géneros literários
INTRODUÇÃO
No presente
trabalho abordarei sobre os géneros literários em que posteriormente os géneros
literários são categorias ou grupos em que podemos classificar as produções
literárias. Esta classificação leva em conta determinados critérios semelhantes
(semânticos, discursivos, contextuais, sintácticos, formais, entre outros). A
classificação das obras literárias em géneros tem origem na Grécia Antiga,
através do filósofo grego Aristóteles. Ele foi o primeiro a fazer a
classificação das obras literárias em três géneros: épico, lírico e dramático.
GÉNEROS LITERÁRIOS
A Literatura
é uma manifestação artística difícil de ser conceituada. Para nos ajudar a
melhor entendê-la, Aristóteles, em sua Arte Poética, definiu aquilo que
chamamos de géneros literários. Portanto, é interessante observar que a
história da teoria dos géneros pode ser contada a partir da Antiguidade
greco-romana, quando também surgiram as primeiras manifestações poéticas da
cultura ocidental.
Os géneros
literários reúnem um conjunto de obras que apresentam características
análogas de forma e conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo com
critérios semânticos, sintácticos, fonológicos, formais, contextuais, entre
outros. Eles se dividem em três categorias básicas: géneros épico, lírico e
dramático. Vale salientar também que, actualmente, os textos literários são
organizados em três géneros: narrativo, lírico e dramático.
LÍRICO: quando um "eu" nos passa uma emoção, um estado; centra-se no
mundo interior do Poeta apresentando forte carga subjectiva. A subjectividade
surge, assim, como característica marcante do lírico. o Poeta posiciona-se em
face dos "mistérios da vida". A lírica já Foi definida como a
expressão da "primeira pessoa do singular do tempo presente".
DRAMÁTICO: quando os "atores, num espaço especial, apresentam, por meio
de palavras e gestos, um acontecimento". Retrata, fundamentalmente, os
conflitos das relações humanas.
ÉPICO: quando temos uma narrativa de fundo histérico; são os feitos heróicos
e os grandes ideais de um povo o tema das epopeias. o narrador mantém um
distanciamento em relação aos acontecimentos (esse distanciamento é reforçado,
naturalmente, pelo aspecto temporal: os fatos narrados situam-se no passado).
Temos um Poeta-observador voltado, portanto, para o mundo exterior, tomando a
narrativa objectiva. A objectividade e característica marcante do género épico.
A épica já foi definida como a poesia da "terceira pessoa do tempo
passado".
Essa divisão tradicional em três géneros literários originou-se na Grécia clássica, com Aristóteles, quando a poesia era a forma predominante de literatura. Por nos parecer mais didáctica, adoptamos uma divisão em quatro géneros literários, desmembrando do épico o género narrativo (ou, como querem alguns, a ficção), para enquadrar as narrativas em prosa.
Essa divisão tradicional em três géneros literários originou-se na Grécia clássica, com Aristóteles, quando a poesia era a forma predominante de literatura. Por nos parecer mais didáctica, adoptamos uma divisão em quatro géneros literários, desmembrando do épico o género narrativo (ou, como querem alguns, a ficção), para enquadrar as narrativas em prosa.
Poderíamos
reconhecer ainda o género didáctico, despido de ficção e no identificado com a
arte literária; segundo Wolfgang Kayser, "'o didáctico costuma ser
delimitado como género especial, que fica fora da verdadeira literatura".
Género lírico
Seu nome vem
de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Por muito
tempo, até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se a
texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura
mais rica. A partir dai, a métrica (a medida de um versa é definida pelo número
de silabas poéticas), a ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a
combinação das palavras foram elementos cultivados com mais intensidade pelos
poetas.
Mas,
cuidado, o que foi dito acima não significa que poesia, para ser poesia,
precisa, necessariamente, apresentar uma, métrica, estrofe. é poesia do
Modernismo, por exemplo, desprezou esses conceitos; é uma poesia que se
caracteriza pelo verso livre (abandono da métrica), por estrofes irregulares e
pelo verso branco, ou seja, o verso sem rima. o que, também, não impede que
"subitamente na esquina do poema, duas rimas se encontrem, como duas irmãs
desconhecidas..."
