As consequências do mundo actual

INTRODUÇÃO

O presente trabalho insere-se na abordagem sobre as consequências da economia no mundo actual. Entende-se que a importância desse trabalho, em primeiro lugar se deve ao fato da necessidade de estimular a pesquisa académica na busca de  metodologias de mensuração de débito e crédito, que pudessem fornecer um valor mais aproximado da realidade do património de uma entidade. E em segundo lugar, numa economia globalizada, a necessidade de informações tempestivas, actuais e precisas sobre a situação económico no mundo actual, principalmente quando suportam tomadas de decisões financeiras, que exigem o  conhecimento do valor de mercado, é cada vez mais demandada pelos usuários da Economia




A CONSEQUÊNCIA DA ECONOMIA NO MUNDO ACTUAL

Na verdade, as consequências sociais da economia no mundo actual são sentidas além das fronteiras da sua própria origem e afectam os fundamentos da economia. Desemprego, custo de vida crescente, a exclusão dos mais pobres, a vulnerabilidade das classes médias, expandindo a lista de vítimas no mundo. Não é apenas um acidente no percurso, ou apenas de abusos cometidos por alguns actores económicos que precisam ser punidos. Somos confrontados com uma lógica que corre ao longo da história económica do século passado. O desenrolar dos acontecimentos sempre responde à pressão das taxas de lucro.

A principal causa das consequências económicas actuais

A causa fundamental é a lógica do próprio capitalismo, que torna o capital motor da economia. E seu desenvolvimento – essencialmente, a acumulação – leva à maximização do lucro. Se a financeirização da economia favorece a taxa de lucro e se a especulação acelerou o fenómeno, a organização da economia como um todo continua dessa forma. Mas um mercado não regulamentado capitalista conduz inevitavelmente à consequências económicas.

A questão energética

A questão energética vai além da explosão conjuntural dos preços do petróleo e faz parte do esgotamento dos recursos naturais explorados pelo modelo de desenvolvimento capitalista. Uma coisa é clara: a humanidade vai ter que mudar a fonte de sua energia nos próximos 50 anos. Os picos de petróleo, urânio e gás podem ser discutidos em termos de anos precisos, mas ainda assim sabemos que esses recursos não são inesgotáveis e que as datas não estão longe. Com o esgotamento, inevitavelmente vem o aumento dos preços das commodities, com todas as consequências sociais e políticas. Além disso, o controle internacional de fontes de energia fósseis e outros materiais estratégicos é cada vez mais importante para as potências industriais, que não hesitam em usar a força militar para se apropriar deles. É no contexto de escassez de energia no futuro que se insere parte do problema dos agrocombustíveis. Diante da expansão da demanda e da redução esperada em recursos energéticos fósseis, há uma certa urgência de se encontrar soluções. Como novas fontes de energia exigem o desenvolvimento de tecnologias ainda não muito avançadas (como a solar ou à base de hidrogênio) e outras soluções são interessantes, mas economicamente marginais ou não rentáveis (mais uma vez, a solar e a eólica), a dos agrocombustíveis pareceu interessante.

A produção dos agrocombustíveis e as suas graves consequências.

A produção de agrocombustível é feita na forma de monocultura. Em muitos casos, isso envolve a remoção de grandes florestas. Na Malásia e na Indonésia, em menos de 20 anos 80% da floresta original foi destruída pelas plantações da palma e eucalipto. A biodiversidade é removida, com todas as consequências sobre a reprodução da vida. Para produzir é usado não só muita água, mas um monte de produtos químicos, como fertilizantes ou pesticidas. O resultado é uma poluição intensiva de água subterrânea, dos rios que desembocam no mar, e um perigo real de falta de água potável para as populações. Além disso, os pequenos agricultores são expulsos e muitas comunidades indígenas perdem suas terras ancestrais, causando uma série de conflitos sociais, até mesmo violentos. O desenvolvimento de agrocombustíveis corresponde à negligência das externalidades ambientais e sociais, típicas da lógica do capitalismo.

