amamentação

INTRODUÇÃO
No presente trabalho falaremos sobre a amamentação em posteriormente vimos que A amamentação é o primeiro contacto afectivo entre a mãe e filho, trazendo benefícios para a saúde de ambos. O leite materno é o melhor alimento para o desenvolvimento do bebé, pois tem acção imunizante, que protege o bebé de diversas doenças. Nos primeiros seis meses, o leite materno é indispensável na vida do bebé, e ele substitui qualquer outro alimento, até mesmo a água, pois na sua composição já tem água o suficiente. O contacto com outros alimentos, irá fazer o bebé perder a vontade de mamar, prejudicando assim, a produção do leite, que é produzido à medida que o bebé mama, então quanto mais o bebé mamar, mais leite a mãe irá produzir.
Nos primeiros dias de amamentação, a mãe produz uma substancia chamada colostro, que é rica em proteínas e anticorpos, que além de alimentar o bebé, irá protegê-lo nos seus primeiros dias de vida, agindo como uma primeira vacina. Inicialmente, é um pouco complicado, mas a mãe não pode desistir, pois é natural essa dificuldade, o corpo da mulher foi preparado para amamentar. O leite materno deve ser oferecido para o bebé sempre que ele chorar, pois ele sente fome frequentemente, pois o leite materno é digerido com mais facilidade. A amamentação também traz vantagens para as mamães, pois evitam as hemorragias pós-parto, o corpo volta ao normal mais rápido, ao amamentar a mulher se protege contra o câncer de mama.

AMAMENTAÇÃO
A amamentação, que é o ato de alimentar o bebé com o leite materno, vindo directamente do peito, deve ser exclusiva durante os primeiros 6 meses de vida do bebé. Nesse período é normal que a menstruação da mãe que amamenta exclusivamente em livre demanda não venha, apesar de ocorrer um sangramento, que não é menstruação, e que pode durar cerca de 50 dias após o parto. Saiba mais em: Menstruação pós gravidez.
Durante a fase da amamentação, é importante beber muitos líquidos para garantir a produção de leite, porém alguns chás devem ser evitados para não provocar desconforto ou cólicas no bebé. Para saber mais sobre esse assunto clique em: Chás que não pode tomar na amamentação.
Benefícios da amamentação
A amamentação traz inúmeros benefícios para a mãe e para o bebé. Alguns dos benefícios da amamentação são:
·         Previne doenças e diminui a taxa de mortalidade do bebé;
·         Diminui as chances do bebé ter alergias;
·         Diminui a cólica dos primeiros meses e por isso acalma o bebé;
·         O leite está na temperatura correcta e por isso não há perigo de queimar o bebé;
·         Não é necessário esterilizar nenhum utensílio e por isso pode acontecer em qualquer local;
·         Combate a hemorragia pós-parto e acelera a recuperação da mulher;
·         Facilita a perda de peso;
·         Diminui o risco de câncer de mama, endométrio e de ovário;
·         Diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2 na mãe;
·         Diminui o risco do bebé ter doenças mentais 
Além destes benefícios, o leite materno é gratuito e é o melhor alimento para o bebé, pois contém todos os nutrientes que ele precisa para crescer.
Durante esta fase a amamentação pode funcionar como um método contraceptivo, porque como a menstruação não vem, a mulher não tem período fértil. No entanto isto só acontece quando a mãe dá de mamar várias vezes ao dia e em grande quantidade, alimentando o bebé exclusivamente com o leite materno até o bebé completar 6 meses. Saiba mais em Engravidar na amamentação.
Horários da amamentação
Quanto aos horários da amamentação, o ideal é que a ela seja feita em livre demanda, isto é, sempre que o bebé quiser. Inicialmente o bebé poderá ter a necessidade de mamar a cada 1h30 ou 2h durante o dia e a cada 3 a 4 horas à noite. Aos poucos sua capacidade gástrica irá aumentando e já será possível comportar uma quantidade maior de leite, aumentando o espaço de tempo entre as mamadas.
