VIDA E OBRA DE JOSÉ MENA ABRANTES
INTRODUÇÃO
Este trabalho fala sobre José Mena Abrantes, dramaturgo,
poeta, escritor, actor e jornalista angolano, reconhecido, a sua obra é fruto
de uma profunda actividade criativa, assentando na recriação de temas
históricos e da tradição oral principalmente em Angola.
VIDA E OBRA DE JOSÉ MENA ABRANTES
José Mena Abrantes, nascido José Manuel Feio Mena Abrantes nasceu em Malanje, no dia 11 de Janeiro de 1945, é um jornalista, dramaturgo, director e escritor de ficção, teatro e poesia angolano.
Licenciado em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerce a
profissão de jornalista desde 1975 com colaboração em vários órgãos de
informação angolanos, portugueses, franceses e moçambicanos. E é membro da União dos Escritores Angolanos
Iniciou a actividade teatral em 1967, no Grupo Cénico da Associação Académica da
Faculdade de Direito de Lisboa, a cuja direcção pertenceu e com qual
participou, em Maio de 1970, no 1º Festival Internacional de Teatro
Independente (San
Sebastián/Espanha) como actor em o "Barbeiro de Sevilha", sob direcção de Luís de Lima.
Nesse período (1969-1970) seguiu cursos de interpretação e de direcção
teatral na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, sob a direcção do argentino Adolfo Gutkin. Em 1972-1973 fez na Universidade Católica de Leuven - Bélgica seminários de dramaturgia e direcção teatral
orientados pelos teatrólogos franceses Bernard Dort e Denis Bablet.
Em Frankfurt/Main, Alemanha
Federal, colaborou com um
grupo alemão de teatro de rua, FAUST, e dirigiu o grupo LA BUSCA, de
trabalhadores e estudantes espanhóis, com o qual representou Espanha no 1º
Festival Internacional de Teatro Operário, em 1973. Nesse mesmo ano foi
assistente convidado do director argentino Augusto Fernandez, no principal
teatro da cidade de Frankfurt - o Frankfurter Staedtische Buehne
Com seu regresso a Angola em 1974, após quatro anos
de exílio na Alemanha passou a incentivar a actividade teatral no
seu país
Foi co-fundador e co-responsável dos grupos teatrais
TCHINGANJE, que apresentou em fins de Novembro de 1975 a primeira obra de teatro da Angola independente e XILENGA-TEATRO.
Dirigiu durante
dois anos (1985-1987) o GRUPO DE TEATRO DA FACULDADE DE MEDICINA DE
LUANDA e fundou em Maio de 1988 o grupo ELINGA TEATRO, de que é director e encenador, que tem
participado com regularidade em festivais de teatro em países de África, Europa
e América.
Em 1995, participou do Festival Internacional de Teatro de
Expressão Ibérica (Fitei), com a peça "O Pássaro e a Morte", em que
assina a direcção e o texto.
Como jornalista, foi director-geral da Agência Angola Press, entre 1982 e 1984 , e chefe do sector de Informação e
Divulgação da Cinemateca Nacional, entre 1985 e 1987.
Em 2012 foi nomeado Secretário de Estado para os
Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República de
Angola.
PUBLICAÇÕES
Teatro
·
O Grande Circo
Autêntico
·
Ana, Zé e os
Escravos
·
Nandyala ou a
tirania dos monstros
·
Cangalanga, a
Doida dos Cahoios
·
Pedro Andrade, a
Tartaruga e o Gigante
·
A última viagem do
"Príncipe Perfeito"
·
Amêsa ou A Canção
do Desespero
·
A Órfã do Rei
·
O Pássaro e a
Morte
·
Sem Herói nem
Reino ou o Azar da Cidade de S. Filipe de Benguela com o Fundador que lhe Tocou a Sorte
·
Na Nzuá Amirá ou
de como o Prodigioso Filho de KImanaueze se Casou com a Filha do Sol e da Lua
·
Kimpa Vita - A
Profetisa Ardente (Edições
Nandyala)
Ficção/Poesia
·
Meninos
·
Caminhos
Desencantados
·
Objectivos
Musicais
·
O Gravador de
Ilusões
·
Na Curva do Cão
Morto
Estudos
·
O Teatro em Angola
(Volumes I e II) (Edições
Nzila)
Prémios
Como poeta e contista, recebeu por três vezes (1986 por "Ana, Zé e os Escravos",1990 por "Meninos",1994 por Caminhos Des-encantados) o Prémio
Sonangol de Literatura, máximo galardão da literaturaangolana da actualidade.
Menção Honrosa no Concurso Sonangol de Literatura
por "O Gravador de Ilusões" (antes "O Pião") de 1990 e "Sequeira, Luís Lopes ou O mulato dos
prodígios de 1991.
1º Prémio de Poesia (ex-sequo) dos Jogos Florais de
Caxinde por "Objectos Musicais".
Prémio Palop do Livro em Língua Portuguesa (2º lugar) em São Tomé e Príncipe por "Na Curva do Cão Morto".