A Batalha do Cuito Cuanavale - Assalto final ao triangulo do Tumpo
A Batalha do
Cuito Cuanavale - Assalto final ao triangulo do Tumpo
Os angolanos travaram no Cuito Cuanavale a
maior batalha militar no continente africano a sul do Sahara. A batalha teve um
vencedor, o Povo Angolano, e um derrotado, o regime de apartheid da África do
Sul e seus aliados. O comandante das tropas, general de Exército José Eduardo
dos Santos, ao felicitar os seus homens lembrou que os combates que durante
meses foram “o símbolo da determinação do nosso povo, de vencer ou morrer pela
defesa da Pátria”. Muitos angolanos morreram na Batalha do Cuito Cuanavale, mas
o seu sacrifício não foi em vão. Angola libertou o planeta do mais grave crime
que alguma vez se cometeu contra a Humanidade, ao esmagar um regime que tinha o
racismo como política de Estado. No dia 23 de Março, segunda-feira, faz 27 anos
que Angola, África e o Mundo triunfaram sobre os racistas de Pretória.
Um mau começo
O mês de Março de 1988 começou mal para os
invasores. Impôs-se um tempo chuvoso e as chanas do Cuando Cubango ficaram
alagadas.
Os invasores sul-africanos e as tropas da UNITA preparam nessa altura o assalto final ao Triângulo do Tumpo. Aos primeiros minutos do dia 1 de Março, Mike Muller, comandante do 61º Batalhão Mecanizado sul-africano pede o adiamento do ataque porque considera as condições “muito adversas”. O seu superior, coronel McLoughlin, aceita. Às 7h30 a artilharia das FAPLA ataca a posição dos tanques sul-africanos. Mike Muller recua para posições mais seguras. Às oito da manhã, com o céu carregado de nuvens, quatro obuses de “BM21” das FAPLA atingem um camião de apoio “61 Koppie”. Há desorientação entre o inimigo. Às 11h25 os jactos Mig angolanos aproveitam uma aberta no tecto de nuvens baixas e atacam os invasores. Alguns minutos depois, os mísseis “Stinger”, fornecidos pelos Estados Unidos à UNITA, entram em acção e Mike Muller avança com os tanques em direcção ao Triângulo do Tumpo. Todo este relato está detalhado no livro “War in Angola – The Final South Africa Phase” do especialista sul-africano em assuntos de defesa, Helmoed Roemer Heitman. Às 13h55, a força de Mike Muller estava a pouco mais de dois quilómetros do Triângulo do Tumpo. Os invasores já viam a ponte sobre o rio Cuito e as árvores à entrada da aldeia de Samaria. Um veículo sapador sul-africano acciona várias minas. A reacção das FAPLA é contundente. Disparam com os morteiros de 120 milímetros, os canhões “D30” e os “BM21”. Um inferno de fogo e metralha envolveu os invasores e a tropa de Jonas Savimbi. Mike Muller responde com morteiros de 81 milímetros. Às 14h22, um super-tanque “Oliphant” detonou uma mina. As FAPLA disparam de frente e do flanco esquerdo. Os sul-africanos e as unidades da UNITA estavam num campo de minas não convencionais criado pela engenharia angolana. Mais três tanques “Oliphant” detonam minas. Um fica imobilizado porque sofreu danos graves na esteira. Mike Muller entra em desespero e recua. Nessa ocasião, a tropa de Jonas Savimbi já tinha desaparecido. Para “abrir caminho”, a artilharia dos invasores dispara 500 obuses contra as posições das FAPLA. No auge da batalha o próprio tanque “Ratel” do comandate Mike Muller é atingido numa roda. Uma antena foi arrancada pelo fogo das FAPLA. O tanque de outro sul-africano, Tim Rudman, também fica debaixo de fogo. Um obus de morteiro de 120 milímetros explodiu numa árvore, por cima da sua cabeça. Por sorte, instantes antes Rudman tinha entrado no tanque e baixado a escotilha. Um “Oliphant”, que avançava com soldados da UNITA sentados na parte de trás, à boleia, foi atingido e o canhão arrancado da torre. Os homens de Savimbi morreram.
