PLANO DE NEGÓCIO

 



ÍNDICE

INTRODUÇÃO 5

OBJECTIVOS 5

Geral 5

Específicos 5

1. PLANO DE NEGÓCIO 6

1.1. CONCEITO 6

1.2. ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO 7

1.3. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIO 9

2. O GESTOR E ADMINISTRADOR DIANTE DE UM PLANO DE NEGÓCIO 11

CONCLUSÃO 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13



INTRODUÇÃO

Uma das prioridades de uma instituição, diz respeito à capacitação do empresário e dos interessados em abrir uma empresa, investindo na elaboração de planejamento do negócio e no conhecimento direccionado às práticas gerenciais, para que estes possam criar e manter seus empreendimentos, participando efectivamente no desenvolvimento dos seus bens.

O plano de negócio é um elemento essencial que descreve de maneira estruturada as ideias, objectivos e estratégias de um empreendimento. Ele funciona como um mapa detalhado, orientando o empreendedor desde a concepção do negócio até a execução prática e o monitoramento do progresso ao longo do tempo. Em um ambiente empresarial competitivo e em constante mudança, o plano de negócio serve não apenas para planejar e organizar as operações, mas também como uma ferramenta de comunicação com investidores, parceiros e stakeholders. Com ele, é possível avaliar a estratégia do empreendimento, reduzir riscos e aumentar as chances de sucesso no mercado. No contexto, este artigo aborda sobre o plano de negócio, seus conceitos, estrutura e a sua apresentação, bem como a temática do gestor/administrador diante de um plano de negócio.

OBJECTIVOS

Geral:

O presente estudo busca a explorar a relação entre um plano de negócios bem estruturado e a redução de riscos empresariais, além de verificar como ele pode contribuir para uma gestão mais eficiente e eficaz no desenvolvimento de novos negócios.

Específicos:

  • Compreender a importância do plano de negócios para o sucesso de novos empreendimentos os seus conceitos;

  • Analisar a estrutura e os componentes essenciais de um plano de negócios;

  • Investigar a apresentação de um plano de negócios bem elaborado;

  • Reduzir falhas no processo de implementação de um novo negócio;

  • Saber estruturar um plano de negócio;

  • Conhecer como se apresentam os planos de negócio;

  1. PLANO DE NEGÓCIO

    1. CONCEITO

O Plano de negócios, deriva da tradução e do modelo americano “business plan”, de acordo com Nagakawa (2011). Ele vem sendo um documento que descreve detalhadamente os objectivos, estratégias e passos necessários para o desenvolvimento e crescimento de um empreendimento. Ele serve como um guia para o empresário e para investidores, delineando como uma empresa pretende alcançar sucesso no mercado.

Para Simoneaux & Stroud (2011), “um plano de negócios bem elaborado, ajuda a traçar o caminho, desde onde a empresa se encontra hoje, até onde se deseja que ela chegue no futuro, identificando metas, obstáculos e rotas desejadas ao longo do caminho”.

Dornelas (2005), refere que “o plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor”. Os empreendedores precisam de saber planear suas acções e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano de negócios é prover uma ferramenta de gestão para o planeamento e desenvolvimento inicial de uma start-up.

Tim Berry (2004), conhecido pelo seu trabalho com o software de planejamento Business Plan Pro, Berry define o plano de negócios como “um guia prático que orienta a empresa nas fases de desenvolvimento”. Para Berry, o plano não é um documento estático, mas sim algo que deve ser actualizado com frequência conforme o negócio evolui. Berry enfatiza a importância de um planejamento ágil e adaptável, com metas mensuráveis ​​e projecções financeiras realistas.

