer aos seus clientes” (MENSHHEIN, 2007, p.02).
Para isso existem
os programas (softwares) de CRM que para muitos gestores funcionam como banco
de dados integrados, onde diariamente são obtidas milhares de novas
informações, cabem as empresas após receberem esses dados filtrarem da melhor
forma possível, para que possam encontrar as melhores oportunidades de mercado,
identificando as necessidades e desejos do consumidor e transformando em novos
produtos, que possam satisfazer esses desejos e com isso conquistar os
consumidores.
Estas informações
só valeram o seu custo se forem bem utilizadas pela organização como um todo,
ela toda deve se envolver na filtragem dessas informações, pois é do bom
desenvolvimento dessa atividade é que depende o sucesso da organização, se ela
ao souber realizar essa atividade, ou se não houver um forte envolvimento de
todos os colaboradores, a organização não conseguirá ofertar produtos de
qualidade para os consumidores, com isso não haverá a confiança na organização.
A Administração
de Marketing é um conceito que resume a função de marketing e é entendida como
um “processo de planejamento, execução e controle das estratégias e táticas de
marketing, visando aperfeiçoar os resultados para os clientes e para os
stakeholders da empresa” (DIAS, 2003, p. 10). É onde se encontra um dos maiores
desafios das empresas, oferecerem um produto de qualidade e de alto valor
agregado para o consumidor e que possua um baixo custo para a organização
possibilitando a maximização dos lucros.
A administração
de Marketing pode ser desmembrada em duas grandes áreas de responsabilidade: a
estratégia e a operacional.
A responsabilidade
estratégica está relacionada com a analise e segmentação do mercado, definir
que produto vai ser oferecido e para quem vai ser oferecido, ou seja,
selecionar público-alvo.
A
responsabilidade operacional está relacionada às ações táticas de marketing, no
desenho do produto e na elaboração das atividades de como oferecer o produto ao
consumidor e conquistar a sua fidelidade. É na fase de apresentação do produto
ao consumidor, que se encontra a face mais visível do marketing, o que leva
muitas empresas há ainda acreditarem que estas atividades operacionais são as
únicas funções de marketing e considerarem as decisões de estratégicas como
responsabilidade da direção geral da empresa.
O planeamento de
marketing é o meio de realização da responsabilidade estratégica do gerente de
marketing. É a etapa inicial de todo o processo de administração de marketing,
quando são definidos os objetivos de mercado e tomadas as decisões
estratégicas, incluindo a analise de mercado, analise de concorrência, definição
de cenários, avaliação de riscos e oportunidades, seleção do mercado-alvo,
decisão das estratégias do composto de marketing, dos investimentos e
orçamentos e dos meios de avaliação dos resultados das ações planejadas.
É por isso que
muitas empresas não duram muito tempo no mercado e logo vão à falência, por que
elas não entendem que a função de marketing vai muito além do que a
apresentação de um produto ao consumidor, o marketing está presente em todas as
etapas do produto, no antes, durante e depois da fabricação do produto.
Dentro das
responsabilidades estratégicas está também a elaboração de um plano de
marketing. “A sua elaboração constitui uma contribuição valiosa para a
estratégia de marketing de uma empresa” (DIAS, 2003, p. 476). O plano de marketing
constitui a parte crucial do plano de negócios global da empresa. Ainda segundo
Dias “o plano de marketing é um roteiro de ação e também uma justificativa de
investimento e reúne todas as ferramentas e princípios de marketing”.
Um plano de
marketing é um planejamento para a marca e para as linhas de produtos visando
atingir as metas da empresa. Através da análise dos pontos fortes e fracos da
empresa e do mercado concorrente, das oportunidades e ameaças ambientais, é
possível desenvolver a escolha de uma proposta de valor que vai orientar a
direção estratégica de uma marca, através da escolha tanto de um posicionamento
amplo (custo, diferenciação e enfoque) quanto de um posicionamento específico
(unique selling proposition) capazes de dar uma direção e robustez estratégica
a uma empresa.
