A GESTÃO DA SALA DE AULA

Introdução

No presente trabalho falaremos da gestão na sala de aula tema este que tem como objectivo encorajar e estabelecer o autocontrolo do estudante através de um processo de promoção das realizações e comportamento positivista do aluno.
Para alem da introdução, conclusão e referencias este trabalho trás outros subtemas tais como:
·         Definição de gestão da sala de aula
·         A comunicação na sala de aula
·         A influência das expectativas do professor
·         Exemplos de algumas expectativas relacionadas ao professor.
Foram utilizadas as seguintes bibliografia: livros de ciência da educação como “A psicologia da educação”, uso da internet onde nos baseamos em alguns artigos relacionados com o tema, alguns depoimentos de professores enfim.
O que nos difere de outros trabalhos da mesma natureza é a precisão e a objectividade para além da clareza de expormos este tema de extrema importância para nos educadores de infância também ocupando a categoria de professores.


A gestão da sala de aula

 

O clima e o funcionamento da sala de aula são influenciados pelas características do professor, pelas características dos estudantes (como as experiencias familiares, o temperamento, as competência linguísticas, as competências sociais e interpessoais) e pelas características do próprio contexto onde decorre a aula.
Numa sala de aula é extremamente importante que um professor seja capaz de “Gerir os seus alunos” de modo a criar um ambiente próprio à aprendizagem.

