a psicologia

Introdução
É de salientar que, como a psicologia ocupa um grande campo, ela possui os seus métodos que lhe facilita no estudo desses fenómenos e ao mesmo tempo, ela procura relacionar com outras ciências ou campos de outros saberes, com o intuito de dar ainda ênfase o seu estudo. Nisto este trabalho tem como objectivo apresentar os tais métodos que ela possui e as respectivas outras áreas de saberes.
A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo). Cabe agora definir tais termos:
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção - ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.









A perspectiva biopsicossocial e a multidisciplinaridade
A enorme quantidade de perspectivas e de campos de pesquisa psicológicos corresponde à enorme complexidade do ser humano. O fato de diferentes escolas coexistirem e se completarem mutuamente demonstra que o ser humano pode e deve ser estudado, observado, compreendido sob diferentes aspectos. Essa realidade toma forma no modelo biopsicossocial, que serve de base para todo o trabalho psicológico, desde a pesquisa mais básica até a prática psicoterapêutica. Esse modelo afirma que o comportamento e os processos mentais humanos são gerados e influenciados por três grupos de fatores:
Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral e do sistema nervoso em particular, etc.;
Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.;
Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, etc., modelos de papéis sociais, etc.
Para ser capaz de ver o homem sob tantos e tão distintos aspectos a psicologia se vê na necessidade de complementar seu conhecimento com o saber de outras ciências e áreas do conhecimento. Assim, na parte da pesquisa teórica, a psicologia se encontra (ou deveria se encontrar) em constante contato com a fisiologia, a biologia, aetologia(ciência dos costumes), a neurologia e às neurociências (ligadas aos fatores biológicos) e à antropologia, à sociologia, à etnologia, à história, à arqueologia, à filosofia, àmetafísica, à linguística à informática, à teologia e muitas outras ligadas aos fatores socioculturais.No trabalho prático a necessidade de interdisciplinaridade não é menor. O psicólogo, de acordo com a área de trabalho, trabalha sempre em equipes com os mais diferentes grupos profissionais: assistentes sociais e terapeutas ocupacionais; funcionários do sistema jurídico; médicos, enfermeiros e outros agentes de saúde; pedagogos; fisioterapeutas, fonoaudiólogos e muitos outros - e muitas vezes as diferentes áreas trazem à tona novos aspectos a serem considerados. Um importante exemplo desse trabalho interdisciplinar são os comitês de Bioética, formados por diferentes profissionais - psicólogos, médicos, enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, físicos, teólogos, pedagogos, farmacêuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade onde o comitê está inserido, e que têm por função decidir aspectos importantes sobre pesquisa e tratamento médico, psicológico, entre outros.

Relação com as outras áreas de saber
Para Castelão, se a Psicologia se interessar pelo comportamento humano, também deve ter acesso a essa diversidade. O homem não é um estereotipo, um decalque, um modelo feito de uma vez por toda. Ele é sensível, evolutivo, histórico, espiritual, biológico.
Assim, os objectivos de uma ciência psicológica autónoma não podem nuca afastar se de uma necessária interdisciplinaridade. Isto é procurar as raízes da cultura que forma os homens, olhar o seu comportamento face a essa herança cultura, implica recorrer as ciências Humanas como: a Antropologia, a Etnologia, a Arqueologia, a Historia, a Sociologia, a Linguística, etc.
Segundo Castelão (1993.pag 45), Afastar-se de ciência como a Fisiologia ou como a Antropologia constituiriam uma ameaça a compreensão da globalidade físico-espiritual que nos somos. Alem disso, ela utiliza o apoio científico de ciências tais como:
- A Matemática, para a quantificação de fenómenos psicológicos;
- A Biologia, para o estudo da Neurologia, Física Medica, Biologia Cerebral, estudo do sistema Nervoso Central e Autónomo, Hereditariedade, Genética, etc,;
- A Sociologia, para o estudo do homem integrado na sociedade, o estudo dos comportamentos sociais produzidos pelos indivíduos;
- A Historia, para a interpretação psicológica dos factos históricos;
- A Linguística, para o estudo das línguas enquanto reflexos da estrutura psicológica dos indivíduos;
Relação entre Psicologia e Filosofia
O modo como a psicologia se insere no campo geral do conhecimento a coloca em uma condição privilegiada para o diálogo, seja com as demais ciências, com as humanidades ou mesmo com as artes. A psicologia ocupa um espaço privilegiado de interseção entre as humanidades e as ciências. Em processos complexos tipicamente humanos, a psicologia apresenta-se em sua singularidade lógica que é a condição de mover-se entre raciocínios digitais (redução de incerteza, diferenciação probabilística) e analógicos (decifração de ambigüidade, diferenciação de possibilidades). Nesta condição, o diálogo da psicologia com outros saberes é fértil, mas por vezes empobrecido pela insistência em tomar a interdisciplinaridade como suficiência retórica e não como contraste epistemológico. 
O diálogo com a filosofia, em particular com a filosofia da ciência e da ética, é imprescindível para o refinamento conceptual e para o exercício crítico de qualquer campo de conhecimento. Neste sentido, as relações entre psicologia e filosofia seguem os padrões das demais ciências, concentrando-se no exame de questões fronteiriças e controversas. Temos como exemplo, o problema ontológico da representação, isto é, se a intermediação simbólica é ou não é imprescindível para comportamento humano (Peter, 2004), ou se a moral deve ser entendida numa perspectiva realista ou pluralista (Kendler, 2002). Questões conceptuais clássicas continuam sendo examinadas à luz de novas evidências e implicações filosóficas. São exemplos, a escolha de abordagem para inferência causal, se co-variação ou mecânica (Newsome, 2003), ou novos dados e interpretações sobre as contribuições da Gestalt para a explicação da experiência consciente (Engelmann, 2002; Lehar, 2003). Por outro lado, temas mais recorrentes na psicologia brasileira se fazem representar em debates tais como: natureza humana e os limites da ciência (Root, 2003), dilemas correntes entre hermenêutica e poder (Richardson, 2002) e limites metafísicos e epistemológicos na classificação científica (Stamos, 2004). A surpresa na literatura internacional está na maior concentração de trabalhos sobre análise de temas, sendo menor as considerações sobre sistemas filosóficos ou filósofos renomados. 

Conclusão
Chegamos a conclusão que a Psicologia possui relações que tem com outras áreas de saber, Antropologia, a Etnologia, a Arqueologia, a Historia, a Sociologia, a Linguística, etc.
E segundo Castelão (1993.pag 45), por ter afirmado que a Psicologia por afastar-se de ciência como a Fisiologia ou como a Antropologia constituiriam uma ameaça a compreensão da globalidade físico-espiritual que nós somos. Além disso, ela por utilizar o apoio científico de ciências tais como a Matemática a Biologia, etc, me deixou claro que de facto sem as outras ciências ela pode não atingir os seus objectivos visto que é com as outras ciências que a Psicologia se contenta na pesquisa ou na investigação dos seus fenómenos.
















Referência bibliográfica
CASTELÃO, Teresa. Princípios de Psicologia. Plátano Editora, Lisboa 10º/11º anos. 1993. Pags. 8,9-12,17,39 e 45.
HILGARD. Introdução à Psicologia de Higard. Artmed. Porto, 2002. Pag 25