A comunicação nas Organizações

ÍNDICE
RESUMO

RESUMO
A comunicação tem exercido um papel fundamental nas organizações da atualidade, permitindo a troca de informação por toda a estrutura organizacional, sendo uma ferramenta essencial ao bom gerenciamento das pessoas. Porém, são encontradas inúmeras barreiras na comunicação, desde a sua falta até a informação de forma distorcida. Dentro deste contexto, o presente estudo buscou demonstrar a importância da comunicação nas organizações, abordando o gerenciamento eficaz como estratégia crucial para o sucesso de uma organização. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas como meio de investigação. Como resultado, podemos concluir que a comunicação é um tema de importante relevância dentro das organizações e empresas, pois é uma ferramenta usada constantemente no dia a dia das pessoas. E para que ela seja empregada com eficácia, depende das habilidades interpessoais dos gerentes-administradores, funcionários e todos os demais stakeholders geradores de resultados dentro da organização.
Palavras-chave: comunicação, eficácia, organização, empresa.





INTRODUÇÃO

As formas de comunicação apregoada como a chamada “revolução da informação”, mudaram muito as diferentes abordagens e perspectivas desenvolvidas nas organizações. Actualmente, na medida em que o mundo vai se globalizando, aumenta ainda mais a importância da informação. Nesse sentido, muitas organizações têm procurado demonstrar a importância que a comunicação organizacional vem assumindo em face do novo cenário globalizado. Com a constante busca por uma administração cada vez mais eficiente, a comunicação tem desempenhado um papel importante e conquistando um lugar de destaque nas organizações. Porém, algumas barreiras são encontradas nos processos de comunicação. O primeiro desses problemas é a sobrecarga de informações, em que as informações são transformadas ou alteradas ao longo do processo. Bateman e Snell (2006), explica muito bem esse problema, pois “grande parte da informação não é muito importante, mas seu volume faz com que muitos pontos relevantes se percam”.
Um segundo problema é a falta de abertura, que ocorre quando os administradores ou subordinados retêm as informações mesmo quando compartilhá-las é extremamente importante. O terceiro problema é a filtragem, que está relacionada ao receptor que retém, ou seja, ignora ou pode até distorcer as informações. Um quarto problema é o jogo da culpa, isto é, em que as pessoas culpam a comunicação, mas, na realidade, o problema está na incompetência das mesmas.
Dentro deste contexto, pretende-se, com este trabalho, demonstrar a importância da comunicação nas organizações, abordando o gerenciamento eficaz como estratégia crucial para o sucesso de uma organização. Para tanto, se faz necessário fazer uma abordagem geral do assunto.
Entendendo-se que a fonte de pesquisa foi de dados secundários, esta envolveu obras literárias em geral, como: livros, relatórios, teses, dissertações, etc. Como também, meios electrónicos. Os dados secundários são divididos, segundo Malhotra (2001) em: dados internos e dados externos. Os dados secundários deste estudo foram colectados de dados externos, utilizando como instrumento de colecta a pesquisa bibliográfica, consistindo em materiais publicados e dados disponíveis em home page da internet.

Definição do problema
As mudanças ocorridas nas últimas décadas destacam o avanço da comunicação, em que o capital intangível (conhecimento) é adquirido através de uma cultura organizacional que valoriza as pessoas e procura reter talentos; quanto maior for o índice de relacionamento interpessoal, melhor será a solução dos problemas. O desenvolvimento organizacional depende desta integração das diversas habilidades intelectuais, advindas do conhecimento humano, sendo este um dos factores que tem se destacado nos últimos anos, um activo intangível de grande valor que proporciona melhora no clima organizacional, estratégias bem definidas e alcance de objectivos, possibilitando o foco em resultados. 
Entretanto, apesar dessas considerações, ainda evidencia-se em muitas sociedades e organizações dificuldades para obtenção de uma comunicação eficiente e eficaz, facto este que não se sabe ao certo os prováveis motivos, se por causa  de insuficiente conhecimento,  se devido à resistência às mudanças, ou outras razões.
Neste contexto, é mister se questionar: qual a importância alocada à comunicação e quais acções são desenvolvidas pela organização pesquisada em relação a esse tema?
Objectivos
Objectivo geral
Investigar a importância alocada em relação à comunicação em uma empresa ou organização assim como descrever as acções desenvolvidas em relação à temática.
Objectivos específicos
·         Estudar os factores culturais internos que influenciam na tomada de decisões no âmbito do tema abordado;
·         Compreender a importância da comunicação para o desenvolvimento das missões da empresa;
·         Apresentar as vantagens  que  uma boa comunicação possibilita para as organizações;
·         Identificar as ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa;
Justificativas
A comunicação tem ganhado ênfase nos últimos anos, principalmente nas maiores empresas do mundo, tendo surgido no século XIX, na Inglaterra em meio à revolução industrial, essa temática tem contribuído bastante para o sucesso de muitas organizações.
Sob o ponto de vista teórico este trabalho, constitui uma fonte de estudos para pesquisadores  que futuramente desenvolverão pesquisa sobre o tema. Vários projectos são desenvolvidos nessa área administrativa, que se encontra em crescente ascensão no mundo dos negócios, as empresas modernas são capazes de tomar decisões mais acertadas com o uso de uma boa comunicação interna, possibilitando ainda a melhoria do clima organizacional, as pessoas passam a produzir mais devido ao grau de motivação que é maximizado, cria-se um nível de interacção maior entre a empresa e os colaboradores, definindo e reforçando a imagem da organização para o público interno.
De tal modo, faz-se necessário que toda instituição de negócios tenha conhecimento da importância da comunicação para o desenvolvimento de suas práticas administrativas, no que diz respeito principalmente à questão da tomada de decisões, onde todos os funcionários  compartilham entre si as directrizes a serem seguidas, definindo de forma democrática o futuro da organização.
