biomoleculas
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
BIOMOLÉCULAS
Classificação
AMINOÁCIDOS
GRUPO
FUNCIONAL
Classificação
nutricional
Aminoácidos
não-essenciais
Aminoácidos
essenciais
Aminoácidos
essenciais apenas em determinadas situações fisiológicas
Classificação
quanto ao substituinte
Estrutura
tridimensional
FÓRMULA
GERAL
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
A célula é o centro de todos os processos naturais que ocorrem nos seres
vivos. Até à descoberta do microscópio, pouco se sabia acerca da célula. As
células caracterizam-se por serem constituídas a nível estrutural, funcional e
molecular. As principais moléculas orgânicas existentes são os glícidos, os
lípidos, os ácidos nucleicos e os prótidos. As moléculas inorgânicas são a água
e os sais minerais. As biomoléculas constituem uma grande importância na defesa
dos organismos humanos. Ao passo que os aminoácidos são moléculas orgânicas
formadas por átomos de carbono (C),
hidrogénio (H), oxigénio (O) e nitrogénio
(N). Alguns podem conter enxofre em sua
composição.
BIOMOLÉCULAS
Um grande número de
moléculas representa o que chamamos de biomoléculas, sendo que todas estas têm
em comum o fato de serem provenientes dos organismos vivos e serem geradas ou
utilizadas no processo de sustentação da vida.
Os
glicídios, glucídios ou glúcides são compostos de função mista poliálcool-aldeído
ou poliálcool-cetona. Entre eles estão desde os açúcares usados no quotidiano
até estruturas mais complexas, como o amido e a celulose, que são polímeros da glicose. Muitos
desses compostos possuem fórmula geral Cx(H2O) , daí serem chamados antigamente
de carboidratos ou hidratos de carbono.
Como muitos glicídios não possuem essa fórmula geral, essa representação deixou
de ser usada.
Classificação
O
termo cetose indica grupamento cetona no glicídio. Portanto, a glicose
apresentada anteriormente é uma aldose e a frutose uma cetose. A seguir, as
estruturas desses compostos.
Pode-se
dizer que a glicose é uma aldo-hexose, ou seja, possui o grupo aldeído e seis carbonos
na estrutura.
Frutose
Já a
frutose é uma ceto-hexose, ou seja, possui o grupo cetona e seis carbonos na
estrutura. Por analogia, pode-se perceber que existem também trioses, tetroses
etc.
Osídios
São
os glicídios mais complexos que se hidrolisam, ou seja, que “quebram” em
estruturas menores na presença de água. Na classificação, os holosídios, ao
sofrerem hidrólise, só produzem oses, e os heterosídios, além
das oses, produzem também outros grupos (orgânicos ou inorgânicos).
Exemplos:
Sacarose
+ H2O —> glicose + frutose (dissacarídeo) amido + nH2O -> n glicoses
(polissacarídeo)
Oses ou monossacarideos
São
os glicídios mais simples encontrados na natureza. Esses glicídios não se
hidrolisam, ou seja, não “quebram” em estruturas menores na presença água. O
termo aldose indica a existência de grupo aldoxila (aldeído).
Fenómenos que ocorrem nas oses
Já
foi observado que há carbonos quirais (assimétricos) nos glicídios, o que
indica a ocorrência de isómeros ópticos. Além do fenômeno da isomeria óptica,
ocorre outro muito importante, a ciclização. O grupo carbonila (aldeído ou
cetona) reage com uma hidroxila da própria estrutura, originando um composto
cíclico. Quando a ciclização ocorre no carbono 4, origina-se um anel com 5
átomos (4 carbonos e l oxigénio). Como essa estrutura é
semelhante à do furano, a forma cíclica é chamada de furanóica ou furanose.
A
ciclização pode ocorrer também com reacção entre a carbonila e o carbono número
5, que origina um ciclo com seis átomos (cinco carbonos e um oxigênio). Essa é a ciclização
mais comum entre as oses. A semelhança da estrutura com o pirano faz com que
essa forma estrutural seja denominada piranose ou piranóica.
