corrente sofística

INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordaremos sobre “A corrente sofística” em que por sua vez sofística move uma justa crítica, contra o direito positivo, muitas vezes arbitrário, contingente, tirânico, em nome do direito natural. Mas este direito natural - bem como a moral natural - segundo os sofistas, não é o direito fundado sobre a natureza racional do homem, e sim sobre a sua natureza animal, instintiva, passional. Então, o direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.


CORRENTE SOFÍSTICA
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc.) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada. Protágoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) por seus ensinamentos. Muitos dos sofistas questionaram a então sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma ideia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, pelos filósofos gregos.
MORAL, DIREITO, RELIGIÃO
A sofística, sustenta o relativismo prático, destruidor da moral. Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento. Ao sensualismo, ao empirismo gnosiológicos correspondem o hedonismo e o utilitarismo ético: o único bem é o prazer, a única regra de conduta é o interesse particular. Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa. A moral, portanto, - como norma universal de conduta - é concebida pelos sofistas não como lei racional do agir humano, isto é, como a lei que potencia profundamente a natureza humana, mas como um empecilho que incomoda o homem. Desta maneira, os sofistas estabelecem uma oposição especial entre natureza e lei, quer política, quer moral, considerando a lei como fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção, e entendendo por natureza, não a natureza humana racional, mas a natureza humana sensível, animal, instintiva. E tentam criticar a validade desta lei, na verdade tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade comumente celebrada: não é verdade - dizem - que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm frequentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.
Os Sofistas era um grupo de filósofos, que dominavam a arte da oratória, ou seja, faziam um uso habilidoso da palavra. Esses filósofos eram originários de diferentes cidades e viajavam pelas poleeis governadas da mesma forma democráticas, especialmente Atenas, onde discursavam em público e ensinavam sua arte em troca de pagamento. Mas não foram apenas professores, transmissores de conhecimento, cultura, ideologias, além disso, eles tinham sua própria corrente de pensamento. Suas principais preocupações se voltavam para o homem e a vida em sociedade

Embora Sócrates tenha surgido contrapondo-se aos Sofistas, motivando seus adeptos a buscarem a verdade, fato esse que o faz um anti-sofista, ele também usa-se de um belo discurso (arte da retórica) igualmente aos Sofistas para conseguir seus objetivos. A diferença entre Sócrates e seus antecessores é o objetivo almejado.

Os Sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia, levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e sagacidade mental, ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados.

Etimologicamente, o termo sofista significa sábio. Entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido de impostor, devido, sobretudo, às críticas de Platão

A CORRENTE NATURALISTA DA SOFÍSTICA

É um lugar-comum a afirmação segundo a qual os sofistas teriam contraposto a “lei” à “natureza”. Na realidade, essa contra­posição não existe nem em Protágoras, nem em Górgias, nem em Pródico, mas, no entanto, está presente em Hípias, em Élida, e em Antifonte, que atuaram por volta de fins do. Século V a.C. O “iluminismo” sofístico dissolveu aqui não só os velhos preconceitos de casta da aristocracia e o tradicional fechamento da polis, mas também o mais radical preconceito, comum a todos os gregos, sobre a sua superioridade em relação aos outros povos: cada cidadão de cada cidade é igual a cada cidadão de outra; cada homem de cada classe é igual a cada homem da outra; cada homem de cada país é igual a cada homem de outro, porque, por natureza, cada homem é igual a cada outro homem Infelizmente, Antifonte não chegou a dizer em que consiste tal igualdade e qual é o seu fundamento: no máximo, ele chega a dizer que todos somos, iguais porque todos temos as mesmas necessidades naturais, todos res­piramos com a boca e o nariz etc. Mais uma vez, seria preciso esperar Sócrates para ter uma solução para o problema.
E sabido, com efeito, que sofista, na linguagem corrente, há tempo assumiu um sentido decididamente negativo: sofista é chamado aquele que, fazendo uso de raciocínios capciosos, busca, por um lado, enfraquecer e ofuscar o verdadeiro e, por outro, reforçar o falso, revestindo-o das aparências do verdadeiro. Mas este não é de modo algum o sentido original do termo, que significa simplesmente “sábio”, “especialista no saber”, “possuidor do saber”. Significa não só algo positivo, mas altamente positivo’
FINALIDADES PRÁTICAS DA SOFÍSTICA
O que expusemos até aqui permite-nos compreender os aspetos da sofística que no passado foram menos apreciados, ou até mesmo considerados totalmente negativos. Insistiu-se muito, por exemplo, no fim prático e não mais pura mente teórico da sofística e isto foi considerado como uma queda especulativa e moral. Os filósofos da natureza diz-se buscavam a verdade por si mesma, e o fato de terem ou não alunos era puramente acidental; ao contrário, os sofistas não buscavam a verdade por si mesma, mas tinham por objetivo o ensinamento, e o fato de terem discípulos era, ao invés, para eles, essencial. Em suma: os sofistas faziam do seu saber uma verdadeira profissão

CONCLUSÃO
Depois da pesquisa feita chegamos a conclusão de que: A corrente sofística é chamada aquele que, fazendo uso de raciocínios capciosos, busca, por um lado, enfraquecer e ofuscar o verdadeiro e, por outro, reforçar o falso, revestindo-o das aparências do verdadeiro. Mas este não é de modo algum o sentido original do termo, que significa simplesmente “sábio”, “especialista no saber”, “possuidor do saber”. Significa não só algo positivo, mas altamente positivo a sofística é também conhecida como uma sabedoria aparente, não real; o sofista é um mercador de sabedoria aparente, não real.

BIBLIOGRAFIA