As medidas adoptadas pelas elites e governos para tentar superar essas consequências

A primeira solução é a do sistema. Alguns, principalmente preocupados com a crise financeira, propuseram mudar e punir os responsáveis. Essa é a teoria do capitalismo (teoria neoclássica em economia), que vê elementos positivos na crise, porque eles permitem a liberação de elementos fracos ou corruptos para retomar o processo de acumulação em bases saudáveis. Atores são alterados, e não se muda o sistema. Evidentemente não é solução. A segunda visão é propor regulamentos. É reconhecido que o mercado regula a si mesmo e que os organismos nacionais e internacionais têm necessidade de executar essa tarefa. Os Estados e organizações internacionais devem ser envolvidos. O G8, por exemplo, propôs certos regulamentos do sistema económico global, mas ligeiros e temporários. Em vez disso, a ONU apresentou uma série de regulamentações muito mais avançadas. Propôs a criação de um Conselho de Coordenação Económica Global, em pé de igualdade com o Conselho de Segurança, e também um painel internacional de especialistas para acompanhar permanentemente a situação económica global. Outras recomendações tratadas foram a abolição dos paraísos fiscais e do sigilo bancário e, também, maiores requisitos de reservas bancárias e um controle mais rígido das agências de notação de crédito. A profunda reforma das instituições, bem como a possibilidade de se criar moedas regionais em vez de ter como referência única o dólar. A solução é dentro do capitalismo, um sistema historicamente esgotado, mesmo que tenha ainda muitos meios de adaptação. A gravidade da crise é tal que devemos pensar em alternativas, não somente em regulações.

Os países mais vulneráveis sofrem mais as consequências

Teoricamente pode-se dizer que sim, esses países serão mais afectados em médio prazo. Porém, no momento é igual em todas as partes. Mas, evidentemente, os países mais vinculados ao sistema serão mais afectados em médio prazo. Entretanto, desgraçadamente, países como Venezuela e Bolívia também são indirectamente dependentes do sistema global e sofrerão as consequências. O que eu acho que é cedo demais para se dizer, com diz Samir Amin, que eles conseguiram fazer uma desconexão. Não, não conseguiram. Mas é óbvio que as economias mais vinculadas à economia do Norte sofrerão as consequências a curto prazo.

DÉBITO E CRÉDITO

As palavras Débito e Crédito, na linguagem contável, têm significados muito diferentes daqueles que têm na linguagem quotidiana.
O conceito de débito é o que se perde e crédito é o que se ganha.
É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtracção” e “adição” do financeiro. O correcto é associá-los aos termos Destino e Origem, respectivamente.
Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma obrigação).
Creditar significa registar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta representa um Bem ou Direito).
Há duas formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos:
D- Stock
                                               ou       stock a Bancos
 C- Bancos
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso, o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Stock. Tem-se por mais usada a primeira opção.
Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento a débito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um lançamento a crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço teve origem naquela conta.
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registo destas duas contas da seguinte forma:
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos imóveis da empresa.)
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro da empresa.)
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada.
Notemos que para corrigir um erro em um lançamento contável, não se usa borracha ou correctivo. Para corrigi-lo, faz-se o registo contrário. Um débito anula um crédito e vice-versa (operação conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os erros em geral (inversão das contas, lançamentos em duplicidade, omissão de lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de métodos, como por exemplo, estorno do lançamento, lançamento rectificativo, lançamento complementar e ressalva por profissional qualificado.