Os invasores sul-africanos e as tropas da UNITA preparam nessa altura o assalto final ao Triângulo do Tumpo. Aos primeiros minutos do dia 1 de Março, Mike Muller, comandante do 61º Batalhão Mecanizado sul-africano pede o adiamento do ataque porque considera as condições “muito adversas”. O seu superior, coronel McLoughlin, aceita. Às 7h30 a artilharia das FAPLA ataca a posição dos tanques sul-africanos. Mike Muller recua para posições mais seguras. Às oito da manhã, com o céu carregado de nuvens, quatro obuses de “BM21” das FAPLA atingem um camião de apoio “61 Koppie”. Há desorientação entre o inimigo. Às 11h25 os jactos Mig angolanos aproveitam uma aberta no tecto de nuvens baixas e atacam os invasores. Alguns minutos depois, os mísseis “Stinger”, fornecidos pelos Estados Unidos à UNITA, entram em acção e Mike Muller avança com os tanques em direcção ao Triângulo do Tumpo. Todo este relato está detalhado no livro “War in Angola – The Final South Africa Phase” do especialista sul-africano em assuntos de defesa, Helmoed Roemer Heitman. Às 13h55, a força de Mike Muller estava a pouco mais de dois quilómetros do Triângulo do Tumpo. Os invasores já viam a ponte sobre o rio Cuito e as árvores à entrada da aldeia de Samaria. Um veículo sapador sul-africano acciona várias minas. A reacção das FAPLA é contundente. Disparam com os morteiros de 120 milímetros, os canhões “D30” e os “BM21”. Um inferno de fogo e metralha envolveu os invasores e a tropa de Jonas Savimbi. Mike Muller responde com morteiros de 81 milímetros. Às 14h22, um super-tanque “Oliphant” detonou uma mina. As FAPLA disparam de frente e do flanco esquerdo. Os sul-africanos e as unidades da UNITA estavam num campo de minas não convencionais criado pela engenharia angolana. Mais três tanques “Oliphant” detonam minas. Um fica imobilizado porque sofreu danos graves na esteira. Mike Muller entra em desespero e recua. Nessa ocasião, a tropa de Jonas Savimbi já tinha desaparecido. Para “abrir caminho”, a artilharia dos invasores dispara 500 obuses contra as posições das FAPLA. No auge da batalha o próprio tanque “Ratel” do comandate Mike Muller é atingido numa roda. Uma antena foi arrancada pelo fogo das FAPLA. O tanque de outro sul-africano, Tim Rudman, também fica debaixo de fogo. Um obus de morteiro de 120 milímetros explodiu numa árvore, por cima da sua cabeça. Por sorte, instantes antes Rudman tinha entrado no tanque e baixado a escotilha. Um “Oliphant”, que avançava com soldados da UNITA sentados na parte de trás, à boleia, foi atingido e o canhão arrancado da torre. Os homens de Savimbi morreram.
Recuo organizado
Segundo Heitman, a situação era “muito
grave”. Mas ia piorar para o lado dos racistas sul-africanos. Uma equipa de
reconhecimento dos invasores informou que os tanques das FAPLA tinham acabado
de abastecer na aldeia de Samaria e avançavam para o Triângulo do Tumpo. A
população de Samaria nunca abandonou a sua terra e teve um papel importante nos
combates no Tumpo e na Batalha do Cuito Cuanavale. As Forças Armadas Angolanas
(FAA) têm para sempre a gente Samaria entre aqueles a quem agredecem a ajuda. O
coronel McLoughlin ordenou ao 32º Batalhão que retirasse ordenadamente e
aguardasse novas ordens. Mike Muller estava a enfrentar graves problemas
mecânicos nos seus tanques e ordenou a retirada para longe do teatro de
operações. Mas, para desgraça, um outro “Ratel” é atingido por uma salva de 23
milímetros. Às 14h50, Mike Muller pede nova retirada “para fazer uma
reavaliação”. Menos de uma hora depois Muller informa o coronel McLoughlin que
só já tem cinco tanques operacionais. O coronel contacta de imediato os generais
Liebenberg e Meyer e relata-lhe o desastre. A tropa da UNITA tinha
desaparecido. A artilharia das FAPLA atacava com muita força. O comando ordena
então a retirada de Mike Muller, que comandava a força principal. A derrota era
evidente. “Mike Muller resumiu concisamente o resultado: o inimigo é forte e
astuto. Apesar de não terem uma força poderosa na cabeça-de-ponte, as FAPLA
possuíam um forte dispositivo de artilharia que fez a maior parte da luta.
