O CONTROLO DA RESPIRAÇÃO
O CONTROLO DA RESPIRAÇÃO
É facto de observação corrente que, quando uma pessoa sobe a correr uma escada, a frequência respiratória aumenta; logo que ela descanse, essa frequência volta ao normal. Sempre que as células apresentam uma actividade intensa, a respiração celular é maior. Este facto determina um consumo suplementar de oxigénio pelos tecidos mais activos e uma expulsão de excesso dióxido de carbono que se formou.
Mas o que torna os músculos envolvidos na respiração mais activos quando outras partes do corpo apresentam maior consumo de oxigénio?
Sendo os teores de oxigénio e de dióxido de carbono do sangue controlados pelos movimentos respiratórios, não serão estes gases responsáveis pela frequência respiratória?
Ora verificou-se que tanto uma concentração de O2 baixa como uma concentração de CO2 elevada, no sangue, estimulam a respiração. Assim, se o nível de CO2 aumentar no sangue, o bolbo raquidiano responde emitindo um grande número de estímulos nervosos aos músculos implicados nos movimentos respiratórios. Como consequência, aumenta a frequência respiratória e com ela uma maior expulsão de CO2 e uma maior captação de O2. Deste modo tende a estabelecer-se o equilíbrio interior que tinha sido afectado pelo aumento da concentração de CO2 no sangue.
Se por outro lado é o nível de O2 que baixa no sangue, vão ser estimuladas determinadas zonas, denominadas quimiorreceptores, que se localizam nas artérias aorta e carótidas. Estes receptores, quando estimulados, enviam impulsos ao centro respiratório do bolbo, cuja resposta vai no sentido de aumentar o número dos movimentos respiratórios por minuto e, desta forma, tentar estabelecer um equilíbrio que tinha sido alterado.