Agricultura base do desenvolvimento

INTRODUÇÃO
Agricultura: A agricultura é actividade económica orientado no sentido de produção de bens destinados a alimentação e as indústrias obtidas a partir de plantas por intermédio da transformação biológica e tecnológica.
Base: A base é algo fundamental e essencial.
Desenvolvimento: O desenvolvimento é um processo de evolução, crescimento e mudança de objecto pessoa ou situação específica em determinadas condições.



DESENVOLVIMENTO
A agricultura é uma das maiores conquistas da humanidade. Graças a esta actividade o ser humano tornou-se produtor dos seus próprios alimentos deixando, assim de estar apenas dependente dos produtos que natureza lhe proporcionava espontaneamente.
70% da população activa mundial, a agricultura constituem como a principal fonte de produção alimentar é ainda parte do suporte da existência humana.
A população ocupada na agricultura varia de país para país dependendo do tipo de economia e do seu grau de desenvolvimento. O regímen de apropriação do solo varia de região para região, visto que em alguns lugares a maioria dos agricultores são proprietários das terras que exploram, noutras terras são arrendadas ou exploradas em regime de pareceria.
2.4. Agro-Indústria
São estruturas que compreendem a produção o condicionamento a transformação industrial e a comercialização de produtos alimentares.
Actualmente, agricultura não é uma actividade isolada, depende de outras. Actividades. Está profundamente dependente das indústrias que lhe fornecem a maquinaria e os produtos químicos necessários ao se desenvolvimento.
Esta dependência levou ao surgimento da chamada agro-indústria.
Verifica-se, portanto, uma estreita relação entre a agricultura e a indústria. Os agricultores gerem as suas explorações agrícolas de forma semelhante às grandes empresas industriais. Apoiados numa avançada tecnologia e mecanização procedem à produção de produtos agrícolas que serão posteriormente canalizados para as indústrias transformadoras especializadas no processamento de produtos alimentares ou de matérias-primas destinadas a outras indústrias.
Estes complexos agro-industriais controlam todo o processo, desde a produção, ao transporte, distribuição e comercialização de grande quantidade de alimentos. Assim, as indústrias agro-alimentares transformam os produtos para os tornar consumíveis e asseguram a sua conservação. Actualmente, mais de metade da produção agrícola comercializada passa pelo circuito industrial. Fabricam-se alimentos em lata ou em conserva, congelados secos, pasteurizados, etc.
Os alimentos resultantes deste processo de transformação industrial, contudo, nem sempre são saudáveis, já que podem conter produtos químicos, como conservantes e corantes.
Os países industrializados que se destacam ao nível desta indústria agro-alimentar são os Estados Unidos e a Europa Ocidental, dominados por grandes e modernas cooperativas e empresas multinacionais como a Unilever (Holanda, Reino Unido), a Nestlé (Suíça) e no sector das bebidas não alcoólicas, a coca-cola (Estados Unidos).
É de salientar também que a prática da agricultura moderna levanta uma série de problemas aos países que a praticam, de entre os quais:
·  A super-produção, existente por exemplo na União Europeia, excedentária em produtos como a carne, a manteiga e o leite.
·  A prática de uma agricultura intensiva associada a práticas poluidoras e que degradam o ambiente, como o uso abusivo de produtos químicos, o esgotamento dos solos e a poluição das águas subterrâneas e superficiais.
·  O aumento da resistência genética das pragas aos pesticidas, o que torna necessário utilizar quantidades cada vez maiores, ou recorrer a novas variedades.
2.5. Os recursos pecuários
A pecuária é a criação de animais para produzir alimentos materiais para fabrico de roupas e sapatos.
