o malefício

Introdução


No presente trabalho abordaremos sobre o maleficio. Assim sendo começamos por dizer que o malefício como sendo um fenômeno pelo qual uma pessoa inocente pode ser incomodada pelo demônio. Sendo este caso o mais vulgar, convém tratá-lo a parte. 
Para nós a palavra malefício é um termo genérico. Designa normalmente o fato de prejudicar outras pessoas através da intervenção do demônio. É uma definição exata que, no entanto não especifica de que forma é que tal mal é provocado. Daí as confusões; por isso alguns autores consideravam o malefício como sinônimo de bruxaria ou de feitiçaria.






















Tipos de malefício


A bruxaria e a feitiçaria constituem duas formas diferentes de realizar um malefício. Sem pretender fazer um estudo exaustivo, e fundamentando-me unicamente sobre casos com que nos defrontamos, analisaremos as seguintes formas de malefício:
1º a magia negra.
2º as maldições.
3º o mau olhado.
4º os bruxedos (também chamados trabalhos ou despachos).
Trata-se de formas diferentes, mas não completamente distintas, porque as interferências entre elas são inúmeras.

1º - A magia negra, a feitiçaria, os ritos satânicos que tem o ponto culminante nas missas negras.


Reagrupo estas práticas por causa das analogias que existem entre elas; na verdade enumerei-as por ordem de gravidade. Tem como características comuns fazer malefício a uma pessoa determinada por intermédio de fórmulas ou ritos, por vezes muito complexos, invocando o demônio, mas não fazendo uso de objetos particulares. Aquele que se dedica a tais práticas torna-se servidor de Satanás, mas por sua própria culpa; só nos referiremos a eles como meios para realizar malefícios com o fim de prejudicar outras pessoas.

         Já a Sagrada Escritura é muito peremptória na proibição destas práticas as quais considera como um renegar a Deus para se entregar ao demônio: não haja ninguém no meio de ti que faça passar pelo fogo (sacrifícios humanos) o seu filho ou a sua filha ou se dê a práticas de encantamentos, ou se entregue a augúrios, a adivinhação ou a magia, ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios ou a invocação dos mortos. Porque o Senhor abomina aqueles que se entregam a semelhantes práticas (Dt 18,10-12).

Não vos dirijais nunca aos adivinhos, nem aos bruxos; para que não vos contamineis por meio deles. Eu sou Senhor, vosso Deus (Lv 19,31).

Todo o homem ou mulher que evoque os espíritos ou se entregue a adivinhação será morto; será apedrejado, merece castigo (Lv 20,27; cf Lv 19,26-31).

O livro do Êxodo também é muito severo: não deixarás viver os feiticeiros(22,17).
Também noutros povos a magia era punida com a morte. Mesmo se nestes extratos os termos em questão foram traduzidos de várias formas (e variam segundo as traduções), o conteúdo é muito claro. Voltaremos a falar de magia num capítulo posterior.

2º - As maldições.


São agouros de mal e a origem do mal está no demônio; quando são realizados com verdadeira perfídia e existe uma ligação de sangue entre o que maldiz e o maldito, as conseqüências poder ser horríveis.

Os casos mais freqüentes e mais graves que me foram dados encontrar são as maldições dirigidas pelos pais ou avôs aos seus filhos ou netos. Tem-se verificado que a maldição é muito grave se se refere a sua existência ou se é feita por ocasião de acontecimentos particulares como por exemplo no dia do casamento. A ligação e autoridade dos pais para com os filhos é única.

         Vejamos três exemplos típicos:

        1-  Uma jovem que tinha sido amaldiçoado pelo pai desde o nascimento(claro que não suspeitava) e que tinha sido alvo de maldições toda a sua infância e no período em que viveu em casa dos pais.
Este infeliz conheceu toda a espécie de adversidades: problemas de saúde, dificuldades incríveis no setor profissional, infelicidade no casamento, aparecimento de doenças nos seus filhos... segundo a minha opinião, as bênçãos trouxeram-lhe um alivio espiritual, mas não me parece que tenhamos conseguido mais do que isso.

2- os pais eram contra o casamento da filha com o rapaz que ela amava; dando-se conta da inutilidade dos seus esforços, resignaram-se e assistiram ao casamento. No dia da celebração o pai chamou a filha sob um pretexto qualquer; na verdade ele amaldiçoou-a desejando-lhe a ela, ao marido e aos filhos as piores infelicidades que, efetivamente se verificaram, apesar de intensa oração e bênçãos.