Na esfera prática ajudará as empresas da região a expor de diversos vértices a essência da comunicação, com a obtenção de melhores resultados na tomada de decisões, assim como fortalecer a cultura organizacional na melhoria da imagem da empresa. Por ser a primeira pesquisa sobre comunicação realizada pelos estudantes do Iº ano de Gestão e Administração de Empresas, é fundamental destacar a relevância do trabalho, assim como o comprometimento dos pesquisadores e de todos os colaboradores da instituição. Os resultados da pesquisa apresentarão sugestões para melhorar a comunicação na organização, possibilitando dessa maneira a melhoria do ambiente de trabalho para os funcionários e a entrega de um melhor atendimento para os clientes.
O principal entrave que se percebe actualmente em diversas empresas é compreender que o capital intangível, como é a comunicação, representa uma fonte rica de benefícios que possibilita a construção de uma cultura forte, inovadora, com a transmissão de valores que vão alavancar o desenvolvimento da organização. Investir em comunicação é sobretudo um diferencial competitivo.
Diante da evolução do mercado global e das constantes mudanças organizacionais, o bom uso da comunicação interna é um factor primordial na construção de uma liderança democrática, evitando a deterioração das relações interpessoais dentro das organizações e aprimorando o desenvolvimento de todas as actividades. 
Conforme Daft (1997, p.219) apud Pimenta (2010, p.51), “as informações são o fluido vital das organizações porque são elas que alimentam as decisões sobre aspectos como estrutura, tecnologia e inovação e porque são a bóia de salvamento para fornecedores e clientes”.
Nesta linha de raciocínio, considerando todas as colocações anteriormente expostas, fica evidente a importância de se estudar a comunicação nas organizações, assim como possibilitar a conscientização da empresa em estudo em relação ao tema pesquisado. Constituindo ainda uma base de informações para estudos posteriores nesta área que tende a crescer nos próximos anos.
A colecta de informações para desenvolver a presente pesquisa foi feita através de materiais didácticos. A fundamentação teórica viabiliza-se através da existência de trabalhos académicos e teores bibliográficos bastante assíduo no tocante ao tema abordado.

CAPÍTULO I - REFERENCIAL TEÓRICO

Conceitos de comunicação
A palavra comunicação é originária do latim  communicare,  que  significa  “tornar comum”,  “partilhar”, “repartir”, “associar”, “trocar opiniões”, “conferenciar”. Comunicar implica em participação (communicatio  tem o sentido de “participação”),  interacção,  troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações (MATOS, 2009). Uma boa comunicação pode influenciar o bom andamento da missão da organização através de uma administração democrática e participativa.
De acordo com Pimenta (2010), comunicação é tornar comum, ou seja, se a ideia de uma pessoa é captada por outra, nesse momento, ocorreria  o fenómeno da comunicação, representando o reflexo da cultura humana, possibilitando a sua construção e disseminação, abrange os valores, costumes, hábitos, crenças, dentre outros aspectos sociais  de um povo. Com isso uma boa comunicação possibilita a melhoria da tomada de decisão dentro da organização.
As organizações necessitam de uma boa comunicação para suas operações, assim como necessitam de recursos materiais, financeiros e tecnológicos. Quando as informações são gerenciadas de forma eficiente, as ideias são compartilhadas garantindo a troca e a difusão de conhecimentos, possibilitando o alcance dos objectivos organizacionais.
O clima organizacional influencia directamente no comportamento dos colaboradores, os quais possuem motivações que reflectem em seu desempenho no trabalho, o estado de satisfação do funcionário é importante para a construção da identidade da empresa, que pode se beneficiar através da boa referência que os integrantes da mesma podem fazer, promovendo uma imagem positiva da organização.
A comunicação constitui uma das ferramentas mais importantes que os líderes têm à sua disposição para desempenhar as suas funções de influenciação. A sua importância é tal que alguns autores a consideram mesmo como o “sangue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se essencialmente ao facto de apenas através de uma comunicação efectiva ser possível:
·         Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, os objectivos organizacionais por forma a que contemplem, não apenas os interesses da organização, mas também os interesses de todos os seus membros.
·         Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, a estrutura organizacional, quer ao nível do desenho organizacional, quer ao nível da distribuição de autoridade, responsabilidade e tarefas.
·         Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, decisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e respeitadas por todos os membros da organização.
·         Coordenar, dar apoio e controlar as actividades de todos os membros da organização.
·         Efectuar a integração dos diferentes departamentos e permitir a ajuda e cooperação interdepartamental.
·         Desempenhar eficazmente o papel de influenciação através da compreensão e actuação em conformidade satisfação das necessidades e sentimentos das pessoas por forma a aumentar a sua motivação.
Matos (2009) ressalta a diferença entre comunicação e informação. Esta é quando um emissor passa para um receptor um conjunto de dados codificados que elimina uma série de indefinições e dúvidas e aquela acontece somente quando a informação recebida pelo receptor é compreendida, interpretada e encaminhada de volta ao emissor, o que caracteriza a retro alimentação do processo. Esse retorno da informação recebida (feedback) é o principal elemento que caracteriza e dinamiza o processo de comunicação, conforme figura 1.
Figura 1 – Processo de Comunicação
Fonte:. Case Fiat. Processo de comunicação:
A comunicação possibilita a interacção dos colaboradores em busca dos objectivos organizacionais, por isso é importante promover o desenvolvimento desta ferramenta na empresa para alcançar melhores resultados no trabalho.
Relacionamento interpessoal
 O bom relacionamento entre as pessoas favorece os processos da organização adicionando, valor às actividades desenvolvidas através do trabalho em equipe, garantindo o comprometimento das pessoas em busca de melhores resultados, onde todos os indivíduos passam a relacionar-se com o objectivo de aumentar a qualidade de seus produtos ou serviços, assim como possibilita a satisfação nos cargos, o aumento da satisfação e a motivação.
