MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
MOTIVAÇÃO NO
AMBIENTE DE TRABALHO: UM ESTUDO EM UMA
INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR 1
Vanessa Dias2
Josete Passamani
Stocco3
Resumo
Este trabalho consiste em analisar
o grau de motivação dos encarregados administrativos4
das unidades acadêmicas de uma instituição de ensino superior, a fim de
identificar como se sentem em relação à função que exercem dentro da
instituição. O estudo iniciou com a revisão bibliográfica, a partir de autores
renomados na área, momento em que foi possível observar alguns dos fatores que
motivar iam os funcionários, esclarecendo que um único fator não eleva a
satisfação, mas sim, é necessário um conjunto de fatores. Os dados empír icos,
levantados através de um questionário, demonstraram as perspectivas de
crescimento e de satisfação que os funcionários possuem em relação à empresa,
além de identificarem os principais fatores motivacionais que a empresa
oferece. Com o estudo, concluiu-se que a maioria dos funcionários que exerce a
função de encarregado administrativo na instituição investigada sente-se
motivado com o trabalho realizado e com as práticas institucionais de gestão de
pessoas.
Palavras-chave: secretário
executivo; motivação; trabalho.
Introdução
O estudo sobre a motivação dos funcionários
nas empresas teve início há várias décadas, por vários estudiosos e, até hoje,
ele é estudado e procura- se, cada vez ma is,
1
Esse art igo resu ltou do estudo monog ráfico realizado para conclusão do cu
rso d e Secretariado Execut ivo Bilíngü e, da Un iv ersid ade de Passo Fundo .
2
Bacharel em Secretariado
Execu t ivo Bilíngü e.
3
Bach arel em Secretariad
o Execut ivo Bilíngüe/ ; M estre em Educação /; Pro fessora e Coo rden ado ra
do Cu rso de Secret ariado Execut ivo Bilíngü e/ UPF.
4
Op tou -se po r estud ar os pro fission ais realizam estão
encarregados ad
min istrat ivos d iretamente relacion adas co m
em fun ção d e
que as at iv idad es que esses a p ro fissão de secret ariado execut ivo .
aprofundar
o assunto para melhor entender o comportamento humano nas organizações, uma vez
que o comportamento de seus func ionários é o que impulsiona cada empresa para
o sucesso ou não.
O comprometimento dos funcionários não
pode ser comprado pelas organizações, mas deve ser conquistado através de
recompensas que interessem a eles, obtendo sucesso para ambos. A realização
pessoal, o desejo de atingir seus objetivos, ser reconhecido e valorizado são
alguns sinais mais conhecidos que motivam o ser humano. Porém, motivar pessoas
não é uma tarefa simples. Gil (2001, p. 210) acredita que os motivos
[...]
têm o rigem em necessidad es que variam não apenas de pessoa para pessoa, mas t
amb ém nu ma mes ma pessoa con fo rme o mo mento . As pessoas,
por sua
v ez, po r serem
|
d
iferentes
|
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re s i, interag em
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|
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|
||
personalidade e
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|
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diferentes . Po r
|
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|
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|
mot ivar
|
|
pessoas
no t rabalho const itu i t arefa das mais d ifíceis.
|
|
|
|
||
As pessoas são diferentes umas das outras, o que
motiva uma pessoa em um certo
|
|||||
mo me
nto pode não
motivar a outr a
no
|
mes mo
|
ins ta
nte. Por
|
este
|
motivo, é
|
essencial que as organizações
invistam em seus func ionários, através de treina mentos, palestras,
possibilitando a eles uma maneira de expressar suas metas e vontades, para que
consigam ter conhecimento do que motiva cada um.
Já está comprovado que empregados
motivados tendem a proporcionar melhores resultados para as instituições, uma
vez que existe um comprometimento entre ambos. O funcionário trabalha mais
disposto e seu trabalho rende mais, portanto, a produtividade irá aumentar na
empresa, fazendo com que todos fiquem satis feitos.
Quando ocorre este comprometimento entre
colaborador e organização, o funcionário passa a fazer parte da empresa,
ajudando a tomar as decisões necessárias, o que antigamente era função imediata
da chefia. Esta participação nas decisões mostra ao empregado que ele é uma
peça importante para a empresa, e isto estimula sua motivação. Quando o que ele
faz passa a ser importante, ele sente-se útil.
É essencial que o func ionário perceba
sua importância para a empresa, e não, sinta- se apenas como um trabalhador
assalariado que presta serviços em troca de dinheiro, pois no momento em que o
funcionário passa a ter essa visão da empresa em relação a ele o processo de
motivação não terá mais sentido, porque o func ionário não
conseguirá
interagir com a organização e tudo que a empresa fizer para motivá- lo não terá
retorno.
Descobrir os fatores que estimula m a
motivação em cada um dos seus funcionários é o que todos os gestores buscam
para suas empresas. Porém, não é uma tarefa fácil, pois as pessoas não pensam
do mesmo jeito e as metas que cada pessoa busca atingir dentro de uma
organização são diferentes.
O desempenho do funcionário dentro da
empresa não pode ser cobrado dos líderes, ele deve partir do próprio func
ionário, Botelho (1995, p. 107) explica que,
[...] a primeira met a persegu ida e
a ser at ing id a é fazer co m qu e a próp ria pessoa defina para si mes ma o
que é “u m bo m desemp enho” [...] enquanto a p róp ria pesso a n ão d efin ir
o qu e é u m b o m des emp en ho , n ão ch eg ará at é lá .
Portanto, a empresa deve ceder o espaço
para que o funcionário consiga se conhecer realmente, entender seu
comportamento organizacional, saber o que o deixa motivado, quais seus interesses
dentro da empresa, o que almeja alcançar.
Através do estudo realizado,
conseguiremos entender um pouco mais sobre o comportamento humano nas
organizações, o que pode estimular a motivação e o que pode desmotivar o
funcionário dentro das empresas, salientando que o objetivo principal da
pesquisa é identificar o grau de motivação dos func ionários, identificando
quais são os fatores motivacionais que a empresa oferece que mais motiva m seus
func ionários.