Os animais que se destacam na produção da pecuária são:
Gado bovino (bois e vacas)
Gado Suíno (Porcos)
Gado Caprino (cabras e bodes)
Gado Ovino (carneiro e ovelhas)

 A pecuária pode ser:
Intensiva ou extensiva
A pecuária intensiva: é aquela que é praticada da utilização de recursos tecnológicos avançados tais como: gado confinado, reprodução através de inseminação, controlo via satélite, etc.…
Pecuária extenso: é aquela que é desenvolvida em grandes extensões de terras, como o gado solto geralmente sem grande ampliação tecnológico ou investimento financeiro.
O recurso pecuário constituem uma importante actividade do ser humano em diferentes regiões do mundo. Actualmente, desempenha um papel importante na alimentação humana, satisfazendo assim as necessidades crescentes de uma população cada vez mais numerosa.
O gado bovino é o mais importante, constituindo a principal fonte de carne, leite e seus derivados, como queijo, manteiga e iogurtes. Fornece a matéria-prima para a indústria dos curtumes e do calçado. O gado bovino é ainda utilizado em muitas regiões onde se desenvolve a agricultura tradicional como auxiliar de tracção.
O gado caprino também fornecem carne, leite e lã (no caso do gado ovino). Constitui a principal fonte de riqueza de muitas regiões do globo, com destaque. Para as regiões áridas e semí-árídas. O gado suíno é outra fonte de produção de carne.
Em alguns países em desenvolvimento como a Argentina e o Brasil, a pecuária tem-se desenvolvido muito, sendo a Argentina um dos principais exportadores mundiais de carne e bovino.
A índia é o maior produtor de gado bovino a nível mundial, correspondendo a mais de 5 do total do globo. Seguem-se outros países como a Rússia, os Estados Unidos, a China, a Argentina e o Brasil.
Quanto ao gado ovino e caprino, a Ásia ocupa o primeiro lugar do mundo, seguida de África e da Oceânia, constituída por grande percentagem de gado ovino, com maior predominância na Austrália.
A distribuição das unidades pecuárias é irregular à superfície da terra, já que, tal como na agricultura, alguns factores a condicionam, tais como factores naturais, de entre os quais se destaca o clima, bem como factores humanos, religiosos e económicos. Nas regiões de clima tropical húmido existem inúmeros parasitas e doenças que dizimam o gado; assim, nestas regiões, a pecuária está pouco implantada. O mesmo acontece com as regiões de clima tropical seco, onde as condições ambientais também não são as mais adequadas à criação de gado.
Certos povos são pastores por tradição, outros, por motivos religiosos, não utilizam os animais como fonte de alimento, como por exemplo os muçulmanos, que não criam gado suíno, porque a sua religião lhes proíbe o consumo da carne de porco. Os indianos, apesar de possuírem o maior número de cabeças de gado bovino do mundo não consomem a sua carne, porque a religião Hindu não permite o abate deste tipo de gado.
Nas regiões temperadas, devido às temperaturas suaves e abundância de preciptação, há um grande desenvolvimento das pastagens, sendo estas as regiões privilegiadas para pecuária.
Formas de criação de gado
- Pecuária tradicional
- Pecuária moderna
Pecuária tradicional
Consoante o objectivo económico que visa cumprir, a pecuária realiza-se mais ou menos intensamente, estando sujeita a diferentes práticas.
Nos países em vias de desenvolvimento encontramos duas situações distintas:
·  A criação extensiva de gado como actividade isolada.
·  A criação de gado como actividade complementar de uma agricultura tradicional em que os animais ajudam nas tarefas agrícolas e estrumam a terra.
Os povos pastores das savanas e das estepes da África, da América (Central e do Sul) e da Ásia, vivem directa e exclusivamente da exploração dos seus rebanhos (bois, carneiros, burros, ovelhas, cabras, etc.) sem qualquer ligação à agricultura. A produção destina-se essencialmente para auto-consumo, apenas a restante para comercialização.
Nas pequenas economias agrícolas a criação de gado encontra-se sempre ligada à agricultura, produzindo pequenas quantidades de produtos como a carne, o leite e o queijo, destinados essencialmente ao sustento familiar, sendo que apenas uma pequena parte é comercializada nos mercados rurais.
