A importância das Tecnologia de Informática e comunicação para uma Educadora de Infância nas Creches


A importância das Tecnologia de Informática e comunicação para uma Educadora de Infância nas Creches



1.- INTRODUÇÃO

         O trabalho que se apresenta enquadra-se no âmbito da Prática de Informática para Educação de Infância, realizado numa creche.
Este trabalho emergiu de uma motivação pessoal associado a uma motivação profissional, pois enquanto profissional da educação dedico um olhar atento e crítico à envolvência social, que parece vem descurando o humano e apela à interacção com a máquina.
         Efectivamente, vivemos numa sociedade dominada pela tecnologia. As pessoas, cada vez mais, se voltam para a máquina na procura de repostas imediatas para os seus problemas. Porém, em minha opinião, a dependência das máquinas está a levar o ser humano a desaprender de viver em família e em grupo e, consequentemente, a distanciar-se da sua verdadeira condição: a humanidade.
         Hoje não há tempo para o diálogo nem para o lazer e assim, a partilha de afectos, os sentimentos e as emoções vão sendo adiados ou simplesmente esquecidos. Acreditamos que este modo apressado, quase sufocante de viver terá repercussões negativas no comportamento e no relacionamento das gerações futuras.
         É consensual entre as Educadoras de Infância a opinião de que as crianças revelam cada vez mais dificuldade em brincarem harmoniosamente umas com as outras. À medida que os anos passam, temos vindo a constatar que manifestam atitudes de maior impulsividade e intolerância nas relações que estabelecem. Por conseguinte, consideramos que a creche deve intervir, atempadamente, no sentido da formação da criança enquanto pessoa e membro participante na sociedade que integra sendo, para isso, é fundamental que se desenvolvam práticas promotoras do relacionamento interpessoal desde a mais tenra idade, de forma a “ promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania” (Silva, 1997, p. 15).
         Opinamos que a creche não é apenas um local de exploração de conteúdos e de aquisição de conceitos técnicos e saberes científicos para aplicar na vida prática do dia-a-dia mas, acima de tudo, um espaço promotor do desenvolvimento de competências afectivas que estão na base da formação da criança enquanto pessoa, que se fortalece e complementa através da relação e da interacção com o outro e da sua participação activa na vida do grupo. Assim, entendemos que também o jardim-de-infância deve oferecer às crianças experiências de vida com significado que ela não pode viver em qualquer outro lugar e que a preparam para o futuro.
2.- Informática educativa
         Informática educativa refere-se ao uso do computador e suas ferramentas no âmbito escolar, enquanto recurso pedagógico a ser utilizado pela profissional de educação de infância. No âmbito escolar, também podemos considerar o computador como um dispositivo de tecnologia assistiva e portanto como um facilitador de inclusão pré - escolar (creche) e social.
         O objetivo da informática educativa é utilizar o computador - para acesso à internet e softwares educativos - enquanto recurso pedagógico para as aulas de diferentes disciplinas, incentivando a descoberta de informações e a construção do conhecimento tanto da criança quanto da educadora de infância.
a) A educadora de infância
         É importante que as aulas sejam planeadas antes de serem aplicadas em ambiente computacional e que os objetivos a serem atingidos sejam expostos aos educandos. A elaboração das actividades deve considerar como atingir os resultados almejados, quão significativa será a aprendizagem proporcionada pela situação a ser criada e se os recursos a serem utilizados são os mais adequados. A formação inicial e continuada abrangendo aspectos de Informática Educativa pode colaborar muito nesse sentido.
         Porém, mais importante do que as técnicas e o planeamento, é a postura da educadora de infância que mais influenciará o resultado do processo de ensino e aprendizagem. Sobre isso, vale a pena citar o professor José Manuel Moran, da ECA-USP:
"Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos connosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicarmos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizam mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação. Então somos verdadeiros Educadores."
         O fato de ter uma sala com computadores não significa necessariamente ter informatização do ensino, como não basta papel e caneta para se escrever um bom texto. Primeiramente é preciso que exista um planeamento, o qual indicará os passos a serem seguidos. A informatização do ensino, não pode ser vista como solução para todos os problemas e nem fazer alusão de que todas as dificuldades relacionadas ao ensino-aprendizagem estarão sanadas, mas não podemos medir esforços para utilizar tudo o que possa contribuir para sua melhoria.
         Para que o objetivo central não se perca, é necessário que o educador seja um mediador e oriente o educando, contribuindo para o desenvolvimento de valores pessoais e sociais que auxiliem para a construção de uma consciência critica, tendo por finalidade a formação de crianças capazes de avaliar suas atitudes e escolhas, como também o mundo em que vivem.


