ASSOCIACIONISMO
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa
abordar sobre um tema muito importante que é Associacionismo. Primeiramente é
necessário sabermos o que é, O associacionismo é uma corrente da psicologia que teve início no Reino Unido a partir do
século XIX. No entanto, filósofos empiristas dos séculos XVII e XVII já haviam
estabelecidos as bases desta corrente. Filósofos como Locke e Hume, além de
psicólogos como Skinner e Pavlov são alguns dos maiores expoentes do
associacionismo.
ASSOCIACIONISMO
Conceito
O associacionismo é uma
corrente da psicologia que teve início no Reino Unido a partir do
século XIX. No entanto, filósofos empiristas dos séculos XVII e XVII já haviam
estabelecidos as bases desta corrente. Filósofos como Locke e Hume, além de
psicólogos como Skinner e Pavlov são alguns dos maiores expoentes do
associacionismo.
Ideias
gerais sobre a teoria associacionista
A mente tem suas próprias
regras de funcionamento e todas elas podem ser expressas em uma ideia: nossa
capacidade de refletir se baseia em algum tipo de associação mental.
Existe algum tipo de conexão
entre diferentes ideias criadas pela mente. Neste sentido, existem diferentes
conexões:
1. a semelhança (unimos mentalmente impressões e
ideias similares);
2. a contiguidade (conectamos elementos
distintos de maneira temporária ou espacial);
3. a causa-efeito (nossa mente conecta ideias a
partir da ralação necessária entre uma causa e seu efeito).
O
acondicionamento clássico de Pavlov e o condicionamento operante de Skinner
O psicólogo russo Pavlov
observou que um cachorro salivava quando lhe era ofertado uma carne. O
oferecimento da carne era acompanhado pelo som de um sino que, inicialmente,
não oferecia nenhuma reação aos cães. No entanto, o tilintar do sino gerava a
salivação do cachorro mesmo sem a presença da carne. Esta experiência permitiu uma
melhor compreensão de certos comportamentos humanos, tais como a aprendizagem
dos bebês quando veem uma mamadeira e a associa com seu alimento.
Pavlov demonstrou que um
estímulo neutro pode ativar nossa mente a criar uma
conexão ou associação entre ideias. O reflexo inato de um cachorro pode ser
alterado fazendo com que o cão crie sua própria associação entre um estímulo
neutro e uma reação fisiológica. Este processo de aprendizagem pode explicar muitas
reações aprendidas e automáticas dos seres humanos.
Outro
tipo de aprendizagem associativo é o condicionamento operante de Skinner
Para demonstrar a atividade
mental que ocorre neste processo, Skinner introduziu um rato faminto em uma
jaula e o mesmo aprendeu a impulsionar uma alavanca mecânica, pois cada vez que
fazia isso era recompensado com um pouco de comida. Deste modo, um padrão
de comportamento pode ser reforçado se está associada a
uma recompensa em particular.
Os princípios do
condicionamento clássico e do operante não só explicam como funciona a mente
humana, mas também a sociedade como um todo. Desta maneira, as
abordagens associacionistas de ambos psicólogos permitiram estabelecer
estratégias em qualquer tipo de área: na educação, em tratamentos terapêuticos, em técnicas de
marketing ou nas propostas eleitas na esfera política.
HISTÓRIA
A ideia é primeiramente
registrada por Platão e Aristóteles, especialmente no que se refere à sucessão
de memórias. Membros da "Escola de Associação" principalmente
britânica, incluindo John
Locke, David
Hume, David Hartley, Joseph
Priestley, James
Mill, John Stuart Mill, Alexander
Bain e Ivan
Pavlov, afirmaram que o
princípio é aplicado a todos ou a muitos processos mentais.
Os membros posteriores da
escola desenvolveram princípios muito específicos, elaborando como as
associações funcionaram e até mesmo um mecanismo fisiológico sem semelhança com
a neurofisiologia moderna. Para uma explicação mais
completa da história intelectual do associaçãotismo e da "Escola
Associativa". Algumas das ideias da Escola Associação antecipavam os
princípios do condicionamento clássico e seu uso em psicologia
comportamental.
Não concordavam com os
empiristas no reducionismo da mente a puros elementos. Acreditavam que a
atividade mental era muito mais complexa e que se os conceitos ou a perceção
dos objetos fossem reduzidos a elementos perderiam o seu verdadeiro
conteúdo. O associacionismo atinge a sua máxima expressão na psicologia
com o pensamento de Wundt, com o estruturalismo e principalmente com o
condutivismo.
As leis da associação surgem
com Locke, mas são mais tarde formuladas com mais exatidão por David Hume,
sendo ele o expoente máximo desta teoria. Segundo Hume, o conhecimento humano
está constituído exclusivamente por impressões e ideias. Para ele, as ideias
associam-se principalmente quando existe entre elas uma proximidade espacial e
quando são semelhantes e ainda sempre que se possa estabelecer uma relação de
causa-efeito entre os acontecimentos que elas representam.
