TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA AO RENASCIMENTO
TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA AO RENASCIMENTO
A transição da Idade Média para o Renascimento foi um período de grande mudança e transformação na história europeia. Embora seja difícil definir um ponto exato em que a Idade Média terminou e o Renascimento começou, geralmente se considera que essa transição ocorreu durante o século XIV e XV. Neste texto, iremos abordar as principais características desse período, bem como as causas que contribuíram para a transição da Idade Média para o Renascimento.
A Idade Média foi um período que durou aproximadamente mil anos na Europa, desde a queda do Império Romano no século V até o Renascimento no século XV. Durante esse período, a sociedade era organizada em torno da Igreja Católica, que exercia grande influência política e cultural na Europa. A educação e o conhecimento eram monopolizados pela Igreja, que mantinha um controle estrito sobre o pensamento e a produção literária. A filosofia e a ciência eram vistas como subordinadas à teologia, e o conhecimento empírico era frequentemente rejeitado em favor de dogmas religiosos.
No entanto, durante o século XIV e XV, uma série de mudanças começaram a ocorrer na Europa que iriam transformar essa ordem estabelecida. Uma das principais causas da transição da Idade Média para o Renascimento foi o surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Essa classe emergente de comerciantes e empresários desafiou o poder e o monopólio da nobreza e da Igreja, criando novas formas de organização social e econômica. A burguesia incentivou o comércio e a produção, o que levou a um aumento na circulação de bens e ideias.
Outra causa importante da transição foi o renascimento urbano, que aconteceu principalmente na Itália. As cidades italianas como Florença, Veneza e Gênova se tornaram centros de comércio e cultura, atraindo artistas, intelectuais e comerciantes de toda a Europa. Esses centros urbanos floresceram graças à riqueza e ao poder da burguesia, que patrocinou a arte, a arquitetura e a literatura. A produção artística e cultural se tornou uma fonte de orgulho e identidade para as cidades italianas, impulsionando a produção e a disseminação do conhecimento.
Além disso, a descoberta de novas rotas comerciais para o Oriente aumentou a circulação de ideias e informações. O contato com outras culturas e civilizações trouxe novos conhecimentos em áreas como a matemática, a astronomia, a medicina e a filosofia. A tradução de obras antigas gregas e romanas para o latim também permitiu que o conhecimento dessas culturas fosse disseminado mais amplamente.
Essas mudanças sociais, econômicas e culturais contribuíram para o surgimento de um novo espírito de questionamento e ceticismo em relação à autoridade da Igreja e da tradição medieval. Os intelectuais começaram a se interessar pelo conhecimento empírico e científico, e a filosofia se tornou uma disciplina independente da teologia.~
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