De acordo com Matos (2009, p.17):
Um dos principais empecilhos para a melhoria da qualidade e produtividade dos projectos e processos de trabalho identificados pelas maiores empresas de auditorias de qualidade internacionais é a falta de  feedback  no processo de comunicação organizacional e humano. Podemos comprovar esse fato no nosso dia-a-dia familiar e profissional, sem a menor dificuldade.
Toda organização por menor que seja deve manter uma administração democrática, partindo do pressuposto do trabalho em equipe, com uma comunicação aberta, onde todos os colaboradores possam dar sua opinião, sugerindo mudanças na gestão estratégicas, havendo assim uma troca de opiniões, com retroalimentação adequada das informações dentro da empresa.
Ainda segundo o mesmo autor, a comunicação é factor de motivação e satisfação dos colaboradores. Por meio da comunicação interna é possível motivar os recursos humanos, conhecer suas opiniões, sentimentos e aspirações. Na medida em que o público interno é estimulado a participar e encontra abertura para dar sua opinião, sente-se mais valorizado e motivado.
De  acordo  com Pimenta  (2010, p. 82),  “a  comunicação dentro da  empresa  contribui para a definição e concretização de metas e objectivos, além de possibilitar a integração e o equilíbrio entre seus componentes (departamentos, áreas etc.)”. Já para Matos (2009, p. 28):
No que se refere ao modo de relacionamento entre pessoas num grupo de trabalho, a eficácia na comunicação é determinada pela forma como as diferenças são encaradas e tratadas. Por exemplo: se houver no grupo respeito pela opinião do outro; se a ideia de cada um é ouvida e considerada; se os sentimentos puderem ser expressos sem repreensão ou ironia, então o relacionamento entre as pessoas tenderá a ser mais espontâneo e sincero diferente daquele em que não existe troca de informações e aceitação do outro. Com certeza, o grupo sairá ganhando, ou seja, todos se sentirão respeitados e considerados.
Uma boa comunicação traz inúmeros benefícios no desenvolvimento das actividades dentro da organização, promovendo uma cultura empresarial voltada para o crescimento da organização com tomadas de decisões mais acertadas, agilidade nos processos, maior satisfação dos colaboradores devido ao nível de interacção que é maximizado, além de possibilitar a melhora do clima organizacional. 
 Quando se tem um bom relacionamento, o trabalho em equipe é desempenhado de forma eficiente, facilitando a resolução de problemas. Colaboradores motivados produzem com mais qualidade e agilidade, além disso, é de grande importância para promover a divulgação da imagem da empresa.
A comunicação é actualmente um elemento indispensável dentro da estrutura organizacional e dentro de qualquer forma de relacionamento humano. Por isso, deve ser bem estudada e aplicada para que os objectivos organizacionais possam ser alcançados. Tanto é assim que existem grandes redes de informação e comunicação servindo para o tráfego de sons, imagens e dados. A internet diminuiu muito as distâncias e, por conseguinte, minimizou as dificuldades de comunicação antes existentes nas empresas, principalmente nos conglomerados espalhados por um ou mais país. Todavia, os excessos de informação confundem o campo conceitual da noção de comunicação.
Para Cahen (1999), uma comunicação ocorre quando uma informação é transmitida a alguém, e é então compartilhada também por esse alguém. Assim, para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da informação recebe-a e compreenda. Neste contexto, o comunicador tem que ser bem claro na comunicação, principalmente para evitar a confusão de conceitos e ideias.
Não obstante, muitas organizações acreditam que basta que a informação seja disseminada internamente e/ou externamente que já está realizando a comunicação, como o texto acima descreve se o receptor dessa informação não compreender não houve comunicação, talvez esse seja um dos problemas que levam a distorção desse processo.
Nesse sentido, uma das maneiras correcta de se verificar se a informação está sendo compreendida pelo receptor é a aplicação do feedback no processo de comunicação da empresa, não importa a direcção (horizontal ou vertical), todos necessitam de dar e receber um feedback, seja ele positivo ou negativo, esse parece ser a melhor forma de se corrigir as distorções da informação no processo de comunicação, até para saber onde a informação está sendo distorcida e trabalhar o problema na hora certa e no lugar certo.
Nas organizações, existem várias formas de comunicação interpessoal, as mais usadas e/ou conhecidas são: Comunicação intercultural; Comunicação entre os géneros; Comunicação horizontal; Comunicação face a face; Comunicação de baixo para cima; e comunicação de cima para baixo. 
Comunicação de cima para baixo
A comunicação de cima para baixo ocorre quando os superiores atribuem tarefas e avaliam os seus colaboradores, fornecendo-lhes informações sobre normas, políticas, vantagens e outros assuntos. Bateman e Snell (2006) a define como o fluxo de informações que partem dos níveis mais altos para os mais baixos, percebendo que os colaboradores necessitam de informações para desempenharem suas funções, tornando-se fiéis à organização. 
Esta comunicação de cima para baixo aprimora a identificação dos colaboradores com a empresa, as suas atitudes de apoio e as decisões consistentes com os objectivos da organização. O principal problema desse tipo de comunicação é a perda de informação. Esse problema é causado, principalmente, por um número de camadas hierárquicas muito extensas nas organizações. Por isso, as empresas estão colocando em prática a redução de níveis hierárquicos, reduzindo, assim, o número de camadas hierárquicas. Essa prática ameniza os problemas causados pela perda de informação, à medida que passa de uma camada para outra.
As melhorias nesta comunicação ocorrem quando os gerentes dão feedback de desempenho às pessoas que reportam directamente a eles. O feedback serve para discutir o mau desempenho e as áreas que podem ser aprimoradas. A melhor maneira de se atingir o feedback é aplicar o coaching, definido, por Bateman e Snell (2006), como o diálogo com meta de ajudar outra pessoa a ser mais eficaz e a alcançar todo o seu potencial no trabalho.
