método de investigação social
METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO SOCIAL
O homem procura conhecer o mundo que o rodeia, desenvolvendo
sistemas que lhe permitam conhecer a natureza das coisas e o comportamento do
homem. Formas de conhecimento variadas não satisfazem aos espíritos mais críticos:
a observação casual pode levar a equívocos, as religiões fornecem informações
contraditórias, a poesia é subjectiva, as autoridades podem ser frágeis, e o
conhecimento filosófico pode levar a conhecimentos sem possibilidade adequada
de verificação. A partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais
seguros que os fornecidos por outros meios, desenvolveu-se a ciência que
constitui um dos mais importantes componentes intelectuais do mundo
contemporâneo. Portanto este tema eleva-nos ao conhecimento mais abrangente no
que tange aos métodos de investigação social.
No dedutivo parte-se do
geral para o particular, partindo de princípios tidos como verdades absolutas
para a obtenção de soluções puramente formais. O protótipo do raciocínio
dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições chamadas premissas,
retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada conclusão.
No indutivo parte-se do
particular para o geral. A generalização deve ser constatada a partir da
observação de um número de casos concretos suficientemente confirmadores da
suposta realidade. Com a aparecimento dos empiricistas passou a ser visto como
o método por excelência das ciências naturais. Com o advento do positivismo,
sua importância foi reforçada e passou a ser proposto também como método de
investigação nas ciências humanas. Os indutivistas afirmam que a dedução
apresenta, de forma diferente, a mesma coisa e, que depende de verdades
absolutas.
No método
hipotético-dedutivo, o cientista, através de uma combinação de observação
cuidadosa, hábeis antecipações e intuição científica, alcança um conjunto de
postulados que governam os fenômenos pelos quais está interessado; daí
deduzindo as conseqüências observáveis; e verificando essas conseqüências por
meio de experimentação, refutando ou substituindo os postulados, quando
necessário, por outros e assim prosseguindo.
Este método goza de
notável aceitação, sobretudo nas ciências naturais. Nos círculos
neopositivistas chega mesmo a ser considerado como o único método rigorosamente
lógico. Mas sua aplicação às ciências sociais apresenta sérias limitações,
devido a sua ligação à experimentação. Ainda assim, muitos autores o consideram
suficiente para a construção de modelo lógicos de investigação em ciências
sociais.
Método Dialético (31)
Pode-se,
fundamentalmente, considerar a dialética sob três aspectos, sendo considerado
aqui o terceiro: como mérito de investigação da realidade. A dialética,
enquanto metodologia, é compreendida de maneira diversa, segundo os autores. É
possível, porém, identificar alguns princípios que são comuns a toda abordagem
dialética:
- Princípio
da unidade e luta dos contrários, que constitui a fonte do desenvolvimento
da realidade.
- Princípio
da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas.
- Princípio
da negação da negação. O desenvolvimento processa-se em espiral, com a
repetição em estágios superiores de certos aspectos e traços dos estágios
inferiores.
Para conhecer realmente
um objeto é preciso estudá-lo em todos os seus aspectos, relações e conexões. E
a dialética é contrária a todo conhecimento rígido. Tudo é visto em constante
mudança: sempre há algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega e
transforma. Milita contra a quantificação e a matematização de um lado, e, do outro,
contra o positivismo e o empirismo.
Método Fenomenológico (33)
Propõe a estabelecer uma
base segura, liberta de pressuposições, para todas as ciências. Não explica
mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o
que está presente à consciência, o objeto, tendendo ao objetivo. Sua adoção
implica uma mudança radical de atitude em relação à investigação científica.
Por isso, embora comentado, ainda não vem sendo muito empregado na pesquisa
social. Mas á medida que procura captar o essencial, o pesquisador evitará o
parcelamento da pesquisa e a atomização dos dados. A reflexão fenomenológica
poderá também auxiliar o pesquisador na formulação de problemas, na construção
de hipóteses e na definição de conceitos com vistas à fundamentação teórica de
pesquisa.