Além disso, é
preciso observar que a decisão deve ser uma escolha estratégica, que é fruto de
uma orientação exclusiva e excludente, devendo ser seguida, continuada e não
modificada, assumindo uma posição focalizadora e abrindo mão de outras
proposições. Isto é, se uma empresa optou por um foco em custo, não pode querer
também abordar um foco em diferenciação em sua estratégia.
O Marketing é uma
área que envolve toda a organização, não está restrita a apenas um departamento,
todos na organização realizam marketing, desde o porteiro até o presidente da
empresa. O marketing deve ser encarado como um investimento e não como uma
despesa, um custo para a empresa.
Deve ser
realizado rotineiramente e com criatividade por todos na organização, que devem
“vestir a camisa da empresa”, é importante que a organização mantenha contato
com seus clientes não só durante uma venda, é mais importante conquistar o
cliente do que apenas realizar uma venda.
Para conquistar o
cliente a empresa deve ter e conseguir manter uma boa imagem, pois a primeira
impressão é a que fica e ela terá apenas uma vez, não haverá segunda chance,
portanto é muito importante cuidar bem da aparência da empresa, pois um cliente
satisfeito espalha a sua satisfação para outros 05 ou 10 clientes e um cliente
insatisfeito espalha para outros 50 ou 100 clientes.
3.3
A História da Marca
A designação
anglo-saxônica Brand a sua origem no antigo escandinavo brandr,
que quer dizer “marca” e significa ato ou efeito de marcar. Eram desta forma
marcadas as cabeças de gado com o objetivo essencial de identificar a
propriedade e posse de bens materiais, permitindo aos criadores de gado
distinguir as suas rezes. Uma vantagem que valorizava os criadores mais
conhecidos pela qualidade de seu gado que começava a ter a sua marca mais
conhecida, que a de outros, e consequentemente, mais procurada nas trocas
comerciais. (DIOGO, 2007, www.marcating.com)
Uma curiosidade
do passado longínquo das marcas refere-se a uma lei inglesa publicada no ano de
1266, que exigiam de todos os padeiros a colocação de sua marca especifica em
todo o pão que vendiam, com a finalidade de identificar aqueles que
maliciosamente tentassem vender pão com um peso inferior ao que a lei permitia.
A história das
marcas leva-nos ainda mais longe, até as civilizações da Grécia e Roma antiga.
Nesse tempo, era habito deixar impressões na base das peças de olaria e
cerâmica. Estas marcas podiam ser impressões digitais ou pequenos símbolos
básicos como estrelas ou cruzes.
Nos séculos XVII
e XVIII, o volume de produção de fina porcelana, mobiliário e tapeçaria que era
produzido nas oficinas e indústrias francesas e belgas vieram a ampliar a
utilização das marcas co mo uma forma de
marcar a origem e a qualidade dos produtos. Todavia é essencialmente a partir
do século XIX (com a Revolução Industrial) que a utilização das marcas passa a
ser largamente utilizada.
A denominação comercial da marca evoluiu
e sobreviveu através da Idade Média, Renascimento e as revoluções liberais. O
seu desenvolvimento decisivo, segundo Valese (2006), como um fenômeno econômico
e sociológico universal, se deu somente com a segunda Revolução Industrial, em
meados do século XX. “Com a industrialização, as marcas tornaram-se uma
necessidade da era da máquina, no contexto da uniformidade manufaturada, a
diferença baseada na imagem tinha de ser fabricada junto com o produto.”
(KLEIN, 2003, p.30).
Nesta época, o empresariado moderno
percebeu a importância da marca e reconheceu o seu valor econômico para os
lucros reais das empresas. Segundo Ruão (2003), somente a partir da década de
80 é que os empresários perceberam o potencial lucrativo de um gerenciamento de
marcas eficaz.
