FNLA
INTRODUÇÃO
Neste trabalho
iremos abordar sobre o movimento de libertação nacional FNLA. Desde a sua origem, em que contexto foi fundado quem foi o
seu fundador, qual foi a ideologia do movimento, a sua estratégia e apoio.
1.ORIGEM DO MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL (FNLA)
A partir dos anos de 1950 começaram a surgir as
primeiras organizações nacionalistas angolanas, tais como o PLUA em
1953 (PARTIDO DE LUTA UNIDA POR ANGOLA) e a UPNA (UNIAO
DAS POPULACOES DO NORTE DE ANGOLA), dirigido por Barros Nekaka era o tio
materno de um jovem amanuense da administração belga, nascido em Angola, mais
criado no congo belga: Holden Roberto. Devido ao conflito sobre o trono de São
Salvador e restaurar a monarquia do Congo. Entrava agora numa fase pan-angolana
sem perder a sua ascendência tribal sobre os baxicongo que viviam em
Leopoldville. Consistentemente com esta nova orientação, a UPNA retirou a
palavra “NORTE” da sua designação e tornou-se na União das Populações de Angola
(UPA) em 1958.
A UPA enviou Holden Roberto para o estrangeiro, para
alargar o âmbito da sua educação e denunciar Portugal perante a opinião
mundial. De então em diante, a sua personalidade ligou-se indissoluvelmente a política
da UPA, que ele guiou e, por fim, encarnou.
Holden Roberto constitui a UPA no
estrangeiro isto é em Leopoldville, na sequência da independência do
congo-Leopoldville. Ele lançou uma emissão através da radio e do jornal
ameaçando os colonos portugueses e os sobas leais e fez promessas para depois
da independência (o homem branco roubou a terra do homem negro, enriquece obrigando
o homem negro a trabalhar nas plantações de café, bate-lhe e trata-o como uma
criança, mas a Idade Dourada surgirá após a independência, quando tudo aquilo
que pertencer aos colonos for para as mãos da população nativa. Holden Roberto
exigiu negociações com o governo português a 9 de junho de 1960, mas, dada a
tradicional política de Lisboa, o seu pedido foi naturalmente recusado.
Era impensável,
para o governo de Salazar, lidar com movimentos que ele considerava serem
subversivos, não representativos e estrangeiros. Em Leopoldville, agora capital
independente, Holden tornou-se mais exigente, comprou algumas armas e
preparou-se para uma insurreição armada a sul da fronteira.
Foi neste período que surgem as guerrilhas e as
revoltas como: o 4 de Janeiro de 1961, o 15 de Março de 1961, no Norte de
Angola, a UPA ataca as fazendas dos colonos. Este movimento desenvolveu também
as suas acções de guerrilha com maior agressividade no Norte do País.
Depois da morte
João Baptista Traves Pereira em 1962 comandante das forças da UPA, o comandante
abandonou o partido, acusando Holden Roberto de tribalismo e de ser responsável
tanto pela morte do comandante e dos outros membros da UPA. Través desta
situação em 27 de Março de 1962 a UPA formou a Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA).
A 5 de Abril de 1962, a Frente Nacional criou o (GRAE)
governo da República Angolana no Exilio. Os principais funcionários eram:
presidente- Holden Roberto; vice-presidente- Emmanuel Kunzika; negócios
estrangeiros- Jonas Malheiro Savimbi; armamento- Alexandre Taty.
O GRAE funcionava como uma arma diplomática para
esmagar o MPLA e proporcionar um porta-voz válido nas relações com as
autoridades congolesas.
1.2 IDEOLOGIA, APOIO DO
MOVIMENTO
A ideologia da FNLA era o capitalismo. Os apoios
vinham do Zaire, o ditador Mobutu, enviou tropas zairenses para o norte de
Angola. Entretanto forças sul-africanas, encorajadas pelos Estados Unidos,
começaram a partir de Outubro de 1975, a entrar em território angolano fixando
a norte do pais a fim de atacar zonas e cidades controladas pelo MPLA.
As áreas de actuação foram a norte e sul de Angola. A
norte abrangia as seguintes províncias: Cabinda, Uige, Zaire, Malanje etc.
A sul abrangia a província do Bengo. A FNLA teve como
retaguarda de luta a ex-congo Belga, actual República Democrática do congo.
Liderada na altura por Mobutu que teve uma boa relação com o líder da FNLA.
CONCLUSÃO
Portanto
a partir dos anos 1950 surgiram as primeiras organizações nacionalistas
angolanas como a PLUA, UPNA, UPA, que eram movimentos com ideais
independentistas e mais tarde como movimento de libertação FNLA que significa
Frente Nacional de libertação de Angola.
A FNLA defendia o capitalismo
influenciado pelo EUA, teve apoio dos seguintes países: Zaire, Congo-belga,
China, Argélia. A sua primeira manifestação foi através do ataque a fazendas de
café, mais tarde estendeu-se as grandes cidades. Este movimento exercia as suas
acções clandestinas no Congo Belga, mais tanto os Belgas como os Portugueses
realizavam acções de caça ao homem, fez com que muitos patriotas abandonassem
as cidades e concentrassem as suas atividades nas matas a norte da capital,
enquanto outros se viram forçados a refugiar-se nos países vizinhos, em
especial no então Congo-Leopoldville, onde desde tempos mais remotos existia já
uma comunidade angolana considerável.