b) A educadora de infância e as creches informatizadas
     A escola precisa de professores capacitados e disponibilizados a encarar esse novo ícone que é a informática educativa sem medo de ser substituído por computadores. Portanto é necessário sem dúvida, haver uma integração entre o meio escolar e o corpo docente, para que possam desenvolver dessa forma a sociabilidade dos alunos e a familiaridade dos professores com o mundo da tecnologia.
         Porém, a introdução de computadores nas escolas não é, nem virá a ser, uma solução para os problemas que afligem a educação. O computador pode educar, mas também deseducar dependendo da maneira como será usada. O mesmo não substitui a inteligência e a criatividade que são inerentes ao ser humano, apenas às desenvolve.
Retomando ao professor, anteriormente era ele quem detinha os conhecimentos a serem transmitidos e aos alunos restava à assimilação passiva desses conhecimentos. Hoje, diante da enorme variedade de dados atualizados pela internet, o discente pode tornar-se um sujeito ativo à sua aprendizagem. Pode então procurar e selecionar as informações de acordo com seu interesse e necessidade. Assim, o modelo tradicional de acúmulo de conhecimento e memorização de dados precisa ser substituído.
         Mas para que os mesmos consigam desenvolver esse tipo de trabalho, é pertinente que eles reconheçam que os conhecimentos não estão prontos e acabados, e sim em constante transformação, reconhecendo que a superação do modelo tradicional é o grande desafio para a educação e não simplesmente a utilização da informática.
Essa formação deve oferecer um suporte tecnológico, pois há necessidade do educador conhecer a maioria dos recursos que são oferecidos pelo computador, ou pelo menos, aqueles que interessem para suas aulas, mas, prioritariamente, um suporte 221
pedagógico, para que a introdução da informática não se restrinja os trabalhos com jogos ou ao “cursinho” técnico de informática.
         Se o educador tiver uma formação objetiva, promover sua autonomia, comprometer-se com o seu próprio desenvolvimento profissional e tornar-se um pesquisador de sua prática pedagógica, o mesmo construirá seu caminho, de maneira correta e significativa para seus alunos, tornando-os cidadãos que estarão aptos a viver num mundo de constantes mudanças, numa era de tecnologias cada vez mais avançadas, conhecida como a Era Global.
         Assim como o homem, a escola vive do imperativo tecnológico: “estado no qual a sociedade se submete humildemente a cada nova exigência da tecnologia e utiliza sem questionar todo novo produto, seja portador ou não de uma melhora real” (Alvarez Revella e outros), mas de uma forma mais lenta. Sua primeira conquista tecnológica foi o livro, carro chefe tecnológica na educação, logo vieram o rádio, o videocassete, o giz, a televisão, porém os resultados apresentados não contribuíram para a interatividade dos alunos como o uso do computador.


c) A informática na educação infantil
         A informática pode ser incorporada em todos as modalidades e níveis educacionais. Uma exemplo é o seu uso na Educação Infantil. Baseando-se na epistemologia genética de Piaget pode-se concluir que a introdução da informática para as crianças pode ser favorável ao desenvolvimento. Essa teoria de Piaget afirma que no período Simbólico, que vai dos dois aos quatro anos de idade, a criança é capaz de criar imagens mentais que substituem o objeto real, e que, no Período Intuitivo - que vai até os sete anos - a criança tenta decifrar o porque dos acontecimentos. Analisando as características de tais períodos podemos afirmar que o computador é um bom recurso às crianças dessa faixa etária.
         O computador pode ser utilizado como um recurso tecnológico que desenvolva o raciocínio infantil, visto que, é uma excelente forma, tanto de mostrar imagens, como de demonstrar às crianças como os acontecimentos ocorrem. O computador também desperta um súbito interesse em relação a conteúdos além da matéria que lhe foi exposta em sala de aula. É um óptimo motivador para complementar as aulas.
Como motivação para novos trabalhos que utilizem a ideia da informática educativa, temos uma nova geração de crianças que desde cedo já possuem contato com a informática, e assim, acredita-se que a reformulação da maneira de lecionar para educação infantil torna-se essencial para garantir o interesse dos alunos em buscar o conhecimento, além de contribuir para a autonomia destes sujeitos.