VALORES MONETÁRIOS

Valores ou sistema monetário é o conjunto de moedas utilizadas num país por imposição de curso legal, isto é, obrigatoriedade de aceitação em pagamento de mercadorias, débitos ou serviços.  Constitui-se de uma moeda fundamental (moeda padrão), que serve de unidade de valor (padrão de medida de valores) e de moedas auxiliares, cujos valores são múltiplos ou submúltiplos daquela.
O sistema monetário abrange, portanto, o numerário da Nação, isto é, todas as moedas metálicas ou de papel que nela tenham curso legal, podendo ser metálico ou ametálico, conforme o padrão de valor seja ou não metálico.
sistema metálico pode ser monometálico,  bimetálico e simetálico.
O valor ou sistema monometálico adopta como padrão um único metal, e seu poder liberatório ilimitado é atribuído apenas à moeda-padrão, enquanto todas as demais tem somente função de moedas divisionárias.   Os padrões utilizados nos sistemas monometálicos foram o ouro e a prata.   A unidade monetária, representada pelo metal cunhado, é de peso legal determinado e circula livremente.
Dos padrões monometálicos, o de maior importância foi o padrão-ouro, utilizado em três modalidades: padrão-ouro amoedadopadrão-ouro em barras e padrão-ouro para o comércio exterior.
1.º Padrão-ouro Amoedado, "Full Gold Standart" - A unidade, neste sistema, é definida com base em determinado peso de ouro, fixado pelo Poder Público.  As moedas, livremente cunhadas, circulam sem restrições, tanto interna como externamente.  Neste regime, a moeda de ouro é a única que possui poder liberatório ilimitado, sendo restrito o das demais.
2.º Padrão-ouro em Barras, "Gold Bullion Standart" - A unidade monetária é definida em termos de peso fixo de metal.  O Poder Público compra e vende o metal a preços determinados, havendo livre trânsito dele para a importação e exportação.  Duas vantagens principais apresenta este padrão sobre o anterior: evita despesas de cunhagem e dificulta o entesouramento. O padrão é representado por barras de metal e as moedas domésticas só podem ser trocadas por essas barras, com fixação do limite mínimo da quantia conversível.  Esse limite era muito alto em todos os países que adoptaram o sistema, visando a evitar a circulação e o entesouramento do metal.  Esses princípios foram formulados, no início do séc. XIX, por David Ricardo.
3.º Padrão-ouro para o Comércio Exterior, "Gold Exchange Standart" - Neste sistema, a unidade monetária é definida como um peso fixo de metal, podendo, também, basear-se em unidade de padrão metálico estrangeiro. O Poder Público compra e vende, a preços determinados, os saques a favor e contra outras nações de padrão-ouro, havendo, como no sistema anterior, livre trânsito de metal, em importação e exportação.
O valor ou sistema bimetálico adota duas moedas-padrão (duplo padrão monetário), de ouro e de prata. O Estado estabelece relação entre elas, de valor legal invariável igual à que existe, no momento da instituição, entre os valores mercantis.  Com a lei de 7 Germinal, ano XI (28 de Março de 1803), nasceu na França, o sistema bimetálico, determinando a identidade entre o quilo do ouro e quinze quilos e meio de prata, valendo, desse modo, a moeda-padrão ouro, quinze vezes e meia a do padrão-prata.  No regime bimetálico, existem, portanto, duas moedas reais, de poder liberatório ilimitado e valor legal idêntico ao valor mercantil, e um conjunto complementar de moedas divisionárias.
Os defensores do sistema bimetálico apresentaram, entre outros, o seguinte argumento: a base metálica, mais ampla, proporcionada pela utilização simultânea do ouro e da prata como lastro das emissões fiduciárias conversíveis nesses metais, faculta acção compensadora.  Considerando que o ouro e a prata são extraídos em diferentes regiões e que seu uso varia no tempo, afirmam os bimetalistas que seus valores raramente oscilam, na mesma direcção, em um dado momento; o valor conjunto de ambos variará menos, assim, que o de um só deles, isoladamente.  Nisso reside a acção compensadora.
Certo conselheiro da rainha Isabel, da Inglaterra verificou, há três séculos, que "em todos os países em que duas moedas legais estão em circulação, a moeda má expulsa a boa", dando a essa conclusão o nome de seu formulador - Lei de Gresham.  O fenómeno, em verdade, é muito antigo, e já Aristófanes havia notado que os gregos preferiam a moeda má à boa.  Parece absurdo que alguém, podendo escolher, fique com o pior, mas isso é fácil de explicar.  Imaginemos que circulassem em nosso país, o ouro e a prata.  Que faríamos?  Quando tivéssemos de efectuar pagamentos, utilizaríamos a prata, procurando guardar o ouro, sempre que pretendêssemos economizar, por um raciocínio elementar: se posso pagar com prata, por que irei entregar ouro?  Assim, estamos expulsando a boa moeda da circulação.
O valor ou sistema simetálico (palavra formada com o prefixo grego sin, que significa "com", "juntamente"), adopta como padrão uma só moeda, constituída de dois metais nobres, ouro e prata, em liga previamente fixada.  No fino da moeda-padrão, entram uma parte de ouro e outra de prata.  Dos três sistemas apresentados, este é o único que não chegou a ser posto em prática.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a combinação da situação actual económica é algo que são vinculados. Na verdade, a consequência financeira é devida à lógica do capital, que tenta buscar mais lucros para acumular capital, que é, dentro dessa teoria, o motor da economia. Se o capital financeiro é mais proveitoso do que o produtivo, ele faz a lei da economia mundial como é hoje. Assim, essa é evidentemente a lógica do capitalismo que provoca a crise financeira, que tem efeitos económicos, porque tem efeitos sobre emprego, crédito e toda a economia.

BIBLIOGRAFIA

Crédito e débito. Disponível em: http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/deb_cred.php. Acesso aos 17 de Março de 2016.
Valores monetários. Disponível em: http://www.brasildefato.com.br/node/8647. Acesso aos 17 de Março de 2016.



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