as espécies
INTRODUÇÃO
Espécie, é um conceito fundamental da Biologia que designa a unidade
básica do sistema taxonómico utilizado na classificação
científica dos seres vivos. Embora existam
múltiplas definições, nenhuma delas consensual , o conceito estrutura-se em torno da
constituição de agrupamentos de indivíduos (os espécimes) com
profundas semelhanças estruturais e funcionais recíprocas, resultantes da
partilha de um cariótipo idêntico,
expresso numa estrutura cromossómica das células diploides similar,
que lhes confere acentuada uniformidade bioquímica e a capacidade de
reprodução entre si, originando descendentes férteis e com o mesmo quadro geral
de caracteres , num processo que,
quando envolva um organismo sexuado, deve permitir
descendentes férteis de ambos os sexos.
CONCEITO HISTÓRICO DAS ESPÉCIES
A
história da vida pode condenar-se num período de 30 dias, correspondendo cada
dia, a 150 milhões de anos. As espécies não se formam nem se extinguem a um
ritmo fixo. Pelo contrário, devem ter existido período na história na história
da terra que vida floresceu, tendo aparecido repentinamente muitos organismos
novos. Noutras ocasiões, porem, deu-se uma extinção em massa, com o
desaparecimento de muitas espécies ou mesmo de outros grupos completos de
organismo. A história da vida é demasiada complexa, feita de avanços e recuos
para poder ser apresentado de um modo simplista. De qualquer forma,
sabe-se que houve uma diversificação e que para muitos seres vivos apareceram
formais progressivas mais comuns que coexistem com formas simples. De um modo
sintético, pode referir-se alguns dos episódios mais significativos que
possivelmente ocorreram na história da vida.
·
Há evidencias fósseis de que a vida se
iniciou há 3800 M.a. julga-se que os primeiro organismos eram
unicelulares, procriastes e heterotróficos, talvez do tipo de bactérias muito
primitivas.
·
Bastante mais tarde, há cerca de 1500-1450 M.a., apareceram as células
eucariotas.
·
A partir das células eucarioticas originaram-se as plantas e os animais,organismos
multicelulares.
·
Os animais com concha e os primeiros
vertebrados apareceram talvez há 550 M.a.
·
A conquista do ambiente terrestre começou há
440 M.a., quando a camada de ozono já era suficiente para filtrar as radiações
nocivas. Primeiro, foram as plantas que começaram a colonizar o meio
terrestre, acabando por originar extensas florestas que cobriram os
continentes. Só depois, há 370 M.a., animais como os artrópodes e os
vertebrados começaram também a conquistar ambientes fora da água. A conquista
do ambiente terrestre foi acompanhada por uma explosão de diversidade, dada a
variedade de nichos ecológicos diferente que estavam disponíveis e que foram
ocupados pelos seres vivos terrestres.
·
Há 120 M.a. deve ter ocorrido uma radiação adaptiva nas plantas, tendoevoluído
todos os ancestrais das plantas actuais com flor.
·
A radiação adoptiva dos mamíferos ocorreu há
65 M.a., levando a uma grande diversidade que se estendeu por toda a terra. Ao
mesmo tempo, dava-se a hecatombe dos dinossauros. Alguns cientistas pensam que
a radiação adaptados mamíferos está relacionada com a existência dos
dinossauros tendo aqueles ocupados os nichos anteriores dominado pelos
répteis. Neste capítulo vamos estudar a diversidade da vida actual,
procurando interpretar essa diversidade numa perspectiva evolutiva.
DIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
A
existência de vida na terra é uma singularidade que distingui o nosso planeta
do resto do universo conhecido. Há evidências de que a terra é habitada por
seres vivos desde há 3800 M.a. aproximadamente. Essas mesmas evidências sugerem
que a vida primitiva era muito diferente da vida actual. A história da
vida é uma história de mudança. As teorias evolucionistas procuram explicar
como se desenvolve as diferentes formas de vida com as semelhanças e
diferenças que apresentam. Na actualidade, conhecem-se e estão catalogados
cerca de dois milhões de espécies.