A óptica de
produção e comercialização em massa assim o começava a impor. Ainda hoje
existem marcas datadas desse tempo, como são exemplos a Coca-cola, a Quaker e a
Heinz. As marcas têm acompanhado a evolução do consumo organizado ao longo do
tempo, desde o simples processo de troca comercial até o grande consumo
organizado da sociedade atual, que impulsionou o desenvolvimento das marcas e o
respectivo processo de gestão.
Por volta de
1939, na Procter&Glambler surge formalmente a figura do gestor de marcas
(Brand Manager) e com ele a gestão sistematizada das marcas que viria
tradicionalmente a ser conhecido por Brand Management. No período pós-guerra a
gestão de marcas passou a ser uma prática comum nas empresas, em paralelo com a
explosão e massificação do próprio Marketing. (DIOGO, 2007, www.marcating.com)
Através de uma
gestão cada vez mais centrada na procura, ao invés da oferta e com uma
orientação focalizada no mercado e no consumidor, a marca passa a assumir um
status de ferramenta estratégica, essencial para conquistar vantagens
competitivas e para agregar valores distintos e diferenciados junto ao
consumidor.
Porém, a marca
tem encontrado dificuldades para se desenvolver de forma harmoniosa e
consensual dentro das organizações, pois ela ainda não esta sendo vista pelo
empresariado como um ativo de grande valor, mas isso está mudando, ao passo que
o marketing evolui cada vez mais, a marca também acompanha essa evolução e está
ganhando destaque dentro das empresas, na medida em que elas percebem que
precisam estar devidamente identificadas para poderem concorrer no mercado e
conquistar o cliente, pois caso contrário estará fora do mercado.
Mas, o que é
afinal um Marca? Como definir este termo que adquiriu grande importância no
meio empresarial? Existem várias definições para este termo sendo que a do
autor norte-americano Scott Bedbury é considerada a mais clara e simples de
entender.
A marca é o
somatório do bom, do ruim, do feio, e do que não faz parte da estratégia. É
definida tanto pelo seu melhor produto quanto pelo pior. É definida tanto pela
propaganda premiada quanto por aqueles anúncios péssimos que acabaram sendo
aprovados e, como era de se esperar, mergulharam no esquecimento. É definida
tanto pelas realizações de seu melhor funcionário - aquele que se destaca e
nunca faz nada errado - quanto pelos percalços do pior empregado que você podia
ter contratado. É definida também pela sua recepcionista e pela música que seus
clientes ouvem enquanto esperam ao telefone. Para cada grandiosa manifestação
do CEO, com palavras escolhidas a dedo, a marca é definida também pelos
comentários negativos de um consumidor, entreouvidos em um corredor ou em uma
sala de bate-papo na internet. As marcas absorvem conteúdo, imagens, sensações
efêmeras. Tornam-se conceitos psicológicos na mente do público, onde podem
permanecer ou não para sempre. Como tal, não se pode controlá-las por completo.
No máximo é possível orientá-las e influenciá-las.
(BEDBURY, 1990, p. 6)
Em outras palavras,
a marca assume a identidade da organização, então todos estão envolvidos no
marketing e na marca da organização, cada colaborador é responsável pela
promoção da marca de sua empresa, do pior ao melhor funcionário todos estão “no
mesmo barco”.
Uma marca somente
se desenvolverá, se tornando em algo concreto, se conseguir a aprovação do
cliente, pois ele é que vai construir a marca, o papel do profissional de
marketing é criar estruturas para o desenvolvimento de uma marca na mente dos
clientes fornecendo produto físico, processo de serviço e comunicação de
suporte apropriado usando vários meios de comunicação planejada de marketing.
Segundo Kotler, a
marca pode englobar até quatro níveis de significados, a saber:
Benefícios: É o resultado esperado com
o uso do produto.
Atributos: São as características
estéticas e funcionais dos produtos.
Valores
associados à marca:
São reconhecidos, identificados e valorizados pelo público-alvo.
Personalidade: Isto é, os traços de
personalidade associados à marca por meio da propaganda, como modernidade,
autonomia, independência, ética, maturidade, experiência etc.