Na
estrutura do pirano, a hidroxila do carbono l pode originar dois compostos (cis
ou trans) com desvios diferentes da luz polarizada. No caso, obtém-se a
oc-glicose e a (3-glicose. Quando a a-glicose (ou a (3-glicose) pura é
dissolvida em água, uma, espontaneamente, transforma-se na outra, passando pela
glicose de cadeia aberta, o que faz com que as três estruturas existam,
simultaneamente, com seus três ângulos de desvio diferentes. O ângulo de desvio
dessa solução é a média ponderada dos
três ângulos de desvio dos compostos que a formam. Esse fenómeno é chamado de
muta rotação.
Lipídios
Lipídios
(lipídeos ou lípidos) são substâncias de aspecto gorduroso: gorduras, óleos e
ceras que fazem parte do quotidiano. Quimicamente, são ésteres de ácidos graxos, ou
seja, de ácidos carboxílicos de cadeias com mais do
que 10 carbonos. São insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos como
o benzeno, éter etílico ou
clorofórmio.
A
classificação dos lipídios é feita conforme a natureza do ácido e do álcool que
originam o éster. Nunca é demais lembrar que: É importante observar,
entretanto, que os óleos podem ser transformados em gorduras por hidrogenação.
Ao reagir com H2, as duplas e triplas ligações “abrem”, transformando-se em
simples ligações. É o processo utilizado para transformar óleos vegetais em
gorduras vegetais como a margarina, obtida pela hidrogenação de óleos vegetais
poliinsaturados.
Os
lipídios simples são derivados unicamente de ácidos graxos e álcoois. Os
lipídios complexos, além desses ácidos, possuem também outros compostos como
ácido fosfórico, aminoácidos etc.
AMINOÁCIDOS
Aminoácidos são compostos quaternários de carbono (C), hidrogénio (H), oxigénio (O) e nitrogénio (N) - também chamado de azoto em às vezes contêm enxofre (S), como a cisteína. A estrutura geral dos
aminoácidos envolve um grupo amina e um grupo
carboxilo, ambos ligados ao carbono α (o primeiro depois do grupo
carboxilo). O carbono α também é ligado a um hidrogénio e a uma cadeia lateral, que é representada pela letra R. O grupo R
determina a identidade de um aminoácido específico. A fórmula bidimensional
mostrada aqui pode transmitir somente parte da estrutura comum dos aminoácidos,
porque uma das propriedades mais importantes de tais compostos é a forma
tridimensional, ou estereoquímica. Os
aminoácidos são classificados em polares, não-polares e neutros, dependendo da
natureza da cadeia lateral.
Existem
20 aminoácidos principais, sendo denominados aminoácidos primários ou padrão, mas, além
desses, existem alguns aminoácidos especiais, que só aparecem em alguns tipos
de proteínas. Desses 20, nove são ditos essenciais: isoleucina, leucina,
valina, fenilalanina, metionina, treonina, triptofano, lisina e histidina. O organismo humano não é
capaz de produzi-los, e por isso é necessária a sua ingestão através dos alimentos para evitar a sua
deficiência no organismo. Uma cadeia de aminoácidos denomina-se de "peptídeo",
estas podem possuir dois aminoácidos (dipeptídeos),
três aminoácidos (tripeptídeos),
quatro aminoácidos (tetrapeptídeos), ou
muitos aminoácidos (polipeptídeos). O
termo proteína é
dado quando na composição do polipeptídeo entre centenas ou milhares de
aminoácidos.
As
ligações entre aminoácidos denominam-se ligações peptídicas e estabelecem-se
entre o grupo amina e o grupo carboxilo de dois aminoácidos diferentes, com a
perda de uma molécula de água. Os aminoácidos são
moléculas anfóteras, ou seja, podem se comportar como ácido ou como base
liberando nesta ordem H ou OH em uma reacção. Se a reacção for entre dois
aminoácidos o grupo amina de um libera um H se ligando ao grupo carboxila do
outro que libera um OH formando uma peptídeo mais H2O.