Admite-se, no entanto que o número de espécies existentes seja muitosuperior.
Cerca de dez milhões alguns cientistas ou mesmo trinta a cinquenta para outros.
O estudo dos fósseis revela que as formas de vida mudaram ao longo do tempo.
Dos seres primitivos mais simples poucos se encontram. Os fósseis são
geralmente poucos e pouco completo. De um modo geral, ficaram preservados
peças mais ou menos mineralizadas, como conchas, dentes e ossos. As partes
moles dos seres mais complexos dificilmente deixam as suas impressões. Por isso
se admite que a vida no passado foi bem mais exuberante do que aquela que
a paleontologia revela. Estão descritas cerca de 300 000 espécies fósseis
e este número não pára decrescer. Apesar disso, pensa-se que os fósseis
conhecidos não representam mais do que uma pequena fracção das espécies que
viveram no passado. Os investigadores calculam que, desde que a vida apareceu
na terra, existiramentre 1500 milhões e 15 000 milhões de espécies. Estima-se
que cerca de 99% das espécies que povoam a terra se extinguiram. Atendendo a
estes números pode concluir-se que o conjunto dos seres vivos foi muitas vezes
substituído ao longo da historiageológica. O estudo dos fósseis sugere
reconstituições que permitem representar a história da vida.
SISTEMÁTICA – CIÊNCIA DA CLASSIFICAÇÃO
Os
sistemas de classificação não são arquivos apresentados objectivamente pela
natureza. São teorias dinâmicas desenvolvidas por nós para expressar pontos de
vista particulares acercada história dos seres vivos. A evolução produziu um
conjunto de espécies ordenadas segundo diferentes graus de relações
genealógicas.
A
taxonomia, procurando essa ordem, é a ciência fundamental. Em qualquer
actividade humana, sempre que se tem de lidar com uma grande diversidade de
objectos, há necessidade de os ordenar, agrupando-os de acordo com determinadas
características. A ordenação de objectos corresponde a uma classificação
(agrupar em classes) e faz parte do quotidiano das pessoas, sendo uma
actividade fundamental da mente humana. Os critérios utilizados para a formação
de grupos podem ser diversos e os grupos formados.
Os biólogos, trabalhando com uma enorme diversidade de organismos, têmnecessidade
de os classificar, ou seja, de os agrupar de acordo com determinados critérios
e der dar um nome a cada um dos grupos formados. Assim, é mais fácil
referenciar esses grupos e transmitir informação acerca deles. As
classificações armazenam muita informação e permitem fazer previsões acercados
seres classificados. Quando se diz que um animal é um mamífero, imediatamente
conotamos esse organismo com inúmeras característica, mesmo sem se saber de que
animal se rata concretamente. O ramo da biologia que se da classificação dos
seres vivos e da nomeclatura dos grupos formados designa-se por Taxonomia. É à
taxonomia que se cabe a adopção de um sistema uniforme que expressa o melhor
possível o grau de semelhança entre os organismos. Por vezes, usa-se
o termo sistemática com um significado semelhante ao de taxonomia. No
entanto, a sistemática é algo mais amplo, pois inclui a taxonomia e
a biologia evolutiva.
A
sistemática é pois uma biologia comparativa, que utiliza todos os conhecimentos
acerca dos seres vivos para compreender as suas relações de parentesco,
a sua historia evolutiva e desenvolver sistemas de classificação que reflecte essas
relações.
CLASSIFICAÇÃO DAS
ESPÉCIES
Espécies tipológicas: Um grupo de organismos em que os indivíduos são
membros da espécie se suficientemente em conformidade com certas propriedades
fixas ou "direitos de passagem". Os clusters de variações ou
fenótipos dentro dos espécimes (ou seja, caudas mais longas ou mais curtas)
iríamos diferenciar as espécies. Este método foi usado como um método
"clássico" para determinar as espécies, como em Linnaeus e
outros taxonomistas no início da
teoria da evolução. No entanto, agora sabemos que diferentes fenótipos nem
sempre constituem espécies diferentes (por exemplo: a Drosophila com quatro
asas nascida de uma mãe com duas asas não é uma espécie diferente). Espécies
nomeadas desta forma são chamadas de morfoespécies.