O coaching, quando praticado de forma apropriada, é um verdadeiro diálogo entre duas pessoas comprometidas envolvidas na solução de problemas e o bom coaching pressupõe alcançar real compreensão do problema, da pessoa e da situação, gerando ideias em conjunto para que as pessoas possam se encorajar para alcançar melhorias.
Outra prática, que auxilia na comunicação de cima para baixo, é a gerência de livros (contáveis) abertos. Essa prática consiste em compartilhar, com todos os colaboradores da organização, informações que antes só ficavam na gerência. Elas incluem: metas financeiras, demonstrações de lucro e perdas, orçamentos, vendas, provisões e outros dados importantes sobre o desempenho da empresa.
Comunicação de baixo para cima
A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais baixos da hierarquia aos mais altos. Nesse tipo de canal, a alta gerência obtém um quadro mais nítido do trabalho, das realizações, dos problemas, dos planos e das atitudes dos colaboradores. Nesse processo de comunicação, os colaboradores se beneficiam com a oportunidade de comunicar para cima, permitindo ao administrador saber o que está acontecendo dentro da organização, pois uma comunicação bem estruturada e efectiva provoca impacto positivo no desempenho individual dos colaboradores.
A comunicação eficaz de baixo para cima facilita a comunicação de cima para baixo, à medida que a boa audição se torna uma via de mão dupla. Para Cahen (1999) na comunicação de mão-dupla, o fluxo de informações ocorre em duas direcções: o receptor fornece realimentação, feedback, e o emissor é receptivo e responde à realimentação.
No entanto, a falta de atenção à comunicação de baixo para cima pode causar nos colaboradores frustração, por se sentirem, de certa forma, menosprezados e ansiosos, por se verem diante do desconhecido, o que acaba provocando medo e incertezas quanto à segurança de permanência no emprego. Os problemas da comunicação de baixo para cima são semelhantes aos encontrados na comunicação de cima para baixo, pois os administradores, como seus colaboradores, são bombardeados com informações e podem negligenciar ou perder informações.
Nesse contexto, as pessoas tendem a compartilhar apenas as boas notícias com seus chefes, suprimindo as notícias ruins, isso porque querem parecer competentes; não confiam no chefe e temem por seu emprego. Por essas e outras razões, os administradores podem não ficar sabendo de problemas importantes, utilizando-se da filtragem, que é o processo de reter, ignorar ou distorcer as informações.
Logo, para gerar informações úteis vindas de baixo são exigidas que se façam duas coisas: em primeiro lugar, os administradores devem facilitar a comunicação de baixo para cima e, em segundo lugar, estimular as pessoas a fornecer informações valiosas. As comunicações úteis de baixo para cima devem ser reforçadas e não, punidas.
Portanto, a existência de uma boa comunicação na empresa motiva a boa execução das tarefas, elimina as incertezas, as ambiguidades e produz confiança e segurança. Para ser eficaz, o processo de comunicação não pode ser tratado como algo sazonal. Ao contrário, precisará ser permanente e adequado ao contexto em que vivem os colaboradores. Ou seja, os colaboradores necessitam de uma comunicação Just in time, isto é, a informação certa, na medida certa e no tempo certo para executarem com êxito suas tarefas.
Comunicação face a face
A comunicação face a face, oferece um feedback imediato e directo, onde os receptores podem sentir a sinceridade (ou a falta dela) por parte do emissor. A comunicação oral é a mais persuasiva e também  menos dispendiosa que a escrita. Entretanto, a comunicação oral pode conduzir a afirmações espontâneas e não reflectidas, ocorrendo um registo não permanente dela.
Nesse caso, a habilidade na comunicação torna a linguagem eficaz, fazendo com que as pessoas que possuem tal desenvoltura tornem-se um diferencial, destacando-se das demais. Existem muitas formas de adquirir habilidade na comunicação, não constituindo fórmulas prontas ou dom, mas sim técnicas criteriosas que precisam ser seguidas. Por exemplo, conforme Bateman e Snell (2006):
– Apresentação e persuasão: apresentar-se de forma clara não basta, tem que ser dinâmico, convencer quem ouvi, pois isso mostrará sua forma persuasiva quanto aos seus liderados, fazendo com que acreditem realmente no que é dito;
– Habilidades de redacção: para uma redacção ser denominada como eficaz e hábil, é necessário mais empenho do que meras correcções gramaticais, ela tem que ter, antes de tudo, coerência, coesão e brevidade, que são pontos-chave da boa redacção. O mesmo vale para relatórios e memorandos;
– Linguagem: o modo no qual se escolhe a comunicação pode ajudar ou não. O uso frequente de jargão pode acarretar no mau encaminhamento do que se pretende dizer. Assim, como também na questão da comunicação com pessoas das mais diferentes culturas, tentar entender tudo minuciosamente pode causar conflitos na hora de acordos empresariais, por exemplo;
Vale ressaltar que, a habilidade de se comunicar de forma não verbal acontece em todos os momentos, seja como apoio ao que foi falado ou simplesmente por sinais. Este suporte pode ajudar as pessoas a mostrarem maior ou menor grau de satisfação, entusiasmo e até respeito numa conversa.
Assim com também, alguns sinais ajudam a enviar resultados positivos entre chefes e colaboradores, como: arrumação do local do trabalho de forma que enquanto maior a distância entre estes, maior evidencia o grau de superioridade e autoritarismo, outro meio é o silêncio, pois muitos acreditam que bons entendedores não precisam usar tanto as palavras. Não obstante, para Conrado (1999) a comunicação deficiente é um problema nas organizações e muitas pessoas atribuem tudo o que acontece a um problema de comunicação, pois enfrentar o real problema muitas vezes é difícil, como, por exemplo, a sua incompetência.