O mundo esta em
constante mudança e tudo está mudando rapidamente e esta mudança no
comportamento das novas gerações precisa ser compreendida pelo empresário. Caso
contrário ele pode vir a ser uma nova Mesbla.
Portanto o sucesso no passado não garante de
forma nenhuma sequer uma presença no futuro. É preciso que as empresas,
principalmente as do varejo que ainda não despertaram para o potencial da Internet,
comecem a desenvolver Estratégias Digitais para se relacionar com este público.
Caso contrário
daqui há algum tempo estas empresas não resistiram e desapareceram do mercado
por falta de inovação, de investimento, pois nessa era digital, as empresas que
não possuírem um site, ou vendas on-line com entrega rápida estão caindo fora
do mercado, por que os consumidores estão em busca de algo que lhes dê
comodidade e segurança. Portanto as empresas devem ficar atentas as mudanças do
mercado e se adaptarem a elas e com isso conquistar o consumidor.
3.4
A marca como diferencial competitivo
A arquitetura da
marca por definição é um tratado que determinam a sinergia ou relacionamento
entre as ofertas de produtos e serviços da empresa perante seus clientes,
parceiros e fornecedores.
O resultado desta
sinergia ou relacionamento personifica a marca, determinando sua imagem que
deve representar a sua identidade com consistência.
A arquitetura da
marca é um documento dinâmico que deve ser adaptado conforme os ciclos naturais
que determinam o amadurecimento da indústria. Isso não significa, de maneira
nenhuma, que a empresa deva mudar a identidade, mas sim cuidar da imagem
investindo em competências que auxiliem em uma adaptação rápida e suave às
novas condições do ambiente.
Os movimentos
mercadológicos naturais determinam os ciclos que não podem ser evitados nem negligenciados.
Podem ser de natureza interna ou externa ao ecossistema e na maioria das vezes
são caracterizados por variáveis incontroláveis, como:
Flutuação
no câmbio é
um fator externo que compromete o preço de produtos importados, aumentando o
contrabando e pirataria.
A comoditização dos produtos que compromete a rentabilidade, já que neste estágio a decisão de compra é feita simplesmente pelo menor preço.
Mudanças no comportamento de compra dos consumidores, fazem com que jovens de hoje, fiquem mais confinados a condomínios fechados com segurança, passam mais tempo no computador e vídeo game.
Mas afinal o que seria essa arquitetura da marca, que se
tornou tão importante para a empresa na conquista do consumidor. Segundo Lucio
Jr. (2009, p. 2):
A
arquitetura da marca definida para a empresa é um conjunto de direcionamentos e
regras que devem ser seguidas com rigor e disciplina, já que objetivos da
empresa, seu modelo de negócio e estratégias serão delimitados por este
documento. Governança corporativa, não importando o tamanho da empresa, é
fundamental na manutenção do foco que sempre deve estar embasado por
estratégias sólidas e compreensivas.
O valor de uma
marca é o resultado do grau de lembrança ou conscientização da marca pelo
público, mais o grau de fidelidade dos seus clientes e a força da imagem
associado à marca. O valor da marca é expresso pelo seu valor de venda. Por
exemplo, as marcas Coca-cola e Microsoft têm por si só, um valor de venda
superior ao do total de ativos da empresa.
Escolha da marca
O nome da marca
deve ser escolhido com base nos seguintes fatores:
·
Deve
sugerir os benefícios oferecidos pelo produto
·
Deve ser positivo, distintivo e fácil de falar
e lembrar;
·
Deve
ser coerente com a imagem do produto ou da empresa; e
·
Tem
de poder ser registrado legalmente.
3.5
TIPOS DE MARCA
As alternativas de construção de uma marca devem seguir
os conceitos a seguir:
Marca
Nominal:
Aquela que designa um produto e pode ser expressa em palavras (exemplo,
Nescafé, passatempo).
Marca
de família:
Uso da mesma marca nominal para toda uma linha de produtos (exemplo, Nescau).
