Evoluçao historica do computador
Introdução
No
presente trabalho abordaremos sobre a origem e evolução histórica do
computador, bem como os nomes de alguns que contribuíram para a realização do
mesmo. Assim sendo começamos por dizer que apesar dos
computadores eletrônicos terem efetivamente aparecido somente na década de 40,
os fundamentos em que se baseiam remontam a centenas ou até mesmo milhares de
anos.
Se levarmos em conta que o termo COMPUTAR significa fazer
cálculos, contar, efetuar operações aritméticas, COMPUTADOR seria então o
mecanismo ou máquina que auxilia essa tarefa, com vantagens no tempo gasto e na
precisão. Inicialmente o homem utilizou seus próprios dedos para essa tarefa,
dando origem ao sistema DECIMAL e aos termos DIGITAL e DIGITO. Para auxílio
deste método, eram usados gravetos, contas ou marcas na parede. A partir do
momento que o homem pré-histórico trocou seus hábitos nômades por aldeias e
tribos fixas, desenvolvendo a lavoura, tornou-se necessário um método para a
contagem do tempo, delimitando as épocas de plantio e colheita.
Tábuas de argila foram desenterradas por arqueólogos no Oriente
Médio, próximo à Babilônia, contendo tabuadas de multiplicação e recíprocos.
Acredita-se que tenham sido escritas por volta de 1700 a.C. e usavam o sistema
sexagesimal (base 60), dando origem às nossas atuais unidades de tempo.
Evoluçao historica do computador
Computador,
como definido pelo Dicionário, é "Aquele que faz contas". Na verdade,
hoje em dia, as operações que podem ser realizadas por um computador vão bem
além das contas "triviais" que marcaram o seu início, e que motivaram
a sua construção. Historicamente, o primeiro artefacto humano utilizado para
realizar contas foi o ábaco. A sua origem remonta a Ásia Menor, 500 anos atrás.
Existiram várias formas de ábacos, idealizados pelas várias culturas em que
foram usados/criados. No entanto, o seu uso sofreu franca diminuição, sobretudo
na Europa, a partir da consolidação do uso do papel e da caneta.
O Ábaco
Na medida em que os cálculos foram se complicando e aumentando de
tamanho, sentiu-se a necessidade de um instrumento que viesse em auxílio,
surgindo assim há cerca de 2.500 anos o ÁBACO. Este era formado por fios
paralelos e contas ou arruelas deslizantes que, de acordo com a sua posição,
representava a quantidade a ser trabalhada.
O ábaco russo era o mais simples: continha 10 contas, bastando
contá-las para obtermos suas quantidades numéricas. O ábaco chinês possuía 2
conjuntos por fio, contendo 5 contas no conjunto das unidades e 2 contas que
representavam 5 unidades. A variante do ábaco mais conhecida é o SOROBAN, ábaco
japonês simplificado (com 5 contas por fio, agrupadas 4x1), ainda hoje
utilizado, sendo que em uso por mãos treinadas continuam eficientes e rápidos
para trabalhos mais simples. Esse sistema de contas e fios recebeu o nome de
calculi pelos romanos, dando origem à palavra cálculo.
Ábaco Chinês - aproximadamente Soroban
- Ábaco Japonês
O Logaritmo e a Régua de Cálculos
Os Bastões de Napier foram criados como auxílio à multiplicação,
pelo nobre escocês de Edimburgo, o matemático John Napier (1550-1617), inventor
dos logaritmos. Dispositivos semelhantes já vinham sendo usados desde o século
XVI mas somente em 1614 foram documentados. Os bastões de Napier eram um
conjunto de 9 bastões, um para cada dígito, que transformavam a multiplicação
de dois números numa soma das tabuadas de cada dígito.
Bastões de Napier mostrando a multiplicação de 6 por 384
Em 1633, um sacerdote inglês chamado William Oughtred, teve a idéia de representar esses logaritmos de Napier em escalas de madeira, marfim ou outro material, chamando-o de CÍRCULOS DE PROPORÇÃO. Este dispositivo originou a conhecida RÉGUA DE CÁLCULOS. Como os logarítmos são representados por traços na régua e sua divisão e produto são obtidos pela adição e subtração de comprimentos, considera-se como o primeiro computador analógico da história.