Definição

A gestão de sala de aula é o conjunto de técnicas e competências que permitem a um professor controlar os alunos de forma eficaz, de modo a criar um ambiente positiva de aprendizagem para todos os alunas ( Sternberg e Williams,2002).
Num contexto barulhento caracterizado por um ambiente hostil, onde se ignoram as regras e onde os alunos desafiam a autoridade do professor a aprendizagem não é a prioridade de ninguém. A gestão da sala de aula é apenas uma das funções do papel de liderança do professor, não se podendo separar das outras funções ( Arends,1995).
Associada à gestão da sala de aula, aparece muitas vezes a disciplina, encarada como o conjunto das acções iniciadas pelo professor para minimizar os problemas de comportamento dos alunos que as distracções e para criar um ambiente de aprendizagem eficaz ( Sternberg e Williams,2002).Actualmente, a indisciplina é uma preocupação de muitos professores, sendo vista como a violação de norma estabelecidas, o que, em contexto escolar, impede o dificulta o decorrer do processo de ensino-aprendizagem (SILVA,1999). Um professor eficaz é aquele que efectua uma boa gestão da sala de aula, nos seus amplos aspectos de modo a evitar os conflitos/problemas de comportamento.
Em salas bem geridas os professores detectam o problema de comportamento antes de perturbar a dinâmica da aula, sendo um número significativo de repreensões na sala de aula indicativo de que não esta a ser bem gerida. Neste sentido, Lasley (1989, criado por Goldstein,1995) definiu quatro objectivos que devem ser estipulados pelo professor, no sentido de evitar a indisciplina:
1.    Desenvolver um conjunto de regras passíveis, de implementação;
2.    Responder consistente e rapidamente ao comportamento inapropriado;
3.    Estruturar bem as actividades de modo a evitar comportamentos disruptivos:
4.    Responder aos alunos que manifesta comportamentos disruptivos sem se zangar e sem insultar.
Alguns autores têm sugerido diversas formas de gerir a sala de aula, umas preventivas, outras de gestão do comportamento inadequado e perturbador sendo algumas delas apresentadas de seguida.
Preparar bem as aulas e mantê-las interessantes: de todas as planificações realizadas pelos professores, a diária é a que tem recebido mas atenção. Normalmente os planos diários esquematizam o conteúdo a serem ensinados, as técnicas motivacionais a serem explorados, os passos e as actividades preconizadas, os materiais a utilizar e os processos de avaliação. Assim o professor ao preparar uma aula deve ter em atenção as características dos alunos adequando o nível de dificuldade. À semelhança do que propunha Bruner (1966/1999), os alunos devem ser confrontados com algum grau de incerteza, o que implica que uma tarefa não seja demasia fácil, pois pode levar a conclusões e desistências.
É consensual que as aulas interessantes promovem a atenção dos alunos e uma melhor aprendizagem. Professores monótonos, cujo tom de voz é constante e que mostra pouco entusiasmo pelos conteúdos abordados, “contagiam” os alunos. Do mesmo modo, um professor entusiasmado promove a aprendizagem e diminui os problemas de comportamento (Sternberg e Williams,2022).
Garantir que todos os alunos estão envolvidos: os alunos não podem continuar a ser receptores passivos, eles têm de interagir (Sanches,2001).o professor deve utilizar estratégias que promovam o envolvimento e atenção de todos alunos. A promoção da aprendizagem pela descoberta pode ser uma boa estratégia para manter os alunos envolvidos. Durante uma aula expositiva, por exemplo, se o professor colocar questões aos alunos, obedecendo sempre à mesma ordem, os alunos sabem à partida quem vai ser o próximo a responder. Se o professor colocar questões ou destinar tarefas aos alunos de forma aleatória, é provável que todos estejam mas atentos.
Estabelecer regras e procedimentos: nas salas de aula a definição de regras e procedimento pode evitar diversos problemas, construindo, por tanto, uma pratica preventiva da indisciplina. Arends (1995), define as regas como afirmações que especificam as coisas que se esperar que os alunos façam e não façam e define os procedimentos como as maneiras de levar acabo o trabalho e outras actividades. È essencialmente definir procedimentos, de modo a especificar como os alunos devem fazer as coisas e realizar as actividades necessárias para aprendizagem (por exemplo, especificam quais os recursos da biblioteca que os alunos podem utilizar, como proceder se quiserem ir a casa de banho, etc.).
 Em quanto os procedimento ensinam como se as coisas que se fizessem na sala de aula as regras aceitáveis e não aceitáveis na sala de aula (Sternderg em Willians,2002). As regras, bem como os procedimentos, devem adequar-se ao tipo de alunos, mas também ao contexto. Por exemplo, definir certas regras para a sala de aula, que vão contra as regras do funcionamento da escola, pode criar uma situação conflituosa e confusa, quer para os alunos, quer para os professores.
As regras definidas em sala de aula têm uma função pedagógica especifica embora limitadas por padrões gerais de conduta social e impregnadas de um conteúdo ético de origem social, as regras pedagógicas subordinam-se aos fins do processo pedagógico e da produção que ele pretende geral e são relativas se situações criadas em função de determinados modelos de intervenção pedagógica. Numa sala de aula são necessárias em geral poucas regras, sendo importante que o professor assegure a sua compreensão. Por isso discutir as regras com os alunos podem ser o primeiro passo para o seu cumprimento e escreve-las pode ser igualmente importante. O professor deve ser consistente no que diz respeito a exigência no cumprimento das regras e dos procedimentos, pois, se o não for, qualquer conjunto de regras ou procedimentos se dissolve rapidamente (Arends, 1995). Assim é necessário atribuir consequências adequadas e consistentes quando as regras são quebradas.
Organizar a sala: a estrutura da sala de aula é preponderante, como o número de alunos, a amplitude de competências dos diversos alunos da turma e a dimensão da sala espaço é, de facto, um aspecto importante para desencadear boas aprendizagens devendo ser adequado a cada actividade. Do mesmo modo, é importante que seja um espaço agradável, se for um local sujo, em mau estado, a vontade de la permanecer e de o estimar será reduzida. Um ambiente escolhedor e personalizado, que os alunos vejam como sendo seu, pode favorecer a aprendizagem o comportamento adequado.
Os professores não podem controlar na maioria das situações a quantidade de espaç9o disponível podendo, todavia, gerir aquele que esta disponível (Richardson,1995). Um dos objectivos da planificação diária visa a disposição e arrumação da sala de aula, sendo uma das decisões importante a disposição do mobiliário. Assim, as filas e colunas são adequadas em situações em que o professor pretende que os alunos foquem a sua atenção numa determinada direcção (por exemplo, a atenção de todos durante a exposição de um tema pelo professor); o círculo é útil para promover discussões (uma variante que pode ser eficaz é o semicírculo, pois permite que todos os alunos vejam o professor); e a organização em grupos é útil para debates, aprendizagem cooperativa e outras tarefas m pequeno grupo (Richardson,1995).
Gerir o tempo: criar um ambiente favorável à aprendizagem implica saber gerir bem o tempo. Neste sentido, é necessário que os professores comprienda que os tempos de aprendizagem efectiva são muito menor do que o tempo destinado pelo professor a aprendizagem, ou seja, os alunos envolvem-se activa e eficazmente nas tarefas de aprendizagem apenas durante uma parte do tempo disponibilizando pelo professor.Alguns autores sugerem que o professor pode aumentar o tempo de aprendizagem de qualidade(isto é, quando o aluno esta efectivamente a aprender) atravs das seguintes estratégias:
1.    Minimizar os tempos mortos entre as actividades;
2.    Preparar-se e organizar-se adequadamente;
3.    Di9sciplinar os alunos que causam problemas nas aulas e manter a ordem e o controle a sala de aula.
Lidar simultaneamente com múltiplas situações: numa a sala de aula, diversos acontecimentos ocorrem em simultâneo, sendo exigida a atenção do professor a um conjunto variado de ocorrência. Por exemplo se esta a trabalhar com um grupo terá de controlar com o olhar o trabalho do outro grupo, o que pode ser extremamente exigente. Há professores com esta capacidade, sendo que os que não têm, devem pratica-la.
Fazer critica construtivas e apreciações positivas: saber fazer criticas construtivas é essencial para uma boa gestão da sala de aula. Centrar a apreciação no comportamento e não na pessoa pode ser uma estratégia eficaz. Do mesmo modo, uma crítica a um comportamento desadequado deve ser transmitida calmamente, sem gritar e sem usar palavrões, explicando a razão da chamada de atenção e fornecendo uma alternativa positiva a esse comportamento. Um professor hipercrítico que esta constante mente a procurar erros dos alunos e que é pessimista, aumenta a probabilidade de os alunos revelarem comportamentos pouco adequados (Goldstein,1995) .De facto a forma como o professor vê e analisa as diversas situações que ocorrem na sala de aula, relacionadas também com as suas expectativas influencia a forma como reagem. As considerações positivas a cerca do estudante e a transmissão de expectativas positivas a cerca da sua capacidade para manter o bom comportamento ou alterar o comportamento desadequado podem ser elementos essenciais numa sala de aula.