Métodos Específicos das Ciências Sociais (34)
Objectivam proporcionar
ao investigador os meios técnicos para garantir a objectividade e a precisão no
estudo dos fatos sociais.
Método Experimental – Consiste essencialmente
em submeter os objectos de estudo à influência de certas variáveis, em
condições controladas pelo investigador, para observar os resultados que a
variável produz no objecto. Pode-se considerá-lo como o método por excelência
das ciências naturais nos últimos três século, o que não se repete nas sociais.
Método Observacional – Um dos mais utilizados
nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Pode ser considerado
o mais primitivo e, portanto, o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser
tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau
de precisão nas ciências sociais.
Método Comparativo – Investigação de indivíduos, classes,
fenómenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre
eles. Algumas vezes, é visto como o mais superficial em relação a outros. No
entanto, há situações em que seus procedimentos são desenvolvidos mediante
rigoroso controle e seus resultados proporcionam elevado grau de generalização.
Método Estatístico –
Importante auxílio para a investigação em ciências sociais. No entanto, suas
explicações não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas com
probabilidade de o serem, com certa margem de erro, o que o torna bastante
aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa.
Método Clínico –
Apoia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado, sendo utilizado
principalmente na pesquisa psicológica. Este pesquisador deve cercar-se de
muitos cuidados ao propor generalizações, visto que este método se apoia em
casos individuais e envolve experiências subjetivas.
Quadros de Referência
Teorias e Quadros de Referência
Na ciência, teoria pode
ser vista como um conjunto de hipóteses que formam um sistema dedutivo, ou
seja, um sistema organizado de maneira que, considerando como premissas algumas
hipóteses, destas decorram logicamente todas as outras. As teorias proporcionam
a adequada definição de conceitos e sistemas conceituais; indicam lacunas no
conhecimento; auxiliam na construção de hipóteses; explicam, generalizam e
sistematizam os conhecimentos e sugerem a metodologia apropriada de
investigação.
Boa parte das teorias no
âmbito das ciências sociais pode ser chamada de "teorias de médio
alcance", já que desempenham papel limitado na investigação científica.
Outras, no entanto, encontram-se elaboradas de tal forma que ambicionam
constituir-se como "quadros de referência", subordinando outras
teorias e sugerindo normas de procedimento científico. Alguns chegam mesmo a
ser designados de métodos. É o caso do funcionalismo, do estruturalismo e da
"compreensão".
Funcionalismo – Corrente
das ciências humanas que enfatiza as relações e o ajustamento entre os diversos
componentes de uma cultura ou sociedade. De origem positivista, o enfoque
funcionalista leva a admitir que toda atividade social e cultural é funcional
ou desempenha funções e é indispensável. A função de toda atividade recorrente
é seu papel na vida social e sua contribuição para sustentar as estruturas. Em
alguns meios o funcionalismo sofre restrições, em virtude de estar
identificado, em suas origens, com ideologias conservadoras.
Estruturalismo –
Correntes de pensamento que recorrem à noção de estrutura para explicar a
realidade em todos os seus níveis, onde cada sistema é um jogo de oposições,
presenças e ausências. A oposição do estruturalismo ao empirismo é evidente,
pois o fato isolado, enquanto tal, não possui significado. Parte-se da
investigação de um fenômeno concreto, atingindo o nível do abstrato pela
indicação de um modelo representativo, para retornar ao concreto como uma
realidade estruturada.
Compreensão – Apreensão
simpática do sentido finalista de uma ação, oriunda de motivações irracionais,
envolvendo a reconstrução no sentido subjetivo original da ação e o
reconhecimento da parcialidade da visão do observador. Para Max Weber, é
importante que os cientistas sociais apreendam o mundo social sem eliminarem a
integridade subjetiva dos atores que atribuem significado. Ele define três
tipos ideais: domínio lega, tradicional e carismático.
Processo que, utilizando a metodologia científica, permite a
obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social. Esta envolve
todos os aspectos relativos ao homem em seus múltiplos relacionamentos com
outros homens e instituições sociais.