Na prática, o problema de credibilidade nas organizações é cada vez maior, os colaboradores não se inclinam a acreditar que a administração seja franca ou honesta naquilo que diz e, com isso, desenvolve-se o que se manifesta como problemas de comunicação. Muitas vezes, conflitos interpessoais são confundidos e chamados de problemas de comunicação, mas são provocados, de fato, por diferenças básicas de convicções, como:
– Má comunicação propositado: geralmente se desconsidera um fato básico sobre a comunicação, muitas vezes interessa a uma ou a ambas as partes, em uma comunicação, evitar a clareza. Manter vagas as comunicações pode reduzir os questionamentos, permitir que decisões sejam tomadas mais depressa, minimizar as objecções, reduzir a oposição, negar aquilo que se declarou anteriormente e preservar a liberdade pessoal de mudar de opinião.
– Comunicação não verbal: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes, são os elementos não verbais da comunicação. Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.
A comunicação verbal ou face a face é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção involuntária ou um ato comunicativo propositado. Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.
Os receptores interpretam as mensagens mediante o entendimento de significados de todos os canais que estejam à sua disposição. Segundo Bateman e Snell (2006) uma categoria entre os canais de comunicação é a mídia electrónica.  Essa categoria é utilizada pelos gestores, não apenas para armazenar informações, mas também para comunicar-se com outras pessoas dentro e fora da organização.
Os meios electrónicos mais usados são: as teleconferências que proporcionam a interacção de pessoas por meio das linhas telefónicas (audioconferências); e por meio de monitores de televisão (videoconferência), que permite a transmissão nos dois sentidos, de imagem televisivas via satélite ou cabo.
As vantagens da comunicação electrónicas são inúmeras. As empresas reduzem muitos custos, e aumentam a velocidade no compartilhamento de informações. Porém, as desvantagens da comunicação electrónica incluem a dificuldade de solucionar problemas complexos que só podem ser resolvidos face a face. Além de ser uma oportunidade para a existência de fofocas, insultos, ameaças, preconceitos e vazamentos de informações confidenciais, oportunidades essas geradas pelos e-mails electrónicos.
Dessa forma, quando estão se comunicando face a face com alguém, escutam palavras, interpretam símbolos como aparência, por exemplo, e observam expressões faciais, posturas, contacto visual, distanciamento físico e outros indicadores não-verbais no seu esforço de extrair significados. Na medida em que as insinuações não-verbais são condizentes com a mensagem verbal, elas actuam para reforçar a mensagem. Mas quando são incompatíveis, geram confusão para o receptor.
Comunicação horizontal
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.13) na hierarquia organizacional, nem toda comunicação se dá para cima ou para baixo, nem é formalmente determinada pela empresa e nem ocorre no trabalho ou na interacção face a face. No âmbito organizacional também ocorre à comunicação horizontal ou vertical.
A comunicação horizontal ocorre entre pessoas que estão discutindo, no mesmo local, falando sobre os mesmos assuntos, em que essa comunicação é uma informação compartilhada por pessoas do mesmo nível hierárquico. Esse tipo de comunicação possui várias funções, como: permitir o bom compartilhamento das informações, solucionar problemas entre as unidades, minimizar conflitos e ajudar na interacção entre as pessoas além de fornecer apoio social e emocional.
Segundo Davis e Newstrom (2004, p.23), “as comunicações horizontais são necessárias para a coordenação do trabalho com pessoas de outros departamentos e são também utilizadas porque as pessoas preferem à informalidade das comunicações horizontais a ir para cima e para baixo nas cadeias oficiais de comando”.
Na administração, a comunicação horizontal serve como um suporte, principalmente, em ambientes complexos nos quais as decisões de uma unidade afectam a outra, devendo a informação ser compartilhada horizontalmente, para todos que estão no local, são exemplos de empresas que desempenham esse tipo de comunicação: a Motorola, a NASA e a GE.
Não obstante, a comunicação horizontal tanto pode colaborar como servir de obstáculos dentro da organização, por isso, merece uma atenção especial por parte da direcção organização. Note-se que, o mais importante para total eficácia da comunicação horizontal é que ela seja exercida em diferentes classes, desde uma empresa de muito sucesso até uma de nível inferior.
Isto porque, nas organizações embora exista um processo pela qual a comunicação obedece, sempre existe grupos informais que trabalham a comunicação de maneira mais agilizada, e muitas vezes sem a direcção ficar sabendo. Por isso, o administrador deve está atento há esses processos, até porque em muitos casos podem contribuir para o sucesso organizacional, mas muitas vezes podem servir como obstáculos.
A comunicação informal numa organização pode ocorrer de forma a mover-se de baixo para cima, de cima para baixo ou horizontalmente (método responsável pelo melhor desempenho das tarefas). São exemplos da comunicação informal dentro de uma organização: fofocas, rumores, boatos, sugestões, reclamações de funcionários e comentários sobre o comportamento dos colegas de trabalho. Conforme Bateman e Snell (2006) esse tipo de comunicação ajuda na interpretação da organização passando da linguagem formal para a informal assim como também veicula as informações do sistema formal as quais iriam ficar omitidas ou acobertadas, o que ajuda na harmonia da organização.
No entanto, a comunicação informal tem o seu lado negativo, sendo observado quando ocorrem boatos dentro de uma organização. Esses são transmitidos de forma que atrapalham a organização, provocando um grande desgaste nas unidades de serviços, como também podem destruir a lealdade e a confiança das pessoas e da empresa.
Contudo, há várias maneiras de aperfeiçoar a comunicação informal indo ao encontro da formal, desde o ato de escrever até falar ou mesmo ouvir, o que facilita o entendimento do que se quer comunicar, seja ela de baixo para cima ou de qualquer outra forma. Segundo Benitez (2001) por meio da comunicação se pode compartilhar conhecimentos, opiniões, sentimentos e, talvez, convencer os outros a pensarem como a gente.