 Comunicação na sala de aula

 

O que se desenvolve na sala de aula, o que fazem e o que dizem os diferentes participantes é maioritariamente consequência de um processo de construção conjunta, isto é, os contextos de interacção são construídos pelas pessoas ao actuarem, e pelas acções dos participantes.
A sala de é o único contexto comunicativo no qual um dos participantes, o professor, formula perguntas continuamente cuja resposta já conhece; no qual a fala do professor ocupa mais tempo que a fala dos alunos, levando este a interpretar tal resposta.
Como em qualquer contexto a comunicação na sala de aula tem uma dimensão não-verbal muito importante: muito do que comunicamos, de forma intencional ou não, transparece da nossa linguagem corporal, do tom de voz e dos gestos (Stermberg e Williams, 2002). Como refere Postiq, o sorriso, o olhar, o franzir do sobrolho, o trejeito, os movimentos de cabeça, que aprovam ou desaprovam, os gestos da mão e dos dedos que designam os alunos e os convidam a exprimir-se ou a parar, as posturas corporais que 8indicam a surpresa, a expectativa, o interesse, a decepção, etc., são espontaneamente descodificados pelos alunos em sinais positivos, negativos ou neutros.
A comunicação professor-aluno é distribuída bastante irregularmente, centrando-se num pequeno grupo de estudantes. O professor deve ser um bom comunicador o que exige que a comunicação se faça em dois sentidos. Uma boa comunicação, no contexto de sala de aula, implica que os professores garanta a compreensão da mensagem por todos os estudantes. Por vezes, este objectivo não se atinge com facilidade, devido a diferença nos códigos linguísticos do professor e dos alunos. A linguagem do professor deve ser simples, coloquial, rica em imagens e em comparações (Antão, 1993). Contudo, a simplicidade não é sinónimo de superficialidade ou falta de rigor.
Para os estudantes perceberem a mensagem, é necessários que prestem atenção ao professor, o que nem sempre acontece. Antão (1993) fornece aos professores algumas sugestões práticas a este nível, como:
Ø  Não utilizar a voz com intensidade superior ao barulho provocado pelos alunos; se necessário fazer silencio até os alunos acalmarem;
Ø   Transmitir de uma forma lúdica, clara e directa as mensagens (por exemplo, dramatizar);
Ø  Introduzir voluntariamente um erro, para ver se os alunos o detectam (que deve ser sempre corrigido);
Ø  Dar aos alunos oportunidade para intervirem;
Ø   Utilizar piadas ou pequenas anedotas, que podem servir para descongestionar as aulas e para introduzir conceitos.

A influência das expectativas do professor

Muitas vezes, a representação que o professor cria acerca do estudante é baseada num processo de categorização, isto é, o professor atribui ao aluno certas características com base na sua ligação de categorização, isto é, o professor atribui ao aluno certas características com base na sua ligação a categorias socioeconómicas, socioculturais, étnicas, etc.
As expectativas do professor podem ser criadas com base:
1.    Na observação directa mútua;
2.     Na informação recebida;
3.    Na observação mútua continua.

A observação directa mútua é a fonte de informação imediata: aqulo que se observa nas primeiras aulas, nos primeiros encontros, nos corredores, etc. tem um peso importante nas representações que o professor cria do aluno (e vice versa). Contudo, muitas vezes, quando ocorre o primeiro encontro, quer os alunos quer os professores já obtiveram informações uns sobre os outros (informação recebida). Por exemplo o aluno recebe informações de colegas mais velhos acerca dos professores e os professores também já tem informações sobre as turmas, obtida através do contacto com outros professores, da consulta de documentos, etc.
As expectativas são transmitidas verbalmente, mas também através do tom de voz, da expressão facial, da postura, do contacto visual e de outros aspectos da linguagem corporal. Os professores desde o primeiro momento em contacto com os alunos já perspectiva algo deve é saber usar as suas expectativas de forma correcta para não afectar o aproveitam do aluno.



Conclusão


Desta feita através de um longo questionamento e argumento teórico sobre o tema chegamos a conclusão que como focamos anteriormente “Gerir é organizar, distribuir, estabelecer uma estrutura”, então a gestão na sala de aula deve ser feita do mesmo modo uma vez que o professo sendo o gestor deve contribuir para desenvolver nos alunos a capacidade de autocontrolo, para interiorizar algumas regas, que aumentem a aprendizagem. Ele deve também ser capaz de responsabilizar o aluno pela sua aprendizagem e pelo seu comportamento mais do que promover a mera obediência usando uma comunicação bastante clara, objectiva.