A prostituição em Luanda Angola
O presente
circunscreve se na cadeira de Método e Pesquisa em Serviço Social, ministrada
no Instituto Superior de Serviço Social (ISSS) Luanda, subordinada ao tema: A prostituição
na ilha de Luanda.
A
prostituição tem sido definida como acto ou efeito de fazer comércio de favores
sexuais, prostituir ou de prostituir-se, devassidão, conjunto das prostitutas,
vida desregrada profissional.
A
prostituição é tida como a mais antiga profissão no mundo e seu surgimento
perde-se na história. Escritos bíblicos apontam Sodoma e Gomorra, como sendo o
centro de prostituição no mundo antigo. Nos tempos dos reis de Israel,
babilónia, foi tida como sendo um local de fomento de práticas idólatras e de
prostituição.
Hoje, ela é
encarada com um meio de sobrevivência, tanto até que países como a França e
Estados Unidos já legalizaram essa prática como profissão, gozando de um
estatuto social e judicial.
Ao contrário
do que muitos pensam, a prostituição em Luanda tem atingido níveis muito
elevados nos últimos anos. Este ofício é praticado de várias formas e por
pessoas de várias camadas ou níveis sociais.
Uma das
principais causas de sua prática no nosso país é a pobreza. O péssimo nível de vida,
ou seja, a miséria em associação com o desemprego leva muitas mulheres, jovens
e senhoras a prostituírem-se.
É bem
notável a escassez de emprego, principalmente para a camada mais pobre e menos
intelectual. Por este facto a população feminina experimenta várias formas
morais de conseguir o sustento, sendo muitas delas sem êxito.
A
prostituição mais comum é a verificada por raparigas e mulheres, mas tem sido
observado também a proliferação de práticas pedófilas entre rapazes dos 9-25
anos de idade. Embora tem-se ouvido esporadicamente nos meios de comunicação de
casos em que crianças foram violadas por pais, vizinhos, desconhecidos, em fim,
tem sido uma prática assumida nos botequins e pousadas, nas áreas da Samba,
Cazenga, edifício do BPC e Ponto Final, na Ilha de Luanda
1. Problemática
A
prostituição tem sido uma situação que tem causado muitos problemas dentre eles
a desestruturação familiar, e da própria sociedade em si, o desemprego,
maltratos dos pais aos filhos, baixo nível de escolaridade.
Que
efeitos tem a prostituição no seio das comunidades?
O
presente trabalho incide na temática da prostituição na ilha de Luanda que tem
como principais objectivos:
·
Objectivo
geral
Ø Explicar
as causas que levam as pessoas a prostituírem-se.
Ø Objectivos específicos
Ø Determinar
os factores que estão na base da prostituição na ilha de Luanda.
Ø Estabelecer
directrizes para a redução da prática da prostituição na ilha de Luanda
Ø Detalhar
o impacto que a prostituição tem dentro das comunidades.
A
escolha do tema tem como finalidade explicar e entender o aumento de casos de
prostituição na cidade de Luanda, causando a desestruturação dentro das
comunidades, isto é, procurar entender as possíveis causas que levam os jovens
a prostituição.
Os
estudantes e não só, devem ter conhecimentos amplos dos fenómenos e factos, na
eventualidade de o ajudar como futuro Assistente social, nas suas discussões de
temas e intervenções.
1.1 Hipóteses
A
hipótese é uma expectativa de resultados a serem encontrados ao longo da
elaboração do trabalho
Identificado
as causas que levam as jovens a prostituírem-se.
Reduzido
o número de jovens que praticam a prostituição como meio de satisfazer os seus
caprichos.
Do
ponto de vista da abordagem do tema usarei a técnica de entrevista por uma
rápida facilitação na recolha dos dados, isto é na vertente de uma boa
interacção aberta entre o entrevistador e o entrevistado. A entrevista
representa uma técnica de colecta de dados na qual o pesquisador tem um contacto
mais direito com a pessoa, no sentido de se inteirar de suas opiniões acerca de
um determinado assunto.
A
prostituição tem sido definida como acto ou efeito de fazer comércio de favores
sexuais, prostituir ou de prostituir-se, devassidão, conjunto das prostitutas,
vida desregrada profissional.
A
prostituição é tida como a mais antiga profissão no mundo e seu surgimento
perde-se na história. Escritos bíblicos apontam Sodoma e Gomorra, como sendo o
centro de prostituição no mundo antigo. Nos tempos dos reis de Israel,
babilónia, foi tida como sendo um local de fomento de práticas idólatras e de
prostituição.
Hoje, ela é
encarada com um meio de sobrevivência, tanto até que países como a França e
Estados Unidos já legalizaram essa prática como profissão, gozando de um
estatuto social e judicial.