Como exemplo temos a belíssima estrofe:
Não rimei a palavra
sono
com a incorrespondente palavra ou tono.
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convêm.
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são Puras, largas, autenticas, indevassáveis.
Uma poesia pode abrir mão de tudo, da rima, estrofe, métrica, menos do ritmo.
com a incorrespondente palavra ou tono.
Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convêm.
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são Puras, largas, autenticas, indevassáveis.
Uma poesia pode abrir mão de tudo, da rima, estrofe, métrica, menos do ritmo.
Quanto ao aspecto formal, dentre as poesias cie forma fixa, a que resistiu
ao tempo, chegando até nossos dias, foi o soneto.
Quanto ao conteúdo, as poesias líricas se caracterizam pelo predomínio dos
sentimentos, das emoções, o que as torna subjetivas. A maior parte das poesias
pertence a esse gênero, destacando-se:
·
Ode e hino: Os dois nomes vêm da Grécia e significam 'canto'. Ode é uma poesia
entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou
louvar divindades.
·
Elegia: é
uma poesia lírica que fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém. O
"Cântico do calvário", de Fagundes Varela, sem dúvida é a mais famosa
elegia da literatura brasileira, inspirada na morte prematura de seu filho.
·
Idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas, pastoris. A écloga difere do idílio por
apresentar diálogo.
·
Epitalâmio: poesia feita em homenagem as núpcias de alguém.
·
Sátira: poesia
que censura os defeitos humanos, mostrando o ridículo de determinada situação.
Género Dramático
Drama, em grego, significa 'acção'. Ao género dramático pertencem os
textos, em Poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que
entre autor e publico desempenha papel fundamental o elenco que representara o
texto.
O género dramático compreende as seguintes
modalidades:
·
Tragédia: é a representação de um fato
trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a
tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e
completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó
e terror".
·
Comedia: á a representação de um fato
inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os
costumes. Sua origem grega esta ligada as festas populares, celebrando a
fecundidade da natureza.
·
Tragicomédia: modalidade em que se misturam
elementos trágicos e cómicos. Originalmente, significava a mistura do real com
o imaginário.
·
Farsa: pequena peça teatral, de carácter ridículo e caricatural,
que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino Ridendo
castigat mores (Rindo, castigam-se os costumes).
Género Épico
A palavra epopéia vem do grego épos, “verso”, + poieô, “faço”, e se refere
à narrativa, em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que
interessa a um povo. E uma poesia objectiva, impessoal, cuja característica
maior e a presença de um narrador falando do passado (os verbos aparecem no
pretérito). O tema é, normalmente, um episódio grandioso e heróico da história
de um povo.
Género Narrativo
Como já afirmamos, o género narrativo é visto como uma variante do género
épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da
estrutura, da forma e da extensão, as principais manifestações narrativas são o
romance, a novela e o conto.
Em qualquer das três modalidade acima, temos representações da vida comum,
de um mundo mais individualizado e particularizado, ao contrato da
universalidade das grandiosas narrativas épicas, marcadas pela representação de
um mundo maravilhoso, povoado de heróis e deuses.
As narrativas em prosa, que conheceram um notável desenvolvimento desde o
final do século XVIII, são também comummente chamadas de narrativas de ficção.
·
Romance:
narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer
aspectos da vida familiar e social do homem. Comparado à novela, o romance apresenta
um corte mais amplo da vida, com personagens e situações mais densas e
complexas, com passagem mais lenta do tempo. Dependendo da importância dada ao
personagem ou a acção ou, ainda, ao espaço, podemos ter romance de costumes,
romance psicológico, romance policial, romance regionalista, romance de cavalaria,
romance histórico, etc.
·
Novela: na
literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é
quantitativa: vale a extensão ou o número de paginas. Entretanto, podemos
perceber características qualitativas: na novela, temos a valorização de um
evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápido e, o
que é mais importante, na novela o narrador assume uma maior importância como
contador de um fato passado.
·
Conto: é a
mais breve e simples narrativa, centrada em um episódio da vida. Na verdade, se
comparado à novela e ao romance, a narrativa curta condensa e potência no seu
espaço todas as possibilidades da ficção.