Num mercado tão competitivo como o actual, existem alguns factores que fazem a diferença e que podem transformar uma empresa em líder de mercado. Na elaboração de um estudo, independentemente da sua natureza, torna-se necessário um enquadramento, particularmente justificativo e de suporte do mesmo, para que este seja de maior compreensão e conhecimento. Um dos aspectos mais importantes, senão o que mais orienta a para o pleno exercício da empresa, é a determinação da missão, da visão e dos valores, para implantar uma "cultura", de forma a ajudar a definir a empresa e a posição que esta ocupa para os seus colaboradores e clientes.

Chiavenato (2004) - Segundo Chiavenato, “o plano de negócio é um documento que descreve a empresa, os produtos e/ou serviços, os clientes, a concorrência, as operações e os aspectos financeiros. Serve para mostrar como a empresa pretende alcançar seus objectivos e se posicionar no mercado”.

  1. ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO

Segundo Idalberto Chiavenato (2005), “a estrutura do plano de negócio deve abranger os principais aspectos do empreendimento, oferecida como um guia tanto para o desenvolvimento do negócio quanto para a apresentação aos investidores.” Abaixo está a estrutura sugerida por Chiavenato:

1. Sumário Executivo

  • Uma visão geral do negócio, incluindo a descrição do produto ou serviço, missão, visão, valores, metas e objectivos.

  • Inclui um resumo das principais informações financeiras, dos diferenciais competitivos e dos aspectos mais atractivos do plano.

  • Deve ser breve, mas suficientemente completo para captar o interesse dos leitores.

2. Descrição da Empresa

  • Apresenta a empresa, seu histórico (caso já existe), estrutura organizacional, e principais responsáveis.

  • Contém a visão, missão e valores, destacando o propósito do negócio e os objectivos de longo prazo.

  • Inclui informações sobre o sector de actuação e os factores que diferenciam a empresa no mercado.

3. Análise de Mercado

  • Pesquisa sobre o mercado em que o negócio será inserido, incluindo a análise do sector, público-alvo, comportamento do consumidor e tendências.

  • Análise da concorrência e dos factores que influenciam o ambiente de mercado.

  • Avaliação de oportunidades e novidades que possam impactar o empreendimento.

4. Produtos e Serviços

  • Descrição detalhada dos produtos e serviços oferecidos, com ênfase nos benefícios para os clientes.

  • Aspectos de inovação e diferenciais que destacam os produtos frente à concorrência.

  • Considerações sobre o ciclo de vida do produto e o desenvolvimento de novas soluções.


5. Plano de Marketing e Vendas

  • Definição de estratégias de marketing para atingir o público-alvo, incluindo posicionamento, política de preços, promoção e distribuição.

  • Plano de vendas que abrange os canais de vendas, metas, previsões de receitas e estratégias de relacionamento com clientes.

6. Plano Operacional

  • Descrição das operações do negócio, incluindo a estrutura física, processos produtivos, capacidade de produção, e logística.

  • Identificação dos fornecedores e da cadeia de suprimentos.

  • Planejamento da equipe e necessidades de recursos humanos, detalhando o perfil e as funções dos colaboradores.

7. Plano Financeiro

  • Projecção financeira do negócio, incluindo estimativa de receitas, custos e despesas.

  • Demonstrativos financeiros, como projecção de fluxo de caixa, análise de rentabilidade e vigência económica.

  • Necessidade de investimentos iniciais e estimativa de retorno sobre o investimento.

8. Análise de Riscos

  • Identificação dos principais riscos que o negócio pode enfrentar, como riscos de mercado, operacionais, financeiros e regulatórios.

  • Estratégias de mitigação para reduzir os impactos desses riscos e preparar o negócio para desafios futuros.

9. Plano de Expansão e Crescimento

  • Estratégias para o crescimento do negócio no médio e longo prazo, incluindo possibilidades de expansão para novos mercados e desenvolvimento de novos produtos ou serviços.

  • Objectivos de crescimento, prazos, e indicadores de desempenho.

10. Anexos

  • Documentação adicional que complementa o plano, como estudos de mercado, currículos de gestores, catálogos de produtos e outras informações relevantes.