Ao contrário
do que muitos pensam, a prostituição em Luanda tem atingido níveis muito
elevados nos últimos anos. Este ofício é praticado de várias formas e por
pessoas de várias camadas ou níveis sociais.
Uma das
principais causas de sua prática no nosso país é a pobreza. O péssimo nível de
vida, ou seja, a miséria em associação com o desemprego leva muitas mulheres,
jovens e senhoras a prostituírem-se.
É bem
notável a escassez de emprego, principalmente para a camada mais pobre e menos
intelectual. Por este facto a população feminina experimenta várias formas
morais de conseguir o sustento, sendo muitas delas sem êxito.
Algumas
destas mulheres têm filhos por criar, e vivem em casa de familiares que
frequentemente repontam o facto de tanto elas como o filho serem um fardo em
casa, devido a escassez de alimento. Outras têm irmãos e pais a quem gostariam
de ajudar, mas não têm meios. Há ainda outras, cujo marido é desempregado ou, se
é empregado, não ganha o suficiente para satisfazer as necessidades básicas da
família.
Estas e
outras situações aflitivas, tão comuns aqui, são difíceis de aguentar para
alguns, de forma que, algumas mulheres vêm na prostituição o único modo de
conseguir algum dinheiro para amainar estas situações.
É de notar
que não é apenas a camada pobre que incorre a este ofício, mas até mesmo jovens
com situação financeira razoável. Algumas não têm um bom relacionamento
paternal, e buscam prostituir-se para feri-los. Ainda em outros casos, o
dinheiro da mesada que recebem dos pais não lhes é suficiente, e para poder ter
mais, envolvem-se na prostituição. São inúmeras as causas.
De referir
também que há situações em que os pais da rapariga ou esposo da mulher que prostitui-se
têm conhecimento de tal prática, mas consentem devido a situação financeira.
A idade
média das raparigas que prostituem-se, vária dos 15-25 anos e de acordo com
estimativas da ADPP, 15 % das raparigas começa por curiosidade e por influência
de amigas.
Existem
mulheres que prostituem-se há cerca de 10 anos e que começaram com 12 anos de
idade. Ainda há casos relatados por uma pesquisa feita por um programa da TPA
(Nação Coragem) em que foram exibidas reportagens de casos em que na falta de
dinheiro algumas raparigas fazem fiado (Kilape); outras há que recebem 50% do
dinheiro antes de efectuar o trabalho e outros 50% depois.
Ainda há
quem arrisca por este caminho por opção. Devido ao vício de dinheiro, vêem na
prostituição um meio fácil de sustentar seu vício; há quem também entra no ramo
da mais antiga profissão do mundo devido à ninfomania (irresistível desejo
sexual), o que muita gente chama de vício por sexo, embora ignore o real
motivo.
No edifício
do BPC (Banco de Poupança e Crédito), tem sido comum a frequência de raparigas
que levam a cabo este tipo de actividade. Podem ser vistas todas as sextas
feiras até domingos, a partir das 19:35 minutos até as 4 horas da manhã, o mais
tardar.
Os preços
praticados por estas raparigas vão desde os 500-2000 kwanzas, dependendo do
cliente e do tipo de local para onde forem. Há quem vai mais longe, colocando
até preços mediante a prática sexual.
Elas têm
aquele à quem chamam de "costas" (abreviatura de guarda-costas) que
as protege durante a noite de pessoas mal intencionadas (que nesse caso são
clientes que não pagam o devido depois de efectuado o "trabalho"). O
"Durão" ou "Baga" é o chefe ou o patrão delas que dita os
preços e arranja os clientes ou locais seguros para elas. No fim de uma noite
de serviço, elas entregam as somas ao Baga, que divide por cada uma, de acordo
com o desempenho que cada uma teve.
As mais
jovens que querem iniciar-se neste tipo de prática, são analisadas pelo Baga.
Forçosamente, antes de irem para as ruas, várias vezes têm relações com o Baga
e são examinadas na maior parte das vezes por ginecologistas; de acordo com a
pesquisa efectuada pela ADPP e Save the Childreen (ONG’s).
Estima-se
que as áreas de trabalho estejam divididas em zonas. Ou seja, são territórios
ocupados por grupos, muitas vezes armados, e cada zona tem seu Baga. Ninguém
deve trabalhar numa área que não corresponde à sua jurisdição, sob o risco de
ser banido ou até mesmo perder seu dinheiro.
A
problemática da prostituição não fica por aqui. Têm sido notáveis a expansão
dessa prática para idades muito pequenas (12 anos), aumentando os casos de
pedofilia, muito comum nas áreas do Calçadão e ponto final (ilha de Luanda).