Planearam e executaram a sua defesa, seguramente de forma muito inteligente”,
diz Heitman no livro. Às 17h00 o coronel McLoughlin desiste do ataque ao
Triângulo do Tumpo e Mike Muller regressa ao ponto de partida.
Operação “Hooper”
No dia 2 de Março os invasores estavam a
“digerir” a derrota. O brigadeiro Smith, o coronel McLoughlin e outros oficiais
sul-africanos estão no posto de comando e discutem as operações para o futuro. O
brigadeiro e o coronel decidem voar para o Rundu. Regressam no dia seguinte e
trazem ordens de retirar a Bateria “Quebeque”. As baterias “Romeo” e “Sierra”
continuavam no teatro de operações, mas só atacavam de noite. De dia ficavam
escondidas junto à nascente do rio Chambinga. No dia seguinte chega à nascente
do Chambinga a 82ª Brigada para render o pessoal. O coronel McLoughlin sai de
cena e entrega o comando táctico ao coronel Fouché. O derrotado passa a pasta a
um perdido. Mike Muller tem o mesmo destino: volta para casa derrotado. No dia
6 de Março o 4º Batalhão de Infantaria da África do Sul retira. Os invasores
são mais uma vez escorraçados e termina a Operação “Hooper”. O apartheid
continua enterrado, desta vez nos pantanais do Triângulo do Tumpo. Nas guerras
a natureza é também um adversário ou aliado. “Hooper” é um pássaro dos
pântanos. Naquele dia o pássaro não emprestou as suas asas aos invasores para
voarem do Triângulo do Tumpo até à vila do Cuito Cuanavale. Estava do lado da
humanidade e da justiça.
Pilotos ousados
No dia 9 de Março, ao fim da tarde, um Mig 23
bombardeou uma escolta dos invasores na nascente do rio Lomba. O comando
sul-africano ficou “muito preocupado”, diz Heitman, pelo ataque inesperado, mas
sobretudo “porque foi um ataque muito audacioso”. Os angolanos são génios e
estava traçado o início dos graves problemas que os racistas de Pretória tinham
de enfrentar no Triângulo do Tumpo. Já tinham os pés enterrados, mas haviam de
ficar enterrados até ao pescoço. “O general Meyer começou a ficar impaciente
porque o próximo ataque contra o Triângulo do Tumpo podia nem ter lugar. A 9 de
Março, ele manifestou a sua preocupação, ao enviar uma mensagem de desagrado
aos homens no terreno, devido às demoras, tendo enfatizado que a situação só
beneficiava as FAPLA, que podiam aproveitar o tempo para melhorar a sua defesa.
Também estava preocupado com a situação internacional, que podia obrigá-los a
retirarem-se do teatro das acções combativas antes que a missão tivesse sido
levada a cabo” , recorda o especialista Heitman.