O presente artigo contém informações
coletadas através de pesquisa bibliográfica com os principais autores
relacionados ao comportamento organizacional, além de apresentar os dados
empíricos da pesquisa aplicada aos encarregados administrativos de uma
instituição de ensino superior.
Motivação:
algumas cons ide rações
As primeiras
pesquisas feitas sobre o tema motivação tiveram iníc io na década
de 50
através de Abraham
Maslow, que desenvolveu
uma teoria direcionada
às
necessidades humanas, que para ele
estavam organizadas hierarquicamente como mostra a Figura 1.
Figura 1:
Pirâmide das necessidades
Para Maslow, satisfazer estas
necessidades motivaria o indivíduo, sendo que estão divididas em duas etapas:
as necessidades primár ias e as necessidades secundárias (apud VERGARA, 2000,
p. 44).
As primárias são as necessidades fisio
lógicas ou de segurança. Fisio lógicas são aquelas sem as quais o ind ivíduo
não sobreviveria, como a fome, o sono, a sede. As de segurança são direcionadas
à proteção contra alguma ameaça real ou, até mesmo,
imaginária,
como o salário, casa própria, emprego.
As secundárias são as sociais, a estima
e auto-realização. A necessidade de permanecer em um grupo, ser reconhecido,
ter prestígio. Esta teoria está ligada ao próprio potencial do ser humano, pois
muitas vezes enfrenta tarefas desafiadoras para
chegar
ao topo da hierarquia.
Bowditch (1997, p. 41) ainda
ressalta que,
[...] a h
ierarqu ia de
|
necessid
ades
|
de
|
Ab
raham H.
|
Mas lo w
|
defend
ia
|
que as
|
||||
necessid ades
|
subjacen
tes a
|
toda
|
a mot iv ação
|
hu man a poderiam
ser
|
||||||
organ izad as
nu ma
|
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|
d
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|
n íveis
|
bás
icos.
|
A
|
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|
aind a
|
|||
propunh a
que
|
as
|
necess idades
|
de
|
n ível
|
mais
|
baixo d e
|
u m ind iv íduo
|
|||
precisavam estar sat isfeitas ant es
que ele p udesse se in teressar p elas de n ív el superio r. A necessidad e d e
ar para resp irar e as tentat ivas d e saciar a sede e a fo me de alguém são de
impo rtância p rimária . Quando estas necessid ades básicas de sob rev ivência
fo rem sat is feit as, a pessoa passará a se p reocupar co m segu ran ça e ab
rigo .
Para Maslow, à medida que se alcançam as
necessidades fis iológicas, torna-se mais fácil alcançar as necessidades
secundárias.
Na década de 60, Frederick Herzberg
(apud VERGARA, 2000, p. 45) desenvolveu uma teoria relacionada à motivação que
tinha como foco principal a satisfação. Para ele, dois fatores explicavam o
comportamento das pessoas no trabalho: os fatores higiênicos e fatores
motivacionais.
Os
fatores higiênicos estão no ambiente de trabalho, são os benefícios sociais, o
salário, relacionamento com os colegas, entre outros. Estes fatores não são os
geradores da motivação, porém causam insatisfação, impedindo a motivação. Já os
fatores motivacionais dize m respeito ao sentimento de auto- realização e
reconhecimento. Quando estes fatores estão presentes provocam a motivação.
Gil (2001, p.
207) relembra que,
[...] co m b ase em lev an tamen tos
emp íricos , co nstatou q ue, qu an do as p esso as s e sent iam in sat is feit
as co m seus serv iços , p reo cup av am -se co m o amb ien te em q u e est av
am t rabalh and o e q ue, qu an do s e s ent iam s at is feit as , isso s e d
ev ia ao t rab alho p rop riamen te d it o .
Os
fatores motivacionais devem ser promovidos pelos gerentes para manter sua
equipe motivada, nesses fatores estão os benefícios que a empresa proporciona
aos funcionários, os salários, espaço para discussões, espaço para idéias,
oportunidades de promoção dentro da empresa. Porém, não podemos esquecer que,
[...] au ment ar os s alários n ão n ecessariament e lev a as
pesso as a t rabalh ar
co m mais afin co , p od e, n o
ent ant o , d eixá
|
-las s at is feit as o bast an te p ara qu e
|
||||
o ut ros fato
res
|
poss am mo t ivá
-las .
|
Po r
|
out ro
|
lado ,
|
se o
salário o u as
|
con d ições
d e
|
t
rabalh o causam
|
ins at is fação ,
as
|
pesso as to rnam-s e
|
||
d es mo t iv ad as ,
|
e n en
hu m o ut ro element o será
|
cap az d e mo t iv á -las . (GI L,
|
|||
2001, p . 20 8).
|
|
|
|
|
|
Para
o psicólogo Douglas McGregor (apud GIL, 2001, p. 206), o comportamento das
pessoas é sempre influenc iado pela maneira de pensar dos seus gerentes. Por
este motivo, era necessário que os organizadores conhecessem as características
pessoais dos funcionários, bem como suas ambições profissionais. Foram, então,
denominadas por McGregor a Teoria X e a Teoria Y.
A
primeira teoria tem como idéia principal que a maioria das pessoas não gosta de
trabalhar, portanto, sua equipe só renderia lucros através de possíveis
recompensas.
Já
a segunda, a Teoria Y, acredita que seus funcionários são colaboradores, com
isso, encaram o trabalho como fonte de satisfação e são capazes de dedicar-se
para obterem os me lhores resultados.
Já David McClelland (apud VERGARA, 2000,
p. 45), identificou três questões de necessidade: poder, afiliação e
realização. Para ele, não nascemos com essas necessidades, elas são adquir idas
com o tempo. O poder está ligado à relação com as pessoas, o prestígio. A
afiliação está ligada ao afeto, aos relacionamentos. E a realização é relativa
à auto-estima e à auto-realização. Esta teoria pode ser comparada com a de
Maslow, porém para McClelland elas podem ser aprendidas.
As
teorias das necessidades humanas são várias, porém nenhuma delas promete o
resultado desejado, é necessário aplicá- las para ter certeza do que se pode
obter com cada uma delas. Por esse motivo, é indicado comb inar várias teorias
juntas, uma única teoria pode ajudar, porém não é seguro que se alcancem todos
os resultados almejados.