Apesar dos malefícios que podem acompanhar a comunicação informal, ela não pode ser banida totalmente de dentro de uma organização, na verdade de acordo com Bateman e Snell (2006) ela precisa ser trabalhada. Por exemplo:
– Se o administrador ouve uma história, deve então conversar com as pessoas envolvidas para um maior esclarecimento;
– Para impedir rumores dentro da organização, é necessário explicar os factores importantes, reduzir ao máximo as dúvidas e incertezas estabelecendo uma comunicação aberta e confiável;
– Neutralizar boatos já existentes na organização, desconsiderando histórias e falar abertamente o que é ou não verdade.
Levando em consideração a visão do autor acerca da comunicação informal é importante salientar que nem tudo aquilo que é ouvido dentro da organização deve ser realmente considerado uma vez que não é algo concreto e explícito, por isso, se faz necessário impedir que rumores se alastrem, podendo isso acarretar dúvidas ou incertezas dentro da organização, caso esses rumores já existam, o ideal é tentar minimizá-los com o diálogo aberto e a inserção da comunicação horizontal.
A discussão e o diálogo transformam os grupos em equipes capacitadas, auxiliando na eficácia organizacional. O discurso ocorre quando cada pessoa está tentando vencer um debate, no sentido de fazer com que sua visão seja aceita pelo grupo. Entretanto, as discussões podem ser polidas e úteis, mas também podem operar em propósitos contrários e se tornarem destrutivos.
Já o diálogo tem a meta de ir além do entendimento de uma única pessoa, pois aprimoram as habilidades da comunicação interpessoal de cada indivíduo, podendo ser exploradas questões complexas a partir de vários pontos de vista para alcançar compreensão comum e mais ampla. Bateman e Snell (2006, p. 479) explicam que “a exploração livre de ideias ajuda os indivíduos e também o grupo, como uma unidade, a pensar e aprender”.
A discussão e o diálogo são exemplos de modos de comunicação. A comunicação é um instrumento eficaz que proporciona uma acção administrativa eficiente, ocorrendo através da troca de informação de uma parte, para outra, por meio de símbolos compartilhados.
Neste caso, o processo de comunicação ocorre de duas maneiras. A comunicação de mão única acontece quando o fluxo de informações é apenas em uma direcção em que não existe o feedback. Entretanto, a comunicação de mão dupla é realizada quando o fluxo de comunicação ocorre em duas direcções, permitindo, assim, o feedback. A comunicação de mão dupla não serve apenas para fornecer feedback por parte do receptor, mas também para verificar se o emissor é receptivo a esse feedback e responde a ele.
A comunicação de mão dupla cria trocas construtivas, na qual a informação é compartilhada pelas duas partes e não meramente passada de uma parte para outra. Também proporciona aos receptores a oportunidade de fazer perguntas, compartilhar preocupações, fazer sugestões ou modificações e, consequentemente, entender, de forma mais precisa, o que está sendo comunicado e o que devem fazer com a informação. Enfim, a comunicação pode ser veiculada através de vários canais, conforme apresentado na Figura 1, incluindo o oral, o escrito e o electrónico, que oferecem vantagens e desvantagens.
Comunicação entre os géneros
Homens e mulheres têm diferentes formas de comunicar. Para as mulheres, a comunicação é considerada uma arte, já para os homens que as ouvem, também, mas arte abstracta. As diferenças nos estilos de discurso nem sempre estão relacionadas aos géneros.
Mas existem evidências cada vez maiores de diferenças gerais entre homens e mulheres em seus estilos de conversação. E essas diferenças podem criar barreiras reais quando homens e mulheres tentam comunicar-se entre si. Os homens utilizam a conversa para enfatizar status, ao passo que as mulheres a utilizam para criar conexão. As mulheres falam e ouvem uma linguagem de conexão e intimidade, os homens falam e ouvem uma linguagem de status e independência.
A intimidade enfatiza a proximidade e os pontos em comum. A independência enfatiza o distanciamento e as diferenças. Para muitos homens, as conversas são principalmente um meio para preservar a independência e manter o status em uma ordem social hierárquica. Para muitas mulheres, as conversas são negociações de proximidade, nas quais tentam obter e dar confirmação e apoio.
Comunicação intercultural
Os factores interculturais geram um potencial para maiores problemas de comunicação. A comunicação intercultural pode ser dificultada por quatro problemas específicos relacionados às dificuldades de linguagem nas comunicações interculturais. As barreiras provocadas pela semântica, neste caso, as palavras podem significar coisas diferentes para pessoas diferentes, particularmente para aquelas de culturas nacionais diferentes.
Algumas palavras de determinada cultura, não encontram tradução em outra. Em segundo lugar, existem as barreiras provocadas pelas conotações das palavras, ou seja, as palavras insinuam coisas diferentes em línguas diferentes. As negociações com executivos de culturas diferentes podem ser mais dificultadas porque palavras, dependendo da cultura, e a sua tradução podem ter duplos significados.
Em terceiro lugar, estão as barreiras provocadas por diferenças de tom. Em algumas culturas, a linguagem é formal, em outras, o tom de voz muda dependendo do contexto: as pessoas falam de modo diferente em casa, nas ocasiões sociais e no trabalho. Em quarto lugar, há as barreiras provocadas por diferenças entre percepções. Pessoas que falam línguas diferentes vêem, de fato, o mundo de maneiras diferentes.
Contudo, é possível observar que a desenvoltura na comunicação é o que diferencia entre outras coisas o bom do mal comunicador, pois ele tem a oportunidade de tornar a linguagem clara e dinâmica, interessante, fazendo com que se torne um diferencial, destacando-se das demais pessoas.
Influência da comunicação na tomada de decisão
 A comunicação interna é, sem duvidas, um instrumento estratégico de grande valor para as organizações, contribuindo de forma relevante para o bom andamento da missão da empresa. Uma gestão participativa produz um clima harmónico, positivo e de respeito, beneficiando a integração grupal e o alcance dos objectivos, assim como auxilia na tomada de decisões.