         3- um dia, um senhor foi ver alguem; levantando as calças, mostrou as pernas terrivelmente marcadas por uma serie de operações. Começou a contar-me como é que isso aconteceu. O pai era muito inteligente; a mãe, sua avó portanto, queira muito que ele fosse sacerdote mas ele não se sentia a altura. As discussões eram de tal ordem que o jovem teve que sair de casa; prosseguiu com sucesso os estudos superiores, foi muito apreciado no seu trabalho, casou-se, teve filhos, mas tudo isto depois de ter cortado relações com a mãe que não queria voltar a vê-lo, fosse sob que pretexto fosse. Quando um dos filhos, que era este que falava, fez oito anos, tiraram-lhe uma fotografia que trazia consigo e que mostrou: um belo rapaz com um sorriso encantador, usando uns calções, joelhos a mostra, meias altas, segundo a moda da época. O pai teve uma idéia infeliz. Pensando que esta imagem iria tocar a mãe e que ela se reconciliaria com ele, enviou-lhe a fotografia. A mãe respondeu-lhe com estas palavras: Que as pernas desta criança sejam para sempre amaldiçoadas e se tu alguma vez voltares à terra, fica sabendo que morrerás na cama em que nasceste. Tudo isso aconteceu.

         O pai voltou a terra somente alguns anos depois da morte da sua mãe; mas de repente adoeceu e foi levado provisoriamente para a sua casa natal onde morreu nessa mesma noite.

3º - O mau olhado.

Trata-se de um malefício feito a uma pessoa por intermédio do olhar. A idéia de certas pessoas transmitirem malefício ao olhar para alguém de esguelha não constitui como algumas pessoas pensam um mau olhado; isso são histórias.
O mau olhado é um verdadeiro malefício que supõe a intenção de prejudicar uma pessoa com intervenção do demônio. O que tem de específico é o meio utilizado para levar a cabo esta ação nefasta: o olhar.
Só fui confrontado com alguns casos raros e pouco claros; quer dizer, o efeito maléfico era claro, embora não fosse claro nem o autor , nem como é que o meio utilizado é suficiente, isto é, um simples olhar.

Aproveito esta ocasião para dizer que muitas vezes não se consegue identificar o autor do malefício nem conhecer a origem do mal. O importante é que a vítima não comece a suspeitar desta ou daquela pessoa mas que perdoe de todo o coração e reze por aquele que lhe fez mal, quem quer que tenha sido.
     
No que diz respeito ao mau olhado, concluo dizendo que o fenômeno em si é possível, mas que nunca encontraos casos seguros.


É de longe o meio mais empregue para fazer malefícios. É a ação de fazer ou confeccionar um objeto com a ajuda dos mais estranhos e variados materiais; este objeto reveste-se assim de um valor quase simbólico: é um sinal sensível da vontade de prejudicar e um meio oferecido a Satanás para que imprima nele a sua força maléfica.


         Existem duas formas distintas de aplicar o bruxedo a pessoa designada: de um modo direto, que consiste em preparar propositadamente para a vítima uma bebida ou um alimento em que foi misturado o bruxedo. Este é composto pelos ingredientes mais diversos: sangue de menstruação, ossos de mortos, diversos pós geralmente negros (queimados, órgãos de animais, - essencialmente o coração - , ervas especiais... contudo o efeito maléfico não depende tanto dos materiais utilizados, como da vontade de prejudicar através da intervenção do demônio; e essa vontade vem refletida nas fórmulas ocultas pronunciadas durante a preparação destas misturas.

















Conclusão


Chegamos a conclusão que devemos ter claramente presente que Deus permite o mal, para daí tirar o bem; permite a cruz, porque é unicamente através dela que alcançamos o céu. É uma verdade evidente que se verifica, especialmente, em pessoas dotadas de carismas particulares, que muitas vezes são atingidas por sofrimentos, por cuja cura não é preciso rezar.

Diz-se muitas vezes que satanás é o macaqueador de Deus; neste caso, podemos estabelecer a analogia com os sacramentos, que são caracterizados por uma matéria tangível (como por exemplo a água do Batismo) como instrumento de graça. No caso da bruxaria, o material é utilizado com a finalidade de prejudicar.




















Referência bibliografica
















                                              










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