d) Jogos e educação
         A utilização da informática na educação vem crescendo mais a cada ano que passa, esta utilização tem permitido a criação de várias experiências de aprendizagem entre elas os jogos.
Os jogos fazem parte de nossa vida desde os tempos mais remotos, estando presentes não só na sua infância e, sim em todos os momentos. Os jogos podem ser grandes aliados na educação, pois divertem, motivam, facilitam a aprendizagem e aumentam a retenção do que foi ensinado exercitando as funções mentais e intelectuais do jogador.
         O jogo também ajuda a criança a reconhecer as regras, mostrando a elas que os jogos são como a sociedade, onde há regras e leis. O jogo permite que a criança participe de um mundo de faz de conta, enfrentando os desafios e experimentando situações onde faça uso da lógica.
Se o jogo ajuda no processo de aprendizagem ele é chamado de jogo educacional, mas ainda há muitas discussões sobre os jogos educacionais, Dempsey; Rasmussem; Luccassen (1996 apud. BOTELHO, 2004, p.1), definem que os jogos educacionais "se constituem por qualquer atividade de formato de aprendizagem que envolva competição e que seja regulada por regras e restrições."
         Podemos dizer que os jogos educativos são as aplicações que possam ser utilizadas com algum objetivo educacional. É importante ressaltar que o jogo educacional precisa ser bem fundamentado e com princípios teórico-metodológicos. Por isso é preciso que os professores façam uma análise cuidadosa e criteriosa dos materiais a serem utilizados, tendo em vista o objeto que se quer alcançar.
         Para o desenvolvimento de jogos educacionais é preciso pensar um tema a ser proposto, quais os objetivos a serem alcançados e de que forma será organizado este material. Precisa-se também escolher e produzir imagens, além de selecionar mídias a serem utilizadas no projeto. depois de fazer o planejamento, parte-se para o desenvolvimento do jogo. Isto é, professores abriram as portas para ao uso de recursos que extrapolam a visão tradicional e os métodos meramente discursivos no processo ensino-aprendizagem.
         Portanto, não devemos esperar que o computador traga uma solução mágica e rápida para a educação, mas certamente, ele poderá ser utilizado pelo professor como um importante instrumento pedagógico, permitindo que a criança amplie o seu conhecimento e a sua criatividade, pois afinal criatividade não se ensina, se constrói.
e) A importância da informática na educação
         A cada dia que passa, a informática vem adquirindo cada vez mais relevância na vida das pessoas. Sua utilização já é vista como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida entre as pessoas. Cresce o número de famílias que possuem em suas residências um computador. Esta ferramenta está auxiliando pais e filhos mostrando-lhes um novo jeito de aprender e ver o mundo. Quando se aprende a lidar com o computador novos horizontes se abrem na vida do utilizador.
         Hoje é possível encontrar o computador nos mais variados contextos: empresarial, acadêmico, domiciliar, o computador veio para inovar e facilitar a vida das pessoas. Não se pode mais fugir desta realidade tecnológica. E a educação não pode ficar para trás, vislumbrando aprendizagem significativa por meio de tecnologias. As escolas e creches precisam sofrer transformações frente a essa “nova tecnologia” e assim constituir uma aprendizagem inovadora que leva o indivíduo a se sentir como um ser globalizado capaz de interagir e competir com igualdade na busca de seu sonho profissional.
         O ensino por meio da tecnologia ainda é bastante questionado. Muitas escolas no passado introduziam em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. As dúvidas eram grandes em relação a educadoras de infância  e educandos. Que professores e educadoras de infância poderiam dar essas aulas? Em princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. Uma outra dúvida pairava entre os educadores: O que ensinar nas aulas de informática?
         Com o passar do tempo, algumas escolas e creches, percebendo o potencial dessa ferramenta, introduziram a Informática educativa em seus currículos, que, além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.
         Vivemos num mundo tecnológico, onde a Informática não pode ser vista como meramente “mais uma tecnologia”. É uma “nova tecnologia” que oferece transformação pessoal, além de favorecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade. Dessa forma devemos entender a Informática não como uma ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Devemos ter a percepção que, quando a usamos como conhecimento, estamos sendo modificados por ela e nos transformando em pessoas melhores e mais capacitadas para o mercado de trabalho.


3.- A UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA COLABORATIVA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

a) A computação móvel, como um recurso pedagógico na educação
         Hoje, a maioria das crianças crescem manuseando tecnologia, habilidade que lhe confere acesso a um universo ilimitado de saberes e informações. A possibilidade de conhecer diferentes mundos a partir de uma ferramenta computacional tem sido avaliado por estudiosos como uma metodologia que, se bem conduzida, pode trazer ganhos expressivos para o educando.
         Dentro disso, verifica-se que dispositivos móveis, podem ser um importante apoio pedagógico na pré - escola (creche), tornando as aulas mais atraentes. O uso da tecnologia computacional na sala de aula pode gerar aspectos positivos, principalmente por se entender que estimula o desenvolvimento da autonomia, curiosidade, criatividade e socialização promovendo a construção de conhecimento da criança.
         Neste contexto, o uso de dispositivos móveis como Smartphones, PDAs e
Tablets pode abrir muitas oportunidades do educando trabalhar a sua criatividade, ao mesmo tempo em que se torna um elemento de motivação e colaboração, uma vez que o processo de aprendizagem da criança se torna, atraente, divertido, significativo e auxilia na resolução de problemas que podem ser resolvidos conjuntamente com outras crianças. Além do mais esses tipos de dispositivos utilizam plataformas abertas, o que possibilita a implementação de aplicativos educacionais de baixo custo com potencial de expansão e replicação em diversos locais.
         Ainda, o professor precisa ter um planeamento bem estruturado, precisa ter presente o objetivo que pretende atingir com seus educandos. Com relação e essa questão [TAJ01] enfatiza que como a implantação da informática na área educacional é recente, muitos se questionam sobre a utilização. Tal autor não vê a possibilidade de não utilizá-la, pois não se trata apenas de um instrumento com fins limitados, mas com várias possibilidades, tais como: pesquisas, simulações, comunicações ou, simplesmente para entretenimento. Enfim, cabe a quem vai utilizá-la para fins educacionais definir qual o objetivo se pretende atingir, pois mesmo a sua utilização restrita é importante.