Carne para canhão
O coronel Fouché decidiu fazer um ataque em
força entre 20 e 22 de Março. Mas, na sua perspectiva, os oficiais e soldados
“brancos” tinham de ficar de fora. Apenas entravam em combate aqueles que
fossem indispensáveis. A lógica do chefe dos invasores era a seguinte: “é
preciso evitar ao máximo que jovens boers continuem a morrer por uma causa
nebulosa e pouco convincente”, escreve Heitman no seu livro. Fouché apresentou
o seu plano aos oficiais da UNITA que, como sempre, deram o seu acordo. Estava
garantida a carne de cidadãos angolanos para os canhões do regime racista de
Pretória. Assim, inutilmente e sem glória, se perderam muitas vidas humanas,
que nunca seriam choradas na África do Sul do “apatrheid”. No ataque ao
Triângulo do Tumpo também participaram o Batalhão Búfalo, constituído por
angolanos, e mais dois esquadrões de tanques do 61º Batalhão Mecanizado. Fouché
e os oficiais da UNITA fizeram “um plano provisório” que depois entregam ao
brigadeiro Smith, para aprovação superior. Mas os invasores e a tropa de
Savimbi têm uma surpresa reseervada. As FAPLA começam a pressionar a retaguarda
das tropas inimigas, desferindo golpes mortíferos de aviação. Dois Mig atacam o
Regimento Mooi Rivier na noite de 10 de Março. No dia seguinte o posto de
comando da 82ª Brigada sul-africana avança para o Cuito e o 61º Batalhão
Mecanizado vai para a “área de desmobilização”. O Estado-Maior da 82ª Brigada
separa-se do Estado-Maior da 20ª Brigada e no dia seguinte a 20ª Brigada
retira-se em direcção ao Rundu, no então Sudoeste Africano, hoje Namíbia A 13
de Março é declarado o fim oficial da Operação “Hooper”. Estava na hora de
“embalar” tudo e regressar a casa. O Cuando Cubango já não era um “campo de
treinos” para os cadetes boers das escolas militares.
Operação “Packer”
O alto comando sul-africano ordena então o
início da “Operação Packer”. É o último folego dos invasores. A 82ª Brigada,
cujas tropas fizeram treinos em Bloemfontein entre 10 e 26 de Fevereiro, recebe
ordens para entrar em acção. A chuva, novamente ela, atrasou o seu avanço para
Angola. Mas agora está no Cuando Cubango, pronta para atacar o Triângulo do
Tumpo e a partir daí tomar a vila do Cuito Cuanavale e a sua base aérea. O
coronel Fouché assume pessoalmente o comando dos ataques ao Triângulo do Tumpo.
O derrotado Mike Muller foi substituído por um tanquista experiente, o
comandante Gerhard louw, e Boet Schoeman foi nomeado comandante adjunto. Mas o
Triângulo do Tumpo era intransponível. Morteiros e canhões anti-tanque estavam
prontos para rechaçar qualquer força que tentasse penetrar. Nas posições
principais das FAPLA estavam cinco “GRAD”. Por trás das forças de Infantaria
estavam preparados dez tanques, escondidos nos refúgios. Os engenheiros
angolanos fizeram campos de minas, algumas não convencionais, em todas as
entradas possíveis.
O rio Tumpo e os seus afluentes eram obstáculos naturais intransponíveis num mês de Março particularmente chuvoso. A artilharia e infantaria angolanas tinham muito poder. As forças defensoras das FAPLA tornaram-se invencíveis.
O rio Tumpo e os seus afluentes eram obstáculos naturais intransponíveis num mês de Março particularmente chuvoso. A artilharia e infantaria angolanas tinham muito poder. As forças defensoras das FAPLA tornaram-se invencíveis.
Dia da decisão
Os invasores sul-africanos colocam no campo
de batalha os artilheiros do Regimento da Universidade de Potchefstroom, a
elite da sua artilharia. O derradeiro ataque ao triângulo do Tumpo recebe o
nome de Operação “Packer”. O brigadeiro Smith marcou o ataque para 23 de Março.
