a importância da linguagem na etapa pré-escolar

INTRODUÇÃO

Neste trabalho poderei falar sobre a importância da linguagem na etapa pré-escolar, sabendo que a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral são, pois, estruturantes para a constituição do sujeito e para o seu crescimento pessoal e social, interior e interpessoal. Assim a criança é o centro das nossas atenções. Então no desenvolvimento deste trabalho estão explicados de uma forma clara a importância da linguagem na etapa pré-escolar.





A COMUNICAÇÃO E A LINGUAGEM

Ao longo dos tempos, diversas investigações têm permitido perceber que não existem sociedades humanas conhecidas desprovidas de linguagem oral, facto que permite constatar a relação intrínseca existente entre o ser humano e a linguagem oral. É através da linguagem que o homem, como ser eminentemente social, comunica, contudo a linguagem não se restringe unicamente à comunicação e, por seu turno, a comunicação não se limita à linguagem oral utilizada pela espécie humana. Dado o referido, e devido à temática do presente trabalho, torna-se importante clarificar os conceitos de comunicação e de linguagem, os quais são muitas vezes confundidos e utilizados indiscriminadamente. Comunicação entende-se como processo activo de troca de informação que envolve a codificação (ou formulação), a transmissão e a descodificação (ou compreensão) de uma mensagem entre dois, ou mais, intervenientes”. Comunicar é um processo interactivo, desenvolvido em contexto social, requerendo um emissor que codifica ou formula a mensagem e um receptor que a descodifica e compreende”.
No que concerne à linguagem oral, isto é, à modalidade oral do sistema linguístico, esta é uma forma de comunicação universal e, como consequência desta universalidade, encontra-se o facto de qualquer criança nascer capacitada para adquirir a língua natural da comunidade a que pertence, desde que esteja em contacto com a mesma. Refira-se que uma língua natural é a “língua materna de uma comunidade linguística quando é ela que as crianças nascidas nessa comunidade desenvolvem espontaneamente como resultado do processo de aquisição da linguagem.

A IMPORTÂNCIA DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL

Sabendo que as crianças se apropriam da sua língua materna (língua natural da comunidade em que estão inseridas) de uma forma natural e espontânea, tornando-se falantes eficientes nos seus primeiros anos de vida, surge muitas vezes a questão: Qual é o fenómeno que leva à aquisição e ao desenvolvimento da língua materna pela criança?
O desenvolvimento da criança, ocorre porque a mesma se encontra geneticamente preparada para detectar, no meio que a envolve, as normas que lhe permitem construir o seu conhecimento global. A sequência de desenvolvimento caracteriza-se assim por ser igual para todas as crianças e resulta da maturação neuropsicológica. O desenvolvimento resulta da aprendizagem, o que leva a considerar que o desenvolvimento da linguagem é consequência de um conjunto de aprendizagens. Entenda-se que a aprendizagem corresponde a alterações de um comportamento que resultam da experiência, sendo por este motivo a linguagem denominada por comportamento verbal. A função do meio, e principalmente a dos pais, é crucial para o desenvolvimento linguístico da criança, uma vez que esta começa a dominar o comportamento verbal por influência do ambiente através da imitação do que observa ao seu redor. Só uma capacidade inata pode possibilitar à criança adquirir tão cedo a linguagem.
Segundo Piaget, “a criança desenvolve o conhecimento do mundo em geral, o qual é por natureza não linguístico e, a partir daí, enforma-o em categorias linguísticas”. A base do desenvolvimento linguístico é o desenvolvimento cognitivo, estando, portanto, o primeiro dependente do segundo, ou seja, a linguagem integra uma organização cognitiva mais vasta. Piaget e os seus seguidores consideram que a interacção das crianças com o meio é fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo, ocorrendo este numa série de estádios qualitativamente diferentes.
O processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem é rápido e complexo, mas ao mesmo tempo fascinante, dado que a criança, através das interacções que desenvolve com as pessoas que se encontram ao seu redor, activa e optimiza as suas capacidades verbais, isto é, adquire e desenvolve a sua língua materna. Em todo este processo, a criança percorre um caminho individual, o qual é delineado por uma grande interacção com os outros. Em condições normais, o input linguístico dado à criança pela comunidade em que se encontra inserida (ou seja, o discurso dirigido à criança e as trocas verbais entre as pessoas que lhe estão mais próximas) leva-a a adquirir e desenvolver a linguagem, sendo que o desenvolvimento da linguagem corresponde concretamente às alterações que ocorrem a nível quantitativo e qualitativo durante o processo do conhecimento da língua por parte da criança e desenrola-se fundamentalmente no período que medeia entre o seu nascimento e a entrada no 1.º ciclo de escolaridade.
O conhecimento que a criança possui da língua à entrada para o 1.º ciclo, corresponde a uma apropriação funcional da língua e caracteriza-se por ser:
intuitivo;
·         Subconsciente;
·         Implícito (é um saber “como” e não um saber “sobre”);
·         Assistemático e instável;
·         Mais orientado para a produção de sentido do que para a forma; e
·         Socialmente marcado (porque é consequência das múltiplas interacções que envolvem a criança desde o seu nascimento).

DESENVOLVIMENTO FONOLÓGICO

A criança nasce geneticamente preparada para ouvir e produzir sons, o que não quer dizer que nasça a falar. Para que a criança comece a falar, necessita de passar por um processo progressivo de aquisição dos sons da fala, designado por desenvolvimento fonológico, o qual integra a capacidade para discriminar (distinguir) sons e para produzir todos os sons da língua materna. A capacidade para discriminar sons tem implícita a capacidade de ouvir e reconhecer os diferentes sons da língua. Esta é uma capacidade inata, o que leva a que a criança (sem problemas auditivos) desde o seu nascimento seja sensível a alterações acústicas. Um exemplo que comprova o referido é que a criança com pouco tempo de vida consegue distinguir o som da voz humana de outros sons; passado pouco tempo, começa a reconhecer a voz materna e, seguidamente, a distinguir a voz masculina da feminina, sendo que, por volta dos seis meses, consegue identificar diferentes padrões de entoação e ritmo (elementos prosódicos especificados mais à frente).




CONCLUSÃO

Cheguei a conclusão de que a etapa pré-escolar é uma etapa que requer muita atenção por parte da criança, porque é nesta idade em que tudo que os pais falam a criança guarda para poder se expressar numa outra ocasião. Neste sentido é importante de que os educadores de infância ao ensinar as crianças tenham muito cuidado principalmente no modo de se expressar as sílabas.




BIBLIOGRAFIA

A linguagem e a fala na idade pré-escolar. Disponível em: http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/3633/1/Relat%C3%B3rio%20final%20de%20PIS%20Ana%20Sousa.pdf. Acessado aos 22 de Setembro de 2015.



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