O triplo salto e as suas variedades

INTRODUÇÃO
A disciplina de Educação Física, no panorama histórico-social, vem se mantendo cada vez mais próximo da responsabilidade de formar e de se comprometer com a tarefa educacional de desenvolvimento e formação do aluno na escola, pois sempre esteve atrelada à concepção de actividades (execução de actividades motoras), privilegiando as necessidades de ordem biológica dos alunos, referentes à aptidão física, às actividades lúdicas e aos jogos. O presente tema remete-nos a abordagem da temática do triplo salto que por sua vez é uma modalidade olímpica que se pratica de acordo as suas normas e regras. O objectivo essencial deste trabalho é de aprofundar o conhecimento sobre o triplo salto, saber como é formado de acordo as suas categorias.






BREVE HISTORIAL SOBRE O TRIPLO SALTO
O Triplo salto é composto por um conjunto de três saltos (Saltos Parciais – SP)
sucessivos. Este conjunto de SP sucessivos é realizado após uma Corrida de Aproximação (CA) e têm como objectivo alcançar a maior distância horizontal possível. Estes três SP estão devidamente normalizados, sendo obrigatoriamente a chamada do primeiro (Hop) e do segundo (Step) realizadas pelo mesmo pé e a chamada do terceiro (Jump), realizad a pelo outro. Esta especialidade do Atletismo é tecnicamente muito complexa (Lasocki, 1984), embora segundo Adrian e Cooper (1989) o movimento no TS seja belo quando realizado por atletas de alto nível.
O TS tem também sido descrito como o movimento desportivo onde se aplicam as
maiores sobrecargas que o corpo humano pode suportar (Amadio, 1989a, 1989b),
nomeadamente e com maior ênfase durante o apoio após o seu primeiro SP (Hop). Milburn (1982) e Tan (1970), citados por Amadio (1989ª), referem ser essa a fase mais crítica do TS em ordem ao rendimento final, salientando o facto de o mesmo membro inferior efectuar dois apoios consecutivos, o que significa uma enorme sobrecarga sobre o mesmo. Esta sobrecarga muscular e articular durante os apoios dos três SP (Hop, Step e Jump) determina uma enorme perda de energia (Amadio, 1989a, 1989b), tendo o atleta que a minimizar o mais possível através de soluções técnicas, isto para obter um melhor resultado. Desta forma, o TS é considerado como um das especialidades do Atletismo mais difíceis e complexas em termos técnicos e físicos (Lasocki, 1984).
PRINCÍPIOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS DO TRIPLO SALTO
Bases técnicas
Corrida de balanço:
· Sequência: Impulsão – corrida – impulsão – recepção – impulsão –recepção – impulsão – queda;
· Acelerar do princípio ao fim em atitude de relaxamento;
· Atingir a maior velocidade possível adaptada às possibilidades físicas do principiante;
· Deve permitir uma boa colocação do corpo no último apoio; ligação, corridaimpulsão;
Último apoio:
· Intensidade máxima;
· Extensão perna/pé total;
· Colocação do pé de chamada no eixo de corrida. Suspensão:
· É a continuação lógica da impulsão;
· Deve ser equilibrada e permitir uma eficácia no salto.
Queda:
· Cuidados técnicos.
Acções Pedagógicas
Sessão de descoberta:
· Abordar o triplo salto;
· Nenhum ponto técnico particular;
· Deverão ser mais ou menos numerosas conforme os níveis;
· Visam adquirir um gesto necessário, embora que imperfeito.
Sessões testes:
· Controlo das aquisições.
Meios Pedagógicos
a) Intenção Pedagógica
· Ir o mais longe possível por meio de 3 saltos encadeados cujo 1º é um pé-coxinho, o 2º uma passada elevada e o 3º um salto em comprimento.
b) Meios Pedagógicos
· Procurar nos saltos múltiplos, a amplitude máxima respeitando o ritmo auditivo, (se possível sobre solo sonoro);
· Fazer efectuar estes multi-saltos num corredor ou sobre uma linha traçada.
ALGUNS REGULAMENTOS REGULAMENTO
® O triplo salto tem características idênticas às do salto em comprimento, mas a distância entre a tábua de chamada e o extremo mais afastado do fosso de recepção deve ser de, pelo menos, 21 metros. Em competições internacionais, a tábua de chamada deve ser colocada 11 a 13 metros do inicio do fosso, para mulheres e homens respectivamente;
® O triplo salto consiste num salto ao “pé-coxinho” (“hop”), uma passada saltada (“step”) e um salto (“jump”), realizados por esta ordem;
® Deve ser realizado de modo a que o primeiro contacto com a pista após a tábua seja efectuado com o pé de chamada, caindo posteriormente, após a “passada saltada” com o outro pé, com o qual o último salto será concretizado;
® O salto não pode ser considerado nulo se o concorrente durante as fases aéreas tocar no solo com a sua perna livre.