Conceito
de motivação
A
motivação, que antiga mente se dava somente através de remuneração para os
funcionários e lucros para a empresa, é um dos fatores motivacionais ma is
estudados na atualidade e conceituada por vários autores.
Gil (2001, p.
202) acredita que motivação é,
[...]
|
a fo rça
que
|
est imu la as
|
pessoas
|
a ag ir.
No p assado , acred itav a -se qu e
|
|
est a
|
fo rça era
determin ad a p rincip almente pela ação d e o ut ras pessoas , co mo
|
||||
p ais,
|
pro fesso
res ou
chefes. Ho je,
|
sab
e-s e que a
|
mo t iv
ação tem semp re
|
||
o rigem n u
ma
|
necess id ade .
|
[...] é
|
conseqüên
cia
|
d e n ecessidad es n ão
|
|
sat is feit as.
|
|
|
|
|
Os
fatores que indicam a motivação e, conseqüentemente, causam a satisfação têm
como principal característica estarem ligados ao trabalho em si, tais como:
realização, reconhecimento, responsabilidade, o trabalho em si e possibilidades
de progresso e crescimento dentro da empresa. (BERGAMINI, 1 994, p. 205).
Já
para Weiss (1991, p.10), motivação é “a energia ou impulso que mobiliza os
recursos de uma pessoa para alcançar uma meta, portanto, a motivação vem de
dentro .
Tem como sinônimos: anseio, ânsia,
aspiração, vontade, desejo, necessidade, inc itamento, impulso e demanda”.
Gooch; McDowell
apud Bergamini (1997, p. 83), conceitua m motivação como,
“uma força que se encontra no
interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não
consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é estimular a outra
pessoa”.
Todos
os conceitos apresentados estão interligados, os autores conceituam a motivação
como sendo uma força que estimula a pessoa a agir por conta própria, buscando
atender suas necessidades. Esta força vem de dentro de cada um, podendo ser
estimulada por outras pessoas. No estudo apresentado foram utilizados os
conceitos de todos os autores, uma vez que estes estão ligados diretamente.
Comportame
nto humano nas organizações
A
motivação pode ser observada de várias mane iras nas organizações, através das
atitudes dos funcionários, quando o local de trabalho é organizado, através das
expressões dos funcionários, inc lus ive dos sorrisos dos mesmos. Porém, para
que seja possíve l exercitar a motivação dos empregados na empres a, é
ressaltado por Gil que é importante,
a ident
ificação de quem
est á mot ivado e
|
quem não
está. Para tanto
a
|
||||
observação
do co mportamento man ifestado
|
pelas pessoas
|
constitu i,
|
n a
|
||
maio ria
dos casos, o ún
ico
|
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ispon ível
|
p ara
|
tal. [...]
a
|
observação
|
de
|
gestos, postura e
mes mo dos
|
ob
jetos usados
|
pelas
|
pessoas pode permit ir d e
|
||
alg u ma fo rma
ident ificar seu g rau de mot ivação [...] (GI L, 2001, p . 209).
O
que determina a motivação nas empresas é, sem dúvida, o comportamento
organizacional. O comportamento das pessoas é variável de uma empresa para a
outra, a interação entre o ind ivíduo e uma organização é um processo de
envolvimento mútuo, Bowditch nos lembra que,
[...] amb o s os lad os p art icipam
n es ta relação s o ment e p o r aqu ilo qu e cad a u m es pera obt er em t ro
ca d e s eu envo lv imen to . As o rgan izaçõ es emp reg am p esso as, p o rqu
e os s erv iços d elas s ão essenciais p ara q ue a o rgan ização
p ossa at in g ir suas
|
metas co m s ucesso . Os ind iv íduos , po r su a vez, ced em
|
|
u ma p
arte de sua
|
auto no mia e in d ep end ên cia p esso al à
|
o rgan izaç ão p ara
|
at en d er às s u as n eces s
id ad es p es s o ais . [ .. .] es s a re laç
|
ão é
ch a mad a d e
|
co
nt rato ps ico ló g ico , a lig ação ent re o ind iv íd uo e a o rgan ização
[...] (BOW DIT C H, 1 99 7, p . 5 4)
O
comportamento das pessoas varia em decorrência de diferentes motivações, o que
motiva uma pessoa pode não motivar a outra, o que motiva em determinado
momento, pode não motivar em outro. Isso é o que diferencia uma pessoa da outra
(VERGARA, 2000, p. 52).
Chiavenato (1999, p. 331) acredita que
as pessoas são parceiras da organizaç ão, fornecem conhecimento, capacidades.
Daí a necessidade de serem tratadas como
parceiros
nos negócios e não como simples empregados.
Vergara (2000, p. 42) defende a idéia de
que quando uma pessoa realiza um trabalho, coloca nele seu raciocínio e suas
emo ções, ou seja, coloca-se no trabalho.
Produto e produtor não se separam,
são um só, o trabalho pertence à pessoa que nele colocou seu esforço.
Dois elementos influenc iam as
necessidades de um indivíduo : o momento e a situação. Por isso, para ter
certeza do que pode motivar os funcionários, a empresa deve observar o
comportamento de seus funcionários.
O funcionário precisa sentir- se seguro
de que seu papel é realmente importante dentro da empresa, assim, poderá adquir
ir confiança nela e seu trabalho irá rend er cada
vez mais
(VROOM, 2003, p. 06).
Para que ocorra a motivação, as empresas
precisam conhecer cada um de seus funcionários para saber realmente o que os
motiva. Porém, as respostas seriam inúmeras, tais como, por saberem que através
do esforço no trabalho alcançarão seus ideais dentro da organização, pelo
reconhecimento, pelo salário, pelos benefícios que a empresa lhes proporciona,
pela realização pessoal, pela satisfação pelo cargo ocupado,
autonomia
dentro da empresa e até mesmo o medo de perder o e mprego pode fazer algué m se
motivar (VERGARA, 2000, p.47). Isso comprova que nem todas as pessoas se
propõem às mesmas coisas, pelas mesmas razões (BERGAMINI, 1990, p.125).