A
forma mais importante dos aminoácidos, os alfa-aminoácidos, que formam as
proteínas, tem, geralmente, como estrutura um carbono central (carbono alfa,
quase sempre quiral) ao qual se ligam quatro grupos: o grupo amina (NH2), grupo carboxílico (COOH), hidrogénio e um
substituinte característico de cada aminoácido.
Os
aminoácidos se unem através de ligações peptídicas, formando os peptídeos e as
proteínas. Para
que as células possam produzir suas proteínas, elas precisam de aminoácidos,
que podem ser obtidos a partir da alimentação ou serem produzidos pelo próprio
organismo.
Os
aminoácidos podem ser classificados nutricionalmente, quanto ao radical e
quanto ao seu destino.
GRUPO FUNCIONAL
Classificação nutricional
Aminoácidos não-essenciais
Aminoácidos não-essenciais ou dispensáveis: São
aqueles que o corpo humano pode sintetizar. são eles: glutamina, alanina, asparagina, ácido aspártico, ácido glutâmico, serina e "taurina"(duvidosa).
Aminoácidos essenciais
Os aminoácidos essenciais são
aqueles que não podem ser produzidos pelo corpo humano. Dessa forma, são
somente adquiridos pela ingestão de alimentos vegetais ou animais. São eles: fenilalanina, isoleucina, leucina, valina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina.
Aminoácidos essenciais apenas em determinadas
situações fisiológicas
Aminoácidos condicionalmente essenciais são os aminoácidos que
devido a determinadas patologias, não podem ser sintetizados pelo corpo humano.
Assim, é necessário obter estes aminoácidos através da alimentação, de forma a
satisfazer as necessidades metabólicas do organismo. São eles: cisteína, glicina, prolina, tirosina.
Classificação quanto ao substituinte
A
classificação quanto ao substituinte pode ser feita em:
Aminoácidos
apolares: Apresentam como
substituintes hidrocarbonetos apolares ou hidrocarbonetos modificados, exceto a
glicina. São substituintes hidrofóbicos. Alanina: CH3- CH
(NH2) - COOH Leucina:CH3(CH2)3-CH2-CH
(NH2)- COOH Valina: CH3-CH(CH3)-CH
(NH2)- COOH Isoleucina: CH3-CH2-CH
(CH3)-CH (NH2)- COOH Prolina:-CH2-CH2-CH2- ligando o grupo amino ao
carbono alfa Fenilalanina: C6H5-CH2-CH
(NH2)- COOH Triptofano: R
aromático- CH (NH2)- COOH Metionina: CH3-S-CH2-CH2- CH
(NH2)- COOH
Aminoácidos
polares neutros: Apresentam
substituintes que tendem a formar ligação de hidrogênio. Glicina: H- CH
(NH2) - COOH Serina: OH-CH2- CH
(NH2)- COOH Treonina: OH-CH
(CH3)- CH (NH2)- COOHCisteina: SH-CH2- CH
(NH2)- COOH Tirosina: OH-C6H4-CH2- CH
(NH2)- COOH Asparagina: NH2-CO-CH2- CH
(NH2)- COOH Glutamina: NH2-CO-CH2-CH2- CH
(NH2)- COOH
Aminoácidos
ácidos: Apresentam
substituintes com grupo carboxílico.São hidrófilos. Ácido aspártico: HCOO-CH2- CH
(NH2)- COOH Ácido glutâmico: HCOO-CH2-CH2- CH
(NH2)- COOH
Aminoácidos
básicos: Apresentam
substituintes com o grupo amino. São hidrófilos Arginina: {{{1}}}- CH (NH2)-
COOH Lisina: NH3-CH2-CH2-CH2-CH2- CH
(NH3)- COOH Histidina: H-(C3H2N2)-CH2- CH
(NH2)- COOH
Estrutura tridimensional
Aminoácidos apolares
Há um
grupo de aminoácidos com cadeia laterais apolares. Desse grupo fazem parte a alanina, a cisteína, a glicina, a valina, a leucina, a isoleucina, a prolina, a fenilalanina, o triptofano e a metionina. Em
vários elementos do grupo - isto é, a alanina, a valina, a leucina, e a isoleucina - a cadeia lateral é um
grupo hidrocarboneto alifático. A prolina tem uma estrutura
cíclica alifática e o nitrogênio está ligado a dois
átomos decarbono. Na
terminologia de química orgânica, o grupo amina da prolina é uma amina
secundária. Em contraste os grupos aminade todos os outros aminoácidos são
aminas primárias. Na fenilalanina, o
grupo hidrocarboneto é aromático(contém um grupo cíclico semelhante ao anel de benzeno) em
vez de alinfático. No triptofano, a cadeia lateral contém um átomo de
nitrogênio adicionado ao grupo hidrocarboneto alifático.