Espécies biológicas: O conceito biológico de espécie define
as espécies em termos de intercruzamento. Este conceito foi fortemente apoiado
pelos fundadores da moderna síntese como Mayr, Dobzhansky e Huxley. Mayr o define como: espécies são grupos de
populações naturais realmente ou potencialmente intercruzantes que são
reprodutivamente isoladas de outros grupos tais como este.
Espécies evolutivas: Uma única linhagem evolutiva de organismos em que
genes podem ser compartilhados, e que mantém a sua integridade em relação a
outras linhagens no tempo e espaço. Em algum ponto na evolução de um
grupo, alguns membros podem divergir da população principal e evoluir para uma
subespécie, um processo que pode levar à formação de uma nova espécie se o
isolamento (geográfico ou ecológico) é mantido. Uma espécie que dá origem a
outra espécie é uma espécie parafilética, ou paraespecie.16
Espécies filogenéticas (cladísticas): Um grupo de organismos que compartilham um ancestral;
uma linhagem que mantém a sua integridade com respeito a outras linhagens
através de tanto tempo quanto espaço. Em algum ponto no progresso de um grupo,
os membros podem divergir um do outro: quando tal divergência torna-se
suficientemente clara, as duas populações são consideradas espécies distintas.
Isso é diferente de espécies evolutivas em que a espécie mãe se extingue
taxonomicamente quando uma nova espécie evoluí, as populações mãe e filha se
formando agora duas novas espécies. Uma espécie filogenético é um cluster
(basal) irredutível de organismos que é diagnosticavelmente distinto a partir
de outros tais clusters, e dentro do qual existe um padrão parental de
ancestralidade e descendência.
Espécies de genealogia: Espécies são grupos de organismos
"exclusivos", onde um grupo exclusivo é aquele cujos membros são
todos mais estreitamente relacionados entre si do que para qualquer organismo
fora do grupo. Ou seja, que as espécies devem ser definidas quando um consenso
entre genealogias de genes múltiplos indica recíproca monofilia. Os
críticos argumentam que essa ideia tem muitos problemas em comum com outros
conceitos de monofilia das espécies.
Espécies de coesão: População de indivíduos mais inclusiva que possuem o
potencial para a coesão fenotípica através de mecanismos de coesão
intrínsecas. Este conceito foi proposto por Alan R. Templeton e combina um
número de conceitos de espécies competitivos. Funde ideias sobre os conceitos
de espécies ecológicos, genealógicos e de reconhecimento. Esta é uma
expansão do conceito de espécies de reconhecimento de acasalandos por permitir
mecanismos de isolamento pós acasalamento; não importa se as populações podem
hibridizar com êxito, elas ainda são espécies de coesão distintas se a
quantidade de hibridação é insuficiente para misturar completamente seus pólos
de genes respectivos.
Espécies ecológicas: As espécies são definidas por seus nichos ecológicos.
Ou seja, um conjunto de organismos adaptados a um conjunto particular de
recursos, chamado um nicho, no meio ambiente. De acordo com este conceito, as
populações formam os clusters fenéticos discretos que reconhecemos como
espécies porque os processos ecológicos e evolutivos que controlam como os
recursos são divididos tendem a produzir esses clusters.
Espécies de reconhecimento: Uma espécie é a população mais abrangente de cada um
dos organismos biparentais que compartilham um sistema de fertilização comum. Com
base na partilha de sistemas reprodutivos, incluindo o comportamento de
acasalamento. O conceito de Reconhecimento de espécies, foi introduzido por
Hugh EH Paterson,20 depois de um trabalho anterior por Wilhelm
Petersen. O evento crucial para a origem de uma nova espécie, de acordo com
Paterson, é a evolução de um novo sistema de reconhecimento de acasalandos.