O envolvimento comp leto
do funcionário requer
muito esforço dos
organizadores,
não basta apenas aumentar o salário pelo desempenho no trabalho, a pessoa envo
lve- se muito ma is quando se sente recompensada de maneira verdadeira
(Botelho, 1995, p. 111).
De fato,
sabemos que os
gerentes não possuem
o poder de
motivar seus
funcionários,
Gil lembra que,
[...]
os gerentes precisam
|
estar aten tos
|
à mot iv ação
de seus emp regados .
|
Precisam estar aptos para
|
ident
ificar suas
|
necessid
ades [...], os gerentes
não
|
podem mo t ivar
seus emp reg ados, mas p
recisam d ispo r de
conhecimento e
hab ilidad
es suficientes para despert ar ou manter sua
mot ivação no t rab alho .
(GIL, 2001, p.
202).
Os líderes devem proporcionar um
ambiente de trabalho agradável, motivador, facilitando ao funcionário o
desenvolvimento de suas habilidades, pois o ambiente influencia muito na
motivação, pois “a motivação interior impulsiona o indivíduo a utilizar suas
habilidades, mas a realização desse desejo pode também ser tanto facilitada
quanto bloqueada pelo modo de func ionamento do ambiente de trabalho” (MINARIK
apud BERGAMINI, 1994, p. 190).
A qualidade da liderança dentro das
organizações influencia no comportamento das pessoas, o líder é o responsável
por proporcionar melhores níve is de satisfação pessoal ao func ionário. O
chefe de antiga mente passou a ser o líder na atualidade, com isso, cresce a
expectativa das pessoas de encontrarem um ao qual possam seguir.
O funcionário será motivado a produzir
mais quando acreditar que o seu esforço resultará em uma boa avaliação de
desempenho, e que esta boa avaliação resultará em recompensas organizacionais
e, com isso, ele irá satisfazer suas metas pessoais.
Porém, as empresas atuais passam a
perceber que cada ser humano é dotado de recursos próprios que possam motivá-
lo,
a pessoa int rinsecamente mot iv ada
se auto lid era sem necessid ade que algo fo ra d ela a d irija . Seria
possível, então , afirmar qu e, estando in trinsecament e mot ivada, a p essoa seja
o líd er d e s i mes ma . (BER GAM INI, 1994, p . 195).
Quando a pessoa já está motivada é
essencial que essa motivação não se perca com o passar do tempo, caso isso
aconteça, a empresa irá perder muito mais do que imagina, conforme explica
Botelho,
a pessoa que entende que é ap enas empregado custa mu ito
|
caro, po
is o que
|
||||
ela men
os custa
|
é o
salário
|
pago. Essa
|
postura
|
co
loca
|
no amb ient e
de
|
trab alho
tod as as
|
barreiras e
|
obstácu
los
|
possíveis
|
a qu alquer
mud ança e
|
|
evo lução qu e se p ret ende realizar. (BOTELHO,
1995,
|
p.
136)
|
|
Quando as pessoas conseguem um novo
emprego, ficam entusiasmadas com a nova função, estão sempre dispostas para as
mudanças que irão enfrentar, porém, nem todos os gestores recebem seus novos
func ionários estimulando o potencial que eles possuem, como lembra Bergamini,
[...] ao aceit
arem u m no vo emp rego , as p essoas est ão ch eias de esp eran ças e
exp ectat iv as,
|
s
endo assim,
|
p o rtado ras
|
d e
|
n ecess id ades
|
que acred it am
|
po derem s
er
|
aten d
idas pela
|
emp
resa
|
na
|
qual acab am
|
d
e en t rar. [...]
|
d esconh ecer est e pot encial
inerente a cada p essoa rep resen ta u m g o lpe fat al qu e impu ls iona ru mo
ao p rocesso da des mo t ivação. (BER GA M INI, 1994, p . 78).
Motivar
um funcionário é uma tarefa difícil, mas manter o funcionário motivado é mais
ainda, porque no momento em que se alcança um ideal dentro da empresa o
trabalho começa a perder o sentido.
As
pessoas são diferentes umas das outras, portanto, fica claro que não se pode
motivar as pessoas, o que pode ser feito é estimular o seu comportamento para
que elas consiga m obter a satisfação. Cabe lembrar que, por serem diferentes,
os estímulos para
obter a
satisfação não serão sempre os mesmos para todas as pessoas,
é impo
rtant e que
|
se
|
leve
|
em
|
consideração a
exis tência das diferenças
|
|
ind iv iduais
|
e cu ltu rais
|
ent re
|
as
|
pessoas quando se
fala em mot ivação.
Esse
|
|
diferencial
|
n
ão só
|
pode afetar
|
sig n ificat ivamente a
interp retação de u m
|
desejo , mas tamb ém o entend imento
da man eira part icu lar co mo as pessoas agem n a busca dos seus ob jet ivos.
(BER GA MINI, 1997, p. 32).
Para
Bergamini (1990, p.128) o indivíduo traz consigo uma imensa bagagem de
conhecimentos, objetivos, necessidades que estão prontas para serem colocadas
em ação no momento em que ele encontrar oportunidade, as pessoas sentem
necessidade em trabalharem motivados, fazendo do seu trabalho uma fonte de
satisfação.
Muitas
vezes, quem interrompe o processo de motivação dos empregados são os próprios
gerentes. Eles supervis ionam o trabalho muito de perto, barrando a
criatividade do funcionário e, ao mesmo tempo, fazendo o trabalho por ele, pois
acabam resolvendo os proble mas que surgem. É importante lembrar que
as
pessoas querem sat is fazer as necessid ades de seu ego e de auto realização ,
t e n d o a au t o n o mi a d e e s c o l h e r s e q u e r e m a c o mp a n h
a r o u n ã o seus padrões . No lugar d e se sent irem ag radecidas aos seus
gerentes pela aju d a, as p es s o as q u e n ão t iv e re m o p o rt u n id ad
es f ic a m res s en t id as e reb eld es . Na melho r das h ip ót eses , e las
s e d es ligam e ficam cad a v ez mais des mot ivadas. (W EISS, 1991, p . 82).
