a liberdade e responsabilidade
INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordaremos sobre a liberdade e a
responsabilidade humana, vamos primeiro por definir a liberdade em que A
liberdade é um direito de que todos nós devíamos usufruir, mas com a liberdade
vem a responsabilidade, pois tudo o que fazemos “livremente” tem as suas
consequências. Não podemos pensar apenas em nós, pois todas as nossas acções
vão influenciar os outros, mesmo que essa não fosse a nossa principal intenção,
pois todos nós vivemos na mesma sociedade.
SIGNIFICADO DE LIBERDADE
A liberdade significa o direito de agir segundo o seulivre
arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique
outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade
é também um conjunto de idéias liberais e dos direitos de cada
cidadão.
LIBERDADE E ÉTICA
LIBERDADE NA FILOSOFIA
Karl Marx diz que a liberdade humana é uma prática dos
indivíduos, e ela está diretamente ligada aos bens materiais. Os indivíduos
manifestam sua liberdade em grupo, e criam seu próprio mundo, com seus próprios
interesses.
QUATRO TIPOS DE LIBERDADE
Dizer que se defende a liberdade é
muito fácil, mas muitas vezes aquilo que se entende como liberdade é muito
diferente de pessoa para pessoa e geração para geração. De um modo geral,
liberdade significa liberdade da coerção dos outros (Estado ou indivíduos).
Existem quatro grandes tipos/níveis de liberdade:
·
Liberdade da opressão como interferência arbitrária -
Que é basicamente a liberdade de se viver os direitos que nos foram atribuídos
pela sociedade, sem o medo de interferências arbitrárias na nossa vida por
parte de outrém.
·
Liberdade de participar nos processos de decisão da
comunidade - Ou seja, liberdade de eleger, de ser eleito e de se exprimir sobre
temas políticos.
·
Liberdade de consciência e de crença - Por outra palavras,
a liberdade de se praticar a religião que entender e o direito de dissidência
relativamente a uma qualquer religião.
·
Liberdade de cada um viver como entender - No mundo
actual, as pessoas não se sentem livres porque os seus direitos são
respeitados, ou porque as suas crenças podem ser expressadas livremente, ou
porque podem participar no processo de decisão político. As pessoas sentem-se
livres porque podem definir um rumo para a sua vida, sem ter em consideração o
bem comum ou as crenças religiosas.
LIBERDADE É RESPEITAR AS
PRÓPRIAS ESCOLHAS E O LIMITE DOS OUTROS
A RESPONSABILIDADE DE CADA UM
Há quem
tenha dificuldade para lidar com a liberdade, já que ela traz como consequência
a necessidade de se assumir a responsabilidade pelos próprios atos. "As
pessoas erram mais quando se sentem mais livres. Por outro lado, também
aprendem com seus erros e, em etapas seguintes, elas acertam mais", atesta
Ribeiro. "A liberdade é um atributo exclusivamente humano, que nos lança à
condição de incerteza, de capacidade de escolha e de ruptura com um destino
predeterminado" acrescenta Adriana.
A liberdade
também é um mau negócio para quem desconhece seus interesses, necessidades e
vontades pessoais. Para a filósofa, quem não é capaz de decidir sobre os rumos
de sua própria vida acaba fazendo escolhas ruins. "Só quando nos tornamos
senhores da própria consciência e recuperamos a capacidade de raciocínio, discernimento
e reflexão sobre as coisas, que exercermos positivamente o nosso
livre-arbítrio", finaliza.
Porque o Homem é Responsável?
A pergunta é,
então, como pode o homem ser responsável por suas ações quando tudo que ele faz
foi ordenado e decretado por Deus? Não é isto uma pergunta nova: é no mínimo
tão velha como o Novo Testamento e, provavelmente, mais velha. Paulo antecipou
esta pergunta aos seus leitores quando ele escreveu o admirável capítulo nono
de Romanos. Disse ele: "Dir-me-ás então: Porque se queixa ele ainda?