b) A educadora de infância e o desafio na utilização de ferramentas
computacionais

         Nos dias actuais verifica-se que, as escolas e algumas creches, possuem
um laboratório disponível aos seus professores educadoras de infância para utilizarem como um recurso didático, porém percebe-se que a maioria dos profissionais da educação ainda não se encontram familiarizados com este recurso.
Por isso, envolver os professores nesse contexto tecnológico apresenta-se como
o grande desafio. As escolas e creches necessitam organizar uma estrutura que dê oportunidade aos professores educadoras de infância de interagir com a tecnologia, se apropriar desta técnica para usufruir pedagogicamente em suas aulas.
         E o educador deve se “desacomodar”, estar aberto a aprender, pesquisar e se
reciclar. Sendo que essa certa “desacomodação” da educadora de infância em trabalhar com recursos diferentes, não utilizando o tradicional quadro e giz, faz com que a criança fique motivada a entender os conceitos trabalhados em aula, pois a nova forma de se ensinar torna-se instigante.
         A escola deve tentar ajudar dando suporte ao educador, pois a formação deste é muito importante. Esse investimento deve compreender a capacitação prática, onde se tenha o conhecimento tecnológico e este esteja vinculado também a conhecimentos teóricos, havendo leituras e discussões entre educadores.
Para [TAJ01], as educadoras de infância devem ser capacitadas, precisam ser capacitadas e são a mola impulsionadora para o sucesso de implantação desses recursos no ambiente educacional. O professor jamais será substituído pelo computador. O que ocorrerá é uma mudança de comportamento em relação ao processo de ensino-aprendizagem.
         O educadora de infância deve utilizar a computação como uma forma de aperfeiçoar o ensino e aprendizagem, fazendo com que os conteúdos curriculares sejam expostos de forma lúdica e ao mesmo tempo em que a criança esta brincando, também esteja tendo uma aprendizagem significativa. Como [BAR88] o computador é um recurso a mais, que pode ser usado bem ou mal, dependendo da pedagogia em que se acredite e do que se deseje fazer do criança a ser educada.
         Sendo assim o profissional de educação infantil precisa estar atenta aos novos
paradigmas da sociedade e estar aberto a novas mudanças, os desenvolvedores e projetistas de software precisam ter uma clara noção das necessidades pedagógicas que as aplicações educacionais precisam contemplar.

c) Aspectos essenciais para aplicativos educacionais em dispositivos
móveis
         A escola de Educação Infantil é o primeiro espaço institucional em que a criança começa a ampliar suas relações sociais e afetivas. Por essa razão, este espaço deve propiciar à criança a construção de conhecimentos significativos, estimulando-a a desenvolver a sua criatividade, e conhecimento cognitivo. Sob este aspecto o emprego da computação móvel na metodologia do professor, pode servir para estimular a aprendizagem de forma brilhante, já que as crianças vêem o computador como um brinquedo. Segundo [WEI01], “É de fundamental importância a reflexão sobre a realidade da Informática nas escolas, o seu potencial e o tipo de influência que os instrumentos tecnológicos podem exercer sobre as crianças”.
         Ao usufruir da utilização de dispositivos móveis o educando estará aprimorando diferentes habilidades e competências como: coordenação fina e ampla, lateralidade, percepção visual (tamanho, cor, forma) e auditiva. Também estimula o desenvolvimento do raciocínio lógico, assim como noções de planeamento e organização. Ainda conforme [WEI01], as situações criadas pela Informática podem levar o educando a: criar o prazer com o sucesso obtido em situações desafiadoras; obter o sucesso que levará ao desejo de novas situações; demonstrar e elaborar frustrações, raivas, etc..., quando o sujeito vence o momento difícil e consegue continuar o trabalho; projetar suas
emoções na escolha ou produção de textos ou desenhos.
         A criança que está no período de pré-alfabetização, também pode beneficiar - se de dispositivos móveis através de identificação das letras no teclado e a partir desta identificação ir formando sílabas. Iniciando assim o reconhecimento das letras, e entrando no processo de letramento, fazendo com que a criança saiba o porquê esta que está  aprendendo a ler e escrever e para que servem as letras e o texto. Conforme [SAM99] o educando não é mais concebido como um indivíduo que recebe passivamente os estímulos externos, passa a ser sujeito porque pensa sobre as questões e situações com as quais se
depara, reorganizando sua estrutura cognitiva.
         Tudo isso, deve ser levado em consideração pelos projetistas de software.
         Assim, para que sejam desenvolvidos softwares que cumpram com  as necessidades de ensino - aprendizagem de uma criança, devem ser observados os seguintes aspectos:
        
         Autonomia: à medida que aprende a manusear o aparelho tecnológico, começa a ter maior autonomia nas suas tarefas, suas escolhas diante das alternativas tornam-se mais independentes e rápidas. Os aplicativos devem estimular a autonomia da criança.
Componentes de software devem ser construídos de forma que estimulem o aspecto de colaboração e troca de experiência entre as crianças.
        