As impressões seriam os
dados primitivos recebidos através dos sentidos, enquanto as ideias seriam as
cópias que a mente recolhe dessas mesmas impressões. Assim, o conhecimento tem
origem nas sensações e nenhuma ideia poderia conter informação que não houvesse
sido recolhida previamente pelos sentidos. As ideias não têm valor em si
mesmas. O núcleo central da teoria psicológica baseia-se na ideia de que o
conhecimento é alcançado mediante a associação de ideias seguindo os princípios
de semelhança, continuidade espacial e temporal e causalidade.
Ao longo dos tempos, este
modelo foi usado por vários psicólogos, como por exemplo Sigmund Freud, com a
sua famosa associação de palavras, e também com Pavlov, com a associação entre
os estímulos, entre outros.
Associacionismo/Behaviorismo
e Aprendizagem
O comportamento segundo a
psicologia é compreendido para poder prevê-lo e se possível modificá-lo.
Segundo Barros (1998), a relação estímulo-reposta é demonstrada através do
esquema de comportamento E-R, onde E significa estímulo ou conjunto de
estímulos e R significa reação ou resposta. Sobre este esquema pode-se dizer
que um estímulo provoca uma reação (ou resposta) ou uma “reação (ou resposta) é
provocada por um estímulo”.
Um aspecto central do
comportamento como corrente associacionista é ser contraria ao construtivismo.
Sua teoria é do tipo E-R (estímulo e resposta). Todo o comportamento, por mais
complexo que seja, é redutível a uma série de associações entre elementos
simples (estímulos e respostas). O comportamento tem sido definido como “o
conjunto das reações ou respostas que um organismo apresenta às estimulações do
ambiente”. (Barros, 1998, p.19).
O comportamento é classificado
em inato ou natural (invariável), adquirido ou aprendido (variável) e em
respondente ou operante. Gates exemplifica com muita clareza como se dá a
aprendizagem pelo processo de condicionamento: quando se mostra a uma criança
uma folha, esta reage fazendo a representação mental do objeto. Se, ao mesmo
tempo em que o objeto é mostrado, se disser a palavra “folha” e se repetir por
certo número de vezes, a criança chegará a pensar no objeto apenas por ouvir a
palavra.
Neste caso aprende a
significação da linguagem falada. Mais tarde, podemos mostrar o objeto enquanto
a criança olha a palavra impressa. Na concepção behaviorista, educar seria
estabelecer “condicionamentos” na infância. Skinner, em seus experimentos,
observou que uma reação é repetida quando é seguida de um efeito agradável.
Edward Lee Torndike formulou a Lei do Efeito que considera que o organismo
tende a repetir a reação do efeito agradável.
Este efeito que ocorre após
o sujeito apresentar uma reação, é chamado de reforço positivo. E, de acordo
com Barros (1998), é um requisito necessário para que ocorra a aprendizagem. É
neste sentido que o sujeito do behaviorismo é passivo, e a aprendizagem não é
uma qualidade intrínseca do organismo, mas necessita ser impulsionada a partir
do ambiente. Skinner conceitua os reforços como eventos que tornam uma reação
mais frequente, e aumentam a probabilidade de sua ocorrência.
Os reforços se classificam
em positivos e negativos. Os reforços positivos consistem na apresentação de
estímulos, no acréscimo de um evento à situação. Os reforços negativos por sua
vez, consistem na remoção de um evento. Nestes dois tipos de reforços, o efeito
será o mesmo e a probabilidade da resposta será aumentada.
FUNDAMENTOS
DA TEORIA ASSOCIACIONISTA
O conhecimento da natureza
humana é necessário para que as mudanças educacionais aconteçam de forma segura
e sem provocar maus efeitos secundários. O homem é dotado de complexos
mecanismos físicos e psicológicos organizados, de tal modo que várias reações podem
ser feitas influenciadas por algo surgido dentro ou fora do organismo. Assim,
toda atividade humana é uma resposta a um estímulo e, de toda ação resulta uma
reação ou uma resposta a esse estímulo.
Cada reação pode envolver
satisfação ou aborrecimento dependendo do efeito que os estímulos causem. Desse
processo de causa e efeito são construídos os hábitos, adquiridos como meio de
satisfazer desejos humanos. Quando um estímulo causa coisas desagradáveis a
tendência humana é reagir com atitudes negativas, gerando uma ação indesejável.
Um dos meios mais uteis que
a educação pode empregar para orientar uma ação desejável é através do desejo
do homem de obter aprovação é evitar a desaprovação social. Concluímos esse
estudo aliando-nos ao pensamento de sobre avaliação dos resultados da educação,
que segundo eles devem consistir “em mudanças, quer da natureza do homem, quer
do mundo em que vive”. Mesmo sabendo que é impossível mensurar tais mudanças,
os autores apresentam como linha de ação, a observação, que eles a adjetivaram
de por “alto”.