A comunicação deve ser trabalhada em todos os seus aspectos, pois estar presente em toda a empresa, quando é bem desenvolvida dentro da instituição é possível obter resultados fantásticos e atrair uma boa imagem, a reputação da organização é um pilar essencial para o crescimento da empresa, tudo aquilo que a empresa faz perante a sociedade passa a ser avaliado.
A comunicação como actividade gerencial, isto é, como processo pelo qual o administrador garante a acção das pessoas para promover a acção empresarial, tem dois propósitos principais, a saber: proporcionar informação e compreensão necessária para que as pessoas possam conduzir-se nas suas tarefas e proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos (SILVA et al, 2007, p. 01).
O mercado passa por processos constantes de mudanças, em consequência das alterações políticas, económicas e sociais. O mundo empresarial convive com a era da globalização e do crescente apelo para o exercício da competitividade, da responsabilidade social e ambiental e da eficiência na produção, todos esses factores levam os executivos a presenciar permanentes oscilações em diferentes situações, sendo necessário o uso do ponto de vista do papel da comunicação interna na organização para a construção de uma cultura flexível que permita envolver os colaboradores nas decisões importantes da empresa.
Actualmente com a modernização das empresas, o caminho  do sucesso chama-se trabalho em equipe, é cada vez mais difundida essa ideia nas organizações devido ao grau de comprometimento e interacção que se obtém; uma equipe motivada, bem informada e comprometida com os resultados da empresa, possibilita o êxito organizacional.
De acordo com Matos (2009), as acções estratégicas da política de comunicação devem garantir as seguintes metas:
·         Conscientizar a opinião pública sobre a boa qualidade dos produtos da empresa;
·         Criar um ambiente interno motivador à produtividade;
·         Fortalecer a credibilidade das informações veiculadas pela empresa;
·         Obter noticiário favorável à imagem da organização;
·         Obter reconhecimento positivo e boa vontade junto aos  diversos sectores formadores de opinião;
·         Abrir e manter canais de comunicação com a mídia;
·         Favorecer a imagem pessoal e da gerência, que se tornam a personificação da empresa, cuja imagem pública mescla-se com a imagem de suas lideranças executivas. 
Uma boa comunicação transforma o ambiente de trabalho, valorizando os colaboradores, garantindo o comprometimento das pessoas, dando a eles mais autonomia no exercício de suas funções, impulsionando desta forma o crescimento da empresa com uma equipe voltada para o constante aperfeiçoamento das actividades empresariais.  
Nesta perspectiva é importante salientar alguns aspectos necessários na construção de uma comunicação eficaz, tais como: clima organizacional de confiança e motivação para o  trabalho; integração entre os diversos sectores da empresa; as decisões da alta cúpula devem estar em sintonia com todos os membros da organização; a criatividade e a iniciativa devem ser estimuladas sempre; o processo de comunicação ideal é claro, permanente e directo.
Cultura organizacional e a função da comunicação
A cultura da organização permite a orientação básica dos colaboradores nas actividades diárias, a interacção das pessoas nas empresas é essencial para comunicar melhor e, sobretudo proporcionar o melhor desempenho das equipes no âmbito das missões da empresa. A comunicação interna está directamente relacionada à cultura organizacional.
Os encontros informais também são importantes para manter a motivação dos colaboradores, melhorando o clima organizacional, a comunicação sempre deve ser aberta, no intuito de fortalecer a interacção entre as pessoas dentro da organização.
Matos (2009) entende que comunicar é obrigação de todos,  na esfera profissional, social ou familiar. No caso de uma empresa, especialmente, todos os funcionários, sem distinção de cargos ou função, devem estar empenhados em exercer o seu papel neste amplo processo de comunicação, conscientes de que a imagem da empresa resulta do somatório dos esforços individuais.
As práticas estratégicas de comunicação voltadas para o público interno evidenciam o interesse organizacional na articulação sistémica de uma cultura sólida, proponente de participação activa e de comprometimento do corpo funcional. Reuniões grupais, encontros e conversas informais entre os membros da organização sobre acontecimentos de interesse corporativo revelam uma forma de comunicação mais adequada à realidade intencionada pela corporação, pois intenta criar um sentimento de unidade organizacional, motivar os agentes envolvidos e estimular a existência de uma linguagem fluida e homogénea (TORQUATO, 2002 apud por MOTA; FOSSÁ, 2006, p. 05).
A comunicação exercida entre as pessoas numa organização reflecte a cultura e os valores da mesma, quanto maior for à troca de informações no contexto organizacional, maior será o grau de interacção, facilitando a resolução dos problemas, contribuindo para o comprometimento das pessoas na busca dos melhores resultados possíveis.
Lacombe (2005) define organização como um conjunto de pessoas que se compõe de forma organizada para atingir objectivos comuns. A existência de uma organização depende de que exista divisão do trabalho, objectivos comuns, fontes de autoridade e  relações interpessoais. A cultura da empresa influencia o comportamento das pessoas, por isso é necessário que se tenha um ambiente de trabalho voltado para a colaboração, onde os objectivos sejam compartilhados almejando o cumprimento das metas da instituição.
Dessa maneira pode-se afirmar, de acordo com Argenti (2006, p. 171), “que a comunicação com os funcionários não é mais uma função “não essencial”, mas uma  função comercial que impulsiona o desempenho e o sucesso financeiro de uma empresa”.
Completa Pimenta (2010), que a tendência actual das empresas é manter culturas mais abertas e participativas, características que podem ser observadas com base nas acções e atitudes, principalmente com seus colaboradores, qualificando melhor as pessoas para a interlocução com os outros, o que contribui para uma comunicação mais eficiente. Essa tendência, ainda que plausível, não resolve as dificuldades inerentes à existência, no universo organizacional, de variados tipos de culturas. Sendo assim, para o administrador, é importante conhecer os costumes, os hábitos e os significados compartilhados de uma organização para melhor definir estratégias de comunicação.
