controlo da qualidade de água
INTRODUÇÃO
A água, para além da
importância que tem na sustentabilidade da vida humana é o mais importante meio
transmissor de energia, conhecido e utilizado pelo Homem.
Desde o consumo e
utilizações directas que o homem lhe dá, passando pela sua importância nos mais
variados processos industriais e nas técnicas mais comuns presentes no nosso
dia-a-dia para melhorar as nossas condições de conforto, a água necessita de
adequado acondicionamento, conforme as características que apresenta no ponto de
utilização e das necessidades do utilizador.
A Tecnologia de Tratamentos
de Água tem respondido ao longo dos tempos à evolução das necessidades de
acondicionamento da água. Sendo uma área de conhecimento, quase que transversal
às várias actividades profissionais técnicas, não é por vezes devidamente
compreendida pelos profissionais envolvidos nas áreas de projecto, conservação
e manutenção de instalações técnicas.
Este trabalho tem como
objectivo fornecer a todos estudantes envolvidos na Análise e tratamento de
água e alimentos em que a água desempenhe papel relevante, os conhecimentos
fundamentais das diversas técnicas de tratamentos de água.
CONTROLO DA QUALIDADE DA ÁGUA
Conceitos
O controlo da qualidade é
feito no momento em que a água entra na estação, estendendo-se até as
residências, onde existe um monitoramento através de colectas nas residências,
escolas, creche e hospitais, realizadas semanalmente, sendo que a potabilidade
da água tem de estar de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
Ao contrário do que muitos imaginam, a água é uma
substância muito complexa. Por ser um excelente solvente, até hoje ninguém pode
vê-la em estado de absoluta pureza.
Quimicamente sabe-se que, mesmo sem impurezas, a água
é uma mistura de 33 substâncias distintas.
A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e
transparente. Entretanto, por ser um óptimo solvente, nunca é encontrada em
estado de absoluta pureza, contendo várias impurezas que vão desde alguns
miligramas por litro na água de chuva a mais de 30 mil miligramas por litro na
água do mar. Dos 103 elementos químicos conhecidos, a maioria é encontrada de
uma ou outra forma nas águas naturais.
O dióxido de carbono existente na atmosfera e também
no solo, como resultado da decomposição da matéria orgânica, dissolve-se na
água, aumentando ainda mais a qualidade de solvente da mesma.
A natureza e a composição do solo, sobre o qual ou
através do qual a água escoa, determinam as impurezas adicionais que ela
apresenta, facto agravado pelo aumento e expansão demográfica e actividades
económicas na indústria e agricultura, fazendo com que não se considere segura
nenhuma fonte de água superficial, sendo obrigatória uma outra forma de
tratamento.
A molécula de água é formada por dois átomos de
hidrogénio adjacentes a um átomo de oxigénio. Cada ligação O–H resulta da
associação de um electrão do átomo de hidrogénio com um electrão do átomo de
oxigénio. É este tipo de ligação, designada covalente, que confere à molécula
uma estabilidade excepcional.
Geometria da molécula
de água
Em termos de geometria, a molécula não é linear, mas
sim angular: os dois átomos de hidrogénio encontram-se sobre dois eixos que
formam um ângulo de 104,5º entre si, a uma distância de 0,96 Å do núcleo do
átomo de oxigénio situado no centro da molécula. Por outro lado a distribuição
das cargas é assimétrica, daí que a água possua um forte momento dipolar, que
está na origem do seu grande poder enquanto solvente.
As moléculas de água mantêm permanentemente o seu
aspecto, variando somente a sua configuração espacial em função das condições
de temperatura e pressão e, consequentemente, do seu estado físico: sólido,
líquido ou gasoso.
A energia requerida para separar as moléculas de água
é muito superior à exigida por outros compostos químicos comuns, o que
transmite ao vapor de água um elevado conteúdo energético tornando-o um meio
eficaz de energia, utilizado nas mais variadas operações industriais e
domésticas.
A água liberta mais calor na sua congelação que outros
compostos vulgares. Perante qualquer variação da sua temperatura, a água
absorve ou liberta mais calor que a maior parte das substâncias, pelo que é
efectiva a sua acção como veículo de transferência de calor.
O aproveitamento prático destas características é
reforçado com o facto de a água ser a única substância que se pode apresentar
dentro das condições ambientais normais, em qualquer dos seus três estados:
sólido (gelo), líquido (água) ou gasoso (vapor de água).
Todo o sistema de controlo
de qualidade está integrado à Secção de Operação e Tratamento com responsável
técnico profissionalmente habilitado.