Existe um consenso geral de que o bebé não deve passar mais de 3 horas sem mamar, mesmo durante a noite, até os 6 meses de vida. Recomenda-se que se ele estiver dormindo a mãe acorde-o para mamar e se certifique que realmente mamou, pois alguns dormem durante a amamentação.
A partir dos 6 meses de vida o bebé já poderá comer outros alimentos e poderá dormir a noite toda. Mas cada bebé têm seu próprio ritmo de crescimento e cabe a mãe a decisão de dar de mamar de madrugada ou não.
Quando parar a amamentação
Saber quando parar a amamentação é uma dúvida comum de praticamente todas as mães. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses do bebé e que se prolongue pelo menos até os 2 anos de idade. A mãe pode parar a amamentação a partir desta data ou esperar que o bebé decida não querer mamar mais.
A partir do 6 meses o leite já não fornece a quantidade de energia suficiente de que o bebé precisa para desenvolver-se e é nesta fase que há a introdução dos novos alimentos. Por volta dos 2 anos de idade além do bebé já comer praticamente tudo o que um adulto come, ele também já será capaz de encontrar conforto em outras situações que não seja o seio da mãe, que para ele inicialmente representa um porto seguro.
O PRIMEIRO ALIMENTO DO RECÉ-NASCIDO
colostro é a primeira secreção láctea produzida pelo seio materno, podendo ter uma coloração translúcida (transparente) ou amarelada. Por meio do colostro a mãe transfere anticorpos para o recém-nascido, que possui um sistema imunitário ainda imaturo.
O primeiro ano de vida
Ainda que se costume dizer que gordura é formosura e se ache que bebes gordinhos são bebes bonitos, isso não significa contudo que sejam saudáveis. Considera-se que um ganho de peso normal para os 6 primeiros meses seja de cerca de 500g por mês e entre os 6 e os 12 meses cerca de 400g por mês. Assim sendo, em condições normais, o peso do bebe duplica ao fim dos primeiros seis meses de vida e triplica ao fim de um ano. Cada vez mais e segundo as orientações da OMS para o Aleitamento Materno, a quantificação tão rigorosa deste ganho de peso não deve ser muito valorizado, especialmente junto dos pais. É de salientar que estes valores podem variar porque cada bebe tem o seu próprio ritmo de crescimento, sobretudo dependendo do tipo de alimentação que faz, devendo ser sempre um profissional de saúde, o enfermeiro, o médico de família ou o pediatra a avaliar se o ritmo é adequado ou não.
Alimentação Artificial
O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e complementado até dois anos ou mais, é o melhor para a criança, para a mãe e para os familiares. A alimentação artificial, com fórmulas infantis a base de leite de vaca, soja ou outras fontes, pode ser utilizada nos seguintes casos:
·         A mãe decide não amamentar;
·         Necessidades nutricionais especiais, como doenças metabólicas;
·         A criança é adotada;
·         Quando a mãe tem uma infecção ativa, como a o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Os leites artificiais são recomendados com base nas necessidades alimentares da criança, as preferências dos pais, o custo, as necessidades de refrigeração e as capacidades dos pais para preparar cuidadosamente os leites.
Durante este tipo de alimentação é importante também que se promova a relação entre os pais e o bebé pelo que se aconselha que os pais devem assumir uma posição face a face com a criança, a olhar nos seus olhos, e a mantê-la próxima de si e segura. Este período é uma boa altura para ir falando com a criança, para cantar para ela ou simplesmente estar tranquila com o bebé. Este tipo de alimentação permite também que o pai e toda a família possa participar na alimentação do bebé.
Cuidados necessários
Relativamente aos cuidados a ter, os pais devem ter em atenção os seguintes pontos:
·         Os biberões, tetinas, a água e o leite não precisam de ser esterilizados a não ser que a água não seja potável, no entanto necessitam de ser fervidos;
·         Quando não se utiliza o leite todo, deve-se deitar fora o restante, porque uma vez aberto, a sua composição altera-se. Além disso, se voltar a ser aquecido o leite fermenta, para além de já ter acumulado na tetina micro-organismos provenientes da boca do bebé.
