Direito de integração regional
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem um tema importante e excêntrico e o
mesmo destina-se a elaboração e conhecimento de como vai o direito de
integração regional, focando propriamente naquilo que é mais importante como
Direito nacional, desde impostos e outros. Neste ainda veremos aspectos
relacionados a etimologia, importâncias, características, evolução, objectivos
etc. O trabalho actual tem o intuito
de apresentar breves conceitos sobre o direito de integração regional visto que
O sistema fiscal constitui um dos meios de assegurar o desenvolvimento do
aparelho de Estado, parte fundamental do crescimento dos serviços
administrativos, que consome sem produzir, e de estímulo da procura através do
expediente das despesas públicas, dos subsídios ou reduções fiscais aos
sectores privados e do controlo da própria produção.
INTEGRAÇÃO REGIONAL EM ÁFRICA E MULTILATERALISMO
Desde a época da
independência, praticamente todos os países africanos adotaram o regionalismo
como opção de autosustentação. Dessa forma, os governos já perceberam que a integração regional
parece ser a estrutura necessária para resolver os obstáculos do comércio entre
os Estados africanos e assim a criar maiores mercados regionais, que podem
alcançar economias de escala e manter sistemas de produção e mercados ao mesmo
tempo em que reforça a competitividade da África.
É importante mencionar que o
compromisso com o regionalismo era parte complementar de uma ampla ambição de
integração continental, que tem suas raízes no Pan-Africanismo. Este movimento
reivindicava princípios comuns de auto-suficiência coletiva e independência
política, baseados na defesa dos direitos dos africanos e a unidade da África
sob um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto os que vivem no
continente como os que estão nas diásporas africanas.
Desde o início do processo de
descolonização na década de 1960, o estabelecimento de comunidades econômicas
sub-regionais foi significativamente importante na estratégia de desenvolvimento
da África. Surgem então os acordos patrocinados por organizações de fomento
econômico, criadas com o objetivo de promover a cooperação técnica e econômica.
Estes acordos regionais na África em geral, procuravam ampliar o crescimento do
comércio intra-regional através da eliminação de barreiras tarifárias. Além
disso, a intenção era o desenvolvimento regional, através da promoção de
diversos setores econômicos, melhoria da infra-estrutura no continente e a
execução de projetos de produção em larga escala. E por fim, promover a
cooperação monetária.
Durante este período, muitos países
africanos implementaram regimes de comércio altamente intervencionista e
protecionista, motivados por diversas inquietações, entre as quais podem ser
citadas a preocupação fiscal, a proteção da indústria nacional, e
principalmente o temor da substituição do precário parque industrial pela
política de importação.
A integração regional em África e a inserção das economias africanas no
espaço global pela via do multilateralismo constituem questões centrais para o
continente africano. Porém, o processo de integração regional, iniciado em
África há cerca de duas décadas, tem-se mostrado decepcionante apesar de alguns
progressos pontuais (modestos) ao nível da CEAO (Comunidade Económica da África
Ocidental), ao mesmo tempo que a parte das exportações africanas nas
exportações mundiais tem vindo a decrescer, com a consequente marginalização do
continente na economia internacional.
A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO NA INTEGRAÇÃO REGIONAL NA SADC
Poucos são os cidadãos dos Estados membros da SADC que conhecem com
profundidade a existência da organização. Por outro lado, as potencialidades da
instituição regional têm sido ignoradas como inexploradas têm sido os
benefícios económicos e sociais salvaguardados pelos diversos acordos de
cooperação existentes.
Na verdade, constata-se um alheamento por parte dos cidadãos
relativamente às actividades da SADC: há pouca informação sobre a SADC - mesmo
quando se reconhece a importância da informação no processo de integração e
cooperação entre os estados membros da SADC, ou mesmo quando se sabe do valioso
contributo da informação no processo de conhecimento recíproco entre os povos
e, consequentemente, na criação de um ambiente sócio-cultural favorável ao
estreitamento das relações de amizade e de solidariedade.
Donde decorre a imperiosidade de se revitalizar a cooperação no domínio
da comunicação e informação que valorize o respeito pelos valores
sócio-culturais, aprofunde o conhecimento recíproco do património histórico e
cultural e promova o intercâmbio de informação e de experiência entre as nações
que integram a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.
Por outro lado, dizer já que na formulação das políticas de comunicação se
deve consultar os cidadãos, estabelecendo-se mecanismos conducentes ao
desenvolvimento da perspectiva do livre fluxo de informação (ética, plural e
diversa) e que, acima de tudo, se tomem as devidas medidas no sentido de
diminuir, em termos de informação, o hiato existente entre os respectivos
países e entre o seu meio rural e urbano, incentivando-se, para o efeito, a
dinamização da imprensa regional e comunitária.
Nesta óptica, paralelamente ao processo de aumento dos conteúdos locais
nos media, deve-se encorajar o uso das línguas nacionais com o objectivo de
promover a intercomunicação local, nacional e regional, colocando a comunicação
à disposição das comunidades para que haja articulação e o desenvolvimento de
uma cultura regional tolerante, multicultural, multiétnica e multilinguística
no contexto global.