Em muitas regiões de clima quente e seco, pratica-se a transumância, ou seja, a deslocação do gado de umas regiões para outras em busca de pastagens.
No âmbito da pecuária tradicional, os rendimentos são normalmente muito baixos
devido aos seguintes factores:
·  Ausência de uma cuidada selecção das raças.
·  Poucos cuidados aos animais, nomeadamente de carácter sanitário, estando aqueles expostos a numerosas doenças que os dizimam e dificultam o seu desenvolvimento.
Pecuária moderna
A pecuária moderna Tem como objectivo produzir em grande quantidade para abastecimento dos grandes mercados internos ou externos.
Nos países desenvolvidos como os da Europa, América do Norte, Austrália, Nova Zelãndia e Japão, a pecuária é uma actividade cada vez mais industrial e com carácter científico, obedecendo a determinadas características:
·  Seleccionam-se as raças de mais rápido desenvolvimento e que garantem maiores produções.
·  Recorre-se a estábulos fortemente equipados que se assemelham a grandes salas dimatizadas, onde a distribuição de água e de alimentos é efectuada através de operações mecanizadas e automatizadas.
·  Nos aviários, a luz, a temperatura e a humidade são automaticamente controladas constituindo verdadeiras fábricas de ovos e de carne.
·  Comercializa-se carne, leite e seus derivados através de um sistema bem desenvolvido de técnicas de refrigeração, congelação e transporte, o que permite o rápido escoamento dos produtos das áreas produtoras para as de consumo.
·  Com vista a uma reprodução fácil e rápida, pratica-se sistematicamente a inseminação artificial. A eficiência dos serviços veterinários também contribui para a redução drástica das epidemias. Mesmo nos matadouros, os animais abatidos são sujeitos provas de laboratório com vista à detecção de qualquer doença.
2.6. A segurança alimentar
Uma alimentação equilibrada compreende três elementos:
·  55 de glícídos (cereais, açúcares, batata e outros tubérculos feculentos);
·  30 de lípidos (gorduras);
·  15 de pró tidos (vegetais e animais);
·  A dieta alimentar deve ainda incluir sais minerais e' vitaminas.
Não existe um modelo ideal ou universal de dieta alimentar. De urna maneira geral,
a sociedade humana satisfaz a sua necessidade de comer, assim como as suas necessi
dades nutricionais de formas muito diferentes.
Calcula-se que o organismo humano necessita, nara crescer e subsistir, de cerca de 2500 calorias por dia aproximadamente, dependendo:
· Da idade (os idosos têm menores necessidades alimentares do que os jovens);
· Do clima (nos climas frios, as necessidades alimentares são superiores às existentes nos climas quentes);
· Da actividade física (as necessidades são tanto maiores quanto mais intenso for o esforço físico).
Uma população bem alimentada é mais produtiva, mais saudável e mais feliz.
Segundo a FAO (Organização-das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), a segurança alimentar «é uma situação em que todas as pessoas podem, a qualquer momento, ter acesso a alimentos sãos e nutritivos para assim poderem manter uma vida activa e sadia».No mundo existe um grande desequilíbrio entre a produção alimentar, o crescimento demográfico e o consumo diário de calorias.
Os países em desenvolvimento, ou seja, mais de dois terços da população mundial, dispõem de menos de 2500 calorias por dia, apresentando um quadro de subnutrição.
Nestes países, os cereais asseguram metade, e por vezes dois terços, das calorias ingeridas, sendo o regime alimentar pouco variado e com carência de proteínas, vitaminas e sais minerais. É a chamada malnutrição, que é causadora de inúmeras doenças no organismo humano. A fome ou subnutrição afecta essenciàlmente mulheres e crianças e tem especial incidência nos países em desenvolvimento, sobretudo na África Subsariana, área de grande crescimento dernográfico e muito afectada pela pobreza, por conflitos armados, e/ou por condições climáticas muito adversas e mesmo por intempéries como furacões, tsunamis, secas e inundações.