Encontrar um significado no trabalho
motiva a pessoa a crescer junto com a empresa, compatibilizando seus interesses
aos objetivos empresariais (VERGARA, 2000, p. 66).
O funcionário precisa perceber que tem
autonomia dentro da empresa para inovar (ALENCAR, 1997, p. 20). O usuário pode
contribuir através da satisfação, no momento que seu fabricante perceber que
seu produto agrada o cliente, se sentirá motivado para fabricar cada vez mais.
A empresa tende a lucrar com isso, daí a necessidade de mostrar ao funcionário
seu verdadeiro valor dentro da instituição (ALENCAR, 1997, 21).
“É natural do ser humano querer ser
reconhecido, por isso, muitas vezes dedica todo seu esforço num mesmo trabalho,
esperando que, com isso, receba alguma recompensa pelo esforço que teve.”
(VERGARA, 2000, p. 48).
Quando o reconhecimento acontece, as
pessoas liberam suas potencialidades, características que até elas mesmas
desconhecia m. Esse reconhecimento pod e vir de uma promoção no serviço e até
mesmo de uma simples palavra (VERGARA, 2000, p. 51).
É totalmente comprovado que as atitudes
dos organizadores influenciam na motivação dos funcionários, princ ipalmente
quando não dão autonomia suficiente ao funcionário e também quando são
perfeccionistas demais, pois exigem padrões muito altos e não aceitam o
trabalho que não seja perfeito. Com isso
eles desmot
ivam seus
|
emp
regados,
|
p rimeiro
|
po r
|
estabelecerem
|
metas
|
não
|
||||||
realistas,
inat ing íveis,
|
depo
is, pela
|
into
lerânc ia,
|
não
|
permit
indo
|
erros
|
que
|
||||||
aju d ariam
as
|
p esso
as a
|
ap rend er
|
e
|
a
|
cres cer;
|
e,
|
fin
almen t e,
|
p ela
|
||||
in flexib ilidade,
|
mu itas
|
vezes
|
exig indo
|
que
|
o
|
t rabalho
|
seja
|
feito so mente
da
|
||||
maneira que eles
d isseram que dev eria ser feito. (W EISS, 1991, p . 83).
É preciso que o gestor perceba que a
motivação organizacional é tão importante quanto o lucro e os interesses da
organização. Deve haver um equilíbrio entre os func io nários e a organização,
pois o indivíd uo já chega na empresa motivado, porém
com
o passar do tempo o serviço passa a ser um local de insatisfação, geralmente
porque eles são tratados inadequadamente e seus potenciais não são realmente
aproveitados. Com isso, acabam perdendo totalmente a vontade de produzir. Nesse
momento, cursos e treina mentos não ajudam mais no desenvolvimento do
funcionário, este já se encontra no estado total de desmotivação (BERGAMINI,
1990, p. 135).
É necessário ir em busca dos objetivos
para que eles realmente aconteçam. É preciso estabelecer esses objetivos
desafiadores, traçando metas para alcançá- los. Esta é umas das melhores formas
de trabalhar a motivação. Traçando objetivos e metas desafiadoras no dia-a-
dia.
Ações
que influe nciam na motivação
Motivar pessoas é uma tarefa muito
difícil, porém, existem vários itens que podem levar as pessoas à motivação.
Mas é importante lembrar que as necessidades variam conforme o momento e também
de pessoa para pessoa. Uma das recomendações mais importantes é valorizar as
pessoas igualmente. Gil ensina que,
[...]
eleger “favo ritos”
|
favorece a
|
an imosid ade d
os co leg as
|
e
|
conseqüentemente
a perda
|
d
a mot iv ação
|
para t rabalh ar
em g rupo .
|
[...]
|
observe as pessoas sem p
reconceitos, concent rando a atenção p rin cipalment e nos fato res relacion
ados ao d esempenho . (GI L, 2001, p . 210)
É importante saber identificar as
contribuições que o funcionário deixou para a empresa e até mesmo apoiá- los
quando ocorrem erros, apontando e mostrando a melhor maneira de evitá- los.
Reconhecendo os pontos fortes e fracos do empregado, automaticamente, os
organizadores estarão contribuindo para o crescimento do funcionário. É
lembrado por Gil que,
os
funcionários costu mam ser
incen t ivados
|
a p rog red
ir de
aco rdo
|
co m
|
u m
|
p ad rão d
e met as a s
erem alcan çad os .
|
Lo g o
, cada
av anço
|
d ev e
|
s er
|
reconhecido e todos os seus êxitos
devem ser elog iados e receb idos de modo animado r. (GIL, 2001, p. 211).
Para motivar as
pessoas, o motivador deve ter um comportamento positivo de apoio a outras
pessoas e entus ias mar - se com e las. O func io nár io não deve se sentir
como ma is um a fazer parte da
empresa, mas como aquele que faz total diferença quando não está presente.
Uma
das maneiras de reforçar a motivação nas pessoas são os incentivos que são
oferecidos a elas. Incentivos mantêm as pessoas mais dispostas e satis feitas
desenvolvendo melhor sua atividade, conforme reforça Weiss,
[...] q uant o mais valo r as pesso as d ão à co mp
ensação q ue esp eram p elos seus es fo rços , mais p rov áv el s erá q ue
façam o melh o r poss ível. Nat u ralmen t e, u m d es emp enh o b em-su ced id
o aind a d ep en de de a p esso a t er capacid ad e d e fazer o serv iço e sab
er claramen te qu al é seu p ap el. (W EISS, 1991, p . 68).
Outro
item importante é encorajar as iniciativas, é recomendável que as empresas
adotem um sistema de recepção de sugestões, e que demonstrem receptividade nas
sugestões e idéias manifestadas. A iniciativa das pessoas ou equipes é um sinal
de motivação, ser solic itado a participar de novas propostas ou até mesmo para
solucionar algum problema, motiva o ser humano. Gil (2001, p. 212) ressalta que
para estimular as pessoas, “é necessário que se estabeleçam metas ambiciosas.
Organizações que se contentam com metas modestas não conseguem estimular suas
equipes a pensar grande”.