Portanto, reafirmar que os meios de comunicação social constituem um
instrumento importante no exercício do poder e na influência que se pode
exercer sobre a sociedade, pautando-se, igualmente, como um canal privilegiado
no exercício da cidadania e na mobilização dos cidadãos para participar no
processo de decisão política. Desde logo porque os media exercem papel de
destaque no reforço da transparência dos regimes democráticos e na formação de
uma opinião pública esclarecida e participativa, contribuindo, com igual
preponderância, no processo de desenvolvimento político, social e económico do
continente.
Por outro lado, o direito do cidadão a ser informado sobre assuntos de
interesse público é um direito fundamental, é a garantia da participação na
vida política e no processo de desenvolvimento do país. Habermas já dizia que
cidadão é o sujeito capaz de falar e de agir.
Mas a materialização de uma estratégia no domínio da comunicação e
informação justifica-se pela necessidade da SADC possuir um aparelho de
legitimação e disseminação das suas actividades no espaço público e nos media e
pela necessidade de acederem à dispositivos de expressão pública, para além de
fazer com que os cidadãos participem nas decisões tomadas no seio da
organização e desta forma se sintam membros de uma mesma comunidade de
interesses.
Por conseguinte, cabe aos decisores da SADC assumir as rédeas do
processo de definição dos fundamentos da legitimidade e das materialidades simbólicas
da sua expressão, facto que passa pela inserção nas agendas e prioridades
políticas da aposta na educação cívica e inserção de África no contexto da
revolução da informação, vincando a sua identidade sem que isso pressuponha a
negação da globalização e suas implicações sociológicas e políticas.
Nesta caminhada, julgamos que a vitória é certa tanto mais não seja
porque a filosofia regional da instituição lhe confere o sentido de resistência
à globalização e os seus princípios de hegemonia e de exclusão, podendo por
isso capitalizar o facto de se constituir na racionalidade alternativa aos
grandes sistemas internacionais de comunicação e informação por defender uma
perspectiva mais coerente com a realidade social em que se insere e por
transferir o pólo da actuação para o território das cidadanias.
Portanto, a importância político-estratégica de organizações regionais
e/ou estratégicas no contexto das nações e no quadro da globalização da
economia mundial garante, à partida, um valor acrescentado à SADC.
Mais: dado que os discursos de proximidade têm vindo a ganhar estatuto
de cidadania como resposta aos processos de uniformização inerente ao processo
de globalização, instituições como a SADC constituem, em si mesmas, mais-valias
que urge capitalizar - num processo em que os meios de comunicação social
exercem um papel capital.
Neste contexto, todas oportunidades devem ser maximizadas no sentido de
divulgar e promover as iniciativas de impacto político-social desencadeadas
pela SADC, visando impor a sua visão do mundo assim como promover a sua imagem
junto da opinião pública local, nacional e internacional.
Porque - é preciso não esquecer - África ainda figura nas primeiras
páginas da imprensa, sobretudo, internacional, tendencialmente associada à
guerra e à violência quando não são a instabilidade e o caos, a barbárie e a
catástrofe que constituem as cores que compaginam o quadro. Outro tanto, somos
ainda confrontados com abordagens eivadas de gritante desconhecimento
histórico-cultural das realidades africanas à par de manifestações de
paternalismo e racismo à mistura com saudosismos e preconceitos.
Acresce-se a isso o facto de África estar praticamente excluída da
revolução da informação e o mundo de hoje estar confrontado com um conflito de
dimensão simbólica devido a importância dos símbolos na construção da realidade
social, pelo que urge se preparar para enfrentar os desafios da batalha da
construção dos sentidos, ou seja, estar-se preparado para guerra da criação de
registos simbólicos, dos valores e códigos de leitura.
CONCLUSÃO
Concluindo, o Processo de integração regional é um processo dinâmico de
intensificação em profundidade e abrangência das relações entre atores e que
acarreta a criação de novas formas de governação de escopo regional. Por isso o
estudo de um processo de Integração Regional nos remete ao estudo das questões
políticas, económicas e principalmente comerciais dos países envolvidos neste
processo. É necessário ter uma visão de todo o bloco que estes países formam,
sua interdependência e também seu objectivo comum. Existem diversas teorias
para explicar ou guiar um processo de integração regional, tais como a teoria
Realista, Liberal, Construtivista e Funcionalista, mas como podemos ver no
processo de integração regional de África, em alguns casos, todas as teorias se
relacionam e complementam para o entendimento do caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
Direito
de integração regional em África.
Disponível em: https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/1183/1/INTEGRA%C3%87%C3%83O%20REGIONAL.pdf. Acessado aos 8 de Abril de 2015.
A importância da informação na integração regional, SADC.
Disponível em: http://www.angonoticias.com/Artigos/item/1703/a-importancia-da-informacao-na-integracao-regional-sadc-kyma-kyanhi. Acessado aos 8 de Abril de 2015.
___________________ http://intregional.blogspot.com/2010/03/integracao-regional-conceito.html. Acessado aos 8 de Abril de 2015.
Integração regional da África. Disponível em: http://mundorama.net/2010/04/27/integracao-regional-da-africa-%E2%80%93-a-saida-para-o-desenvolvimento-do-continente-por-joao-bosco-monte/. Acessado aos 8 de Abril de 2015.
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