Régua de Cálculos - O primeiro
computador analógico
ENIAC
Simultaneamente,
e em segredo, o Exército dos Estados Unidos desenvolvia um projeto
semelhante, chefiado pelos engenheiros J.
Presper Eckert e John
Mauchly, cujo resultado foi o primeiro computador a válvulas, o Eletronic Numeric Integrator And
Calculator (ENIAC),
capaz de fazer quinhentas multiplicações por segundo. Tendo sido projetado para
calcular trajetórias balísticas, o ENIAC foi mantido em segredo pelo governo
americano até o final da guerra, quando foi anunciado ao mundo.
No
ENIAC, o programa era feito rearranjando a fiação em um painel. Nesse ponto John
von Neumann propôs
a ideia que transformou os calculadores eletrônicos em “cérebros eletrônicos”:
modelar a arquitetura do computador segundo o sistema nervoso central.
Para isso, eles teriam que ter três características:
1.
Codificar as instruções de uma forma possível de ser armazenada na memória do
computador. Von
Neumann sugeriu que fossem usados uns e zeros.
2.
Armazenar as instruções na memória, bem como toda e qualquer informação
necessária a execução da tarefa, e
3.
Quando processar o programa, buscar as instruções diretamente na
memória, ao invés de lerem um novo cartão
perfurado a cada passo.
Este
é o conceito de programa armazenado, cujas principais vantagens são: rapidez,
versatilidade e automodificação. Assim, o computador programável que conhecemos
hoje, onde o programa e os dados estão armazenados na memória ficou conhecido
comoArquitetura de von Neumann.
Para
divulgar essa ideia, von Neumann publicou sozinho um artigo. Eckert e Mauchy
não ficaram muito contentes com isso, pois teriam discutido muitas vezes com
ele. O projeto ENIAC acabou se dissolvendo em uma chuva de processos, mas já
estava criado o computador moderno.
A Programação
A maior evolução seguinte foi o contador mecânico, criado pelo
matemático Blaise Pascal, que utilizou engrenagens para somas e multiplicações.
Essas máquinas se chamavam Pascalinas. As calculadoras da geração da Pascalina
executavam somente operações seqüenciais, completamente independentes. A cada
cálculo o operador deve intervir, introduzindo novos dados e o comando para
determinar qual operação deve ser efetuada. Essas máquinas não tinham
capacidade para tomar decisões baseadas nos resultados.
Em 1801, Joseph Marie Jacquard, mecânico francês, sugeriu
controlar teares por meio de cartões perfurados. Os cartões forneceriam os comandos
necessários para a tecelagem de padrões complicados em tecidos. Os princípios
de programação por cartões perfurados foram demonstrados por Bouchon, Falcon e
Jaques entre 1725 e 1745.
Em 1786, o engenheiro J. Muller, planejou a construção de uma máquina
para calcular e preparar tabelas matemáticas de algumas funções. A máquina
Diferencial, como foi chamada, introduzia o conceito de registros somadores.
A Informática
Ciência que desenvolve e utiliza máquinas para tratamento,
transmissão, armazenamento, recuperação e utilização de informações. O
computador - capaz de realizar várias operações matemáticas em curto espaço de
tempo, de acordo com programas pré-estabelecidos - é a principal máquina
utilizada.
O desenvolvimento da informática tem permitido o surgimento de
computadores cada vez menores, mais baratos e com maior capacidade. Atualmente,
um computador laptop de US$ 2 mil é muito mais potente do que um computador de
grande porte da década de 70, que custava US$ 10 milhões. Esse barateamento é
um fator decisivo na popularização dos computadores. Se há 25 anos existiam
apenas 50 mil computadores no mundo inteiro, hoje há cerca de 140 milhões.