Extensão
de Marca:
Prática de usar uma marca existente para um novo produto (exemplo, leite e
biscoito Parmalat).
Marca
de fabricante:
Nome legal de uma empresa. Algumas empresas utilizam a marca de fabricante para
designar seus produtos (exemplo, Parmalat, Arisco).
Marca
Própria:
Estratégia de Marca utilizada pela empresa distribuidoras a, para puder
realizar.
Marca
de terceiro:
O uso de uma marca conhecida, por meio de um contrato de licenciamento, para
designar um produto, como no mês de artistas e personalidades.
Marca
registrada: Marca
que foi registrada legalmente.
A imagem
institucional é um diferencial decisivo em relação à concorrência. Para que um
produto desperte a atenção do consumidor, é preciso promover um amplo e
complexo processo de comunicação que se inicia – e se sustenta – na imagem
institucional da empresa que o produz. Por meio dessa imagem é possível saber
que por trás do design, do desempenho tecnológico e da modernidade de um
produto ou serviço está o compromisso da empresa com a qualidade e o respeito
aos seus acionistas, colaboradores e consumidores.
As empresas devem
acompanhar as mudanças tecnológicas e mercadológicas, sempre inovando, mas não
devem esquecer o seu compromisso perante as pessoas que fazem parte da empresa,
pois a sua marca esta representando o seu compromisso com os acionistas,
colaboradores e consumidores.
3.3.1
- O VALOR DA MARCA
Alguns analistas
consideram as marcas como o ativo mais perdurável de uma empresa, elas duram
mais que os produtos e instalações das empresas. John Stewart, co-fundador da
Quaker Oats, uma vez disse: “Se este negócio fosse dividido, eu lhe daria os
terrenos e prédios e manteria as marcas e as marcas registradas e ganharia
muito mais do que você”. Um ex-CEO do McDonald’s concorda:
Se
cada ativo que possuímos, cada prédio e cada equipamento, fosse destruído em um
terrível desastre natural, seríamos capazes de tomar emprestado o dinheiro para
substituir muito rapidamente esses ativos em função do valor de nossa marca
(...) A nossa marca é mais valiosa que o total de todos esses ativos.
Ao criar uma
marca as empresas devem tomar algumas decisões tais como: o posicionamento e o
nome da marca, o patrocínio para a marca e o desenvolvimento dela.
O posicionamento
de marca mais poderoso é construído ao redor de sólidas crenças e valores do
consumidor. A seleção do nome da marca envolve encontrar o melhor nome de marca
com base em uma cuidadosa avaliação dos benefícios do produto do mercado alvo e
das estratégias de marketing propostas.
As empresas devem
criar e gerenciar suas marcas com muita cautela. O posicionamento da marca deve
ser continuamente comunicado ao consumidor. A propaganda pode ajudar.
Entretanto as marcas não são mantidas pela propaganda, mas pela experiência de
marca. Os clientes ficam sabendo de uma marca por meio de uma ampla variedade
de pontos de contato e interações, que devem ser gerenciados cautelosamente.
Assim o
gerenciamento dos ativos de marca de uma empresa não pode mais ser deixado
apenas nas mãos dos gestores de marca. Algumas empresas estão montando equipes
gerenciais de marca para gerenciar suas principais marcas. E, além disso, tudo
as empresas anda precisam avaliar periodicamente os pontos fracos e fortes de
suas marcas. Em alguns casos, as marcas podem precisar ser reposicionadas em
função de mudança nas preferências dos clientes ou da entrada de novos
concorrentes.
Para que uma
marca obtenha valor de mercado ela deve estar alinhada a todas as
características da empresa, a sua missão, visão, objetivos e estratégias, pois
a marca irá representar a organização no geral e não apenas um único
departamento. A empresa deve se preocupar sempre com todos os níveis
organizacionais, para que possa passar uma boa imagem, para o consumidor.
