As características do desenvolvimento da linguagem da criança dos 0 aos 6 anos
As
características do desenvolvimento da linguagem da criança dos 0 aos 6 anos.
O
grupo escolheu este tema para melhor compreender as características do
desenvolvimento da linguagem da criança nesta faixa etária. Esperando que venha
beneficiar os académicos que o consultarem. Outrossim é para contribuir de modo
significativo aos agentes que lidam directamente com esta faixa etária de
maneira que saibam seleccionar os conhecimentos a serem transmitidos nesta
etapa da vida. Portanto escolhemos este tema com intuito de podermos analisar a
maneira como as crianças da comunidade abaixo referida desenvolvem
linguisticamente, e ate que ponto contribui noutras etapas da vida.
Ao
que diz respeito a este tema sabemos que ao nascer a criança não entende o que
é dito, somente aos poucos começa atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo
modo acontece com a produção da linguagem falada.
O
entendimento e a produção da linguagem falada evoluem. Existem diferentes tipos
de linguagem: a corporal, a falada, a escrita e a gráfica. É assim que vários
autores se debatem sobre mesmo assunto da caracterização do desenvolvimento
linguístico das crianças dos 0 aos 6 anos. Autores esses que podem ser.
Segundo
Steven Pinker; em seu livro chamado "o instinto da linguagem diz que
Linguagem é um instinto humano instalado em nosso cérebro, ou seja, existe um
dispositivo que é activado na mente quando a criança alcança certa idade, por
isso lembramos apenas de certo momento de nossa infância.
Segundo Book o desenvolvimento
da linguagem se divide em dois estádios: pré-linguístico, quando o bebé usa de
modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o linguístico, quando
usa palavras. No estádio pré – linguístico a criança, de princípio, usa o choro
para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este
choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas
aos poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a
mãe, saber se o bebé está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo
desconfortável, por querer colo etc., (BOOK, 1996).
Segundo Del Ré nesta faixa etária
na caracterização do desenvolvimento da linguagem da criança nesta faixa etária,
o balbucio ocorre de repente, por volta dos 6-10 meses, e caracteriza – se pela
produção e repetição de sons de consoantes e vogais como “ma – ma – ma – ma”,
que muitas vezes é confundido com a primeira palavra do bebé. No
desenvolvimento da linguagem, os bebés começam imitando casualmente os sons que
ouvem, através da ecolalia.
Por exemplo: os bebés repetem inúmeras
vezes os sons como o “da – da – da”, ou “ma – ma – ma – ma”. Por isso as
crianças que tem problema de audição, não evoluem para além do balbucio, já que
não são capazes de escutar, (DEL RÉ (2006). Sampaio cita que por volta dos 10
meses, os bebés imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a
importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao
final do primeiro ano, o bebé já tem certa noção de comunicação, uma ideia de
referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam
dele.
O estádio linguístico está
pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a maturação do aparelho
fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela inicia a dizer suas
primeiras palavras, (SAMPAIO, 2003). Para Sciar-Cabral; a fala linguística se
inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma
combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objecto, um animal ou um
acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na
mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., pode afirmar que ela já esta
falando por meio de palavras.
Segundo Piaget; é na fase
inicial da fala linguística a criança costuma dizer uma única palavra,
atribuindo a ela, no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando
para porta de casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir para rua.
Essas palavras com valor de
frases são chamadas holófrases. A partir daqui acontece uma “explosão de
nomes”, e o vocabulário cresce muito. Aos 2 anos espera – se que as crianças
sejam capazes de utilizar um vocabulário de mais de cem palavras
Entre os 2 e 3 anos as crianças
começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe, começando assim a se
preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super
– regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os casos,
sem considerar as excepções. É por isso que a criança quer comprar “pães”,
traze-los nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando
utilizar correctamente as normas gramaticais, (PIAGET,1971).
A
fonoaudióloga Luciana dos Santos Celia ( 2003) fez uma caracterização gera
sobre o desenvolvimento da linguagem das crianças nesta faixa etária:
·
Até aos 2-3 meses
Ocorrem
as reacções reflexas e instintivas (choro, sucção, deglutição)
Sorriso
reflexo; Produz sons guturais;
Conforta-se
com a voz da mãe;
Movimenta-se
ao ouvir estímulos sonoros
·
Por volta dos 6
meses
A criança
emite produções sonoras diversas, como: gritos, sorrisos, murmúrios. Exemplo:
“gu-gu-gu” ou “hm, hm, hm”. Neste período, as produções sonoras resultarão no
balbucio (repetições, com encadeamento de sílabas). Exemplo: “Pa-pa-pa-pa-pa”.
As
primeiras palavras aparecem em torno dos 10 meses, são simples e
fazem parte do quotidiano da criança. Exemplo: papa; mama; mamá.
·
12-18 meses
A criança
utiliza uma palavra para expressar uma ideia completa (frase), o que chamamos
de: “palavra-frase”. Essa palavra-frase deverá ser analisada pelo adulto no
momento em que é produzida, já que, pode representar uma dimensão de factores
em situações diversas. Exemplo: Num momento a criança diz: “Bola”. (Chamando a
atenção do adulto para a televisão). Num outro momento a criança diz: “Bola”.
(Chamando a atenção do adulto para pegar a bola e jogar para ela).
·
18 – 20 meses
A frase
poderá conter duas ou três palavras (já observamos a estrutura verbal
correspondente ao português). Exemplo: “Medo au-au gande”.
