O PERFIL OU QUALIDADE DO EDUCADOR PRÉ-ESCOLAR NO SEU TRABALHO COM CRIANÇAS

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pressupõe a descrição sobre “o perfil do educador pré-escolar no seu trabalho com crianças”, tema este que aborda questões interligadas aos aspectos do educador e a sua actuação no seu trabalho com crianças. Neste contexto é importante dizer que trabalhar com crianças não é algo fácil mas com o conhecimento da matéria por parte do educador torna o trabalho num sentido abrangente e equilibrado, fazendo com as crianças percebam as actividades dada pelo educador. A maior relevância sobre o tema é focalizada no desenvolvimento do nosso trabalho.





O PERFIL OU QUALIDADE DO EDUCADOR PRÉ-ESCOLAR NO SEU TRABALHO COM CRIANÇAS

Perfil do educador infantil

De acordo com actividades infantis, o funcionamento com crianças exige   que   o  educador    tenha   uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao educador cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este carácter polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla do educador que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática directa com as crianças a observação, o registo, o planejamento e a avaliação.”
Em harmonia com os princípios legais, podemos enumerar algumas qualidades necessárias ao educador infantil:
– Conhecer o máximo possível sobre a criança;
– Refletir sobre suas atitudes;
– Gostar de Aprender;
– Buscar sempre novidades e inovações;
– Procurar ser  Coerente;
– Valorizar a interação com seus colegas e familiares da criança;
–  Amar o que faz e procura sempre melhorar;
– Amar as crianças e tratar a todas com consideração especial;
– Ter  paciência e é bastante seguro;
– Planejar, registra e avalia.
O principal, no entanto é a aplicação de todo esse conjunto de qualidades na prática quotidiana. Pena que muitas vezes falta o apoio necessário da administração, a falta de incentivo financeiro, a valorização por parte dos pais, mas, apesar de diversas lacunas, o verdadeiro educador é motivado por questões internas que o levam a amar a sua profissão e a sentir que a sua missão é das mais importantes.

A actuação do educador no seu trabalho com crianças

O educador que actua na creche ou pré-escola precisa fazer acontecer um trabalho colectivo, ou seja, a interação com outras pessoas, na troca de conhecimentos e informações, na realização de suas atividades, para que juntos possam realizar objetivos referentes à sua prática e o desenvolvimento da criança no processo de ensino aprendizagem. Caso não ocorra o rendimento dos objetivos esperados, é preciso que aconteça a práxis reflexiva, com uma retomada dos conteúdos e recursos pedagógicos voltados para o desenvolvimento do sujeito para uma compreensão melhor. Diante disso, como discute (FREIRE, 1998):
[...] na formação permanente dos educadores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática [...]. (FREIRE, 1998, p.43-44).
Atuar como educador durante o período de actividade é uma experiência única que possibilitou a oportunidade de trabalhar e conviver diariamente com o ser humano conhecendo sua história de vida e realidade em que convive. Desse modo, é essencial relacionar com pessoas que fazem parte da realidade, pois na prática docente necessita o contato com pessoas todos os momentos e tempos, exigindo um convívio social na interacção com troca de experiências e respeito ao próximo, seja mediação de conhecimentos no processo de Ensino aprendizagem, quanto nas tomadas de decisões para resoluções de problemáticas juntamente com toda a comunidade escolar. Nessa perspectiva, é necessário conhecer e respeitar as diversidades multiculturais da criança, pois ela vem inicialmente de outro âmbito educacional como família, a sociedade com experiência, traz consigo conhecimentos, habilidades e capacidades adquiridas culturalmente em seu meio.
O perfil do educador infantil,  precisa estar fundamentado em três questões básicas:
1.    Sensibilidade;
2.    Flexibilidade e;
3.    Conhecimento.
Ser sensível a prováveis dificuldades de adpatação que a criança poderá apresentar e,  estar apto para lidar com situações que exijam paciência, compreensão e técnica,  permitirá que os pais e as crianças se sintam mais confortáveis e tranquilos em relação ao processo de aprendizagem da criança.
O ambiente seguro também implica na boa comunicação entre pais e educadores.
Lidar com imprevistos requer flexibilidade e criatividade. É o momento de usar o conhecimento e a sociabilidade a favor da evolução da escola, para o bem das crianças e tranquilidade dos pais.
Já em sala de actividade, o educador que está sempre aprendendo e tem conhecimento atualizado sobre os avanços tecnológicos e científicos do conteúdo que conduz, será sem dúvida um forte competidor da área porém, ter conhecimento só,  não basta, é preciso que o educador saiba ensinar, entreter, e cativar as crianças a gostar do conteúdo que aplica.
A existência infantil tem múltiplas e surpreendentes formas de expressão e elaboração. Porém, a diversidade da manifestação infantil não exclui a unidade de objetivos que qualificam as ações dos educadores de infância. É possível pensar um educador novo, múltiplo, pleno, capaz de estar todo em todos os momentos, em todos os tempos e em todos os espaços da infância. Evidentemente, esse educador não será um "especialista" no sentido técnico do termo. Será, sim, omnidimensional, multidimensional - pleno como são plenos aqueles que caminham juntos e repartem, a seu modo, a existência dramática que lhes é comum.
O educador infantil deverá ter um preparo especial, porque para a infância se exige o melhor do que dispomos. Mesmo porque, na relação pedagógica, não basta estar presente para ser um bom companheiro. O educador infantil deverá ter um domínio dos conhecimentos científicos básicos, tanto quanto conhecimentos necessários para o trabalho com a criança pequena (conhecimentos de saúde, higiene, psicologia, antropologia e história, linguagem, brinquedo e das múltiplas formas de expressão humana, de desenvolvimento físico e das questões de atendimento em situações de necessidades especiais). Precisa ainda ter sob controlo seu próprio desenvolvimento, bem como estar em constante processo de construção de seus próprios conhecimentos. Ter elaborado, maduramente, a questão de seus valores, cultura, classe social, história de vida, etnia, religião e sexo.



CONCLUSÃO

Depois da pesquisa feita chegamos a conclusão de que o perfil do educador, centraliza-se na preocupação específica de como lidar com as crianças no dia-a-dia e em situações especiais. O ideal é que o educador tenha algumas atitudes, estratégias e comportamentos que favoreçam uma melhor aceitação e desenvolvimento dessa criança no ambiente escolar e até mesmo no seu dia-a-dia, podendo, inclusive, colocar em prática certos conhecimentos adquiridos de forma clara e objectiva.




BIBLIOGRAFIA

ABRAMOWICZ, Anete. Educação Infantil: creches: atividades para crianças de zero a seis anos. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1999.
FREIRE. Paulo. Conscientização: Teoria e prática da libertação: Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3ª ed.; São Paulo: Centauro, 2006.



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