Primeiros computadores
Em 1890, o norte americano Hermann Hollerith (1860-1929)
desenvolve o primeiro computador mecânico. A partir de 1930, começam as
pesquisas para substituir as partes mecânicas por elétricas. O Mark I,
concluído em 1944 por uma equipe liderada por Howard Aiken, é o primeiro
computador eletromecânico capaz de efetuar cálculos mais complexos sem a
interferência humana. Ele mede 15 m x 2,5 m e demora 11 segundos para executar
um cálculo. Em 1946, surge o Eniac (Electronic Numerical Integrator and
Computer), primeiro computador eletrônico e digital automático: pesa 30
toneladas, emprega cerca de 18 mil válvulas e realiza 4.500 cálculos por
segundo. O Eniac contém a arquitetura básica de um computador, empregada até
hoje: memória principal (área de trabalho), memória auxiliar (onde são
armazenados os dados), unidade central de processamento (o "cérebro"
da máquina, que executa todas as informações) e dispositivos de entrada e saída
de dados que atualmente permitem a ligação de periféricos como monitor,
teclado, mouse, scanner, tela, impressora, entre outros. A invenção do transistor,
em 1947, substitui progressivamente as válvulas, aumentando a velocidade das
máquinas.
Os Computadores Pessoais
O tamanho e o preço dos computadores começam a diminuir a partir
da década de 50. Neste período, inicia-se a pesquisa dos circuitos integrados,
os chips , responsáveis pela crescente miniaturização dos equipamentos
eletrônicos. Em 1974, a Intel projeta o microprocessador - dispositivo que
reúne num mesmo chip, todas as funções do processador central - tecnologia que
permite a criação do computador pessoal, ou microcomputador. O primeiro
computador pessoal é o Apple I, inventado em 1976 pelos americanos Steve Jobs
(1955-) e Stephan Wozniak.
Em 1981, a IBM lança o seu PC (Personal Computer), que se torna um
sucesso comercial. O sistema operacional usado é o MS-DOS, desenvolvido pela
empresa de softwares Microsoft. Na época, Bill Gates , o dono da Microsoft,
convence a IBM e as demais companhias a adotarem o sistema operacional de sua
empresa. Isso permite que um mesmo programa funcione em micros de diversos
fabricantes. Posteriormente, os PCs passam a usar microprocessadores cada vez
mais potentes: 286, 386SX, 386DX, 486SX, 486DX. O Pentium, que surge nos anos
90, é atualmente o processador mais avançado usado em PCs.
O único micro a fazer frente aos PCs é o Macintosh, lançado em
1984, que revoluciona o mercado ao promover o uso de ícones e do mouse. No ano
seguinte, a Microsoft lança a interface gráfica Windows, adaptando para os PCs
o uso de ícones e do mouse. O Windows só alcança sucesso a partir de 90, com a
versão 3.0. A nova versão, lançada em 1995, totaliza 45,8 milhões de usuários
registrados pela Microsoft em dezembro de 1996.
Na década de 90 surgem os computadores que, além do processamento
de dados, reúnem fax, modem, secretária eletrônica, scanner, acesso à Internet
e drive para CD-ROM. Os CDs-ROM, sigla de compact disc read-only memory,
criados no início da década, são discos a laser que armazenam até 650
megabytes, 451 vezes mais do que um disquete (1,44 megabytes). Além de
armazenar grande quantidade de texto, o CD-ROM tem capacidade de arquivar
fotos, vídeos e animações. Em 1996 é anunciado o lançamento do DVD (digital
vídeo disc), que nos próximos anos deve substituir o CD-ROM e as fitas de
videocassete. O DVD é um compact-disc com capacidade de 4,7 gigabytes (cerca de
7 CDs-ROM). Segundo os fabricantes, terá a capacidade de vídeo de um filme de
135 minutos em padrão de compressão MPEG (tela cheia) e alta qualidade de
áudio. Terá o mesmo diâmetro e espessura dos CDs atuais, mas será reproduzido
em um driver específico, que também poderá ser ligado à televisão. Alguns
CDs-ROM são interativos, ou seja, permitem que o usuário controle, à vontade, a
navegação pelo seu conteúdo. Os computadores portáteis (laptops e palmtops),
marcas da miniaturização da tecnologia, também se popularizam nos anos 90.
