Angola
INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordarei sobre Angola, em
posteriormente o mundo é constituído por uma grande diversidade de países,
sendo que cada um deles apresenta características que o distinguem dos outros.
Um dos países onde existe um grande contraste a nível destas características é
Angola. Com este trabalho, procuramos mostrar quais as características que
definem Angola, de que forma a população vive, os principais acontecimentos
relacionados com a formação deste país e as melhores formas para combater os contrastes
aqui existentes.
Angola é um país que se localiza no continente Africano.
A sua capital é Luanda e os principais centros urbanos são: Lobito, Benguela,
Huambo (antiga nova Lisboa) e Lubango (antiga Sá da Bandeira). O primeiro
europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão e a partir deste
momento Angola passa a ser uma das colónias portuguesas.
ANGOLA
Angola, oficialmente República de Angola, é um país
da costa ocidental da África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela República
Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico.
Inclui também o exclave de Cabinda, através do qual faz
fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola
é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena. Os portugueses estiveram presentes em alguns pontos no que é hoje
o território de Angola desde o século XV, interagindo de diversas maneiras com
os povos nativos, principalmente com aqueles que moravam no litoral. A presença
portuguesa na região iniciou-se no século XV, mas a delimitação do território
apenas aconteceu no início do século XX. O primeiro europeu a chegar a Angola
foi o explorador português Diogo
Cão. Angola foi uma colónia portuguesa que apenas abrangeu o actual território do país no
século XIX e a "ocupação efectiva", como determinado pela Conferência de Berlim em 1884, aconteceu apenas na década de 1920, após a
resistência dos povos bundas e o sequestro de seu chefe, Mwene Mbandu Kapova.
A independência do domínio português foi alcançada em 1975, depois de uma longa guerra de
libertação. Após a independência,
Angola foi palco de uma intensa guerra civil de 1975 a 2002, maioritariamente entre o Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA) e
a União
Nacional para a Independência Total de Angola
(UNITA). Apesar do conflito interno, áreas como a Baixa de Cassanje mantiveram
activos seus sistemas monárquicos regionais. No ano de 2000 foi assinado um acordo de
paz com a Frente para a
Libertação do Enclave de Cabinda
(FLEC), uma frente de guerrilha que luta pela secessão de Cabinda e que ainda se encontra activa. É da
região de Cabinda que sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.
O país tem vastos recursos naturais, como grande reservas
de minerais e de petróleo e, desde 1990, sua economia tem apresentado taxas
de crescimento que estão entre as maiores do mundo, especialmente depois do fim
da guerra civil. No entanto, os padrões
de vida angolanos continuam
baixos; cerca de 70% da população vive com menos de dois dólares por dia, enquanto
as taxas de expectativa de vida e mortalidade infantil no país continuam entre os piores do mundo, além da
presença proeminente da desigualdade económica, visto que a maioria da riqueza do país está concentrada
em um sector desproporcionalmente pequeno da população. Angola também é
considerado um dos países menos desenvolvidos do planeta pela Organização das Nações Unidas e um dos mais corruptos do
mundo pela Transparência Internacional.
ETMOLOGIA
O nome Angola é uma derivação portuguesa do termo bantu N’gola, título
dos reis do Reino do Ndongo existente
na altura em que os portugueses se estabeleceram em Luanda, no século XVI.
História
Primeiros habitantes
Os habitantes originais de Angola foram caçadores-colectores Khoisan,
dispersos e pouco numerosos. A expansão dos povos Bantu, chegando do Norte a
partir do segundo milénio, forçou os Khoisan (quando não eram absorvidos) a
recuar para o Sul onde grupos residuais existem até hoje, em Angola (ver mapa
étnico), na Namíbia e
no Botsuana. Os Bantu eram agricultores e caçadores. Sua expansão, a
partir da África Centro-Ocidental, se deu em grupos menores, que se relocalização
de acordo com as circunstâncias político-económicas e ecológicas. Entre os
séculos XIV e XVII, uma série de reinos foi estabelecida, sendo o principal
o Reino do Congo que
abrangeu o Noroeste da Angola de hoje e uma faixa adjacente da hoje República
Democrática do Congo, da República do Congo e do Gabão; a sua capital situava-se em M'Banza Kongo e
o seu apogeu se deu durante os séculos XIII e XIV. Outro reino importante foi oReino
do Ndongo, constituído naquela altura
a Sul/Sudeste do Reino do Congo. No Nordeste da Angola actual, mas com o seu
centro no Sul da actual República Democrática do Congo, constituiu-se, sem
contacto com os reinos atrás referidos, o Reino
da Lunda.
Em 1482 chegou na foz do rio
Congo uma frota portuguesa,
comandada pelo navegador Diogo
Cão que de imediato
estabeleceu relações com o Reino do Congo. Este foi o primeiro contacto de
europeus com habitantes do território hoje abrangido por Angola, contacto este
que viria a ser determinante para o futuro deste território e das suas
populações.