Rotineiramente são
feitas as seguintes análises físico-químicas no Laboratório.
a) Diariamente a
cada duas horas são analisados os seguintes parâmetros:
- PH, Cloro residual, Flúor,
Turbidez, Cor.
b) uma vez por
semana são analisados os seguintes parâmetros:
- Alcalinidade, CO2,
Alumínio, Ferro Total, Dureza, Cloretos, Matéria Orgânica.
c) Anualmente são
realizados análises semestrais de metais pesados:
- Cobre, cromo, cianeto, fenol,
zinco, e manganês.
d) Para realização das
análises de pesticidas, cuja frequência é semestral, o SAAE contrata um
laboratório particular, para verificar a presença dos seguintes parâmetros:
- Trialometanos,
Clorofenois, Dodecacloro, DDT(todos), Benzeno, Endringama B.H.C(lindano),
Pentaclorofenol, Endosulfan, aldrimetoxicloro e Clordano e demais parâmetros
recomendados pela portaria 2.914/2011 - MS.
e) Rotineiramente são
feitas no laboratório do SAAE as análises bacteriológicas, ou seja,
microbiológicas, através do método Colilert, que obtém o resultado em 24 horas.
SISTEMA DE CONTROLO DA QUALIDADE DA ÁGUA
Dispositivo de monitoramento e manutenção da
pressão de acordo com a norma. O Pleno garante que a água necessária para uma óptima
funcionalidade do tanque de expansão seja fornecida o tempo todo. Se o nível
cai abaixo do mínimo necessário, a água é inserida automaticamente no sistema.
Ele monitora e controla electronicamente a reposição de água e garante máxima
segurança.
Principais características
Limitação de reposição de água
Limitação automática da água de reposição com
o auxílio da unidade de controle BrainCube da Pneumatex
Controle BrainCube
Auto-otimização com função de memória (PI,
PI6, PI9)
Descrição técnica
Aplicação:
Sistemas de aquecimento, água gelada e solar.
Ambientes:
Fluxo de entrada: água fresca
Fluxo de saída (Consumidor): Fluido do
sistema não agressivo e não tóxico.
Adição de até 50% agente anticongelante.
Adição de até 50% agente anticongelante.
Pressão:
Pressão mínima admissível, PSmín: 0 bar
Temperatura:
Temperatura máxima admissível, TS: 65°C (P,
PI), 30°C (PI 6, PI 9)
Temperatura mínima admissível, TSmin: 0°C
Temperatura ambiente máxima admissível, TU:
40°C
Tensão de alimentação:
230V / 50-60Hz
Classe de proteção:
Pleno P: IP 65
Pleno PI: IP 54
Material:
Pleno PI 9.1: Caixa de protecção em metal de
alta qualidade.
Pleno PI 6.1, 6.2: Caixa de protecção em
metal de alta qualidade com alças.
Aprovações:
Pleno PI (sem bomba): CE-testados de acordo
com as exigências das directivas do estado.
Pleno PI (com bombas): CE-testados de acordo com
as exigências das directivas do estado.
PARÂMETROS UTILIZADOS NA ANÁLISE DA ÁGUA
A água que se encontra na natureza jamais
é pura. À medida que percorre o seu ciclo, a água absorve impurezas que
reflectem a composição da atmosfera e da crosta terrestre e, retém inúmeras
substâncias que advém da poluição do Homem. A presença de certas impurezas na
água leva a que a qualidade passe a estar na ordem do dia a par da quantidade.
A água é um recurso renovável que cobre
mais de 70% da superfície do planeta. Porém água de qualidade, compatível com
usos exigentes de elevados padrões de qualidade, por exemplo água potável, é um
recurso finito e cada vez mais caro.
Por outro lado, a água é um excelente meio
de transferência de energia e é por isso utilizada em vários tipos de indústria
e com diversos fins. Por exemplo, grandes quantidades de água são usadas para
refrigeração industrial e institucional. Também aqui, a qualidade da água
assume uma enorme importância. A presença de determinadas impurezas pode dar
origem a sérios problemas operacionais, causados pela formação de depósitos,
corrosão de metais e crescimento microbiológico e que, como consequência, levam
à redução da eficiência operacional e aumentam os custos de manutenção.
Um programa de tratamento de água eficaz e
bem projectado e o controlo físico-químico e bacteriológico podem reduzir
muitos desses problemas.
A qualidade de água exigida pela indústria
depende do uso pretendido. Água de pureza ultra-elevada é necessária aos
sistemas de geradores de vapor de alta pressão, por exemplo, enquanto
concentrações de impurezas relativamente altas podem ser toleradas em águas
usadas em sistemas de refrigeração abertos de recirculação.
A avaliação da qualidade da água, quer ao
nível da água de consumo, quer ao nível industrial, é geralmente baseada na
medição de parâmetros físico-químicos e bacteriológicos que permitem o controlo
das acções imediatas de condução do programa de tratamento.
De entre os parâmetros físico-químicos que
caracterizam a qualidade das águas iremos de seguida descrever alguns que de
uma forma rápida nos dão informação precisa da qualidade da água.
pH
O pH permite determinar se uma água é
neutra, ácida ou básica (alcalina) e em que grau. A molécula de água, H2O,
dissocia-se em iões H+ e OH-, que reagem
com outros componentes dissolvidos na água, podendo um deles ficar em excesso.