Inteligência Artificial
Nesse final de século surge um novo ramo na informática, a
inteligência artificial, que estuda métodos de simular o pensamento humano nos
computadores com o objetivo de substituir o homem pela máquina em atividades
mecanizadas. Alguns computadores já funcionam com modelos de raciocínio e
comportamento humanos, auxiliando médicos em diagnósticos, praticando diversos
jogos e compondo músicas. Entre eles está o Deep Blue, computador ultra veloz,
com 256 unidades de processamento de dados (o normal é uma), fabricado pela IBM
após cinco anos de pesquisas. Em 1996, o Deep Blue - capaz de analisar 200
milhões de lances por segundo em um jogo de xadrez - vence uma disputa com o
campeão mundial de xadrez, o russo Garry Kasparov. Há também o COG, protótipo
de robô que está sendo projetado e construído pelo Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT). Sua forma é semelhante à do homem: tem cabeça, olhos e
braços. O robô, cujo sistema nervoso artificial é 64 vezes mais potente do que
um Macintosh, irá simular as fases de crescimento do homem, seus pensamentos e
sentimentos.
Impactos na Sociedade
O desenvolvimento da informática exerce um grande impacto no modo
de produção da sociedade. O computador torna-se uma importante ferramenta de
trabalho, contribuindo para o aumento da produtividade, redução de custos e
melhoria da qualidade dos produtos. Vários sectores da economia já estão
informatizados, entre os quais a indústria, a pesquisa científica, a educação,
o sistema financeiro, as comunicações e a astronáutica. Nas fábricas, os robôs
substituem gradativamente a mão de obra humana em trabalhos que envolvem risco
e em atividades mecânicas, como as linhas de produção e montagem. Essa
automação progressiva é a causa da eliminação de vários postos de trabalho como
caixas de banco, telefonistas e datilógrafos, tendência que é conhecida por
desemprego estrutural. Por outro lado, a informática também cria novas
categorias de profissionais, cuja principal característica é o domínio das
tecnologias da atualidade.
Na pesquisa científica, o computador tem possibilitado a simulação
de experiências inviáveis na realidade, devido ao alto custo ou periculosidade,
como situações de temperatura excessiva ou de explosões. Na educação há uma
grande variedade de softwares que ensinam Desenho, Música ou Gramática. Os
bancos oferecem um número cada vez maior de serviços informatizados, como os
caixas eletrônicos e as consultas on-line a partir de um computador pessoal
ligado à agência. Na área das comunicações, a grande inovação é a interligação
dos computadores de todo o mundo numa grande rede, a Internet. Na astronáutica,
os satélites artificiais informatizados fazem, entre outras aplicações, o
mapeamento da atmosfera terrestre e de outros planetas.
Conclusão
O
último marco nesta evolução, para chegarmos aos computadores como conhecemos
hoje, foi a invenção dos sistemas operacionais, dos quais o Windows é um
exemplo. Estes sistemas permitem que vários programas
estejam rodando ao mesmo tempo, conferindo grande flexibilidade ao uso do computador.
estejam rodando ao mesmo tempo, conferindo grande flexibilidade ao uso do computador.
Por
conta disso tudo, os computadores começaram a se tornar mais baratos, mais
"amigáveis" e mais "úteis" às pessoas comuns. Por isso,
sobretudo a partir da década de 80, os computadores começaram a se popularizar,
e hoje são realidade para milhões de pessoas no mundo inteiro.
Referências bibliográficas
Karl Kempf (1961) Historical Monograph: Electronic Computers Within the
Ordnance Corps, cap. 2, pp. 19-39. (Exército dos Estados Unidos da América)
Ranking do site Tom's Hardware, medido com o SiSoftware
Sandra 2010 Pro.
www.ebah.com.br/.../introducao-a-informatica
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