Essa estrutura, segundo Chiavenato, visa fornecer uma visão detalhada do negócio, oferecendo uma base sólida para a análise e decisão de potenciais investidores, além de servir como um guia estratégico para o empreendedor.

A estrutura do plano de negócios ajuda o empreendedor a identificar possíveis lacunas ou áreas de risco. Ela permite que aspectos cruciais do negócio, como a previsão financeira e os desafios possíveis do mercado, sejam avaliados com antecedência, minimizando surpresas no futuro. A estrutura também facilita ajustes rápidos, caso algo não saia como o planejado, pois tudo já está documentado e organizado.

Portanto, a importância da estrutura do plano de negócios está em sua capacidade de oferecer uma base sólida para a tomada de decisões estratégicas, garantir a clareza no relacionamento com investidores e parceiros, e garantir que todas as áreas do negócio sejam devidamente planejadas e monitoradas. Ela não é apenas uma ferramenta de organização, mas um elemento essencial para o sucesso e a sustentabilidade do empreendimento.

  1. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIO

A apresentação do plano de negócios, segundo Dornelas (2001), “deve ser realizada de forma clara, objectiva e estruturada, para que o público-alvo (como investidores, parceiros ou clientes) compreenda facilmente o empreendimento e seus diferenciais”. Dornelas sugere alguns elementos e estratégias para tornar uma apresentação eficaz:

1. Resumo Executivo

  • Dornelas recomenda iniciar com o Resumo Executivo, pois ele oferece uma visão geral do plano e permite que o público entenda rapidamente o conceito do negócio, suas metas e o potencial de mercado. Esse resumo deve ser breve e impactante, destacando os pontos-chave do negócio, como a proposta de valor e os diferenciais competitivos.

2. Conhecimento do Público

  • A apresentação deve ser adaptada ao perfil do público. Dornelas sugere que, antes de apresentar o plano, o empreendedor conheça as expectativas e o nível de entendimento dos participantes, ajustando o conteúdo para atender a esses factores. Para investidores, por exemplo, é importante enfatizar a previsão financeira e o potencial de retorno sobre o investimento.

3. Linguagem Clara e Directa

  • Para Dornelas, a linguagem deve ser simples e acessível, evitando jargões técnicos que possam dificultar a compreensão. A apresentação deve ser directa e focada, cobrindo os principais tópicos sem entrar em detalhes detalhados.

4. Atraente Visual

  • Utilizar slides ou materiais visuais que tornem o conteúdo mais atractivo é fundamental. Dornelas sugere gráficos, tabelas e imagens para ilustrar informações como projecções financeiras, perfil do mercado e diferenciais dos produtos. Isso torna a apresentação mais dinâmica e fácil de entender.

5. Destaque para a Viabilidade e Potencial do Negócio

  • Dornelas enfatizou que a apresentação deve demonstrar a previsão do negócio, incluindo projecções financeiras e análise de mercado. O plano deve mostrar um retorno atraente para investidores, com dados realistas e fundamentados sobre o mercado e as finanças.

6. Preparação para Perguntas e Argumentos

  • Estar preparado para responder perguntas e defender os pontos apresentados é essencial. Dornelas ressalta que, ao final, é comum que os investidores façam questionamentos sobre o plano, e o empreendedor deve estar bem informado sobre todos os aspectos para responder com segurança.

7. Objectividade e Enfoque nos Diferenciais

  • A apresentação deve ser objectiva, focando nos diferenciais competitivos que tornam o negócio único e atraente. Dornelas sugere enfatizar os pontos fortes que podem garantir o sucesso do empreendimento no mercado, como inovação, qualidade do produto, ou abordagem de atendimento ao cliente.

8. Encerramento com Chamada à Acção

  • No final, Dornelas recomenda uma chamada à acção, incentivando o público a considerar o investimento ou outro tipo de parceria. Essa etapa reforça o interesse e busca engajar os participantes para o próximo passo.