         Criatividade: o mundo computacional faz com que a criança, desperte seu imaginário, desejos e vontades, por exemplo: a criança pode ter o desejo de ser um cientista e imaginar-se como tal, explorando o equipamento como se soubesse todas as funcionalidades e a cada vez que descobre algo que não conhecia, o objeto se torna mais atraente. Os aplicativos devem auxiliar nesse processo através de componentes que estimulem a criança em sua imaginação. Este estímulo pode ser dado com a disponibilização de pequenos jogos computacionais, que fazem com que a criança seja estimulada a desenvolver soluções criativas a cada etapa da actividade.

         Curiosidade: crianças na faixa de 3 a 5 anos, estão descobrindo o mundo a sua volta, elas começam a perceber os objectos que a cercam e isso as tornam muito curiosas, pois, conforme manuseiam esta tecnologia, a curiosidade vai aumentando e cada descoberta referente as funções do dispositivo móvel, para elas é uma vitória e uma alegria. Já os aplicativos devem fornecer em sua interface componentes que desafiem a criança ao toque, como por exemplo, botões animados, reprodução de sons ou vídeos e
uso de cores despertem a curiosidade de interação.

         Desenvolvimento sensório-motor: nesta fase as crianças estão aprimorando a capacidade motora, aspecto que é amplamente trabalhado ao utilizar esta ferramenta.
Pelo fato dos dispositivos móveis serem equipados com acelerômetros é extremamente interessante que as aplicações explorem a possibilidade de exigir que a criança movimente o equipamento para o desenvolvimento de tarefas como por exemplo conduzir um personagem em um labirinto somente movimentando o equipamento para
os lados. Errar sem medo: talvez durante o processo de aprendizagem um dos maiores medos das crianças seja a repreensão que poderá sofrer ao efectuar algo errado. Dentro do contexto computacional, esse medo diminui, pois a criança não tem medo de errar, já que para ela a utilização de aparelhos tecnológicos é uma brincadeira na qual não se sente tão pressionada ao errar. O sentimento de medo não existe, mesmo quando a educadora de infância fale que não esta correta a actividade, pois muitas vezes só o facto de se mudar a
metodologia da aula, faz com que desenvolva a tarefa com melhor desempenho.
Segundo WEISS (2001, p.89) ao se utilizar a tecnologia em aula, o erro pode não ser “fracasso” e sim exigir reflexão/busca do outro caminho; “erro construtivo”. Dessa forma, as aplicações devem estimular a criança com avisos criativos e divertidos quando determinada situação de erro acontece ou quando a criança não consegue efetuar uma tarefa como deveria.

         Interdisciplinaridade: A computação móvel pode auxiliar a educadora de infância no ensino dos conteúdos, das diferentes disciplinas curriculares. Assim, através de aplicativos educacionais a educadora pode explorar matemática, leitura e escrita, leitura de imagens, formas geométricas, parâmetros de som e coordenação. Enfim, o educadora pode trabalhar várias áreas do conhecimento de forma mais divertida e envolvente. A criança pode encontrar por meio da informática educativa, um campo aberto para novas
descobertas, independente das áreas, ou disciplinas em que se encontram suas
dificuldades [WEI01].

         Motivação: a utilização de aparatos tecnológicos é uma forma de fazer com que as crianças tenham interesse em aprender e através desta, a criança sente-se motivada a participar em aula, pois o aprendizado ocorre de forma harmonizada, uma vez que a utilização de aplicativos como jogos educacionais, prendem a atenção otimizando a realização das tarefas. Os aplicativos devem usar design e usabilidade que estimule e motive a criança a prosseguir no desenvolvimento de atividades.

         Rapidez e raciocínio lógico: O computador leva a criança a ter velocidade e rapidez nas suas escolhas, na forma de pensar e agir. Possibilitando desenvolver o raciocínio lógico. Tal aspecto pode ser explorado pelos projetistas de software com o uso de componentes que possam ser utilizados para construção de jogos ou desafios lógicos. Tais componentes devem ser simples de serem utilizados e possibilitarem o uso de cores e formas que estimulem a criança na resolução do problema.
         Mobilidade: Por se tratar de dispositivos móveis que geralmente possuem GPS embutidos, as aplicações podem ser construídas explorando aspectos como, local onde a criança se encontra. Com base nesse local determinada acção pode ser desempenhada, como por exemplo, demarcar onde fica a escola em um mapa ou onde fica o local onde a criança mora, se a criança estiver na escola a aplicação se comporta de uma forma, se
estiver em casa se comporta de outra.