O coronel Fouché pede que a data seja adiada para o dia 25, porque enfrenta
“grandes dificuldades logísticas”. Os Mig não descansam e atacavam com
frequência as colunas de reabastecimento. O brigadeiro recusa. No dia 18 de
Março os sul-africanos perdem duas pontes móveis de engenharia, atingidas por
“fogo amigo” dos canhões “G5”. A desorientação começa a apoderar-se dos
sul-africanos. E foi nesse estado que partiram para a batalha final. Os
invasores atacaram com tudo: a 82ª Brigada, com mais dois esquadrões de tanques
do Regimento Presidente Steyn, um esquadrão de carros blindados do Regimento
Mooi Rivier, dois batalhões de infantaria motorizada do Regimento de La Rey e
do Regimento Groot Karoo, artilharia do Regimento da Universidade de
Potchefstroom com canhões “G5” e “G2”, 44ª Brigada de Paraquedistas e a Defesa
Anti-Aérea. A UNITA entrou com os 3º, 4º e 5º batalhões regulares, o 66º e 75º
batalhões semi-regulares, mais os “Stinger” oferecidos pelos EUA. Os “Mirage”
começaram a atacar no dia 19 de Março. Durante o ataque um “Mirage”, pilotado
pelo major Willie van Coppenhagen, é atingido e despenha-se na área do Cavango.
A 22 de Março a 82ª Brigada avança para o Triângulo do Tumpo. A infantaria da
UNITA vai atrás. Às 22h45, o coronel Fouché move o comando para o planalto
norte do rio Chambinga e chega à uma e meia da manhã de 23 de Março. Estavam à
sua espera os generais Liebenberg e Meyer e os coronéis Deon Ferreira e Neil.
Às quatro da manhã do dia 23 de Março de 1988 a força de ataque atinge a “área
avançada de concentração”.
Resposta fulminante
As forças armadas respondem ao ataque do
inimigo às sete da manhã, a norte da nascente do rio Dala. Dez minutos depois
desta acção, entram em acção os artilheiros do Regimento da Universidade de
Potchefstroom, que bombardeiam o Triângulo do Tumpo. Às oito, as FAPLA
respondem com o flagelamento à força principal de ataque dos invasores. Às 8h35
um tanque “Oliphant”, no flanco direito da linha de ataque, acciona uma mina.
Fica fora de combate. Entre as 11h30 e as 11h50 os “G5” disparam contra o posto
de comando avançado das FAPLA em Nancova. Um aguaceiro intenso obriga a parar o
fogo. O comandante Louw limpa com um “plofadder” um campo de minas. Avança em
direcção ao Triângulo do Tumpo com dois esquadrões de tanques que levam à
cabeça um draga-minas. As FAPLA reagem em força e às 12h45 Louw retira-se. O 5º
batalhão regular da UNITA sofre severas baixas. Louw tenta avançar de novo, mas
foi travado por uma barragem de fogo das FAPLA. A infantaria da UNITA é
desbaratada. Às 13h46 os “Oliphant” entram num campo de minas. Dois ficam
destruídos. Louw tenta atacar de novo, mas mais uma vez é travado. Às 13h48
Louw informa o comando que os tanques estão sem combustível. Andaram às voltas
para evitar os campos de minas o que levou a um gasto anormal de combustível.
Contributo dos engenheiros
O excelente trabalho realizado pelos
engenheiros das FAPLA na criação de obstáculos contra a infantaria mecanizada e
a técnica blindada do inimigo atingiu o seu ponto culminante: os super-tanques
“Oliphant” estavam confinados aos campos de minas, consumindo combustível,
enquanto procuravam por uma saída, no labirinto, totalmente à mercê da
artilharia e da aviação angolana. Louw viu vários “Oliphant” atingidos. Deu
ordens para que todos fossem retirados. Mas apesar dos esforços, três foram
abandonados. As FAPLA tinham ali os seus troféus e a prova de que tinham
destroçado o regime de apartheid. O general Meyer enviou um telex ordenando que
o Coronel Fouché se assegurasse que os três “Oliphant” abandonados eram
destruídos. Mas isto já não era possível. Os invasores, derrotados, retiravam
para Mavinga, vergados ao peso da derrota. Até final de Março, todas as unidades
invasoras abandonaram Angola. O regime de apartheid ficou enterrado no
Triângulo do Tumpo. A Humanidade deve aos angolanos a libertação de Mandela, a
instauração da democracia na África do Sul e a Independência da Namíbia. Março
de 1988 foi o culminar do ano que mudou a face do continente africano.
Fonte. ANGOP
Fonte. ANGOP