Finalidade da Pesquisa
A pesquisa pura busca o progresso da ciência, enquanto a aplicada,
que depende da pura, apresenta o interesse na aplicação, utilização e
conseqüências práticas do conhecimento.
Níveis de Pesquisa
Pesquisas Exploratórias – Com menor rigidez de
planejamento, procuram desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias,
para a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para
estudos posteriores. Proporcionam visão geral, do tipo aproximativo, de
determinado fato. O produto final passa a ser um problema mais esclarecido.
Pesquisas Descritivas – Procuram descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações (e/ou de sua natureza) entre variáveis. Uma de suas características
mais marcantes está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.
Juntamente com as anteriores, as mais utilizadas no envolvimento prático.
Pesquisas Explicativas – Procuram identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo de
pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a
razão, o porque das coisas, sendo, por isso, o tipo mais complexo e delicado,
já que o risco de erros é muito maior.
Envolvimento do
Pesquisador na Pesquisa
Segundo a influência positivista, deve-se buscar a objetividade na
pesquisa, que não é facilmente obtida por causa de sua sutileza e implicações
complexas. Para evitar problemas de subjetividade, os positivistas sugerem que
se restrinja os fenômenos sociais ao que pode ser efetivamente observado com
neutralidade.
As críticas concretas a esse procedimentos clássicos têm sido
motivadas por razões de ordem prática ou ideológica. As primeiras afirmando que
os resultados não levam a uma qualidade muito superior ao próprio senso comum,
mas com grande gasto de recursos, inclusive de tempo. Já os argumentos
ideológicos indicam tal forma de pesquisa como forma de controle social.
Como alternativas surgem:
Pesquisa Ação – Pesquisa social com base empírica concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
Pesquisa Participante – Responde especialmente às necessidades de
populações que compreendem as classes mais carentes nas estruturas sociais
contemporâneas, levando em conta suas aspirações e potencialidades de conhecer
e agir. Metodologia que procura incentivar o desenvolvimento autônomo
(autoconfiante) a partir das bases e uma relativa independência do exterior.
Etapas da Pesquisa
Até o momento não foi possível definir um modelo que apresente, de
forma precisa e sistemática, os passos da pesquisa, nem há teoria suficiente
para tal, sendo esta uma aproximação: Formulação do Problema; Construção de
Hipóteses ou Determinação dos Objetivos; Delineamento da Pesquisa;
Operacionalização dos Conceitos e Variáveis; Seleção da Amostra; Elaboração dos
Instrumentos de Coleta de Dados; Coleta de Dados; Análise e Interpretação dos
Resultados; Redação do Relatório.
Considerando o
conhecimento científico e sua aplicabilidade para os indivíduos, alguns pontos
básicos do Conhecimento e sua teoria, buscam compreender seu enredamento não
abrangido pela banalidade e sua penúria quanto a precisão de uma teoria
que analise metodicamente proposta à Sociologia contemporânea, o organismo de
considerações e a carácter crítico do intelectual diante do ato politico, elementos
estes amalgamados e discutidos em seu processo social ao constituir pensamentos
que dialogam com o que comunga Max Weber e os estudos de classe social de Marx.
O qual deve confinar
com os sistemas da fala epistemológica, que propõe a todo momento a vulnerabilidade
de fazer modelos prontos e acabados. Tal atitude científica insinua
a dependência dos procedimentos metodológicos à uma causa epistemológica
descrente, questionadora e atenta(vigilante).
"Semelhante
tarefa, propriamente epistemológica, consiste em descobrir no decorrer da
própria actividade científica, incessantemente confrontada com o erro, as
condições nas quais é possível tirar o verdadeiro do falso, passando de um
conhecimento menos verdadeiro a um conhecimento mais verdadeiro"(BOURDIE,2004)
Em afinidade à
elaboração de um objecto atende um olhar que vai de encontra com o que
chama-se de geral, que decide a constituição da investigação científica. Assim
pode ser marcante e instalado em virtude da necessidade de um problema teórico
compreendendo os sistemas.