Porquanto, quem resiste a sua vontade?" E a resposta de Paulo foi:
"Mas antes, ó homem, quem eis tu que contestas contra Deus? Porventura a
coisa formada dirá ao que a formou: Porque me fizeste assim? Ou não tem o
oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e
outro para desonra?" Paulo, bem se vê, ao mencionar esta pergunta e sua
resposta, mostra, conclusivamente, que ensinou a soberania absoluta de Deus. Na
verdade, as suas palavras precedentes ensinam, claramente, isso. Paulo deu a
resposta que deu porque antecipou a pergunta como vinda de um objetor. Quando
ela vem como de um reverente inquiridor, ela merece consideração mais
minuciosa. A resposta de Paulo teve de ser mais breve porque o seu tempo e
propósito não permitiram uma discussão mais longa. O nosso tempo permite e o
nosso fim requer uma discussão mais completa.
RESPONSABILIDADE HUMANA
Responsabilidade é o dever de arcar com as consequências do próprio
comportamento ou do comportamento de outras pessoas. É uma obrigação jurídica
concluída a partir do desrespeito de algum direito, no decurso de uma ação
contrária ao ordenamento jurídico. Também pode ser a competência para se comportar de
maneira sensata ou responsável. Responsabilidade não é somente obrigação, mas
também a qualidade de responder por seus atos individual e socialmente.
O DETERMINISMO E A
RESPONSABILIDADE HUMANA
A
consequência fatal do conceito equivocado do calvinismo acerca da
soberania de Deus (aonde tudo o que acontece é decretado ou determinado por
Deus) é um choque de frente com aquilo que conhecemos como sendo
“responsabilidade humana”. É inegável que a Bíblia culpa os pecadores por seus
próprios pecados, e os condena à morte no lado de fogo, da mesma forma que
recompensa os justos a uma existência eterna. Mas com que base poderíamos
justamente considerar alguém responsável pelos delitos cometidos em vida, se
tudo nesta vida foi previamente determinado?
Em outras
palavras, se foi Deus quem determinou que o ladrão roubasse e este ladrão não
poderia fazer outra coisa a não ser roubar, por que o ladrão deveria ser
considerado responsável pelo roubo? Culpar um ladrão nestas circunstâncias
seria tão ilógico quanto culpar uma faca por um assassinato cometido por meio
dela. A faca é simplesmente um meio, e não a causa. A
faca não é culpada, ela é meramente um instrumento, o mesmo
que os calvinistas pensam em relação aos seres humanos. O real responsável,
neste caso, deveria ser a causa primeira do ato (o que os calvinistas remetem a
Deus).
Thomas
Summers disse:
“A liberdade
e responsabilidade seriam destruídas ou postas de lado se necessitássemos agir
seguindo motivos dos quais não temos controle algum, tão certamente como se
alguma força maior nos agarrasse e, mecanicamente, nos forçasse a realizar
qualquer ato contrário à nossa vontade”
De facto, se
alguém mais forte do que eu me amarra, coloca uma arma na minha mão e usa o meu
dedo para puxar o gatilho e matar alguém, eu não sou responsável pelo
assassinato, pois eu fui meramente utilizado, fui um meio,
não fui a causa. Eu não tive escolha, eu fui coagido a
isso. Se os seres humanos não possuem livre-arbítrio, mas apenas agem conforme
o que Deus determinou desde a eternidade, então eles não são responsáveis, mas
estão apenas cumprindo obedientemente um decreto divino, contra o qual é
impossível resistir.
Como já
vimos anteriormente, Calvino em momento algum negou que era Deus quem
determinava os pecados e que o homem não possui escolha, mas a todo instante
buscava resgatar algo da responsabilidade humana dizendo que, embora o homem
não possa não pecar, ele é culpado porque desejou pecar. Isso
não resolve nada e nos leva a problemas maiores, porque, em primeiro lugar,
para Calvino o desejo também vem de Deus. Então, com que lógica o homem deveria
ser responsável pelo desejo e não pela ação se
tanto o desejo quanto a ação vieram de Deus?