·         O leite deve ser dado a uma temperatura ambiente ou então pode ser aquecido até que fique morno quando testado na face interna do punho. Pode aquecer-se em banho-maria, ou no micro-ondas, mas deve ter-se o cuidado de agitar bem o biberão antes de testar a temperatura do leite no punho;
·         Se o leite está frio, aqueça-o colocando o biberão num pouco de água quente; (diz o mesmo que o anterior)
·         O biberão nunca deve ser apoiado com uma almofada ou qualquer outro objeto e deixado com a criança. E porquê? Porque o bebé poderá asfixiar e este comportamento priva a criança de uma interação importante durante a alimentação;
·         Para alimentar o bebé, deve-se colocar a tetina na boca, sobre a língua, devendo apoiá-la contra o palato (céu da boca), e o leite deve cair gota a gota;
·         Segure o biberão de modo a manter a tetina sempre cheia de leite, de modo a evitar a entrada de ar durante a mamada, mesmo assim deve-se colocar a criança a arrotar pelo menos a meio da ingestão;
·         A criança que adormece rapidamente, volta a cabeça para o lado ou que para de mamar, normalmente indica-nos que mamou o suficiente.
·         Quando terminar de mamar, o bebé deve ser posto a "arrotar", para que possa eliminar algum ar que tenha engolido durante a mamada, pois se não o fizer, pode ficar com gases e cólicas e a digestão pode tornar-se mais difícil.
TIPOS DE ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL
Leite artificial
·         Existe sob três formas: pronto a usar, concentrado e em pó. O leite em pó é solúvel na água e não necessita de refrigeração. Os pré-preparados e os leites condensados vêm normalmente em recipientes de uso múltiplo que necessitam de refrigeração depois de abertos.
·         Na preparação do leite, as proporções indicadas não devem ser alteradas e é muito importante que o leite seja diluído correctamente, pois ao diluir-se uma quantidade de leite maior do que a recomendada, pode provocar-se uma desidratação no bebé, e se a quantidade for menos do que a recomendada o bebé pode não ficar bem alimentado.
Leite de vaca não modificado
Os pais não devem alimentar os bebés com leite de vaca enquanto o bebé não tiver, pelo menos, um ano de idade. E porquê? Porque este leite é de mais difícil digestão, permite uma absorção pobre das gorduras e tem baixa concentração de ferro. Para além disso contém proteínas que podem ser demasiado agressivas para o intestino do bebé.
Não se deve dar leite magro a crianças com menos de um ano de idade, porque para além de também ser derivado do leite de vaca, é pobre em calorias, o que contraria o processo de crescimento do bebé; É também inadequado a prática da diluição do leite de vaca integral (líquido ou pó), apesar de constar como orientação nutricional em publicações desactualizadas e antigas.
Deve-se então contactar um médico, preferencialmente, um nutricionista, um pediatra ou um enfermeiro do bebé no sentido de este orientar os pais para o tipo de leite que devem adquirir. Geralmente, a indicação correcta remete as Fórmulas Infantis, que são produtos modificados visando atender as necessidades nutricionais do lactente (bebé). É importante ressaltar que, assim como o aleitamento materno, o uso das Fórmulas Infantis deve ser mantida até os 12 meses ou mais, conforme indicação do Profissional de Saúde.
HORÁRIO
É frequente surgir uma famosa dúvida comum ao aleitamento materno em exclusivo, à alimentação suplementar e ao aleitamento artificial: será que se deve alimentar apenas os bebés quando eles pedem, ou tentar-lhes impor um horário? O horário deve ser livre, ou seja, gerido consoante a fome que o bebé manifesta. No primeiro mês de vida os recém-nascidos precisam de ser alimentados durante o dia de 1:30 em 1:30, de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas. À noite os intervalos de tempo podem variar entre 3 a 5 horas. Nos meses seguintes a maioria dos bebés estabelece um padrão próprio que é o de acordar de 3 em 3 horas ou de 4 em 4 para se alimentarem, dormindo o resto do tempo. Pode acontecer que a criança fique a dormir mais horas que o habitual e por vezes aumente estes intervalos de tempo entre as refeições. Nestas situações, se o bebé comeu bem na última vez que foi alimentado e tem dificuldade em acordar, pode dormir mais 30 minutos para além do horário habitual, porque a amamentação é mais eficaz quando o bebé está desperto e com vontade de comer. (Bobak)



ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, devendo ser complementado com outros alimentos para atender as necessidades nutricionais do bebê. Vale lembrar que o aleitamento materno pode ser continuado por até dois anos ou mais como uma forma de complementar a alimentação da criança.