Apresentação do plano de negócios é um momento crucial para qualquer empreendedor, pois é uma oportunidade de comunicar a visão, os objectivos e o potencial do negócio de maneira clara e convincente. A forma como o plano é apresentado pode determinar o sucesso na captação de recursos, na atracção de investidores ou na construção de parcerias estratégicas. Uma boa apresentação permite que o empreendedor esteja mais preparado, seguro e com uma compreensão profunda do mercado, da operação e dos aspectos financeiros do negócio.

Uma bem estruturada oferece uma visão clara dos diferenciais do negócio, destacando o valor que ele pode agregar ao mercado e apresentação aos consumidores. Ela também deve ser capaz de transmitir as opções do projecto, mostrando que o empreendedor não tem apenas uma boa ideia, mas também um plano bem elaborado e fundamentado para sua execução. Isso envolve não apenas uma análise de mercado, mas também um planejamento financeiro que comprove a sustentabilidade e o retorno sobre o investimento.

  1. O GESTOR E ADMINISTRADOR DIANTE DE UM PLANO DE NEGÓCIO

Dominar o plano de negócio é essencial para um gestor ou administrador de empresa, pois ele vai além de um documento; é uma base que orienta todas as decisões e estratégias fundamentais para o sucesso do empreendimento. Ao compreender profundamente cada parte do plano, o gestor se tornará capaz de identificar oportunidades e antecipar desafios, tornando-se mais preparado para conduzir uma empresa de forma eficiente e segura.

O domínio do plano de negócio permite ao gestor ter uma visão clara do mercado, dos concorrentes e do público-alvo, o que facilita a tomada de decisões estratégicas e o posicionamento da empresa. Com uma visão bem estruturada, ele também pode alinhar a equipe em torno de metas comuns, aumentando o engajamento e a produtividade dos colaboradores, e criando uma cultura organizacional sólida.

Além disso, ao entender o plano de negócios, o gestor está mais apto a comunicar a proposta de valor do negócio a investidores e parceiros, estabelecendo relacionamentos estratégicos e aumentando as possibilidades de captação de recursos. Com essa habilidade, ele pode ajustar as acções de acordo com as mudanças do mercado, adaptando a empresa às novas demandas e mantendo sua competitividade.

Então, um gestor que domina o plano de negócios possui uma ferramenta poderosa que lhe permite liderar com esclarecer, desenvolver estratégias e fortalecer a posição da empresa no mercado, garantindo um crescimento sustentável e seguro.



CONCLUSÃO

O plano de negócio é uma ferramenta essencial para o sucesso de qualquer empreendimento, funcionando como um guia que orienta o desenvolvimento estratégico, financeiro e operacional de uma empresa. Ao organizar e detalhar cada aspecto do negócio — desde a análise de mercado e definição de produtos e serviços até a projecção financeira e identificação de riscos — o empreendedor consegue visualizar o caminho para atingir seus objectivos de forma clara e estruturada.

Além de ser um instrumento para planejamento e tomada de decisões, o plano de negócios é também um importante recurso para atrair investidores e parceiros. Ele permite que terceiros compreendam o potencial do empreendimento, suas vantagens competitivas e a capacidade de gerar retorno financeiro. A estrutura clara e objectiva de um plano bem elaborado ajuda a reduzir incertezas e a mitigar riscos, contribuindo para a construção de um negócio sólido e sustentável.

Em resumo, o plano de negócio não é apenas um documento, mas uma estratégia que aumenta as chances de sucesso no mercado e proporciona ao empreendedor uma visão ampla e fundamentada de seu empreendimento.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.

Nagakawa, M. Plano de negócio: teoria geral. Barueri: Manole, 2011.

SIMONEAUX, S. & STROUD, C. A Business Plan: The GPS for Your Company.  Journal of Pension Benefits Issues in Administration, 2011.