Quando há uma maior quantidade de iões H+, a água é dita ácida, caso
contrário, a água é básica. No caso de estarem em proporções iguais, temos uma
água neutra. A escala usada para medir o pH é logarítmica e vai de 0 a 14,
sendo 7 o valor da água neutra. Os valores inferiores a 7 correspondem a águas
ácidas e os valores superiores a 7 a águas alcalinas.
O valor de pH da água tem influência em
muitas reacções químicas que ocorrem no seio de si mesma e não só. Por exemplo,
uma água com pH inferior a 6,0 é corrosiva para os metais. É também o pH que
influência/controla igualmente os tratamentos químicos em águas de alimentação de
caldeiras, torres de refrigeração, etc.
pH Unidade: Escala
Sorensen
|
||
Instalação
|
Vm
|
VM
|
Água de consumo
humano
|
6,5
|
9,5
|
Circuitos fechados
|
9,0
|
11,0
|
Torres de
Refrigeração
|
7,5
|
9,0
|
Geradores de Vapor
|
11,0
|
12,5
|
Água de piscina
|
7,2
|
7,6
|
O denominador comum da maior parte dos
problemas da água é a dureza, que se expressa pela soma das concentrações de
sais de cálcio e magnésio na água. Existem dois tipos de dureza da água: a
temporária e a permanente. A temporária resulta da presença dos bicarbonatos de
cálcio e magnésio. A permanente está relacionada com a presença de outros sais
de cálcio e magnésio, usualmente os sulfatos e cloretos.
A soma da dureza temporária e permanente é
conhecida como dureza total da água e é expressa em mg/L de CaCO3. A
água descrita como dura tem muitos minerais dissolvidos, especialmente cálcio e
magnésio, e não constitui um risco para a saúde mas sim um problema para os
equipamentos industriais e domésticos. Por exemplo, o carbonato de cálcio forma
um depósito que lentamente reduz a eficiência da transferência de calor para a
água. Quando isso ocorre em grandes caldeiras, o depósito causa
super-aquecimentos locais no metal da caldeira, resultando no rompimento dela.
Dureza total
Unidade: mg/l CaCO3
|
||
Instalação
|
Vm
|
VM
|
Água de consumo
humano
|
----
|
500
|
Circuitos fechados
|
----
|
54
|
Torres de
Refrigeração
|
----
|
300
|
Geradores de Vapor
|
-----
|
90
|
O termo alcalinidade surge do
comportamento alcalino de algumas águas, devido à função dos bicarbonatos,
carbonatos e hidróxidos que contêm. Como tal, a alcalinidade indica-nos a
concentração destes constituintes.
O esquema mostra que a alcalinidade total
é igual à soma dos três tipos de alcalinidade: do ião bicarbonato (HCO3-),
ião carbonato (CO32-) e ião hidróxido (OH-).
O teste da fenolftaleína é utilizado para
determinar a alcalinidade da solução. Por exemplo, se a alcalinidade da
fenolftaleína for superior a metade da alcalinidade total, então na água não
existem iões bicarbonatos.
A condutividade é a capacidade de uma
solução aquosa conduzir corrente eléctrica. Esta capacidade depende da presença
de iões, da sua concentração e mobilidade e, da temperatura da amostra na
altura da leitura. A sua determinação permite obter uma estimativa rápida do
conteúdo de sólidos de uma amostra (TDS – “Total Dissolved Salts”).
S/cmmCondutividade Unidade:
|
||
Instalação
|
Vm
|
VM
|
Água de consumo humano
|
----
|
400
|
Circuitos fechados
|
----
|
6000
|
Torres de Refrigeração
|
----
|
1500
|
Geradores de Vapor
|
4000
|
8000
|
CONCLUSÃO
O monitoramento e a
avaliação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas são factores
primordiais para a adequada gestão dos recursos hídricos, permitindo a
caracterização e a análise de tendências em bacias hidrográficas, sendo
essenciais para várias actividades de gestão, tais como: planejamento, outorga,
cobrança e enquadramento dos cursos de água.
A avaliação da
qualidade das águas superficiais em um país de dimensões continentais como o
Brasil é dificultada pela ausência de redes estaduais de monitoramento em
algumas Unidades da Federação e pela heterogeneidade das redes de monitoramento
existentes no País (número de parâmetros analisados, frequência de colecta).
BIBLIOGRAFIA
___________________ A química da
água. Disponível em: http://www.aguaciclo.pt/index.php/quimica-agua. Acesso aos 05 de
Outubro de 2016.
________________ Sistema de
controlo da água. Disponível em: http://www.imi-hydronic.com/pt-BR/products-solutions/pressurizacao-e-qualidade-de-agua/Pressurizacao/Sistema-de-controle-de-pressao-e-reposicao-de-agua/. Acesso aos 05 de
Outubro de 2016.
ÍNDICE