Oferecer
incentivos para satisfazer as pessoas ajuda a estimular a motivação das mesmas.
Por outro lado, as pessoas já devem estar satis feitas para que outros fatores
as levem à motivação.
Premiações
e dinheiro não podem ser considerados fatores motivacionais, são apenas
estímulos para a equipe. Porém, estes estímulos podem causar um ambiente de
competitividade entre os funcionários.
Existe,
ainda, a motivação que deve partir da própria pessoa, se ela não acreditar no
seu potencial, seu talento, os estímulos proporcionados pela empresa não farão
diferença alguma.
Gil (2001, p. 212) “acredita que, à
medida que se agrega ma ior diversidade e responsabilidade ao trabalho, obtém-
se maior comprometimento dos empregados e favorece- se o desenvolvimento de
novas habilidades”. Portanto, cabe ao gestor, enriquecer as funções dos
funcionários, abrindo portas para que aprendam cada vez mais e estejam aptos a
várias funções.
Outro fator
importante na motivação é delegar autoridade aos func ionários. Esta
ação
ajuda a despertar e desenvolver talentos
ind ividuais. Quando a chefia
ignora o
conhecimento que o funcionário possui
e as decisões são tomadas apenas pelos superiores, automaticamente, o
funcionário é desmotivado.
Uma
maneira prática de estimular a motivação das pessoas é criando programas que
estimule m o crescimento pessoal dentro do ambiente organizacional. Proporcionar
formas
de trabalho que façam com que os funcionários se destaquem entre os outros.
Melhorar
a produtividade do empregado e, conseqüentemente, elevar sua motivação, requer
um pouco de paciênc ia, é necessário, prime iramente, conhecer o empregado em
questão, conhecer suas necessidades específicas, um desafio no trabalho pode
desenvolver o sentimento de auto-estima e orgulho, pois um trabalho mais
interessante pode motivar o funcionário mais do que simplesmente fazer seu
trabalho diário, com um pouco mais de rapidez. (WEISS, 1991, p. 95).
Promover
mudanças nos setores estimula a motivação dos funcionários, a mudança provoca
aumento do interesse, fazendo com que percebam que quando algo no ambiente não
está bem, este pode ser melhorado, proporcionando o bem estar da equipe.
O que
pode estimular, também,
é o reconhecimento pelo
trabalho produzido,
para alguns func ionários. Não
bastam apenas elogios, as pessoas necessitam ser recompensadas e reconhecidas
pelo grupo também, ou simplesmente, frente ao grupo
(WEISS,
1991, p. 95).
Outras pessoas,
porém, sentem-se motivadas
e satisfe itas quando
assume m o
papel de liderar um grupo para
melhorar a produtividade, a qualidade, ou o serviço. Os funcionários não têm
muitas possibilidades de liderar, por esse motivo alguns funcionários vêem o
papel de gestor como uma forma de se expressar como seres humanos adultos e
úteis. (WEISS, 1991, p. 95).
Conseguir mostrar para as pessoas todos os pontos
positivos que a motivação
pode influenc iar na
sua carreira e no
|
sucesso da
empresa não
|
é nada
fácil, pois a
|
motivação
pode ser comparada com a
|
tentativa de influenciar o
|
func ionário
em suas
|
decisões
pessoais. Para desenvolver cada vez ma is a motivação, a chave principal é a
confiança, o funcionário precisa perceber que a intenção do líder é ajudá- lo a
alcançar as suas metas e crescer junto com a empresa (CAMPOS, 1995, p. 37).
Weiss (1991, p. 11) “acredita que para
motivar as pessoas é necessário criar um ambiente onde as pessoas possam se
sentir bem consigo mesmas e entre si, e estar confiantes na satis fação das
próprias necessidades, ao mesmo tempo em que cooperam
com
o grupo”.
|
|
As pesquisas realizadas para identificar o
|
grau de motivação dos func ionários
|
nas
empresas analisam os
ambientes internos,
|
tentando
descobrir suas princ ipais
|
necessidades. Avaliam os pontos
fortes, as deficiências e expectativas das pessoas. Também orientam quanto à
melhoria do clima organizacional e da produtividade da empresa. Portanto,
elevam a motivação, sendo que evidenciam interesse da empresa
pelo
funcionário.
|
|
|
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|
|
A motivação
de ve par tir da
pessoa,
|
te m a ve
r co m
|
inte resse,
|
vo ntade
|
de
|
|
fa ze
r, inic iativa e isso depende
ma is do
|
func io nár io
|
do
|
q ue da
|
e mpresa.
|
A
|
empresa deve
apenas contribuir para
que a iniciativa,
o
|
interesse
e a vontade
de
|
||||
progredir
sejam viabilizados.
|
|
|
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|
|
Estudo
do nível de motivação
Em te r mos
metodo ló gico s,
|
inic ia lme
nte fo i
|
rea
lizado um
|
e studo
|
bib
liográ fico aprofundado sobre
o
|
assunto e m
questão,
|
a motivação.
O
|
estudo
|
ind
ico u o ponto de partida para a pesq uisa de ca mpo, po is fo i pos s íve l ide
ntifi car os pr inc ipa is fato res motivac io na is e a s d ific uldade s para
o btê - los , uma ve z q ue os fatores alteram de pessoa para pessoa.
Para a execução da pesquisa foi
utilizado o método quantitativo, com a finalidade princ ipal de identificar o
grau de motivação d os encarregados administrativos
de
uma instituição de ensino superior. Os dados foram coletados através de
questionário.
O questionário
foi aplicado aos func ionários da instituição, mais precisamente,
aos
encarregados administrativos das unidades acadêmic as da instituição, num total
de doze, dos quais três não responderam.
O
questionário tinha como principal função identificar a visão que o encarregado
administrativo possuía em relação à empresa e em relação à própria função que
exercia. Com isso seria possível identificar o grau de motivação do
funcionário.
As perguntas
foram elaboradas tendo como base principal as seguintes referências:
1. Relacionamento
entre os funcionários;
2. Liderança
e autonomia com a equipe de trabalho;
3. Realização
profissional;
4. Participação
nas decisões;
5. Estabilidade
e possibilidade de crescimento;
6. Valorização
e reconhecimento;
7. Vantagens
competitivas da empresa;
8. Fatores
motivacionais que a empresa oferece.