A introdução de novos alimentos antes dos 6 meses de idade não é aconselhável, pois para os bebés o leite materno é o ideal para a sua alimentação. Pode também contribuir para a obesidade do bebé, que não quer dizer que o bebé é mais saudável por aumentar tanto de peso, ou até para o aparecimento de alergias, pois o seu sistema imunitário, as suas defesas, ainda não estão suficientemente fortes. Quando tiver um ano de idade é capaz de ingerir todos os alimentos sólidos, a menos que ocorra alguma intolerância alimentar. Aos 6 meses o aparelho digestivo do bebé já está suficientemente desenvolvido para receber os alimentos sólidos e as crianças começam a precisar de outros nutrientes além do que é oferecido pelo leite materno.
É importante que os pais tenham consciência que eles mesmos podem preparar a alimentação dos seus filhos e que não é necessário alimentos infantis preparados comercialmente. A alimentação deverá ser rica em calorias, ferro e vitaminas D e Vitamina C em quantidades suficientes. (Sorensen Tutti)
No entanto, deverá ser o médico, preferencialmente, o pediatra ou médico de família, ou o nutricionista ou o enfermeiro de saúde infantil a aconselhar quando introduzir os alimentos sólidos. O calendário para essa introdução e o tipo de alimentos a utilizar será discutido durante as consultas de vigilância de saúde do bebé, com estes profissionais. Para mais esclarecimentos poderão recorrer aos conselhos dos profissionais da Associação Ajuda de Mãe. (Bobak)




Frequência
Inicialmente deve começar-se por oferecer ao bebé uma ingestão de alimentos sólidos por dia, a meio da manhã ou da tarde. Passadas algumas semanas, aumenta-se a frequência para 2 vezes por dia. Um mês após este início começa a dar-se entre a amamentação e os biberões, pois o bebé terá mais apetite nessa altura.
Uma forma de familiarizar o bebé com os novos alimentos será dar estes ao bebé para que ele os possa manipular e tomar conhecimento da sua textura e consistência.
Quantidade
De início devem dar-se alimentos sólidos ao bebé em pequenas quantidades, como 1 a 2 colheres de sobremesa de comida, até ele se habituar ao gosto. Depois, aumente gradualmente a quantidade para 4 a 6 colheres de sopa de comida. Deve ter-se sempre em conta que não é aconselhável obrigar o bebé a ingerir a comida e deve dar-se tempo para que ele se habitue à colher, uma vez que está habituado à mama.





CONCLUSÃO
A prática da amamentação é fortemente influenciada pelo meio onde está inserida a nutriz. Para uma amamentação bem-sucedida, a mãe necessita de constante incentivo e suporte não só dos profissionais de saúde, mas da sua família e da comunidade. Não basta que ela opte pelo aleitamento materno. Ela deve estar inserida em um ambiente que a apóie na sua opção. A opinião e o incentivo das pessoas que cercam a mãe, sobretudo os maridos/companheiros, as avós da criança e outras pessoas significativas para a mãe são de extrema importância.
Sendo assim, cabe a cada dupla mãe/bebé e sua família a decisão de manter a amamentação, até que a criança a abandone espontaneamente, ou interrompê-la em um determinado momento. Muitos são os factores envolvidos nessa decisão: circunstanciais, sociais, económicos e culturais. Cabe ao profissional de saúde ouvir a mãe e ajudá-la a tomar uma decisão, pesando os prós e os contras. A decisão da mãe deve ser respeitada e apoiada.



BIBLIOGRAFIA