Nos países em vias de desenvolvimento, sobretudo nos países do continente africano, a produção alimentar é inferior às necessidades crescentes de uma população que aumenta dia-a-dia, sendo o consumo de calorias muito inferior às necessidades humanas.
A carência alimentar e a má nutrição debilita não só física, mas intelectualmente as pessoas, condicionando o seu nível de actividade, o seu rendimento laboral e, no caso das crianças, o seu rendimento escolar.
Uma população bem alimentada, em quantidade e qualidade, é condição essencial para o desenvolvimento. A segurança alimentar é assim fundamental à existência humana.
Com base nas projecções do impacto das alterações climáticas na produção de cereais e 2000 e 2080, conclui-se que as zonas mais seriamente afectadas em África são:
Uma larga faixa que atravessa a região do Sahel, abrangendo o Burkina Faso e as regiões cultivadas do Sul do Mali, Níger, Chade e Sudão;
Os países' da África Oriental e Austral, desde a Eritreia, Etiópia e Somália até Angola, Moçambique e África do Sul;
O Norte de África, com especial incidência em Marrocos.
Na República Democrática do Congo o número pessoas subnutridas sextuplicou entre 1969 à 1971 e 2001. Hoje em dia este país possui a maior percentagem de população subnutrida do mundo (72%).
Importa também lembrar o caso de Angola como um dos exemplos mais fortes de inadequada utilização dos recursos naturais. A riqueza das segundas maiores reservas de petróleo de África e das quartas maiores reservas de diamantes do mundo, em vez de garantir o desenvolvimento e o bem-estar da população, financiou uma guerra civil que matou um milhão de pessoas entre 1975 e 2002 e produziu milhares de mutilados.
As mulheres são as 'que mais sofrem de fome e de subnutrição, apesar de serem elas as maiores produtoras de alimentos. São elas que cultivam a maior .parte dos alimentos para o consumo doméstico. Por exemplo, na África Subsariana e nas Caraíbas produzem de, 60 a 80 dos géneros alimentícios básicos. Na Ásia, as mulheres executam mais de 50 dos trabalhos no cultivo do arroz.
A fome também é um fenómeno que ocorre nos países da América do Sul, China e o
Sudeste Asiático, mas nestas regiões têm sido feitos progressos na redução da subnutríção contrariamente à África Central, sub-região da África Subsariana onde a subnutríção mais aumentou até 2015 previu-se que a subnutrição aumente na África Subsariana e no Médio Oriente e Norte de África e diminua nas restantes regiões em desenvolvimento.
Actualmente, O problema da fome' agrava-se nos grandes centros urbanos, em especial dos países em desenvolvimento, onde muitos milhares de pessoas vivem em absoluta pobreza.
Nos países desenvolvidos, o crescimento demográfico é inferior ao aumento da produção alimentar. O consumo de calorias por habitante é de cerca de 3350, sendo a alimentação muito variada, mas dando origem a outro problema, o da sobrenutrição e da obesidade, causa também de doenças muito graves as chamadas «doenças da civilização», como sendo a diabetes, doenças cardíovasculares, acidentes vasculares cerebrais hipertensão e alguns tipos de cancro.
Actualmente, há mais pessoas com excesso de peso do que VÍtimas da subnutríção. Em termos globais, existem mil milhões de pessoas com excesso de peso, e destas, pelo menos 300 milhões são obesas. É de salientar ainda, que além destes excessos, no mundo desenvolvido consomem-se cada vez mais alimentos industrializados, contendo substâncias químicas (corantes e conservantes), prejudícaís ao organismo humano.