A
prostituição mais comum é a verificada por raparigas e mulheres, mas tem sido
observado também a proliferação de práticas pedófilas entre rapazes dos 9-25
anos de idade. Embora tem-se ouvido esporadicamente nos meios de comunicação de
casos em que crianças foram violadas por pais, vizinhos, desconhecidos, em fim,
tem sido uma prática assumida nos botequins e pousadas, nas áreas da Samba,
Cazenga, edifício do BPC e Ponto Final, na Ilha de Luanda.
Ainda há
pouca informação disponível sobre a pedofilia no nosso território, mas sabe-se
que adultos entre os 30-60 anos de idade são os principais clientes de tais
rapazes que denominam-se "fulos".
Sabe-se
também que a prostituição tem abrangido também Homossexuais que recorrem à esta
prática como escape. Assim, pode-se dizer sem margem de dúvidas que a
prostituição não abrange somente a prática sexual no seio feminino, atinge
também o sexo masculino, embora, como já foi referido atrás, haja pouca
informação disponível no momento.
A polícia
nacional tem pouco desenvolvido o sector de tráfico sexual, alegando falta de
verba por parte vinda do OGE (Orçamento Geral do Estado). Tem também sido pouco
notável o engajamento no combate dessas práticas, tanto por parte da polícia
nacional, como por parte da população em geral, devido a falta de informação
sobre o assunto.
Ela é
praticada nas imediações do Kinaxixe e centro da cidade, verificando-se até
mesmo o aluguer de quartos em pensões e hotéis para tais práticas.
Nos bares e
discotecas mais conhecidas na cidade, a prostituição de luxo atinge níveis
altos, verificando-se que por volta de 40% das raparigas que frequentam estes
locais vão a procura de clientes, de acordo com o Jornal de Angola de
07/02/2004. No Bairro Operário, tem a casa da famosa "Tia Fina" onde
se atendem por volta de 3 ou 4 clientes por dia.
De salientar
que muitas delas têm namorados e seus familiares não têm conhecimento de tais
práticas. Algumas justificam dizendo que trabalham em roulottes, restaurantes,
etc. Há também as mais ousadas que prostituem-se de dia, disfarçando-se de
Kinguilas. A maioria alega fumar ou drogar-se. As drogas mais consumidas são a
Cocaína, Liamba, há consumo de Êxtase, uma droga muito consumida nas discotecas
de Luanda, associada com álcool, geralmente Scott Wiscky e Martini.
Muitas delas
conseguem casar, outras há que conseguem abandonar a profissão, mas como tudo
na vida, restam as sequelas de uma juventude mal aproveitada e provavelmente
Infecções de Transmissão Sexual, muitas das vezes sem cura ou com sequelas
danosas para uma vida a dois.
Dependendo
de sua vestimenta, são facilmente identificadas. Já outras passam despercebidas
aos olhares menos observadores. A única protecção é o preservativo. Se o
cliente não tiver camisinha, elas têm por precaução. Se mesmo assim o cliente
não aceitar usá-la, então não há sexo. Se insistir, entram os costas. É assim
que funciona.
A
pobreza pode ser entendida em
vários sentidos, principalmente como:
- Carência
cogonal; tipicamente envolvendo as necessidades da vida quotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de
saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e
serviços essenciais.
- Falta
de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não
necessariamente apenas em termos monetários). As medições do nível
económico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em
"rendimento relativo". A União Europeia, nomeadamente,
identifica a pobreza em termos de "distância económica"
relativamente a 60% do rendimento mediano da sociedade.
- Carência
Social; como a exclusão social, a dependência
e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação.
o
Conclusão
Contudo, alguns
países desenvolvidos tem legalizado a prostituição como profissão aceitável,
rendendo alguns milhões aos cofres Estaduais, é bem notável que essa prática
continua sendo moralmente degradante e funcionando como indicador de debilidade
social.
Práticas
como essa, levam ao aumento do tráfico de menores em países em desenvolvimento,
a decadência dos valores morais, aumento de doenças de transmissão sexual, e
como não podia deixar de ser, alguns milhões no bolso dos beneficiários finais
e aproveitadores.
Resumindo,
não é com práticas depravadas como estas que iremos construir sociedades
compostas por pessoas que respeitam-se mutuamente, visto que muitas delas nem
sequer têm respeito por seus próprios corpos.
Não me
assumo como alguém preconceituoso. Julgo ser opção das pessoas fazerem o que
bem entenderem com suas vidas, desde que não prejudiquem os outros. Há muito
dinheiro em jogo e o mundo da prostituição é mais obscuro do que se pensa.
Nele, quem tem dinheiro tem, e quem pode manda. Mas mesmo assim, não deixa de
ser uma prática que deve ser reprovada por todos, para o bem dos valores morais
e cívicos que já escasseiam na nossa sociedade.
Referencias Bibliográficas
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jornal de
Angola,17 De Abril de 2009