Análise
dos dados
Quanto
ao perfil dos respondentes, a grande maioria (67%) mantém vínculo empregatício
com a instituição por mais de 10 anos. Dos doze respondentes, cinco são do sexo
masculino, e destes apenas um possui nível superior completo e três estão
cursando atualmente,
sete são do
sexo feminino, das q
uais cinco possuem
curso
superior.
É importante ressaltar que dos seis encarregados administrativos com formação
superior, apenas um possui formação na área secretarial.
Em relação
ao relacionamento entre
as pessoas da
equipe, e entre
superior
imed
ia to e a
|
eq
uipe de traba lho, pode - se dizer q ue
|
é satis fa tór io par a a ma io r ia
|
|||
dos responde ntes (67%).
O me s mo ocorre
co m a
|
realização
|
pro fis s io na l pe lo
|
|||
trabalho
desenvolvido na empresa.
|
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Qua nto
|
à a uto no
mia pa ra
|
p ro po r id é ias
e
|
s uge s tõ es
|
à I ns titu içã o
|
e
|
me
lhorias na
|
execução
do trabalho
|
em equipe,
prevaleceu a a lternativa ma is
|
ou
|
me nos satisfe ito (42%). Os satis
feitos representam 33%. Os mesmos índices se repetem em relação à partic ipação
nas decisões da instituição.
A respeito do reconhecimento pelo
trabalhado desenvolvido, 50% dos encarregados administrativos sentem-se satisfe
itos, enquanto 25%, mais ou menos satisfe itos. Acredita-se que esse resultado
é fruto da percepção do próprio encarregado em relação à sua liderança com a
equipe, uma vez que 50% estão satisfe itos, 17% mais ou menos e 8% insatisfe
itos com sua própria liderança.
Com relação à estab ilidade na e mpresa,
50% dos respondentes sentem- se seguros na função que exercem, mostrando terem
conhecimento da necessidade de estarem sempre atualizados em todos os aspectos
e 25% mais ou menos.
Constatou-
se que os encarregados administrativos dividem- se em relação ao crescimento
profissional dentro da organização, sendo que 34% dizem obter o crescimento
desejado e 33% acreditam que poderia existir maior possibilidade de
crescimento. Já a respeito da percepção com relação aos desafios apresentados,
a metade dos respondentes (50%) estão satis feitos e 17% mais ou menos
satisfeitos.
A
respeito da gestão de recursos humanos os índices são variados. Sobre os
critérios que a instituição utiliza para promoções internas do quadro de
funcionários, 8% demonstraram- se satisfe itos, 50% mais ou menos e 17% pouco
satisfe itos. Esse resultado representa a não aceitação e não concordância com
os critérios de seleção e promoção e pode explicar parte da desmotivação de
alguns funcionários. Quanto aos treina mentos recebidos, 42% estão satisfe itos
com a quantidade oferecida e 33% mais ou menos satisfe itos. Em relação ao
salário, somado aos benefícios oferecidos, a satisfação é de 67% dos
encarregados e 8% estão mais ou menos satisfeitos.
Quando
questionados sobre o sentimento de cada um a respeito da imagem da instituição
com relação às outras, 67% dos entrevistados demonstram estarem satisfeitos
enquanto 8% insatisfe itos. As principais vantagens competitivas da instituição
indicadas pelos entrevistados são a qualidade do atendimento, a image m perante
a sociedade e a equipe de profissionais, conforme pode ser visua lizado no
gráfico 1.
Gráfico 1 –
Vantagens competitivas da Instituição
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Preço do produto
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10%
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3%
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Qualidade do
atendimento
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20%
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Marketing
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7%
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Imagem da empresa
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7%
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Equipe de profissionais
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7%
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Consult. na solução
de problemas
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Clima interno
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23%
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Brancos/Nulos
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23%
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Em relação aos principais Fatores
geradores de Motivação, os encarregados citaram a integração da equipe de
trabalho, gostar do que faz, o salário somado aos benefíc ios e ser valorizado
e reconhecido pelo trabalho que executa. Os índices podem ser visualizados no
gráfico 3.
Gráfico 2 –
Fatores motivacionais
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7%
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Qualidade dos treinamentos
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10%
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19%
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Integração da equipe
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|||||||
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20%
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Oportunidade de
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crescimento
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7%
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Autonomia
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Gostar do que faz
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0%
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Salário somado aos
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|||
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17%
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benefícios
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Ser valorizado e reconhecido
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20%
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Brancos/Nulos
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||||
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||||
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|
|||||
Considerando
|
todos os
|
aspectos
|
levantados, 67%
dos entrevistados
|
|
demonstraram
estar motivados na função exercida e 8% não.
Níve l de motivação dos encarregados
administrativos da ins tituição de ensino supe rior
Para
que seja possível identificar o grau de motivação dos funcionários, é
necessário conhecer quais são os princ ipais fatores motivacionais existentes
no ser humano.
Os
fatores estão ligados diretamente com a forma que o trabalho é desempenhado nas
organizações, com liberdade para agir em diferentes situações ou na forma mais
desagradável, pressionado e sem autonomia.
O
comportamento e as atitudes do funcionário dentro da empresa é o que pode
mostrar com precisão se ele está motivado ou não, ele precisa sentir segurança
e perceber que seu trabalho é importante e faz a diferença para a empresa. Quem
pode mostrar ao funcionário que sua presença é importante ou não para a empresa
é o líder da equipe, é ele que mantém contato direto com o funcionário e o
dever de proporcionar um ambiente de trabalho agradável.
Antiga
mente os cargos de chefias eram ocupados por pessoas que demonstravam
compromisso e seriedade com a empresa e acabavam sendo promovidos ou eram ind
icados por outros funcionários para ocupar o cargo. A seriedade e a
insegurança, por parte da chefia, afastavam os funcionários, dificultando seu
desempenho e o rendimento da empresa. Idéias e sugestões vindas de funcionários
não eram aceitas, esta situação deixava a chefia desconfiada, pelo fato de que
o empregado pudesse estar querendo ocupar o seu cargo (BOTELHO, 1995, p.123).