"Toda
experiência bem construída tem como efeito intensificar a dialéctica da razão e
da experiência, mas somente com a condição de que o pesquisador saiba pensar,
de forma adequada, os resultados, inclusive negativos, que ela produz e se
interrogue sobre as razões que fazem com que os fatos têm razão de dizer
não".(BOURDIE,2004)
Uma propriedade
do axioma sociológico weberiano que vele destacar é a "neutralidade
axiológica. Weber é conhecido por "delatar" a desilusão do mundo e
revelar-se que nos atrelamos em uma "jaula de ferro". Entretanto a
atitude não é a de uma perfil "crítico" no sentido de construir uma
" teoria" que mostre as "doenças" da modernidade, porém
a postura de abarcar a sociedade, situando as amarrações nas quais
se ajustaram os atos sociais no proceder da história. o objecto de estudo da
sociologia compreensiva são os actos sociais Weber não determina a
colectividade ou a sua história como o objecto desta ciência. A aspiração é
compreender, decifrar e elucidar a história como um todo somada com os actos
sociais.
A teoria de Giddens é
histórica, usa a preceitos de uma dialéctica que anuncia o dinamismo. Sua
justaposição dialéctica está sobre o seu conceito de "Desencaixe do
espaço-tempo". Esse é o conceito central o qual usa para explanar tanto a
oscilação das sociedades conservadoras e modernas. A Hermenêutica é tida
como uma característica das ciências sociais ilustra que os filósofos e
cientistas sociais têm considerado uma passagem com de conceitos insistentemente
a alastrar-se a fala técnica da ciência social. "Ele explica
que" os conceitos das ciências sociais não são produzidos cerca de uma
forma independente, constituindo objecto, que continua, independentemente do
que estes conceitos são.
Toda ciência é hermenêutica?
A lógica não é o suficiente para se bancar a filosofia científica pela
necessidade interpretativa, de linguagem e próxima do conhecimento baseado na
experiência. A expectativa metodológica, as conjecturas sociais beberiam uma
dupla hermenêutica por decifrar um fato que já foi explicado. Giddens percebe a
construção de um ambiente consequente das praticas sociais, chamando atenção
para a natureza socializada. Dentro de uma conjuntura de mundo compreender que
a realidade presente esta indissociável do social e do ambiental.
Para Catalina Wainerman os erros mais comuns na
investigação social estão pautados em:
¨
A construção de um objetivo que não se contempla na investigação.
¨
Objetivos que não dialogam entre si
¨
A não obtenção dos dados para a pesquisa.
¨
Conflito entre declarações de ordem comum e afirmativas de ordem pessoal
¨
Desordem entre suposições como entendimento e suposições como conjectura.
¨
Descontextualidade entre padrão teórico e representação metodológica.
¨
Objetivo com caráter explicativo sem o alcançar a exposição adiantada do objeto
a ser investigado
A construção do
processo que antecipa a pesquisa de ser cautelosa, pois fatores como foram
citados acima interferem na obtenção de dados coerentes a os que estão a ser
investigado, esse caminho necessitará de conhecimentos específicos sobre
métodos, objetivos e mais a associação do que se interessa com bom senso DO
pesquisador.
Em geral, o método
hipotético-dedutivo é usado para aperfeiçoar teorias prévias em desempenho de
novos informações, nas quais a complicação do modelo não permite formulações
lógicas.
Sendo assim, o método
hipotético-dedutivo predominantemente intuitivo e precisa, não só para ser
rejeitado, mas também para impor a sua validade, a verificação das suas
conclusões. Esse mesmo caráter intuitivo torna-o também muito dependente do
pesquisador, pois a intuição e a capacidade de predição das hipóteses precisam
ser suficientemente brilhantes para induzir resultados válidos.
Portanto a pesquisa
demonstrou aspectos relevantes e significativos no ponto de vista investigativo
que de facto levou-me a proporcionar a aquisição de conteúdo inerente e eficaz
na disciplina, visto que só desenvolvendo temas chegaremos aos pensamentos mais
qualitativos no ponto de vista técnico.