·
2 anos
Ocorre
intenso desenvolvimento da linguagem oral. A criança, geralmente, inicia a
construção de seu vocabulário não produzindo correctamente todos os sons da
fala (caberá ao adulto fazer a referência correcta das palavras).
Exemplo:
a criança diz: “Cassoo!” (apontando para o cachorro).
Adulto:
“Estou vendo. Que cachorro bonito!”
Se a
criança estiver fazendo uso, é nessa fase que deverá acontecer a retirada da
chupeta e/ou da mamadeira, pois o uso destas, a partir desse período, poderá:
atrapalhar no alinhamento dos dentes, causar flacidez na musculatura facial,
provocar cáries, favorecer a respiração bucal, impedir a correcta movimentação
da língua durante a fala, dentre outros.
·
3 anos
Iniciam-se
as interrogativas: Porquê? O que é?
·
4 anos
A
criança é capaz de reproduzir pequenas sequências de fatos e/ou histórias.
No
período dos 2 aos 5 anos, a
linguagem, principalmente, o vocabulário, tem o seu desenvolvimento mais
impressionante, podendo aumentar de 50 – 100 palavras para mais de 2000.
Até
os 5 anos de idade a
criança deverá ser capaz de produzir todos os sons da língua portuguesa, de
maneira adequada e significando coerentemente os conteúdos de sua expressão
oral (a partir do contexto em que está inserida).
A
partir desse período, a criança detém-se à ampliação do vocabulário e à
aquisição de estruturas mais complexas da linguagem. Percebe-se um grande
investimento na representação gráfica, o que facilitará, em seguida, a
aquisição da língua escrita, sendo de grande importância a estimulação desta (o
estímulo poderá ocorrer a partir de situações simples do quotidiano, por parte
do adulto: leitura de placas na rua, nomes de lojas, outdors, dentre outros. O
mais importante é que seja favorecido todo o contacto possível com a escrita e
a leitura).
Nestes
entretantos convêm-nos a fazer das palavras de chomsky à as nossas ao dizer que
o desenvolvimento da linguagem ocorre no processo biológico e nas interacções
com mundo social.
Quais são as características do
desenvolvimento da linguagem da criança dos 0 aos 6 anos na província de
Luanda, município de Belas, comunidade do Sossego?
O grupo tem um pensamento de que
o Sossego sendo uma das periferias do município do Belas, o desenvolvimento linguístico
a nível desta faixa etária, é muito baixo com relação as outras cidades mais
próximas da cidade de Luanda.
O grupo ainda pensa que, o
desenvolvimento linguístico da criança na comunidade do Sossego é anormal, ou
seja, acontece de forma tardia.
As características do
desenvolvimento da linguagem da criança dos 0 aos 6 anos na comunidade do Sossego.
Objectivos gerais:
- Conhecer as características do
desenvolvimento da linguagem da criança do Sossego dos 0 aos 6 anos.
Objectivos específicos:
-
Identificar as
características do desenvolvimento da linguagem nas crianças desta comunidade.
-
Comparar estas
características deste desenvolvimento com as crianças de outras comunidades;
-
Descrever as
diferenças e as causas existentes no desenvolvimento da linguagem entre as
crianças do Sossego e as de outras comunidades.
Para que se atinja os objectivos
preconizados faz-se a necessidade de uma atenção no estudo mais preconizado dos
livros que tratam destes assuntos e autores em relação ao problema em questão. Aliás
tentaremos ouvir as pessoas, meramente as que muito lidam com as crianças desta
faixa etária. Consequentemente, esses são os trâmites viáveis que poderam nos
coadjuvar no alcance dos nossos intentos. É a respeito dos métodos que, Serrano
Freire, na sua obra, ″ seja professor que você gostaria de ter ″, que dizia: ‟É
sempre muito difícil chegar a um lugar se não sabemos o caminho a percorrer”.
Durante a nossa pesquisa vamos
precisar de alguns entrevistados para a colecta de dados e no tocante ao
material poderemos fazer o uso de alguns aparelhos que nos possibilitem na aquisição
dos dados, materiais como: computador, pen-drive, telefone com sistema de gravação
e camera e outros. Orçando tudo que precisamos para feitura deste trabalho os
nossos gastos oscilam entre 100.000 à 150.000 kz. Inerente a fonte de financiamento
ainda não temos nenhuma parceria. Augurando assim que venha pessoas de boa fé
para nos financiar.
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MÊS
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ACTIVIDADES
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MAIO
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Elaboração do projecto
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JUNHO
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Revisão da literatura
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JULHO
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Reelaboração do projecto
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AGOSTO
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Elaboração do sumário
provisório
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SETEMBRO
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Selecção Bibliográfica
por capítulo
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OUCTUBRO
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... ...
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NOVEMBRO
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... ...
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DEZEMBRO
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Entrega dos trabalhos
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JANEIRO
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Janeiro apresentação
pública
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GARCIA, Maria Madalena Momesso; CAMARGO, Neuci Lemme. Ano V – Número 09
– Janeiro de 2007 – Periódicos Semestral.
KLAUS, Marshall; KLAUS, Phyllis. O surpreendente recém-nascido. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1989.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento:
um processo sócio – histórico. 4 ed. São Paulo: Scipione, 1999.
(Pensamento e Ação no Magistério).
Site: Cardoso, Tânia A. Lopes. http://www.profala.com/arttf64.htm. Arquivado em: Comunicação, Linguística
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In: VII Jornada de Fonoaudiologia, 2006, Ribeirão Preto. Anais da VII Jornada
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Mccabe A, Bliss L, Bennett GBM. Comparison of personal versus fictional
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Pathology.
ÍNDICE