Na concepção deles,
precisamos (professor, gestor, educador, técnicos da educação, alunos de ensino
superior) conhecer a Educação que nos antecedeu para podermos compreender a que
estamos inseridos, vivendo. Rever os hábitos, as ideias, as técnicas utilizadas
nas escolas em tempos idos pode servir de instrumentos subsidiadores para
(re)elaboração de novos conceitos, de novas concepções, construções, no que diz
respeito ao modelo de ensino adotados nas ações dos professores em suas salas
de aula, considerados desarticulados, impróprios, com o mercado atual de
trabalho.
PENSAMENTO
ABSTRATO
A presente entrada está
formada por dois conceitos: pensamento e abstrato. Para entender seu
significado conjunto, deve-se partir do que significa cada um deles. O
pensamento é a atividade mental através da qual elaboramos as ideias. Essas
ideias permitem resolver problemas, tomar decisões ou dar nossa opinião. Não há
uma única maneira de criar pensamentos. Neste sentido, há um pensamento
indutivo, dedutivo, analítico ou criativo.
Por outro lado, o termo
abstrato vem do verbo abstrair, que significa tirar algo de alguma coisa ou
então separar algo de algum elemento. Isto significa que o ato de abstrair
nossa mente quer dizer colocar um pensamento de lado. Desta maneira, a partir
de vários objetos azuis abstraímos ou tiramos a ideia de azul, assim como de
vários elementos circulares abstraímos o conceito de círculo e do bom comportamento que temos obtemos a ideia da bondade.
A
ideia fundamental do pensamento abstrato a partir da filosofia e da psicologia
O processo mental de nossas
ideias concretas é a ideia fundamental do pensamento abstrato. Este processo
tem sido analisado a partir de duas perspectivas: a filosófica e a psicológica.
Filósofos como Platão e
Aristóteles refletiram sobre o pensamento abstrato. Platão mostrou que a
matemática está baseada neste tipo de pensamento, já que os conceitos
matemáticos são elaborações do intelecto obtidas pela própria mente sem necessidade de experiência (as verdades matemáticas
não exigem demonstração empírica).
Para
Aristóteles o pensamento abstrato é baseado na operação mental, onde a razão
capta a essência de algo
As reflexões sobre a
natureza do pensamento abstrato continuaram com as abordagens empiristas (a
abstração está baseada na observação da realidade) ou com as abordagens racionalistas (a
capacidade de abstração é uma faculdade mental independente da experiência).
Do ponto de vista da psicologia, o pensamento abstrato é o resultado
da evolução mental dos indivíduos. É a partir dos
11 anos aproximadamente que as pessoas passam a lidar com um pensamento
ou raciocínio abstrato. Algumas correntes da
psicologia acreditam que a chave do pensamento abstrato está no papel da linguagem, já outros argumentam que o elemento
fundamental é a atividade neural.
A
dimensão prática do pensamento abstrato
Além das teorias filosóficas
ou psicológicas, o conhecimento do pensamento abstrato está relacionado com
questões bem específicas. Assim, através de determinadas provas ou testes
psicométricos é possível determinar se uma criança desenvolveu o raciocínio
abstrato ou se precisa de algum tipo de reforço.
Os exercícios de raciocínio
abstrato são usados também para ativar a mente em caso de acidentes vasculares
cerebrais ou para retardar o declínio mental. O pensamento abstrato está
presente em todo tipo de situação. Por exemplo, quando calculamos mentalmente
um desconto; quando queremos dar a definição de algo ou quando tentamos
resolver um jogo de palavras cruzadas.
CONCLUSÃO
O associacionismo é um
movimento psicológico que foi formado a partir da união entre os iluministas
franceses e os empiristas. Este movimento foi considerado por muitos como a
verdadeira rutura entre a psicologia e a filosofia. Os racionalistas alemães
afirmavam que a mente teria o poder de gerar ideias, independentemente da
estimulação sensorial. Todo o conhecimento se basearia na razão e a perceção
seria meramente um processo seletivo. O problema central para os racionalistas
não era o que estava na mente, mas o que a mente realizava. As suas atividades
principais eram perceber, recordar, raciocinar e desejar. E acreditavam que,
para realizar estas funções, a mente teria faculdades especiais.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
Boring, E. G. (1950) "A History of Experimental
Psychology" New York, Appleton-Century-Crofts
2.
Pavlov, I.P. (1927, 1960) "Conditioned
Reflexes" New York, Oxford (1927) Dover (1960)
3. Thorndike, E.; Gates, A. Princípios
Elementares da Educação – Tradução Haydée Bueno de Camargo. São Paulo: Saraiva,
1936.