A MEDIDA DO DESENVOLVIMENTO DE UMA ECONOMIA
A
MEDIDA DO DESENVOLVIMENTO DE UMA ECONOMIA
Refere-se a Desenvolvimento económico, ao processo
pelo qual ocorre uma variação positiva das variáveis quantitativas ( crescimento
económico: aumento da capacidade produtiva duma economia medida por variáveis tais como: PIB, PNB ) , acompanhado de
variações positivas das variáveis qualitativas ( melhorias
nos aspetos relacionados com a qualidade de vida, educação, saúde,
infraestruturas e profundas mudanças da estrutura socioeconómica duma
região e ou país, medidas pelos indicadores sociais tais como: IDH, IPH, Coeficiente de
Gini, IDG, e outros ) .
O crescimento
econômico se difere do desenvolvimento econômico em alguns
aspéctos; pois, enquanto o crescimento econômico se preocupa apenas com
questões quantitativas, como por exemplo, o PIB e o PNB, o desenvolvimento econômico aborda questões de caráter social, como o bem-estar, nível de
consumo, IDH, taxa de desemprego, analfabetismo, qualidade de vida, entre outros.
Em suma, o desenvolvimento econômico é um processo
pelo qual a renda nacional real de uma economia
aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao
produto total do país de bens e serviços finais, expresso não em termos monetários,
mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser
corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é
superior ao da população, então a renda real per capta aumentará. O processo
implica a atuação de certas forças, que operam durante um longo período de
tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do
processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante,
há algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o
crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma
variação particular a longo prazo.
Como ocorre
O processo de desenvolvimento econômico supõe que ajustes
institucionais, fiscais e jurídicos são necessários, incentivos para inovações, empreendedorismo e investimentos, assim como fornecer condições para
um sistema eficiente de produção, circulação e distribuição de bens e serviços à
população.
Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma
semente se torna uma planta adulta está exercendo um potencial genético, em
outras palavras, está desenvolvendo-se. Quando qualificado pelo adjetivo
econômico, refere-se ao processo de produção de riqueza material, a partir do
potencial dado pela disponibilidade de recursos humanos e naturais e uso de
tecnologia. No campo crítico da economia, a palavra desenvolvimento vem
normalmente acompanhada da palavra capitalista para mostrar que o desenvolvimento
refere-se ao todo social. Esta noção está muito bem desenvolvida, em diversos
capítulos do livro de COWEN, M. P. e SHENTON, R.W. (1996, Doctrines of
Development. London: Routledge). Especificamente sobre o desenvolvimento
capitalista há um verbete no Dicionário do Pensamento Marxista de Tom BOTTOMORE
(1988).
Teorias
O desenvolvimento
comercial e industrial na Europa provocou o estudo clássico de Adam Smith
sobre a riqueza das nações e partir daí esse tema esteve sempre presente na
evolução do pensamento econômico. O desenvolvimento industrial no século XIX da
Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha levantou novas questões sobre as causas
desse enriquecimento mas no século XX a taxa de desenvolvimento decaiu ao mesmo
tempo em que surgia o confronto das nações liberais com o rápido
desenvolvimento da Russia comunista.
Foram muitas as
teorias voltadas para a promoção do desenvolvimento econômico. Como alternativa
à crise de 1929, o
economista inglês John Maynard
Keynes formulou uma hipótese de
que o Estado deveria interferir
ativamente na economia: seja regulando o mercado de
capitais, seja criando empregos e
promovendo obras de infra-estrutura e fabricando bens de capital.
Essas medidas caracterizaram-se por serem de curto-prazo enquanto economistas
reconheciam um desenvolvimento econômico quando taxas como a da produção
nacional mostrassem tendência ascendente a longo-prazo
Os keynesianos foram
muito populares até os anos 1980
quando - em parte devido à crise do
petróleo - o sistema monetário internacional entrou em crise. Tornou-se então
evidente a inviabilidade da conversibilidade do dólar em ouro, ruiu o padrão dólar-ouro,
com inflação e
o endividamento dos Estados por um lado, e uma grande acumulação de excedente
monetário líquido nas mãos dos países exportadores de petróleo por outro. Em
vista disso, sobreveio uma mudança de enfoque na política
económica.
Surge então a escola neoliberal de
pensamento econômico, baseada na firme crença na Lei de Say, e
cujos fundamentos já tinham sido esboçados em 1940
pelo economista austríaco Friedrich August von Hayek. Para corrigir os
problemas inerentes à crise, os neoliberais pregavam a redução dos gastos
públicos e a desregulamentação, de modo a permitir que as empresas com recursos
suficientes pudessem investir em praticamente todos os setores de todos os
mercados do planeta: tornar-se-iam empresas
multinacionais ou transnacionais.