O profissional de
marketing tem como desafio desenvolver um conjunto de símbolos que venham a ser
a marca da empresa e de seus produtos e se tornar o seu principal ativo
permanente, o que não é uma tarefa fácil de realizar, pois a marca só se
tornará o principal ativo da organização, se o consumidor se sentir realizado
através dos produtos.
A marca oferece
imensas vantagens para as empresas como a facilidade na gestão e no
desenvolvimento de vários produtos através de sua referência e identificação.
As marcas oferecem as empresas o seu reconhecimento perante o consumidor, como
de uma empresa confiável que oferece produtos de qualidade e que satisfaz as
suas necessidades evitando o risco de se comprar um produto de má qualidade.
As marcas
oferecem ao consumidor certa tranqüilidade, pois, se uma determinada marca
cumprir com a promessa de satisfação para com o cliente, este se sentirá mais
tranqüilo ao encontrar a marca no mercado, pois terá a certeza de satisfação
garantida. Este processo se reflete em toda a organização, pois uma organização
confiável aos olhos dos consumidores ela terá o seu espaço garantido no
mercado.
Para os
consumidores as marcas funcionam como um redutor de custos de pesquisa, pois o
consumidor já sabe qual a marca que melhor satisfaz suas necessidades, a marca
serve também como um ícone de amor e ódio, na medida em que suas necessidades
são satisfeitas ele se apaixona pela marca, mas se caso contrário ele não tiver
suas necessidades satisfeitas, o consumidor irá sentir certo ódio pela marca
que prometia satisfazer as suas necessidades e não cumpriu com a promessa.
A marca é um
elemento de muita importância para as empresas, tanto dentro como fora. Dentro
das empresas o marketing está envolvido nas demais áreas, ajudando a cada
equipe a criar uma “marca”, e sendo a principal ferramenta do líder para manter
a equipe motivada e focada na missão e nos objetivos definidos.
Na Cranium, os
empreendedores que fundaram a empresa cunharam como marca a sigla CHIFF
(Clever, High Quality, Inovative, Friendly, Fun), que traduzindo significa:
Criativo, Excelente, Inovador, Amigável, Divertido.
CHIFF significa
que nossos funcionários e parceiros tomarão as mesmas decisões que Whit e eu
tomaríamos, sem necessidade de muita orientação. As reuniões são mais curtas e
eficientes, mesmo com a participação dos fabricantes estrangeiros, por que
inventamos uma linguagem comum. (Richard Tait, ex-criador de softwares da
Microsoft e co-fundador da Cranium, 2005, p. 36)
A marca
representa para a empresa um ativo permanente de grande valor, apesar de não
estar presente na contabilidade da empresa, seu valor é maior que os ativos
tangíveis da empresa, devido à tendência de crescimento das empresas no plano
imaterial, por via da saturação dos mercados provocada pela globalização, tal
como se refere Kapferer “(...) a empresa não cresce mais senão no plano
imaterial, como única fonte de valor financeiro a longo prazo(...)”.(KAPFERER,
caput DIAS, 2005, p. 111)
Este
posicionamento de valor possibilitado pelas marcas permite que várias empresas
foquem seus esforços na gestão de marketing e de branding, como sendo a sua
principal competência.
Desta feita as
organizações subcontratam a função de produção e logística, focalizando suas
atividades apenas nos design dos produtos (e da própria empresa), controle da
qualidade e gestão da marca. Desta forma as organizações guardam para si as
atividades com alto valor agregado ficando a função de produção terceirizada às
empresas localizadas em paises subdesenvolvidos onde, entre outras vantagens,
possui a mão-de-obra mais barata.
