OS NÍVEIS DE LINGUAGEM
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
O presente trabalho
insere-se na abordagem de um tema muito pertinente que diz-nos falar dos níveis
de linguagem tema este que nos coloca das delimitações da disciplina de Língua
Portuguesa. Sabemos perfeitamente que A língua e os Níveis
da Linguagem pertencem
a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante
mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida
que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão
incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso.
OS NÍVEIS DE LINGUAGEM
A linguagem é qualquer conjunto de sinais que
nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos,
teremos uma comunicação verbal, visual, auditiva etc. Damos o nome de fala à
utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral
quanto na escrita. Em decorrência do caráter bastante individual da língua, é
necessário destacar algumas modalidades:
NORMA CULTA: é aquela utilizada em
situações formais, principalmente na escrita – mais planejada e bem elaborada.
Caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuidado
maior com o vocabulário, obediência às regras estabelecidas pela Gramática,
organização rigorosa das orações e dos períodos etc.
Confira no texto abaixo: “(...) O mais forte e
apreciável motivo para um estudo dos assuntos humanos é a curiosidade. Este é
um dos traços distintivos da natureza humana. Ao que parece, nenhum ser humano
é dele totalmente destituído, apesar de seu grau de intensidade variar
enormemente de indivíduo para indivíduo. No campo dos assuntos humanos, a
curiosidade nos leva a buscar uma óptica panorâmica, através da qual se possa
chegar a uma visão da realidade, tão inteligível quanto possível para a mente
humana.” Arnold TOYNBEE. Um estudo da história. Brasília: EdUnB. 1987. Pág. 47.
(com adaptações).
LINGUAGEM COLOQUIAL: é adotada em
situações informais ou familiares. Caracteriza-se pela espontaneidade, já que
não existe uma preocupação com as normas estabelecidas (aceita o uso de gírias
e de palavras não dicionarizadas). Embora seja uma linguagem informal, não é
necessariamente inculta, pois a desobediência a certas normas gramaticais se
deve à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. É
facilmente encontrada na correspondência pessoal (msn, e-mail etc.), na
literatura, histórias em quadrinhos, nos jornais e revistas. Veja o exemplo:
Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto?
Me parece que as coisas no fim sempre dão certo.
LINGUAGEM TÉCNICA: é utilizada por
alguns profissionais (policiais, vendedores, advogados, economistas etc.) no
exercício de suas atividades. Exemplo: “Vamos direto ao assunto: interface
gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo
aborrecedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou comando mal
digitados”. Revista PC World, ago/2007. p. 98. 2 OBS.: Não se deve confundir
vocabulário técnico com jargão (modalidade coloquial).
LITERÁRIA (artística): tem finalidade
expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra (poetas e romancistas,
por exemplo). Observe: “O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me
devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a
gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro. Sentaram-me
num automóvel de pêsames”. Memórias Sentimentais de João Miramar. Oswald de
Andrade
VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS
São as variações que uma língua apresenta, de
acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
A língua é um organismo vivo, que se modifica no tempo, a todo instante. Os
tipos de variações mais cobrados em provas são:
EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS: vocábulos
incorporados ao nosso idioma em sua forma original - ou aportuguesados. No
português usado hoje no Brasil, existe influência de várias línguas: do contato
com o índio, incorporamos palavras como cipó, mandioca, peroba, carioca etc.; a
partir do processo de escravidão no Brasil, incorporamos inúmeros vocábulos de
línguas africanas, tais como quiabo, macumba, samba, vatapá e muitos outros.
Podemos encontrar também, no português atual, palavras provenientes de línguas
estrangeiras modernas, principalmente do inglês. Veja alguns exemplos: do
italiano (maestro, pizza, tchau, espaguete); do francês (abajur, toalete,
champanhe); do inglês (recorde, sanduíche, futebol, bife, gol, clube, e muitos
outros mais).
NEOLOGISMOS: são palavras novas, que vão sendo logo absorvidas pelos
falantes no seu processo diário de comunicação. Umas, surgem para expressar
conceitos igualmente novos; outras, para substituir aquelas que deixam de ser
utilizadas. Os neologismos podem ser criados a partir da própria língua do país
(cegonheiro, por exemplo), ou a partir de palavras estrangeiras (deletar,
escanear etc.).
RECRIAÇÕES SEMÂNTICAS: existem, também,
aquelas palavras que adquirem novos sentidos ao longo do tempo. Por exemplo:
cegonha (carreta que transporta automóveis, desde as montadoras até as
concessionárias), laranja (testa de ferro, pessoa que empresta o nome para a
realização de negócios ilícitos) e muitas mais.
GÍRIAS: são
palavras características da linguagem de um grupo social (os jovens), que, por
sua expressividade, acabam sendo incorporadas à linguagem coloquial de outras
camadas sociais. São exemplos de gírias: véi (velho), mano, bro (brother),
Maneiro!, Radical!, e muitas outras.
JARGÕES: são os vocábulos característicos da linguagem utilizada
por alguns grupos profissionais (médicos, policiais, vendedores, professores
etc.) e que, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas à linguagem de
outras camadas sociais. Exemplos: positivo, bico fino, X9 (policiais); caroço
(vendedores) e outros.
REGIONALISMOS: são as variações originadas das diferenças de região ou de
território. Veja o exemplo de uma variedade regional, também conhecida como
“fala caipira”, própria do interior de alguns estados brasileiros: “Cheguei na
bera do porto onde as onda se espaia. As garça dá meia vorta, senta na bera da
praia. E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia.” Milton Nascimento
CONCLUSÃO
Depois da pesquisa
chaga-se a conclusão que os níveis de linguagem são fundamentais para todos que
interagem em sociedade, por isso a relevância na utilização da forma adequada
para determinado ato. O uso adequado do nível de linguagem é um dos requisitos
para eficiência na comunicação, seja ela oral ou escrita, principalmente para
os operadores do Direito, onde se deve observar a distinção entre os registros:
formal, comum e informal. O elemento formal é considerado uma linguagem culta
ou nível culto, habitualmente utilizado pelas classes intelectuais,
preponderando mais na escrita do que oral.
BIBLIOGRAFIA
___________Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-dos-niveis-de-linguagem-na-comunicacao-juridica/41839/#ixzz4jrwqpHU8. Acessado
no dia 13 de junho de 2017.
https://www.grancursospresencial.com.br/novo/upload/compreensaoe_interpretacao_de_texto_vania_araujo_20120508181130.pdf