CARACTERÍSTICA DO TRIPLO SALTO
No triplo salto, o objectivo é alcançar a maior distância horizontal possível (entre a zona de chamada e a zona de queda), numa sequência de três saltos seguidos. Como no salto em comprimento, ganha-se velocidade num corredor ou pista de balanço (+/- 30-40 metros) e faz-se o primeiro salto sobre uma tábua de chamada. A diferença é que no triplo salto a caixa de areia está mais distanciada da tábua de chamada, e antes de se aterrar na areia, efectuam-se dois saltos. Estes saltos terão de ser feitos com uma sequência específica consoante o pé que efectua o salto na tábua de chamada, ou seja, se o primeiro salto é realizado com o pé direito, o segundo salto será efectuado também pelo pé-direito (para isso, o atleta terá de fazer uma “tesoura” muito rápida), e o terceiro salto, será realizado pelo pé esquerdo. Em competições internacionais, a distância entre a tábua de chamada e o início da caixa de areia, está a 11m para as atletas femininas e a 13 m para os atletas masculinos. Os três saltos têm uma designação específica: 1ºsalto (“hop”), 2º-“passada saltada” (ou “step”) e 3ºsalto (“ jump”).

COMPONENTES DO TRIPLO SALTO

1. Salto (hop):
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  • Efectuado com a perna mais forte;
  • Tempo de contacto com o solo menor que no salto em comprimento;
  • Menor diminuição velocidade horizontal;
  • Grande importância do equilíbrio e da coordenação de movimentos, o que determina os próximos saltos;
  • Menor rebaixe do centro de gravidade;
  • Troca de pernas em fase de voo (início de movimento de tesoura);

2. Salto Step ou Parada:
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  • Inicia-se com o contacto da perna de impulsão em cheio com o solo (maior sua absorção de impacto);
  • Pequena flexão de perna de impulsão (maior tensão elástica);
  • Perna de impulsão sofre grande pressão (até 6 vezes o peso do atleta)
  • A chamada é realizada com um movimento de "patada"onde o saltador faça um movimento brusco com a perna para trás e para cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal;
  • Fase de voo, correcção do equilíbrio através da rotação horizontal dos braços, colocando o centro de gravidade no lugar.
3. Salto Jump:
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  • É aquele realizado com a perna de elevação (perna mais fraca)
  • Toque sobre a planta do pé (maior absorção de impacto);
  • Movimento de "patada" activa na chamada para reduzir a perda de velocidade horizontal;
  • Maior tempo de contacto com o solo;
  • Fase de voo próximo do salto em comprimento. A correcção do equilíbrio é feita através da rotação horizontal de braços, na fase de voo.
SEQUENCIA DO TRIPLO SALTO
No primeiro salto deve predominar a velocidade, enquanto no segundo, deverá existir um equilíbrio entre velocidade e impulsão. No último salto predomina então, a força de impulsão.
A execução deste salto é feita em condições muito precárias, pois a velocidade foi emmuito anulada devido aos saltos anteriores. O ângulo de impulsão é muito elevado já queo atleta utiliza neste salto quase que exclusivamente a sua potência.O segundo salto (o mais curto dos três) é realizado sob condições de maior dificuldade, jáque a mesma perna que efetuou a primeira chamada tem de absorver o impacto do pesodo atleta e imprimir-lhe uma nova aceleração.
APTIDÕES FÍSICAS DOS ATLETAS
O lema olímpico "Mais alto, mais forte, mais longe" pode muito bem-estar relacionado como saltos no atletismo.  
Um atleta que pratique triplo salto deve possuir: velocidade, força, potência, equilíbrio, flexibilidade, habilidade e deve ser robusto e alto (à volta de 1.85m). O poder de salto deve ser desenvolvido em ambas as pernas.
REGRAS
Exemplos de quando o salto é nulo (X) ou válido.
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·         O salto é considerado nulo se na chamada, o atleta pisar uma linha marcada com plasticina na tábua de chamada, se ultrapassar a tábua, ou uma parte do pé passar o limite da tábua de chamada;
·         Não se pode, ao saltar, cair fora da pista ou da caixa de areia;
·         O segundo salto deve ser dado com a mesma perna que o primeiro;
·         O terceiro salto deve ser dado com a perna contrária ao do primeiro e segundo salto;
·         O pé inactivo nunca pode tocar o solo, em excepção da queda na areia;
·         Todos os saltos devem ser medidos a partir do ponto de queda mais próximo à tábua de chamada.
CONCLUSÃO
Depois da pesquisa realizada chega-se assim a conclusão de que diante desta disciplina, nota-se uma prática de ensino em aulas de Educação Física definida a partir de metas que visam jogos, sem a preocupação com a fundamentação teórica da prática. Desta forma no triplo salto o atleta tenta cobrir a maior distância possível com uma série de três saltos interligados. Ele corre pela pista e salta a partir de uma marca de lançamento, cai na pista com um pé, toma impulso, cai na pista com o outro pé e volta a tomar impulso, aterrando na caixa de areia com os dois pés. Cada atleta tem direito a seis saltos. Com este trabalho, pode-se concluir que o triplo salto é bastante complicado de ser executado, e como tal, necessita de uma grande habilidade, agilidade e empenho por parte dos seus atletas.As suas regras requerem, ainda, uma elevada concentração aquando da execução dos saltos que o definem.




BIBLIOGRAFIA
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Ø  DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola. 1 ed. Guanabara: Koogan S.A., 2003.
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Ø  O triplo salto. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/97679383/Triplo-Salto#scribd. Acessado aos 12 de Abril de 2015.
Ø  OMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. São Paulo: Phorte, 2002.
Ø  ROMÃO, Paula e outros . 2006 . Educação Física–2ª Parte . Porto Editora . Porto