Espécies fenéticas: O conceito de espécie fenética aplica a classificação
fenética à categoria das espécies. Ou seja, é uma classificação baseada
em fenótipos no
qual uma espécie é um conjunto de organismos que se assemelham um com o outro e
que são distintos de outros conjuntos. Nem sempre a classificação
fenética concorda com a filogenética. Por exemplo, no caso dos animais vaca, peixe pulmonado e salmão, pela classificação fenética, os peixes estão mais próximos
entre si, ao passo que na classificação filogenética, a vaca e o peixe
pulmonado estão mais próximos entre si.
CIENTISTA QUE
CONTRIBUÍRAM NA CLASSIFICAÇÃO DOS ESPÉCIES
Mariano Timóteo da Costa Uma “Enciclopédia Electrónica da Vida". A esse o plano de Edward O. Wilson para salvar o planeta.
Considerado um dos mais importantes cientistas do mundo, Wilson afirma que não
se pode preservar a biodiversidade sem se conhecer devidamente as espécies que
habitam o planeta. Por isso, ele idealizou a All Species Iniative (ou
Iniciativa de Todas as Espécies).
O projecto tem como objectivo, nos próximos 25 anos,
catalogar todos os seres vivos da Terra - disponibilizando imagens precisas,
dados históricos e genéticos sobre eles na internet. Colegas de Wilson da
Universidade de Harvard já começaram a catalogar espécies no Jardim Botânico de
Nova York e na Amazônia brasileira.
Democratização
Segundo Wilson - que falou sobre sua ideia na quinta-feira à noite para uma platéia cheia na Royal Society, em Londres - a "democratização do conhecimento" sobre as espécies permitirá que novos projectos de preservação ambiental apareçam no mundo.
Segundo Wilson - que falou sobre sua ideia na quinta-feira à noite para uma platéia cheia na Royal Society, em Londres - a "democratização do conhecimento" sobre as espécies permitirá que novos projectos de preservação ambiental apareçam no mundo.
"Aposto que o século XXI será o século do meio ambiente.
Não tem como não ser, pois as pessoas estão percebendo que o planeta não poderá
crescer economizaste sem a preservação e a exploração sustentável dos recursos
naturais", disse o cientista.
Wilson uns dos cientistas
defende uma "Enciclopédia Electrónica das Espécies"
Só assim, problemas como a pobreza - que hoje atinge 800
milhões de pessoas no mundo - poderiam ser resolvidos. Wilson afirma que o
conhecimento que o ser humano possui das espécies ainda é extremamente pequeno.
Sabemos que há cerca de 1,4 milhão de espécies na Terra, das
quais apenas 10% são conhecidos e devidamente estudados. Além disso, hoje
acredita-se que 4 milhões de espécies existam. Como podemos falar em manter a
biodiversidade se nem sabemos quantas espécies existem, indaga o cientista.
CONCLUSÃO
Cheguei a conclusão que as classificações
evolutivas têm em consideração a dimensão tempo e por isso se dizem verticais.
Segundo elas, as semelhanças identificadas entre os seres vivos são
interpretadas como consequência da existência de um ancestral comum a partir do
qual os grupos divergiram, há mais
ou menos tempo. O grau de semelhança reflecte o tempo em que se deu a
divergência. Na actualidade, em taxonomia existe três escolas principais,
de acordo com ponto de vista do taxonomista e com objectivo da classificação.
Embora suficiente, vamos comparar os fundamentos dessas escolas.
BIBLIOGRAFIA
Classificação das espécies.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie. Acessado
aos 24 de Março de 2015.
As espécies. Disponível em: http://www.anbio.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=404:cientistas-querem-catalogar-todas-as-especies-da-terra&catid=66:biodiversidade&Itemid=61.
Acessado aos 24 de Março de 2015.
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