Acidentes nas instituições de infancia


INTRODUÇÃO
O presente trabalho fala sobre os acidentes nas instituições de infância, casos estes que normalmente acontecem principalmente à crianças que são muito extrovertidas. Neste aspecto ressalta-se que as crianças são o centro das nossas atenções então falar deste tema releva-se de uma forma a considerar as causas e algumas prevenções que a vigilante de infância deve ter concernente aos cuidados da criança no centro infantil.


ACIDENTES NAS INSTITUIÇÕES DE INFÂNCIA
Acidente é definido como “todo evento não intencional e evitável” causador de “lesões físicas e/ou emocionais” podendo ocorrer em qualquer ambiente: doméstico, escolar, de trânsito, entre outros. O conceito actual de acidente ressalta o seu carácter previsível, apontando para a possibilidade de prevenção. Os acidentes na infância se configuram como um problema de grande proporção para a Saúde Pública. Estudos mostram que, embora a maioria dos acidentes com crianças aconteça em casa, a escola também tem sido palco de muitas dessas ocorrências.
É importante ressaltar que, dentro da instituição escolar, o educador ocupa um papel fundamental, considerando o fato de ser referência para os alunos não apenas por ser peça chave no processo ensino-aprendizagem, como também por estar quotidianamente convivendo com as crianças, sendo percebido, muitas vezes, como um modelo de comportamento. Além disso, há que se considerar que o educador é a pessoa que, frequentemente, se encontra próximo à criança quando esta se acidenta, tendo, portanto, de lhe prestar o primeiro atendimento.
Influência socioeconómica nos acidentes com crianças
Analises feitas com base no estudo, observam que alguns elementos em nossa sociedade e no ambiente que vivemos estão ligados ao aumento da exposição das crianças aos riscos de acidentes. A falta de informação, de infra-estrutura adequada, de espaços de lazer, creches e escolas e de políticas públicas direccionadas à prevenção de acidentes são alguns exemplos desta relação. Sabe-se que alguns factores como pobreza, mãe solteira e jovem, baixo nível de educação materna, habitações precárias e famílias numerosas estão associados aos riscos de acidentes. Por outro lado, é importante ressaltar que qualquer criança, independentemente de sua classe social, está vulnerável à ocorrência de um acidente.
Prevenção
As crianças são mais frágeis fisicamente, inexperientes, não tem medo e ainda estão desenvolvendo suas habilidades de reacção aos perigos. Por isso, é muito importante adequar os ambientes em que elas vivem (escola, casa, parquinhos, etc.) e educar seus cuidadores para reconhecerem estes perigos e terem uma supervisão activa sobre as crianças.
Em cada fase do desenvolvimento, as crianças precisam de cuidados específicos. Até um ano, elas são frágeis fisicamente e estão mais vulneráveis principalmente as quedas e a sufocação. De dois a quatro anos, elas são curiosas e inconsequentes. Já de cinco a nove anos, são influenciáveis e com habilidades  motoras abaixo do julgamento crítico fazendo. Nestas duas faixas etárias estão em maior risco de sofrer acidentes letais como de trânsito e afogamentos, e hospitalizações com quedas e queimaduras.
Alguns exemplos da prevenção de acidentes com crianças indicados no relatório são: No banheiro nunca deixar os bebés sozinhos.
Ao escolher brinquedos observar sempre o selo do elemento e considerar a idade, a habilidade da criança e busque, e evitar brinquedos com pontas afiadas e os que produzem sons altos.
No berço, retirar todos brinquedos, travesseiros e objectos macios. As grades devem ter no máximo seis centímetros entre elas.
As janelas, lajes e sacadas precisam ter grades ou redes de segurança e portões de segurança no topo e na base das escadas.
Nos parquinhos, as quedas representam as mais severas lesões. O risco é quatro vezes maior se a criança cai de um brinquedo mais alto que 1,5m. Importante sempre verificar se os equipamentos são apropriados para a idade da criança e fique atento aos perigos como ferrugem, pregos expostos, superfícies instáveis ou quebradas.
Os afogamentos são rápidos, silenciosos e de grande gravidade, por isso as crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto ou vigilante, quando próximas à água.
Ensinar a criança a brincar com o animal de estimação, nunca quando ele estiver se alimentando, e estar sempre por perto.
Pontos que o educador deve saber
Na Rua
§  Ensine a criança a respeitar os sinais de trânsito, atravessar a rua na faixa de pedestres e olhando para os dois lados;
§  Menores de 10 anos não devem atravessar a rua sozinhos. É importante segurar os pequenos pelo pulso;
§  Entradas de garagens, quintais sem cerca ou estacionamentos não são seguros para brincadeiras.
No Trânsito
§  Crianças com menos de 10 anos devem sentar no banco de trás do carro. Até os 7 anos, é importante usar cadeirinhas de segurança adequadas à idade e ao peso da criança. Sempre usar cinto de segurança;
§  Não deixe a criança sozinha no carro, mesmo que o vidro esteja entreaberto;
§  Ao contratar transporte escolar, busque referências e verifique a documentação do veículo e do motorista.
Nas Áreas de Lazer ou centro infantil
§  Escadas, sacadas e lajes não são lugares para brincar;
§  No parquinho, verifique se os equipamentos são apropriados à idade da criança e fique atento a perigos como ferrugem, pregos expostos e superfícies instáveis;
§  O piso deve absorver o impacto e ser de como grama, emborrachado ou areia;
§  Ensine regras de comportamento, como não empurrar, nem se amontoar;
§  Empinar pipa só em lugares abertos, longe de fios eléctricos e trânsito;
§  Ensine a criança a usar capacete quando estiver de bicicleta, skate ou patins.



CONCLUSÃO
Conclui-se que no caso específico do ambiente escolar, existe, efectivamente, hoje em dia, uma maior qualificação dos profissionais de infância que lidam directamente com as crianças e que são responsáveis pela supervisão directa das mesmas, qualificação esta que é exigida e supervisionada pelas vigilantes de infância no âmbito de melhores cuidados nas instituições infantis.




BIBLIOGRAFIA