Período colonial
A partir do fim do século XV, Portugal seguiu na região uma dupla estratégia. Por um lado,
marcou continuamente presença no Reino do Congo, por intermédio de (sempre
poucos, mas influentes) padres cultos (portugueses e italianos) que promoveram
uma lenta cristianização e introduziram elementos da cultura europeia. Por
outro, estabeleceu em 1575 uma feitoria em Luanda, num ponto de fácil acesso ao
mar e à proximidade dos reinos do Congo e de Ndongo. Gradualmente tomaram o
controle, através de uma série de tratados e guerras, de uma faixa que se estendeu
de Luanda em direcção ao Reino do Ndongo. Este território, de uma dimensão
ainda bastante limitada, passou mais tarde a ser designado como Angola. Por
intermédio dos Reinos do Congo, do Ndongo e da Matamba, Luanda desenvolveu um
tráfico de escravos com destino a Portugal, ao Brasil e à América Central que
passou a constituir a sua base económica.
Os holandeses ocuparam Angola entre 1641 e 1648,
procurando estabelecer alianças com os estados africanos da região. Em 1648,
Portugal retomou Luanda e iniciou um processo de conquista militar dos estados
do Congo e Ndongo que terminou com a vitória dos portugueses em 1671,
redundando num controle sobre aqueles reinos. Entretanto, Portugal tinha
começado a estender a sua presença no litoral em direcção ao Sul. Em 1657
estabeleceu uma povoação perto da actual cidade de Porto
Amboim, transferida em 1617 para a
actual Benguela que
se tornou numa segunda feitoria, independente da de Luanda. Benguela assumiu
aos poucos o controle sobre um pequeno território a norte e leste, e iniciou
por sua vez um tráfego de escravos, com a ajuda de intermediários africanos
radicados no Planalto Central da Angola de hoje.
Embora tenha, desde o início da sua presença em Luanda e
Benguela, havido ocasionais incursões dos portugueses para lá dos pequenos
territórios sob o seu controle, esforços sérios de penetração no interior
apenas começaram nas primeiras décadas do século XIX, abrandado em meados
daquele século, mas recomeçando com mais vigor nas suas últimas décadas. Estes
avanços eram em parte militares, visando o estabelecimento de um domínio
duradouro sobre determinadas regiões, e tiveram geralmente que vencer, pelas
armas, uma resistência maior ou menor das respectivas populações. Em outros
casos tratou-se, no entanto, apenas de criar postos avançados destinados a
facilitar a extensão de redes comerciais. Formas particulares de penetração
económica foram desenvolvidas no Sul, a partir de Moçâmedes (hoje Namibe).
Finalmente, houve naquele século a implantação das primeiras missões católicas
para lá dos perímetros controlados por Luanda e Benguela.
Processo de descolonização
Alcançada a desejada "ocupação efectiva",
Portugal - melhor dito: o regime ditatorial entretanto instaurado naquele país
por António de Oliveira Salazar - concentrou-se em Angola na consolidação do Estado
colonial. Esta meta foi atingida com alguma eficácia. Num lapso de tempo
relativamente curto foi edificada uma máquina administrativa dotada de uma
capacidade não sem falhas, mas sem dúvida significativa de controle e de
gestão. Esta garantiu o funcionamento de uma economia assente em dois pilares:
o de uma imigração portuguesa que, em poucas décadas, fez subir a população
europeia para mais de 100 000, com uma forte componente empresarial, e o
de uma população africana sem direito à cidadania, na sua maioria - ou seja,
com a excepção dos povos (agro-)pastores do Sul - remetida para uma pequena
agricultura orientada para os produtos exigidos pelo colonizador (café, milho,
sisal), pagando impostos e taxas de vária ordem, e muitas vezes obrigada, por
circunstâncias económicas e/ou pressão administrativa, a aceitar trabalhos
assalariados geralmente mal pagos.
Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência
multifacetada contra a dominação colonial, impulsionada pela descolonização que
se havia iniciado no continente africano, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Esta resistência, que visava a transformação
da colónia de Angola em país independente, desembocou a partir de 1961 num
combate armado contra Portugal que teve três principais protagonistas:
·
O Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA), cuja
principal base social eram os Ambundu e
a população mestiça bem como partes da inteligência branca, e que tinha laços
com partidos comunistas em Portugal e países pertencentes ao então Pacto de Varsóvia;
·
A Frente Nacional de
Libertação de Angola (FNLA), com
fortes raízes sociais entre os Bakongo e
vínculos com o governo dos Estados Unidos e ao regime de Mobutu Sese
Seko no Zaire, entre outros;
·
A União
Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA),
socialmente enraizada entre os Ovimbundu e
beneficiária de algum apoio por parte da China.