         Socialização: durante a execução da tarefa solicitada pela educadora de infância, as crianças trocam informações entre si. Isso pode ser observado quando uma delas descobre uma nova função no aparelho, o prazer da descoberta motiva-o a ensinar a outra criança, ocorrendo o processo de socialização. Levando em consideração o uso de redes de computadores ou mesmo de bluetooth as aplicações devem ser capazes de trocar informações entre si, possibilitando o desenvolvimento de determinadas tarefas de forma colaborativa. Um exemplo seria uma atividade de pintura, onde as crianças
colorem os desenhos conjuntamente ou então que solucionem determinados testes lógicos de forma colaborativa.
         Todos esses aspectos devem ser considerados conjuntamente com questões de ergonomia e usabilidade da Interação Humano-Computador (IHC), pois o prazer do uso e o conforto gerado por um aplicativo sendo executado sobre um dispositivo móvel acaba refletindo diretamente no aprendizado da criança.
4.- Tecnologia educacional
         As Tecnologias educacionais são utilizadas desde o princípio da educação sistematizada. Ainda hoje se usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente eram feitas de pedra - ardósia; usa-se a tecnologia dos livros didáticos e, actualmente, os diversos estados mundiais debruçam-se sobre quais seriam os currículos escolares mais adequados para o tipo de sociedade pretendida. No mundo ocidental, um dos grandes desafios é adaptar a educação às novas tecnologias - TICs tais como os meios de comunicação actuais como a internet, a televisão, o rádio, os softwares que funcionam como meios educativos formais ou informais.
a) Os benefícios e os problemas encontrados pela tecnologia na educação
         O crescimento tecnológico trouxe junto com ele novos artifícios e métodos tecnológicos utilizados para o desenvolvimento e aprimoramento dos métodos educacionais utilizados hoje em dia. A utilização da internet, tablets e jogos para facilitar a assimilação dos educandos sobre determinado tipo de assunto ou a criação de sistemas computacionais para a análise do desenvolvimento de uma sala de aula em relação a seu nível de aprendizagem, são alguns exemplos do uso dessas novas tecnologias na educação.
         O modelo educacional atual foi construído devido ao desenvolvimento de modelos anteriores. Esse desenvolvimento passou pelo modelo clássico Greco-romano que utilizava a disciplina para a construção de um cidadão ideal, predeterminado e pregava o amor à sabedoria, pela era do iluminismo onde se iniciou um modelo antropológico-social e onde existiria uma propagação da educação entre todas as camadas sociais, chegando ao modelo do século XXI e actual, onde a educação propicia a construção de uma pessoa apta a ajudar na evolução da sociedade.
         Com a disseminação da internet na década de 90 e o aumento no desenvolvimento de novas tecnologias, o uso de ferramentas tecnológicas passou a ser muito cogitado no meio educacional.
b) Uso de novas tecnologias na educação
Descrevo em seguida alguns exemplos do uso de novas tecnologias na educação:
         - Uso da internet nas escolas: Por ser um meio onde o educando tem acesso a um contingente muito grande de informações de uma maneira rápida e confortável, a internet vem sendo nos últimos anos integrada ao ensino como uma maneira onde os educandos e as educadoras de infância teriam acessos a novas culturas, realidades, em todo o mundo, desenvolvendo seus conhecimentos. Em alguns países, a sua implantação nas escolas e creches já apresenta um número bastante significativo:
     - Uso de tablets em sala de aula: O tablet é um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos, é uma ferramenta de fácil transporte e que pode ajudar muito no ambiente educacional. O acesso a uma gama enorme de informações, através de livros e sites da internet pelo tablet, ou a disponibilidade de baixar um livro no tablet, facilita a vida de educandos na busca de desenvolvimento e conhecimento.
         - Introdução de jogos para facilitar o ensino: O desenvolvimento de jogos é uma área que se desenvolve cada vez mais nos dias actuais, mas esse desenvolvimento não só aparece como uma forma de entretenimento lúdica, mas também como um artifício colocado em sala de aula para prender a atenção do aluno e facilitar seu aprendizado. Está se tornando cada vez mais comum o uso de Softwares educacionais para ajudar no ensino nas salas de aula. Um bom exemplo de projeto deste tipo é a Turma do Som, um conjunto de conteúdos digitais formados por animações e jogos interativos criados para trabalhar os parâmetros curriculares nacionais (PCNs) de música. Esta tecnologia recebeu o prêmio Hipertexto de aplicativo do ano em 2012;
     - Desenvolvimento de softwares com sistematização de ensino virtual: Existe a criação e o aprimoramento de Ambientes virtuais de aprendizagem, que são softwares que auxiliam na aplicação do modelo de ensino. São elaborados para auxiliar os professores e educadoras de infância no ambiente de ensino, através do gestão dos conteúdos, do seu curso e dos educandos, permitindo acompanhar o progresso deles constantemente.          Modelos que utilizam tele - aulas que vão de assuntos iniciais como soma e subtração até assuntos mais complexos como cálculo numérico, derivadas, integrais, alem de possuir também uma variação muito grande de matérias, geografia, biologia, história entre outras, onde o aluno assiste às aulas pela TV e praticam o que foi aprendido em materiais com exercícios. Esse sistema de tele-aulas é um exemplo do modelo de EaD ( Educação à distância).
c) Tecnologia numa sala de aula de uma creche
         As TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) têm alcançado olhares abrangentes em todas às áreas de actuação, pelo fato de desfrutarmos de agilidade nas informações e uma gama de conhecimento existente acessível através de meios como computadores, celulares e tablets.
         Um dos pontos a serem abordados, neste meu trabalho, está estritamente relacionado à educação, a forma como as escolas têm lidado com as novas tecnologias, adaptando-as em seus métodos de ensino-aprendizagem, espaço, tempo e os agentes transmissores do conhecimento. É essencial reconhecer a necessidade de utilizar a tecnologia a beneficio dos estudantes possibilitando que os conteúdos planeados permitam o despertar da autonomia do educando, domínio de ferramentas digitais, olhar crítico diante das informações divulgadas e criação de conteúdos.
         A educadora de infância em questão busca novos meios de se preparar e caminhar junto à esse avanço, pois ele não assume mais o papel de transmissor de conhecimento, tornando-se neste momento o mediador entre e alunos e o conhecimento que a rede de internet proporciona. Deste modo é importante que a creche reconheça a formação de suas educadoras de infância como algo primordial para o bom desenvolvimento das crianças, garantindo que os métodos implantados sejam viáveis e produzam bons frutos na transformação do modo de pensar e agir dos mesmos podendo abranger a sociedade num todo através dos projetos desenvolvidos numa creche, que permitem ser compartilhados na rede.