Em 1974, devido à crise alimentar, realizou-se a Conferência Mundial da Alimentação com o objectivo de garantir a segurança alimentar a todos. Constatou-se que na Ásia, especialmente no Oriente e Sudeste da Ásia, houve melhorias. Também foram registadas melhorias no próximo Oriente e na América Latina. Infelizmente, na África Subsariana não houve grandes avanços, visto que a proporção da população carente de alimentação adequada aumentou.
Em alguns países em desenvolvimento, a dependência económica da agricultura é elevada. Assim, o aumento dos recursos agrícolas de forma sustentada e a promoção do desenvolvimento rural continuam a ser a forma de melhor contribuir para a redução da pobreza.
Tal permite melhorar a segurança alimentar, pois que a maioria da população carente depende principalmente da agricultura, que constitui a base do emprego e do rendimento.
Ajudar os países em desenvolvimento a sair do flagelo da fome e da pobreza é uma responsabilidade de todos. Está nas mãos dos países desenvolvidos contribuir para a erradicação da pobreza no mundo, nomeadamente:
·  Garantindo o financiamento contínuo da ajuda pública ao desenvolvimento a longo prazo, incitando os países em desenvolvimento a implementar medidas eficazes para aplicar essa ajuda e para melhorar os serviços sociais básicos, como a educação, a saúde, os serviços de água e saneamento básico;
·  Exigindo a implementação de regras comerciais mais justas, permitindo maior participação dos países em desenvolvimento mais pobres no comércio internacional e a valorização das suas exportações;
·  Implementando esforços para eliminar os conflitos armados, que têm vindo a arruinar a vida de centenas de milhões de pessoas e impedindo o desenvolvimento.

2.7. Protecção dos recursos da terra: o combate contra a degradação do solo e a desertificação
0 ser humano começou a produzir alterações mais significativas sobre o meio que o
rodeia a partir do momento em que deixou de ser exclusivamente recolector, isto é,
enquanto caçava, pescava e recolhia bagas e sementes. A partir da altura em que passou a dedicar-se à agricultura e ao pastoreiro, passou a intervir no meio que o rodeia.
No que respeita à caça há mesmo povos africanos que utilizam o fogo para apanhar
mais facilmente as suas presas e, como se sabe, as práticas de queimada têm graves conse- quências no equilíbrio ecológico, nomeadamente:
·  Destroem o manto' vegetal e o húmus;
·  Destroem a microfauna e a microflora;
·  Provocam a infiltração das cinzas pelas chuvas, o que contribui para o aumento de sais no solo, tornando-o menos produtivo.
·  Provocam a fuga e morte de muitos animais.
·  Os solos nus oferecem menos resistência aos agentes erosivos.
Este conjunto de circunstâncias concorre para a degradação do solo, assim como para a desertificação. Este fenómeno resulta não só das alterações climáticas, mas também das actividades humanas, como o sobre pastoreio, a agricultura intensiva, o derrube de cobertura vegetal e o consumo de lenha.
A incidência da desertificação varia com a área geográfica, existindo actualmente zonas e o risco desta ocorrer é moderado, elevado e muito elevado.
Actualmente, a desertificação é um dos maiores e mais urgentes problemas com que se debatem muitos países tropicais que com a diminuição do espaço agrícola e do rendimento de terra, surge a fome e os refugiados ambientais.
Uma das zonas do continente africano onde este fenómeno se faz sentir de forma crescente é no Sahel, região que se estende a sul do deserto do Sara, atravessando o território e vários países desde o oceano Atlântico ao mar Vermelho. As alterações climáticas, ocasíonando uma diminuição da precipitação e sucessivos períodos de seca na região, consontamente com as consequências do crescimento demo gráfico, têm contribuído para o avanço do Sara sobre o Sahel.
No Sahel, o crescimento da população fez com que fosse necessário aumentar as áreas cultivadas e a criação de gado, consequentemente também o consumo de água e de lenha, o abate de árvores e a destruição da vegetação natural, deixando os solos muito vulneráveis. Com o avanço da desertíficação, a população do Sahel tende a deslocar-se para sul e a aumentar a pressão exercida sobre essas regiões, assim como o risco de desertificação.