Logo depois do início do conflito armado, uma "ala
liberal" no seio da política portuguesa impôs uma reorientação incisiva da
política colonial. Revogando já em 1962 o Estatuto do Indigenato e outras
disposições discriminatórias, Portugal concedeu direitos de cidadão a todos os
habitantes de Angola que de "colónia" passou a
"província" e mais tarde a "Estado de Angola". Ao mesmo
tempo expandiu enormemente o sistema de ensino, dando assim à população negra
possibilidades inteiramente novas de mobilidade social - pela escolarização e a
seguir por empregos na função pública e na economia privada. A finalidade desta
reorientação foi a de ganhar "mentes e corações" das populações
angolanas para o modelo de uma Angola multi-racial que continuasse a fazer
parte de Portugal, ou ficar estreitamente ligado à "Metrópole". Esta
opção foi, no entanto, rejeitada pelos três movimentos de libertação que
continuaram a sua luta. Nesta começaram, porém, a registar-se mais retrocessos
do que progressos, e nos primeiros anos 1970 as hipóteses de conseguir a
independência pelas armas tornaram-se muito fracas. Na maior parte do território
a vida continuou com a normalidade colonial. É certo que houve uma série de
medidas de segurança, das quais algumas - como controles de circulação, ou o
estabelecimento de "aldeias concentradas" em zonas como o Planalto
Central. no Kwanza-Norte e no Kwanza-Sul afectaram a população em grau
maior ou menor. A situação alterou-se completamente quando em Abril de 1974
aconteceu em Portugal a Revolução dos Cravos, um golpe militar que pôs fim à ditadura em Portugal. Os
novos detentores do poder proclamaram de imediato a sua intenção de permitir
sem demora o acesso das colónias portuguesas à independência.
Línguas
O português é a língua
oficial de Angola. De entre as
línguas africanas faladas no país, algumas têm o estatuto de língua nacional.
Estas assim como as outras línguas africanas são faladas pelas respectivas
etnias e têm dialectos correspondentes aos subgrupos étnicos. A língua étnica
com mais falantes em Angola é o umbundu,
falado pelos Ovimbundu na região centro-sul de Angola e em muitos
meios urbanos. É língua materna de cerca de um terço dos angolanos. O kimbundu (ou quimbundo)
é a segunda língua étnica mais falada - por cerca da quarta parte da população[40] , os Ambundu que
vivem na zona centro-norte, no eixoLuanda-Malanje e
no Kwanza Sul.
É uma língua com grande relevância, por ser a língua da capital e do antigo Reino
do Ndongo. Foi esta língua que deu
muitos vocábulos àlíngua portuguesa e vice-versa. O kikongo (ou quicongo)
falado no norte, (Uíge e Zaire) tem diversos dialectos. Era a língua do antigo Reino
do Kongo, e com a migração
pós-colonial dos Bakongo para o Sul esta tem hoje uma presença
significativa também em Luanda. Ainda nesta região, na província de Cabinda,
fala-se o fiote ou
ibinda. O chocué (ou tchokwe)
é a língua do leste, por excelência. Tem-se sobreposto a outras da zona leste e
é, sem dúvida, a que teve maior expansão pelo território da actual Angola,
desde a Lunda Norte ao Cuando-Cubango. Kwanyama (Cuanhama ou oxikwanyama), nhaneca (ou nyaneca) e sobre tudo o umbundo são
outras línguas de origem bantu faladas em Angola. No sul de Angola são ainda
faladas outras línguas do grupo khoisan,
faladas por pequenos grupos de san,
também chamados bosquímanos.
Embora
as línguas étnicas sejam as habitualmente faladas pela maioria da população,
o português é a primeira língua de 39% da população angolana —
proporção que se apresenta muito superior na capital
do país —, enquanto 71% dos
angolanos afirmam usá-la como primeira ou segunda língua. Seis línguas étnicas
têm o estatuto oficial de "língua nacional": por ordem de importância
numérica são o umbundu, o kimbundu, o kikongo, o côkwe, o ganguela e o
cuanhama. Estas línguas ocupam um certo (limitado) espaço na comunicação
social, em documentos (p.ex. avisos) exarados por entidades oficiais e na
educação.
CONCLUSÃO
Com
o presente trabalho conclui-se que Angola é conhecida no mundo como um dos
países de maiores potencialidades económicas da África sub-Sabsariana, com
recursos naturais agrícolas e minerais que se estendem por todo o seu
território e orla marítima. É dos mais extensos países da África ao Sul do
Saara, com uma paisagem que alterna o deserto com a floresta virgem tropical.
Possui uma costa marítima também das mais extensas do Continente africano e o
interior do seu solo contém reservas importantes dos mais diferentes e variados
recursos minerais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
«Portal
da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos». Consultado em 19 de Maio de 2016.
Fundo Monetário Internacional (FMI), : (Outubro de 2014).«World
Economic Outlook Database». Consultado em 19 de
Maio de 2016.
«Human Development Report 2015» (PDF) (em
inglês).Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD). 14 de
dezembro de 2015. Consultado em 20 de
Maio de 2016.
Veja
René Pélissier: Les Guerres grises: Résistance et revoltes en Angola
(1845-1941), Montamets/Orgeval: Éditions Pélissier, 1977