Os benefícios
obtidos na margem operacional pela chamada “deslocalização”, ou subcontratação
de fatores não diferenciados, permite que as organizações reinvistam esses
recursos financeiros na gestão dos elementos que compõem a marca como forma de
qualificar o produto e obter um preço de venda superior contribuindo para a
rentabilidade da organização, este é o caso de empresas com a Motorola, Alcatel
e Nike. Tais benefícios só são possíveis por que as grandes empresas possuem um
registro legal, tanto de seus produtos tangíveis, como intangíveis (marca,
logotipo, slogan) em um órgão competente. (GRONROOS, 2003, p. 353)
No Brasil o órgão
responsável pelo registro das marcas é o Instituto Nacional do Patrimônio
Industrial (INPI), com o registro a empresa garante os direitos legais sobre a
marca tendo total poder sobre ela e se resguardando contra uso indevido e atos
de má-fé praticados por terceiros. “É um respaldo legal que constrói valor para
a marca, fornece mais segurança à sua atuação no mercado, além de viabilizar
transações comerciais na qual sua marca sua marca é o maior objeto de
negociação” (INPI, www.inpi.org.br).
Diante de um
cenário cada vez mais competitivo, o registro de sua marca lhe garante além
várias outras vantagens, a de puder comercializar sua própria marca, ainda mais
se ela for dominante no mercado e de fácil aceitação para o consumidor.
O INPI é uma
autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, responsável por registros de
marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de
tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de
computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da
Propriedade Industrial (Lei n.º9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº.
9.609/98) . Criado no dia 11 de dezembro de 1970, pela Lei n.º.648 (www.inpi.org.br).
Sem o devido
registro da marca a empresa não poderá usufruir de seus benefícios, pois
legalmente é uma empresa sem marca, sem uma identidade própria, não podendo
reivindicar os devidos direitos autorais. Uma empresa que possui uma marca, mas
não tem o registro, não poderá considerar a marca como seu maior ativo
permanente, e não poderá ocupar a uma fatia do mercado por muito tempo.
Quanto à natureza
das marcas ela diz respeito à origem e ao seu uso. No que tange à origem,
existem marcas brasileiras e marcas estrangeiras. Para todos os efeitos, marca
brasileira é aquela regularmente depositada no Brasil, por pessoa domiciliada
no país.
Já a marca
estrangeira é aquela regularmente depositada no Brasil, por pessoa não
domiciliada no país, ou aquela que, depositada regularmente em país vinculado a
acordo ou tratado do qual o Brasil seja partícipe, ou em organização
internacional da qual o país faça parte, é também depositada no território
nacional no prazo estipulado no respectivo acordo ou tratado, e cujo depósito
no País contenha reivindicação de prioridade em relação à data do primeiro
pedido.
No que concerne
ao seu uso, às marcas podem se dividir em:
Produto: Distinguir produtos de
outros idênticos, semelhantes ou afins.
Serviço: Distinguir serviços de
outros idênticos, semelhantes ou afins.
Coletiva: Identificar produtos ou
serviços provenientes de membros de um determinado grupo ou entidade.
Certificação: Atestar a conformidade de
produtos ou serviços a determinadas normas ou especificações técnicas.
As marcas possuem também diversas formas de apresentação.
Não são apenas nomes, nem apenas figuras. Entretanto, de acordo com a lei
brasileira, não se pode proteger sinais visivelmente perceptíveis. Assim, um
som, ou ainda um aroma, não encontram amparo legal como marca. A marca possui
quatro tipos de apresentação, que são:
Nominativa: Sinal constituído apenas por palavras, ou combinação de letras e/ou algarismos, sem apresentação fantasiosa.
Mista: Sinal que combina elementos
nominais e figurativos.
Figurativa: Sinal constituído por
desenho, imagem, formas fantasiosas em geral.
Tridimensional: Sinal constituído pela
forma plástica distintiva e necessariamente incomum do produto.
Para que se tivesse um maior
controle sobre as marcas estabeleceu-se uma classificação através de um ato
normativo que estabeleceu um limite: cada pedido de registro de marcas deverá
assinalar uma única classe. Adicionalmente, dentro da classe escolhida, o
pedido poderá compreender até o máximo de três itens. No caso de medicamentos,
o limite é de dois itens. Duas premissas estiveram presentes na elaboração da
Classificação:
- Estabelecer uma linguagem que agregasse produtos e serviços, utilizando denominações genéricas que delimitassem adequadamente o âmbito de proteção e, ao mesmo tempo, permitissem a análise de colidências por afinidade de produtos/serviços, intra e interclasses.