d) Tecnologia no Ensino Infantil
         As crianças das novas gerações já nasceram "plugadas" no universo digital. Desde pequenas sabem usar o computador, acessar a internet, manusear uma câmara digital ou um telefone celular. Além de serem instrumentos de comunicação e entretenimento, essas ferramentas tecnológicas também são importantes aliadas do ensino, desde a educação infantil.
         "Se o papel da escola é preparar para a vida e a tecnologia faz parte da vida, a escola precisa preparar os alunos para lidar com ela desde cedo", afirma Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional no Colégio Dante Alighieri, de São Paulo. Mas, para ser eficiente no ensino, a tecnologia precisa ser usada com objetivos pedagógicos bem definidos. De nada vale a escola ter salas equipadas com telão para a projeção de vídeos se os filmes exibidos não tiverem relação com o conteúdo estudado. Da mesma forma, em casa, o computador pode ser usado para aprender, mas também pode ser um perigo caso a criança seja deixada sozinha navegando pela internet, sem supervisão.  
         Atualmente vê-se uma grande ascensão da tecnologia, seja em grandes projectos, empresas e também em instituições de ensino. A tecnologia está cada vez mais acessível as pessoas. Percebe-se que a compra de produtos com tecnologia digital tem crescido bastante, em todas as camadas sociais. As tic´s, ao contrário do que muitas pessoas pensam, está presente na vida do homem desde a antiguidade e constituíram-se em meios eficazes de comunicação e informação.
         Os meios de informação são todas as formas de gerar, armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação. Os meios de comunicação são todas formas de veicular informação, incluindo as mídias mais tradicionais, como uso de pergaminhos, de tambores na selva, de livros, de revistas, do rádio, da televisão, das redes de computadores, etc.
         Varias questões estão relacionadas ao uso das tecnologias e dos meios de comunicação nas escolas, especificamente nas salas de aula. Trabalhar com as Tic´s, além de ser uma necessidade real, é um modo de insercção dos indivíduos no mundo letrado e digital.
O projeto de pesquisa, que reporto,  tem como tema "As tic´s na sala de aula: contribuição para o aprendizado das crianças", o referido tema foi escolhido porque constitui-se um ramo de conhecimento novo na educação e poucos autores discorreram sobre o mesmo, e além do mais, por se tratar de assunto que ainda causa muita desconfiança, por parte dos educadores.
         Torna-se inaceitável, na época em que estamos, em pleno século XXI, que os professores ainda trabalhem apenas com quadro e giz. Diante das descobertas tecnológicas actuais, a escola torna-se então uma unidade de difusão dessas novas mídias, incrementando o uso das mesmas na vida dos educandos e usando-as como mais um recurso à serviço da aprendizagem das crianças.
         O tema proposto trata a questão das tic´s como algo já ocorrido na sala de aula e, consequentemente na escola ou creche, mostrando as facilidades e a praticabilidade de se trabalhar com essas tecnologias na sala de aula. Os objetivos pretendidos são que os educadores incrementem as tic´s no seu ambiente de sala de aula e as use como mais um suplemento de enriquecimento das aulas e um instrumento poderoso para a aprendizagem das crianças.
         As tic´s nada mais são os meios de comunicação e informação, que são utilizados pelos homens desde a pré-história, através de vestígios e sinais desenhados nas paredes de cavernas.
Portanto, esse tema é de fundamental importância, pois trará subsídios para a compreensão da importância das Tic´s no ambiente da sala de aula, servindo de fonte de pesquisas posteriores, tanto para educadores, quanto para pesquisadores (educandos).
6.- A RELAÇÃO DAS CRIANÇAS COM AS TIC´S
         Será que as crianças nos primeiros anos escolares dominam as novas tecnologias? Como é a relação com o desconhecido (será desconhecido)? Tentaremos responder aqui estas e outras questões concernentes ao uso das tecnologias por parte das crianças no ambiente escolar. As novas tecnologias são também fontes de aprendizado para as crianças.
         Para Morin (2000) A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a informar-se, a conhecer - os outros, o mundo, a si mesma, a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, "tocando" as pessoas na tela, pessoas estas que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A relação com a mídia eletrônica é boa – ninguém obriga que ela ocorra; é uma relação feita através da sedução, da emoção, da exploração sensorial, da narrativa aprendemos vendo as histórias que os outros nos contam. Mesmo durante o período escolar a mídia mostra o mundo de outra forma – mais fácil, agradável, compacta sem precisar fazer esforço. Ela continua educando como contraponto à educação convencional, educa enquanto estamos entretidos.
Há muitos programas computacionais que podem favorecer a aprendizagem das crianças, por meio do visual e do áudio as crianças assimilam mais os conceitos pretendidos, além de se divertirem e aprenderem. No Congresso Educar (2002) se discutiu que há programas para crianças de cinco anos que as ajudam a fazer relações mentais e cognitivas, que normalmente só fariam mais tarde, quando estivessem alfabetizadas. A geração da cibercultura, diz ela, vem absorvendo com a internet um novo paradigma mental, que no futuro fará dessas crianças adultos com maior capacidade de aprender por si mesmos.
         Percebe-se então que as crianças desde pequenas têm contato com diversas mídias e através delas elas aprendem muita coisa. As mídias são meios pelos quais as crianças aprendem de forma amena e dinâmica, seu uso na escola favorece em muito a obtenção de conhecimentos.
         Portanto, as Tic´s através de suas facilidades e diversidade de uso, favorecem em muito o aprendizado das crianças, pois através destas mídias as mesmas aprendem com muito mais entusiasmo e interagem de forma prática com essas novas tecnologias, já fazem parte, na maioria das vezes, de seu cotidiano. Além do mais através das Tic´s o aprendizado acontece de forma dinâmica e atrativa, incentivado a participação das crianças nas diversas atividades realizadas na sala de aula, com a mediação da educadora de infância e funcionando como mais um riquíssimo recurso de ensino.
         Para Haetinger (2005) o educando através destas ferramentas, [as novas tecnologias] deve se comprometer muito mais com o aprendizado, o que não acontecia com o ensino tradicional, de apenas recepção de conteúdos. Sob a própria perspectiva do construtivismo, as novas tecnologias dão a noção do concreto e do agradável, oferecendo ao educando uma maior interação com a aprendizagem e ensino.

