Karl Popper (1902-1994)




VIDA E OBRA: Popper é mais conhecido como filósofo da ciência e por suas críticas das filosofias políticas utópicas. Afirma que a ciência não avança fazendo generalizações a partir de observações, mas fazendo conjecturas ousadas que devem ser testadas. É a verificabilidade que dá poder a uma teoria científica. Popper concluiu seu PhD em Viena em 1929. Sua primeira obra A lógica da descoberta científica, esboçou suas ideia sobre o método científico, desenvolvidas depois em Conjecturas e refutações. Em 1937, judeu diante da iminente anexação da Áustria pela Alemanha nazista, Popper emigrou para a Nova Zelândia. Durante a guerra escreveu, A Sociedade aberta e seus inimigos, uma defesa da democracia liberal através de uma crítica da filosofia de Platão, Hegel e Marx. Após o conflito, lecionou na London School of Economics, tornando-se professor em 1949. Em O eu e seu cérebro, escrito com John Eccles, defende uma forma de interacionismo mente-corpo.

PRINCIPAIS IDEIAS: Para os falsificaionistas - entre os quais Popper é um dos mais importantes -, o valor de um conhecimento científico não vem da observação de experiências, mas da possibilidade de a teoria ser contrariada, ou melhor, falseada. Com a ideia de que a teoria precede a experiência, os falsificacionistas admitem que toda explicação científica é hipotética; no entanto, é o melhor que temos.
Quanto mais uma teoria puder ser falseada, melhor seria ela. Por exemplo, ignorando a pressão atmosférica e outros fatores, se dissermos que "a água ferve a 100 graus Celsius", qual a contradição possível, ou melhor, o que tornaria falsa essa afirmação? A resposta seria: ao chegar a 100 graus Celsius a água naão ferveria ou ververia antes. No momento em que uma teoria é falseada, o cientista tentará melhorá-la ou a abandonará. O fundamental é que tenhamos em mente o seu limite.
Karl Popper apontará critérios para uma boa teoria científica: 1. Tem de ser clara e precisa, não podendo ser obscura ou deixar margem para várias interpretações. 2. Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais melhor. 3. Deve ser ousada, para progredir em busca de um conhecimento mais aprfundado sobre a realidade.

Bibliografia:
CHAUI, Marilena – Iniciação à Filosofia; Ed. Ática, 2009
LAW, Stephen – Guia Ilustrado Zahar de Filosofia; Ed. Zahar, 2008