- Estabelecer um código, fixado em quatro dígitos, que traduzisse cada linha de produto/serviço, a fim de permitir a automação. Os dois primeiros dígitos representam à classe do produto ou serviço e os dois dígitos finais o item específico dentro da classe.
A Classificação foi
instituída pelo Ato Normativo 51, de 1981 e já existem estudos em andamento
para sua atualização. A diretiva básica será sua compatibilização com a
Classificação Internacional de Nice, adotada por diversos países, e que
representa, a exemplo da congênere Classificação Internacional de Patentes, uma
referência básica em termos de padronização internacional. A Classificação
atual é composta de 41 classes, sendo 35 referentes a produtos e seis a
serviços.
Para
que uma marca seja bem elaborada é necessário que a empresa tenha em seu
departamento um profissional de designer, pois é ele o responsável pela
transformação de todo o discurso da empresa, em cores, símbolos, imagens,
palavras, em uma marca para a empresa, para depois saber se o cliente aprova ou
não. Nóbrega (2009, p. 02) confirma e ainda acrescenta que:
O designer tem esta
importante função junto a empresa ele deve ouvir atentamente o que ela tem para
dizer, usar da técnica e também a sensibilidade para transformar todo o
discurso e tudo o que foi discutido entre todos em cores, formas e conceitos
atraentes, as vezes o design passa até para outros sentidos, já perceberam que
todas as lojas do McDonald`s tem o mesmo aroma, isso também é branding, ou as
vezes também é sonoro como o PlimPlim de uma emissora de Televisão.
Portanto,
para se ter uma marca e todos os direitos sobre ela são necessários que seja
feito um alto investimento e que todos na organização trabalhem juntos em busca
de um objetivo comum, conquistar o consumidor, pois a marca não está voltada
somente para o marketing e sim para toda a organização e se todos trabalharem
juntos a marca se fortalecerá cada vez mais no mercado.
METODOLOGIA
Quanto aos fins
esta pesquisa é descritiva, pois relataremos à história da publicidade, bem
como da marca e buscamos informações para fundamentar a importância dos mesmos
para as organizações actuais.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica por ser
sistematizada, na qual serão utilizadas para a fundamentação
teórico-metodológica do trabalho fontes de autores conceituados, artigos,
revistas e a internet, através de sites relacionados ao assunto pesquisado.
Conclusão
Este estudo
surgiu com a finalidade de pesquisar as mudanças ocorridas no mercado e no
comportamento do consumidor, que se tornou mais exigente quanto aos produtos e
serviços das empresas bem como a publicidade como ferramenta da gestão
empresarial.
Os capítulos
anteriores procuraram abordar com actualidade a dimensão e evolução da publicidade
e gestão de marcas no sentido de investigar o quanto qualquer marca bem
trabalhada, galgada em princípios fundamentais de marketing, é capaz de impactar na decisão de compra e no seu
reconhecimento pelas pessoas.
Foi abordado
também a importância do Marketing nas empresas e a sua evolução, partindo de um
simples departamento, e chegando aos dias de hoje, como uma poderosa ferramenta
de conhecimento das necessidades e dos desejo dos consumidores.
Pode – se traçar a
história da publicidade desde a antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789), que a publicidade
iniciou a trajectória que a levaria até o seu estágio actual de importância e
desenvolvimento.
Hoje em dia, a publicidade está em toda a parte e de todas as maneiras. Esta
serve não só como um recurso de informação destinada ao esclarecimento da
população mas também é usada como a melhor propaganda para um dado produto.
Foi visto que a marca está
dentro do marketing e estará presente onde ele estiver o marketing pode ser
praticado por qualquer pessoa da organização, não necessariamente tenha que ser
a alta administração. Todos devem praticar o Marketing para que a organização
se mantenha no mercado por mais tempo.
Referênciais
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