Aminoácidos polares neutros
Este
grupo de aminoácido tem cadeias laterais polares eletricamente neutras (sem
cargas) em pH neutro. Este grupo
inclui a serina, a treonina, a tirosina, a glutamina, e a asparagina. Na serina, e
na treonina, o
grupo polar é uma hidroxila (-OH) ligadas a grupos hidrocarboneto alifáticos. O
grupo hidroxila na tirosina é ligado a um grupo hidrocarboneto aromático, o
qual eventualmente perde um próton em pHs mais altos.
Aminoácidos polares ácidos
Dois
aminoácidos, o ácido glutâmico e o ácido aspártico,
possuem grupos carboxila em suas cadeias laterais, além daquele presente em
todos os aminoácidos.
Aminoácidos polares básicos
Há
três aminoácidos (a histidina, a Lisina e a Arginina) que
possuem cadeias laterais básicas, e em todos e eles cadeia lateral é carregada
positivamente em pH neutro ou perto dele.
FÓRMULA GERAL
São
aqueles que apresentam fórmula geral:
R - CH (NH2) - COOH na qual R é uma cadeia orgânica. No aminoácido glicina o
substituinte é o hidrogénio; O carbono ligado ao substituinte R é denominado carbono 2
ou alfa. Os vários alfa-aminoácidos diferem em qual cadeia lateral (grupo- R)
está ligada o seu carbono alfa, e podem variar em tamanho a partir de apenas um
átomo de hidrogénio na glicina a um grupo heterocíclico
grande como no caso do triptofano.
CONCLUSÃO
Concluímos que as biomoléculas são compostos sintetizados por seres
vivos e que participam da estrutura e do funcionamento da matéria
viva. São, na sua maioria, compostos de Carbono cujas massas são formadas em
99% de C, H, O, N ou seja são as proteínas, açúcares, lipídios, DNA, etc.
No outro contexto os aminoácidos são moléculas orgânicas
formadas por átomos de carbono, hidrogénio, oxigénio, e nitrogénio unidos entre
sí de maneira característica. Alguns aminoácidos também podem conter enxofre.
Os aminoácidos são divididos em quatro partes: o grupo amina (NH2), grupo
carboxílico (COOH), hidrogénio, carbono alfa (todas partes se ligam a ele), e
um substituinte característico de cada aminoácido. Os aminoácidos se unem
através de ligações peptídicas, formando as proteínas. Para que as células
possam produzir suas proteínas, elas precisam de aminoácidos, que podem ser
obtidos a partir da alimentação ou serem fabricados pelo próprio organismo.
BIBLIOGRAFIA
A.
Quintas, A. P. Freire, M. J. Halpern, Bioquímica
- Organização Molecular da Vida, Lidel: Lisboa, 2008.
Fabiana
Santos Gonçalves: Aminoácido.
Disponível em: http://www.infoescola.com/bioquimica/aminoacido/. Acesso aos 21 de
Setembro de 2016.