ARQUITECTURA E ESCULTURA
INTRODUÇÃO
Neste trabalho poderemos falar da arquitectura e
escultura, elementos esses que a Educação Manual Plástica nos elucida para
termos em conta de como são feitos os próprios projectos. Sendo assim é
importante dizer que este trabalho está constituído pela introdução,
desenvolvimento, conclusão e bibliografia. Na introdução fizemos a demonstração
do tema em que será abordado, no desenvolvimento falamos sobre os dois
elementos desde as suas fundações até as suas aplicações na sociedade, na
conclusão fizemos o resumo do tema e na bibliografia mostramos a fontes de
pesquisa científica em que nos baseamos. Falar da arquitectura e da escultura é
falar também pontos que a educação manual e plástica se apega na elaboração de
um projecto.
ARQUITECTURA E ESCULTURA
Os gregos tinham o costume de utilizar as suas
expressões artísticas como meio de falar sobre a composição de seus valores
religiosos. Os templos eram marcados por um visível arranjo arquitectónico e as
várias esculturas representavam as formas de várias divindades gregas. Entre
outras características, podemos destacar que os gregos tinham uma grande
preocupação em privilegiar conceitos que primavam pela interacção entre o
equilíbrio, a beleza e a simplicidade.
Percorrendo o processo de desenvolvimento da escultura
grega, percebemos que durante o período arcaico, as estátuas gregas tinham uma
visível influência dos padrões estéticos egípcios. Nessa fase, muitas estátuas
eram construídas para homenagear a vitória de algum atleta ou o feito de algum
soldado heroicamente morto no campo de batalha. Do ponto de vista estético,
notamos que as estátuas do período arcaico tinham uma postura bastante rígida e
o rosto não sinalizava expressão alguma.
Quando atingimos o período clássico temos o auge do
desenvolvimento no campo da escultura. As formas ganham um tom mais realista ao
explorar de forma mais apurada o movimento, o volume e as proporções. Comparado
ao período anterior, a capacidade de reprodução do corpo humano e das
vestimentas ofereciam maior expressividade às obras. Nessa época, destacamos o
trabalho do escultor Fídias (490 – 430 a.C.), que embelezou Atenas com várias
estátuas e monumentos.
O último período que demarca a trajectória da
escultura grega se desenvolveu ao longo da dominação macedónica. Nesse momento,
o contacto com outras culturas e o gosto do imperador Alexandre pelo
desenvolvimento das expressões artísticas abriu caminho para possibilidades
estéticas bastante complexas. Além de preservar as medidas harmoniosas, a
escultura desse período também se preocupou em reproduzir os sentimentos
humanos, como o medo, a dor e a angústia.
No campo da arquitectura, podemos destacar o
desenvolvimento de técnicas de construção bastante interessantes. Em várias
obras percebemos o uso de pedras talhadas que se encaixavam umas nas outras.
Por meio dessa inovação, as construções gregas dispensavam o uso da argamassa.
Os templos, maiores representantes da arquitectura grega, eram divididos em
três partes: o vestíbulo, a sala do deus (também chamada de nau) e o tesouro.
Outra particularidade da arquitectura grega pode ser
notada através dos diferentes tipos de coluna que ornamentavam as construções
do período. O estilo dórico possuía acabamento simples e destino mais
funcional. Em contrapartida, as colunas jónicas eram mais bem acabadas e
trabalhavam com maior número de detalhes no topo e ao longo da coluna. Por fim,
ainda contamos com o estilo coríntio, que possuía em seu capitel formas e
ornamentos exuberantes.
Entre os mais conhecidos arquitectos da Grécia Antiga,
podemos destacar o trabalho desempenhado por Calícrates e Ictinius. Trabalhando
de forma conjunta, esses dois arquitectos participaram da elaboração e execução
do projecto do impressionante templo de Palas Atena. Assim como na escultura,
também devemos relacionar boa parte das construções gregas ao período em que a
cidade-Estado de Atenas dispôs de amplos recursos para a realização das mais
diferentes obras arquitectónicas.
A ARQUITECTURA
A arquitectura
(AO 1945: arquitectura), (AO 1990: arquitectura)
(do grego αρχή [arkhé] significando
"primeiro" ou "principal" e τέχνη [tékhton] significando "construção") refere-se tanto ao
processo quanto ao produto de projectar e edificar o ambiente habitado
pelo ser humano. Neste sentido, a arquitectura
trata destacadamente da organização do espaço e de seus elementos: em última
instância, a arquitectura lidaria com qualquer problema de agenciamento, organização, estética e ordenamento de componentes
em qualquer situação de arranjo espacial. No entanto, normalmente a
arquitectura associa-se directamente ao problema da organização do homem no
espaço (e principalmente no espaço urbano).
A arquitectura como actividade humana existe desde que
o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma
definição mais precisa da área envolve todo o design (ou seja,
o projecto) do ambiente
construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho
industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo), da cidade (planejamento urbano e
urbanismo) e da região (planejamento regional ou Ordenamento do território). Neste percurso, o trabalho de arquitectura passa
necessariamente pelo desenho de edificações (considerada a actividade mais comum do arquitecto), como prédios, casas, igrejas, palácios, entre outros edifícios. Segundo este ponto de vista,
o trabalho do arquitecto envolveria, portanto, toda a escala da vida do homem,
desde a manual até a urbana.