O profissional que possui capacidade de
liderança tem como carac terísticas ser confiante, inovador e princ ipalmente
estar motivado. Os func ionários que trabalharem com um profissiona l com este
perfil, possivelmente, terão maior liberdade e autonomia para apresentar novas
idéias e sugestões, uma vez que, se o líder for uma pessoa confiante, não
sentirá seu cargo ameaçado, além disso, o func ionário ainda poderá ser
recompensado pela sugestão.
Quando
o func ionário é pressionado, ameaçado com as mais diferentes punições, quando
percebe a desconfiança de seu superior, além de não receber nenhum tipo de
reconhecimento vindo da chefia, os possíveis fatores de motivação permanecerão
desconhecidos para ambas as partes, dificultando o desenvolvimento da empresa e
o possíve l desempenho do próprio funcionário.
Quando
motivado, o funcionário tende a produzir mais em sua função, proporcionando
melhores resultados para a organização, uma vez que terá mais disposição e,
conseqüentemente, sua produtividade irá aumentar. Com isso, ele obtém o seu
reconhecimento e a empresa passa a obter os lucros almejados, fazendo com que
ambos elevem sua satisfação.
O
desempenho do empregado depende propriamente dele, a empresa deve proporcionar
possíveis benefícios que possam elevar a motivação do funcionário, porém, cabe
a ele definir suas próprias metas dentro da organização, o papel da empresa é
colaborar e incentivar para que ele consiga atingir tais metas e ao mesmo tempo
elevar sua motivação.
Já
a empresa que vê seus empregados como simples assalariados, que trabalha m
apenas em troca de dinhe iro, jamais conseguirá com que eles assumam uma
postura responsável dentro da organização, eles apenas cumprirão com os
horários estabelecidos para receber seu salário me nsa l. Através dessa visão,
o rendimento do func ionár io e,
conseqüentemente,
a produção da empresa permanecerão os mesmos, podendo até decair cada vez mais,
em virtude da dificuldade de integração que deve existir entre a empresa e o
funcionário.
Para analisar o grau de motivação, foi
necessário conhecer os aspectos positivos e os aspectos negativos que a empresa
possuía. Através do questionário aplicado, foi
possíve
l obter
|
noções dos
|
principais benefícios
que a empresa
oferece, um aspecto
|
positivo
citado foi a integração que existe entre as equipes.
|
||
Através
|
da análise
|
dos dados
emp íricos, pod e-se observar
que 86% dos
|
encarregados
administrativos que exercem suas funções na instituição de ensino superior
estão motivados e que apenas 14% deles estão parcialmente motivados, conforme
pode ser visualizado no gráfico 3, referente à questão número 25 da pesquisa,
que questionava se os func ionários estão motivados no atual cargo que exercem.
A aplicação da pesquisa de campo mostrou
que os 86% dos func ionários entrevistados se consideram profissiona lmente
realizados, uma vez que, através do trabalho que desempenham, percebem o
reconhecimento vindo da empresa, e também estão satisfe itos com os benefícios
que a empresa oferece, juntamente com o salário pago pelo cargo exercido. Os
14% que demonstraram estarem parcialmente motivados gostariam que existisse
maior possibilidade de apresentar suas idéias e sugestões nos setores
responsáveis, bem como participar mais das decisões que estão relacionadas à
instituição. Alé m disso, mostraram insatisfação com relação aos critérios
utilizados para as promoções internas.
Gráfico nº 3 –
Análise geral do grau de motivação
14%
Estão motivados
Parcialmente motivados
86%
Cons ide
rações Finais
Através do trabalho realizado, foi
possível observar que a instituição fonte de estudo é uma instituição que se
preocupa e procura estar sempre bem estruturada em
relação
aos recursos humanos que possui.
A
instituição preocupa-se com a satisfação de seus funcionários, bem como com a
melhoria do atendimento aos clientes externos, por este motivo, investe em
treina mentos para que seus
funcionários consiga m desenvolver suas funções da melhor maneira possível,
possibilitando assim uma grande integração entre a equipe de profissionais que
possui. Os funcionários desenvolvem diferentes formas de integração, e o bom
relacionamento entre os colegas de equipe , conciliado aos treinamentos
oferecidos, torna- se ainda maior.
Com
relação à partic ipação dos funcionários nas decisões da empresa, observou-se
que a maioria dos func ionários gostaria de participar mais nas decisões. A
dificuldade de partic ipação é justificável em virtude da hierarquia existente
na instituição, a sugestão para tal dificuldade seria a implantação de um setor
próprio para que os funcionários pudessem apresentar idéias e sugestões de
melhorias.
Com
relação ao salário, juntamente com os benefícios que a empresa oferece, a
satisfação é imediata. A instituição possui tetos salariais de acordo com o
cargo ocupado pelo funcionário. Os funcionários que responderam ao questionário
ocupam o mesmo cargo, isso facilitou na coleta dos dados, identificando que os
encarregados administrativos estão satis feitos com o salário e com os
benefícios que recebem.
Atualmente,
a imagem que uma empresa representa em relação às outras é consideravelmente
importante para o crescimento profissional de seus func ionários, ind icações
de empregos anteriores em empresas conceituadas, colaboram muitas vezes na
escolha de candidatos. A instituição em questão possui grandes vantagens
competitivas frente a outras empresas. Através da pesquisa, foi possível
identificar que a maioria dos entrevistados está satisfe ita com a imagem que a
instituição possui, pois isso representa estabilidade aos func ionários.
A
questão mais considerável para a obtenção dos resultados da pesquisa tinha como
objetivo ide ntificar q ua is os pr inc ipa is fa tor es mo tivac io na is q ue
a e mpres a
oferece, atualmente, aos funcionários.
Através dessa questão, surgiram contribuições
para a
instituição, pois ficou vis ível o que satis faz o funcionário e o que ainda o
deixa
insatisfe ito em sua atual função. É
importante salientar que os objetivos que motivaram a realização do presente
estudo foram, em sua totalidade, atingidos.
Referê
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