Mesmo que
algum calvinista divergisse de Calvino neste ponto e dissesse que os desejos
vêm do próprio homem e que somente a ação é determinada por Deus, ele estaria
em maus lençóis. Isso porque, em primeiro lugar, ele estaria assumindo que os
desejos são auto causados, o que destrói e põe por terra toda a teoria de
Edwards, aceita por quase todos os calvinistas, de que nada é auto causado pelo
homem, mas tudo é determinado por Deus.
Se abrirmos
brecha para a tese de que os desejos podem ser auto causados, então por que as
ações também não poderiam ser auto causadas? Um calvinista que recua neste
ponto teria que abrir mão também da alegação de que os atos não podem ser auto causados
e devem ser externamente determinados, o que o levaria, irremediavelmente, ao
arminianismo indeterminista. Seria um grande nonsense afirmar
que as ações não podem ser auto causadas, se os desejos podem.
Em segundo
lugar, a alegação de que os desejos são auto causados mas as ações são
determinadas por Deus nos leva a outro problema, que é o fato de que nós agimos
em conformidade com os nossos desejos. São os nossos desejos que nos leva a
agirmos, de outra forma não agiríamos. Se você está dormindo em sono profundo e
não tem vontade nenhuma de acordar, você continua dormindo. Mas quando começa a
pensar nas consequências que teria em não acordar (como perder o emprego ou
faltar em algum dia importante) você passa a desejar acordar, pensando nas
consequências.
A RESPONSABILIDADE HUMANA DEPENDENDO DO CONHECIMENTO
Preciso é
ficar acentuado que o homem é responsável somente enquanto ele conhece ou tem
dentro do seu alcance o conhecimento do que é justo. O pagão é responsável de
reconhecer a Deus porque, e somente porque, "o que de Deus se pode
conhecer nele esta manifesto; porque Deus lho manifestou. Porque as Suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua
divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas,
para que fiquem inescusáveis" (Romanos 1:19,20).
Quanto a actos
de conduta externa, o pagão é responsável somente pela violação de tais
princípios de justiça como sua própria consciência reconhece. !Todos quantos
sem Lei pecaram, sem Lei também perecerão? isto é, aqueles a quem a Lei escrita
de Deus não se fez conhecida perecerão, mas não perecerão pela condenação da
Lei escrita. Como então serão julgados? Os versos que seguem a citação supra
mostram que serão julgados pelo seu propósito paradigma de justiça; não serão
acusados de transgressões, exceto aquelas contra sua própria consciência. Vide
Romanos 2:12-15.
CONCLUSÃO
Chegamos a conclusão que a Liberdade é o que nos
define, a cada um de nós, pois somos nós que escolhemos as ações que vão
definir a nossa vida. Alguns não têm essa liberdade e não podem escolher por
eles próprios, por isso quem usufrui da liberdade pode e deve usá-la sem
esquecer as consequências, pois caso contrário essa liberdade pode ser-nos
retirada. A Liberdade é ou devia ser um direito de todos os seres humanos, mas
nem todos dela podem disfrutar, seja por motivos religiosos ou por motivos
culturais.
BIBLIOGRAFIA
SUMMERS, Thomas O. Systematic Theology. Nashville:
Publishing House of the Methodist Episcopal Church, South, 1888, v.
2, p. 68.
[2] John Wesley, citado em Arthur S. Wood, “The
Contribution of John Wesley to the Theology of Grace”, p. 211.
[3] REICHENBACH, Bruce R. Predestinação e Livre-Arbítrio:
Quatro perspectivas sobre a soberania de Deus e a liberdade humana.
Editora Mundo Cristão: 1989, p. 132.
[4] REICHENBACH, Bruce R. Predestinação e Livre-Arbítrio:
Quatro perspectivas sobre a soberania de Deus e a liberdade humana.
Editora Mundo Cristão: 1989, p. 132-133.
ÍNDICE