Conclusão
         Diante do exposto, sobre a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como facilitadora e promotora da aprendizagem, pode-se afirmar que ainda são muitos os desafios para a implantação das mesmas no ambiente da sala de aula, mas aos poucos estão surgindo idéias para a incrementação dessas tecnologias no ambiente escolar.
Esta temática é de fundamental importância, pois trouxe um enfoque maior à questão do uso das novas tecnologias como auxiliadora e facilitadora da aprendizagem das crianças. Além de ressaltar a contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como recurso pedagógico eficiente e rico para utilização, por parte dos educadores.
Pode-se concluir que as TIC além de serem um recurso pedagógico interessante e importante para o professor, é uma ferramenta que torna a aprendizagem das crianças mais significativa e mais prazerosa, contribuindo inclusive para a felicidade da criança na escola e estimulando-a a vir para a escola.
Pode-se também, com a escrita do artigo, construir uma fonte de pesquisa para estudiosos, pesquisadores e educadores, oferecendo-os subsídios para as suas práticas de pesquisa e ensino, além do mais pretende-se com o mesmo uma maior atenção e valorização das TIC no ambiente escolar, mais especificamente na sala de aula.
Diante do exposto, sobre a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como facilitadora e promotora da aprendizagem, pode-se afirmar que ainda são muitos os desafios para a implantação das mesmas no ambiente da sala de aula, mas aos poucos estão surgindo idéias para a incrementação dessas tecnologias no ambiente escolar.
A temática foi de fundamental importância, pois trouxe um enfoque maior à questão do uso das novas tecnologias como auxiliadora e facilitadora da aprendizagem das crianças. Além de ressaltar a contribuição das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC como recurso pedagógico eficiente e rico para utilização, por parte dos educadores.
Pode-se concluir que as TIC além de serem um recurso pedagógico interessante e importante para o professor, é uma ferramenta que torna a aprendizagem das crianças mais significativa e mais prazerosa, contribuindo inclusive para a felicidade da criança na escola e estimulando-a a vir para a escola.


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