·
Fábula:
narrativa inverosímil, com fundo didáctico, que tem como objectivo
transmitir uma lição de moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como
personagens. Quando os personagens são seres inanimados, objectos, a fábula
recebe a denominação de apólogo.
Conceitos literários
"Arte Literária é mime-se (imitação); é
a arte que imita pela palavra." (Aristóteles, Grécia Clássica);
"A Literatura obedece
a leis inflexíveis: a da herança, a do meio,
a do momento." (Hippolyte Taine, pensador determinista, metade
do século XIX);
"A Literatura é arte e só pode ser encarada como arte." (Doutrina da arte pela arte, fins
do século XIX);
"O poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, e a sua obra como um fim e não como um meio; como
uma arma de combate." (Jean-Paul
Sartre, filósofo francês, século XX;
"A
distinção entre Literatura e as demais artes vai operar-se nos seus elementos
intrínsecos, a matéria e a forma do verbo." (LIMA,
Alceu Amoroso. A estética literária e o crítico. 2. ed. Rio de Janeiro,
AGIR, 1954. p 54-5.)
"A Literatura,
como toda arte, é uma
transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e
retransmitida através da língua para
as formas, que são os géneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa,
então, a viver outra vida, autónoma,
independente do autor e da
experiência de realidade de onde proveio." (COUTINHO,
Afrânio. Notas
de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1978.
p. 9-10)
Formas literárias
Poesia
Provavelmente
a mais antiga das formas literárias, a poesia consiste
no arranjo harmónico das palavras. Geralmente, um poema organiza-se em versos, caracterizados pela escolha precisa das
palavras em função de seus valores semânticos (denotativos e,
especialmente, conotativos) e sonoros. É possível
a ocorrência da rima, bem como a
construção em formas determinadas como o soneto e
o haikai.
Segundo características formais e temáticas, classificam-se diversos géneros
poéticos adoptados pelos poetas.
Peças de Teatro
O teatro, forma
literária clássica, composta basicamente de falas de um ou mais personagens,
individuais (atores e actrizes)
ou colectivos (coros),
destina-se primariamente a ser encenada e não apenas lida. Até um passado
recente, não se escrevia a não ser em verso. Na tradição ocidental, as origens
do teatro datam dos gregos, que
desenvolveram os primeiros géneros: a tragédia e
a comédia.
Mudanças
vieram: novos géneros, como a ópera, que
combinou esta forma com (pelo menos) a música; inovações
textuais, como as peças em prosa; e novas finalidades, como os roteiros para
o cinema.
A imensa
maioria das peças de teatro está baseada na dramatização, ou seja, na
representação de narrativas de ficção por atores encarnando personagens.
Elas podem ser:
Ficção em Prosa
A literatura
de ficção em prosa, cuja definição mais crua é o texto
"corrido", sem versificação, bem como suas formas, são de aparição
relativamente recente. Pode-se considerar que o romance, por
exemplo, surge no início do século XVII com Dom Quixote de La Mancha, de Miguel
de Cervantes Saavedra.
Subdivisões,
aqui, dão-se em geral pelo tamanho e, de certa forma, pela complexidade do
texto. Entre o conto,
"curto", e o romance,
"longo", situa-se por vezes a novela.
CONCLUSÃO
A Literatura
é uma manifestação artística difícil de ser conceituada. Para nos ajudar a
melhor entendê-la, Aristóteles, em sua Arte Poética, definiu aquilo que
chamamos de géneros literários. Portanto, é interessante observar que a
história da teoria dos géneros pode ser contada a partir da Antiguidade
greco-romana, quando também surgiram as primeiras manifestações poéticas da
cultura ocidental.
BIBLIOGRAFIA
http://www.revistaliteraria.com.br/generos.htm consultado
em 20 de Maio de 2016
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_liter%C3%A1rio consultado em 20 de Maio de 2016
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_liter%C3%A1rio consultado em 20 de Maio de 2016
http://www.desvendandoteatro.com/gneros.htmconsultado
em 21 de Maio de 2016