Sartre (1905-1980)





VIDA: Sartre estudou filosofia na École Normale Supérieure, onde conheceu sua companheira de toda vida, Simone de Beauvoir. Sua palestra de 1945 O existencialismo é um humanismo fez o nome de Sartre, junto com várias obras para teatro. Simpatias marxistas o levaram ao ativismo político, apoiando, por exemplo, a luta argelina contra do domínio colonial francês. Em 1964 recusou o Nobel de Literatura. Em 1972, já perdendo a visão, produziu seu estudo sobre Flaubert, O idiota da família.

PRINCIPAIS IDEIAS: Maior expoente do existencialismo no pós-guerra, Sartre ensinou que a liberdade humana é total, exigindo que assumamos a responsabilidade pelo que fazemos e por quem nos tornamos. Para Sartre, é através de nossas escolhas e ações que nos criamos livremente, mas enfrentar a responsabilidade que isso acarreta tem seu preço psicológico. A "náusea" do título de seu primeiro romance refere-se à ação patológica do herói, Roquentin, à realidade de sua própria liberdade e à sua busca de significado num mundo de coisas que lhe é radicalmente indiferente. Em O ser e o nada, Sartre explorou mais nosso ser-no-mundo, denunciando a má-fé - nossa tendência de nos enganarmos -, com a qual as pessoas tendem a se esquivar da responsabilidade por suas ações.


PRINCIPAIS OBRAS: O ser e o Nada; A Náusea; Crítica da Razão Dialética; O Idiota da Família.
fonte: LAW, Stephen; Guia Ilustrado Zahar - Filosofia, Jorge Zahar, ED. 2008