Definição
Primeiramente, a arquitectura se manifesta de dois
modos diferentes: a actividade (a arte, o campo de trabalho do arquitecto) e o resultado
físico (o conjunto construído de um arquitecto, de um povo e da humanidade como
um todo).
A arquitectura enquanto actividade é um campo
multidisciplinar, incluindo em sua base a matemática, as ciências, as artes, a tecnologia, as ciências sociais, a política, a história, a filosofia, entre outros. Sendo uma actividade complexa, é difícil concebê-la de forma precisa, já que a
palavra tem diversas acepções e a actividade tem diversos desdobramentos.
Actualmente, o mais antigo tratado arquitectónico de
que se tem notícia, e que propõe uma definição de arquitectura, é o do arquitecto
romano Marco Vitrúvio Polião. Em
suas palavras:
"A arquitectura é uma
ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e variados
ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos
que são o resultado das outras artes."
A definição de Vitrúvio, apesar de inserida em um
contexto próprio, constitui a base para praticamente todo o estudo feito desta
arte, e para todas as interpretações até a actualidade. Ainda que diversos
teóricos, principalmente os da modernidade, tenham conduzido estudos que contrariam diversos
aspectos do pensamento vitruviano, este ainda pode ser sintetizado e
considerado universal para a arquitectura (principalmente quando interpretado,
de formas diferentes, para cada época), seja a actividade, seja o património.
Vitrúvio declara que um arquitecto deveria ser bem
versado em campos como a música, a astronomia, etc. A filosofia, em particular, destaca-se: de fato
quando alguém se refere à "filosofia de determinado arquitecto" quer
se referir à sua abordagem do problema arquitectónico. O racionalismo, o empirismo, o estruturalismo, o pós-estruturalismo e a fenomenologia são algumas das direcções da filosofia que
influenciaram os arquitectos.
A tríade vitruviana
Na obra de Vitrúvio, definem-se três os elementos
fundamentais da arquitectura: a firmitas (que
se refere à estabilidade, ao carácter construtivo da arquitectura/resistência),
a utilitas (que
originalmente se refere à comodidade e ao longo da história foi associada à função e ao utilitarismo) e a venustas (associada
à beleza e à apreciação estética).
Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma
construção passa a ser chamada de arquitectura quando, além de ser firme e bem estruturada
(firmitas), possuir uma função (utilitas) e for, principalmente,
bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio contextualizava o
conceito de beleza segundo os conceitos clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história, um dos elementos mais
polémicos das várias definições da arquitetura.
Fig. 1 – Estrutura de uma Arquitectura
Definição moderna
Uma definição precisa de arquitectura é impossível,
como já foi ressaltado, dada a sua amplitude. Como as demais artes e ciências,
ela passa por mudanças constantes. No entanto, o excerto a seguir, escrito
por Lúcio Costa, costuma gozar de
certa unanimidade quanto à sua abrangência.
"Arquitectura é antes
de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para
determinada finalidade e visando a
determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se
ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos inumeráveis
problemas com que se defronta o arquitecto, desde a germinação do projecto, até
a conclusão efectiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção
entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados
pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo
programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquitecto, no que ele
tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois
valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da
unidade última da obra idealizada. A intenção plástica que semelhante escolha
subentende é precisamente o que distingue a arquitectura da simples
construção."
Esta definição é entendida como um consenso pois ela
resume praticamente toda uma metade de século de pensamento arquitectónico: a
visão de Lúcio Costa sintetiza as várias teorias propostas por arquitectos
pertencentes à arquitectura. Dado que o moderno procurou se colocar não
como mais um entre vários estilos,
mas como efectivamente a arquitectura,
e sua visão de mundo tornou-se predominante, ela tornou-se por fim um consenso.
A teorização proposta pela arquitectura moderna engloba, no entanto, também
toda a arquitectura produzida antes dela, já que ela manifesta claramente que a
arquitectura surge de um programa,
incorporando as variáveis sociais, culturais, económicas e artísticas do
momento histórico. Na medida em que os momentos históricos são heterogéneos, a
definição moderna da arquitectura não ilegítima nenhuma outra manifestação
histórica, mas activamente combate a cópia de outros momentos históricos no
momento contemporâneo.
Estilo e linguagem
Quando se pensa em algum tipo de classificação dos
diferentes produtos arquitectónicos observados no tempo e no espaço, é muito
comum, especialmente por parte de leigos, diferenciar os edifícios e sítios
através da ideia de que eles possuem um estilo diverso um do
outro.
Tradicionalmente, a noção de estilo envolve a apreensão de um
certo conjunto de factores e características formais dos edifícios: ou seja, a
definição mais primordial de estilo é aquela que o associa à forma da arquitectura, e principalmente seus detalhes estético-construtivos.
A partir desta noção, parte-se então, naturalmente, para a ideia de que
diferentes estilos possuem diferentes regras. E, portanto, estas regras poderiam ser usadas em casos
específicos. A arquitectura, enquanto profissão, segundo este ponto de vista,
estaria reduzida a uma simples reunião de regras compositivas e sua
sistematização.