A desertifícação é um exemplo extremo da acção do Homem sobre o meio, mas, de uma forma geral, a construção de estradas, de barragens e de edifícios passou a pôr em risco muitos ecos sistemas terrestres e aquáticos. De igual modo, o surgimento das grandes aglomerações urbanas com os seus subprodutos como os lixos, os esgotos, os desperdícios das grandes indústrias, poluíram o ar, os cursos de água e o solo.
A agricultura é uma actividade com enorme impacto ambiental, apesar de proporcionar grande parte da alimentação necessária à população mundial. É, pois, causa de uma série de problemas ambientais, dos quais destacamos:
·  A degradação dos solos provocada pela utilização de maquinaria sofisticada e pelo uso de produtos químicos, fertilizantes, pesticidas e herbicidas.
·  A poluição dos cursos de água, resultantes das águas residuais da agricultura e das águas subterrâneas e pela infiltração de produtos químicos que atingem as toalhas freáticas.
·  O aumento da resistência genética das pragas aos pesticidas, que faz com que sejam necessárias. quantidades cada vez maiores ou que se tenha de recorrer a novas variedades.
Também temos a salientar que com a explosão demográfica aumentou o impacto ambiental da agricultura tradicional no meio, surgindo uma série de problemas, tais como a desertificação, de que já falámos, e a erosão do solo provocada pela redução do tempo de pousio dos solos.
O fenómeno de erosão é muito mais acentuado em áreas com grande declive, onde a floresta foi destruí da para a agricultura ou para a criação de gado.
As florestas desempenham, com efeito, um papel importante, visto que protegem o solo do impacto directo da chuva, favorecem a infiltração e as raízes das árvores, evitam o escorregamento do solo. As florestas constituem o maior dos ecossistemas terrestres, cobrindo aproximadamente 30 milhões de km2 da superfície da Terra. As florestas desempenham ainda um papel importante na purificação do ar, na estabilização do clima, na fixação das camadas superficiais do solo e na sua fertilidade, assim como na retenção das águas. Além disso, são o habitat da vida selvagem e constituem para o ser humano fonte de diversão e de lazer.
A desflorestação, que surge da necessidade cada vez maior de grandes áreas de cultivo e de pastos para os animais, implicando o derrube de cobertura vegetal e a maior exposição dos solos à acção dos agentes erosivos, contribui para a desertificação.
Assim, de uma forma geral, pode considerar-se que a acção do Homem tem contribuído para uma acentuada e crescente degradação dos solos e de uma forma geral de todo ambiente. Deparamo-nos hoje com uma necessidade premanente de protegermos este e os restantes recursos da Terra.
Poderão os países contribuir para atenuar este cenário de degradação crescente do ambiente, seguindo as seguintes medidas:
·  Cumprindo os vários protocolos internacionais que visam precisamente a protecção da natureza e dos seus recursos.
·  Apostando nas energias renováveis, produzidas a partir de fon-
tes inesgotáveis como o sol e o vento, ou a partir de recursos que podem ser repostos, como a biomassa.
·  Poupando energia, implementando acções de sensibilização da sua população para esta poupança. Desta forma, também se estará a contribuir para a diminuição da emissão de gases com efeito de estufa. Muitos gastos de energia podem ser evitados.




CONCLUSÃO

Depois da pesquisa feita, concluimos dizendo que agricultura é uma actividade fundamental que vem desde antiguidade, que visa ao homem a produção e a reprodução dos produtos alimentares e garante o seu sustento no seu estar no quotidiano.



BIBLIOGRAFIA
Geografia da 12ª Classe.
Jorgina Chova. Margarida Sabino.
Texto Editora – L.D.A – Angola. Consultora científica e pedagógica.