Esta é uma ideia que, após os vários movimentos modernos da arquitectura
(e mesmo os pós-modernos, que voltaram a
debater o estilo) tornou-se ultrapassada e apaixonadamente combatida. A arquitectura, pelo menos
no plano teórico e académico, passou a ser entendida através daquilo que efectivamente
a define: o trabalho com o espaço
habitável. Aquilo que era considerado estilo passou a ser chamado simplesmente de momento histórico ou de escola. Apesar de ser uma ruptura
aparentemente banal, ela se mostra extremamente profunda na medida em que
coloca uma nova variável: se não valem mais as definições historicistas e
estilísticas da arquitectura, o estilo deixa
de ser um modelo amplamente copiado e passa a ser a expressão das
interpretações individuais de cada arquitecto (ou grupo de arquitectos),
daquilo que ele considera como arquitectura.
Portanto, se é possível falar em um estilo histórico (barroco, clássico, gótico, etc.), também torna-se possível falar em um estilo individual
(arquitectura Wrightiana, Corbuseana, etc).
A ESCULTURA
A escultura, é a arte de
transformar matéria bruta (pedra, metal, madeira etc.) em formas espaciais com
significado. Quando dizemos “formas espaciais”, queremos dizer formas em
terceira dimensão, isto é, com volume, altura e profundidade.
Das
artes plásticas, a escultura é
uma das que mais estabelecem interacção com o grande público. Isso porque,
geralmente, elas são pensadas e produzidas com a finalidade de ocupar espaços
públicos. É assim, por exemplo, com os conjuntos esculturais gregos e romanos;
mas também com as esculturas produzidas na época do Renascimento ou em culturas
de religiões tradicionais, como o budismo e o hinduísmo.
Muitas
vezes, as esculturas são também projectadas para acompanhar complexos arquitectónicos,
com o objectivo de compor um conjunto artístico harmonioso. É o caso das
esculturas que acompanham as catedrais góticas da Idade Média e os palácios em
estilo clássico do período das monarquias absolutistas.
Além
disso, de acordo com a época, a civilização e a escola artística, a escultura
sofre variações temáticas e formais. Isso se torna evidente quando comparamos
as obras de um escultor renascentista (do século XVI), como Michelangelo, com as obras de um
escultor primitivista ou cubista, como Picasso (do século XX). A Pietá) de Michelangelo, por exemplo, seguramente, tem uma
expressão realista típica do Renascimento, que busca transmitir a dor do tema
da deposição do corpo de Cristo da cruz e a contemplação pela mãe.
Outro
exemplo que merece destaque é O Pensador,
do escultor francês Auguste Rodin. Essa estátua foi
terminada e exposta ao público no ano de 1888, integrando o conjunto
chamado Portões do Inferno.
Rodin havia recebido uma encomenda de esculturas especiais sobre
os temas presentes no livro Inferno, da
Comédia de Dante Alighieri. Muitos especialistas
em arte acreditam que O
Pensador seja uma representação do próprio Dante. A expressividade
dessa estátua é única no movimento impressionista e, como acentua o historiador
da arte Stephen Farthing: Cada componente de O Pensador é ilustrativo da concentração mental. Como
observou Rodin: 'Ele não pensa só com o cérebro, a testa franzina, as narinas
distendidas e os lábios comprimidos, mas com todos os músculos do braço, das
costas e das pernas, os punhos fechados e os dedos contraídos'. Esta obra-prima
é um exemplo da extraordinária força expressiva que Rodin imprimia ao corpo
humano nu.
Fig. 2 – Estrutura de uma escultura: “O
Pensador”, de Rodin, veio a público no ano de 1888
A
partir do início do século XX, a escultura passou a ajustar-se às propostas das
vanguardas artísticas que emergiram na Europa, como o cubismo, o dadaísmo, o
abstracionismo e o construtivismo. Além do já citado Picasso (que também se
destacou na pintura), outros escultores, como Constantin Brancusi e HenryMoore, tornaram-se célebres dentro das vanguardas
modernistas, que, até hoje, seguem influenciando a produção contemporânea de
esculturas.
CONCLUSÃO
Depois
da pesquisa feita chegamos a conclusão de que a arquitectura e a escultura são
elementos completamente diferentes. Sendo assim vimos que um se aplica na
execução de edifícios e outro se aplica na execução de imagens. Neste contexto
é importante dizer que estes dois elementos fazem muita falta num determinado
território, visto que tendo alguém capacitado para arquitectar ou esculturar um
determinado projecto, ele é bem sucedido mostrando melhor imagem principalmente
nas cidades turísticas.
BIBLIOGRAFIA
A escultura. Disponível em: http://www.brasilescola.com/artes/escultura.htm. Acessado aos 28 de Setembro de 2015.
A arquitectura. Disponível em: http://www.guiadacarreira.com.br/carreira/arquitetura/. Acessado aos 29 de Setembro de 2015
A arquitectura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura. Acessado aos 29 de Setembro de 2015.
ÍNDICE