O actual cenário do mundo globalizado exige das empresas uma valorização cada vez maior das pessoas, pois elas possuem todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento da organização, quando há o reconhecimento do valor das pessoas, o clima organizacional tende a ser mais agradável, favorecendo a comunicação interna.
Falhas no processo de comunicação
 A comunicação dentro das empresas possui falhas, sofrendo alterações ao longo do processo, as informações transmitidas através de qualquer canal devem ser recebidas pelo receptor sem qualquer distorção, evitando os ruídos da comunicação e possibilitando o feedback.
Por essa razão, Matos (2009) considera que a comunicação é humana,  necessita de resposta para se realizar, pois a informação sem retorno é uma comunicação falha e incompleta. Infelizmente, de um modo geral, é a comunicação formal e burocrática que as organizações mais utilizam no seu quotidiano. Há uma enorme preocupação com a eficácia dos mecanismos de transmissão da mensagem e não, propriamente, com a reflexão e a compreensão do seu conteúdo e, consequentemente, com a mobilização e retorno engajado. Dessa forma, fica difícil motivar pessoas e equipes para superar desafios e alcançar metas.
As barreiras da comunicação dificultam o andamento das actividades da organização, pois pode provocar atrasos na produção, tomada de decisões erróneas, gerar conflitos entre os sectores diante de informações mal transmitidas. 
Uma boa comunicação começa pela capacidade de ouvir, de compreender o que o outro deseja comunicar, de saber interpretar o que  ele deseja transmitir. É também saber se calar no momento certo e estar disponível para escutar o interlocutor, dando-lhe toda a atenção. As principais características de uma boa comunicação são: objectividade, linguagem adequada e fidelidade ao pensamento original (LACOMBE, 2005).
“O sucesso da estratégia de comunicação de uma empresa depende em grande medida do elo entre a estratégia de comunicação e a estratégia geral da empresa” (ARGENTI, 2006, p. 69).
De acordo com Lacombe (2005), partilhar informações  é condição necessária para outro importante aspecto de muitos sistemas bem-sucedidos de trabalho: estímulo à descentralização das decisões, permitindo que os próprios empregados participem do controle de seus processos. Sendo assim a participação aumenta a  motivação, a satisfação, o comprometimento e, em consequência, a produtividade do pessoal.
A comunicação tem a força e o poder de erguer e desfazer reputações pessoais, organizacionais e institucionais. Ela pode definir os destinos político, económico e social de um país e tem o poder de impor o medo e disseminar a paz. A comunicação pode motivar e desmotivar pessoas, grupos e até mesmo nações(MATOS, 2009, p. 33).
No mundo globalizado em que vivemos é preciso ter uma visão sistémica de toda a organização, para isso é imprescindível o bom uso da comunicação, permitindo o desenvolvimento de um sistema aberto em contínua interacção entre os diversos sectores da empresa e da sociedade.  
Dificilmente as empresas que possuem hierarquias rígidas, decisões centralizadas e que não valorizam a participação e o factor humano no trabalho estarão preparadas para estabelecer interacção com funcionários, a sociedade e o mercado por meio de processos de comunicação. Para alcançar esse sistema integrado de comunicação são necessárias regras, directrizes e princípios bem claros e consolidados em uma política de comunicação interna (MATOS, 2009).
A comunicação só ocorre quando há  feedback, ou seja, é necessário um retorno daquilo que foi transmitido. Quando as trocas de informações são abertas e promovidas com a interacção de toda equipe, as tomadas de decisões passam a ser descentralizadas e as pessoas passam a partilhar suas opiniões, conhecimentos e estratégias, dessa forma as metas da empresa são alcançadas de maneira eficiente e eficaz.
Avanço tecnológico e importância da comunicação
Com o constante avanço da tecnologia torna-se cada vez mais importante o aperfeiçoamento da comunicação, a qual proporciona a construção de um modelo de cultura organizacional voltado para a inovação e o trabalho em equipe. As empresas modernas devem incentivar a criatividade dos colaboradores, a fim de obter vantagem competitiva. A tecnologia e a globalização são apenas duas das forças que dirigem as mudanças nas empresas. Hoje em dia, ter condições de gerenciar mudanças tem se mostrado fundamental para o sucesso de uma companhia. As empresas bem-sucedidas desenvolvem uma cultura que permanece em constante adaptação. Em ambientes altamente competitivos, em que a competição é global e a inovação é contínua, mudar tem se tornado uma competência vital das organizações (SNELL, 2010).
Assim pode - se ressaltar que o avanço da tecnologia facilita o processo de comunicação permitindo uma série de opções para promover a comunicação à distância. Actualmente é possível realizar reuniões com pessoas em outros países, através de teleconferência, eliminando despesas com viagens, porém é importante salientar que o método de comunicação mais eficaz é o face a face, onde é possível ter um contacto directo.
A tecnologia possui métodos fantásticos para melhorar a comunicação, contudo, só produzirá os efeitos desejados se for bem utilizada, promovendo a integração das pessoas, alcançando de fato os objectivos organizacionais.
Segundo Lacombe (2005), os meios electrónicos já são, nas grandes empresas, a forma mais usual e importante de comunicação e a tendência é de aumento de sua importância. As reuniões são convocadas por meio de intranets, a maioria dos arquivos fica guardada apenas em discos rígidos, a recuperação das informações é muito mais rápida e fácil e a nova geração está familiarizada com as novas técnicas.
No entender de Argenti (2006), mesmo com toda a sofisticada tecnologia disponível para se comunicar com os colaboradores, como e-mail, intranets, blogs e reuniões via satélite que conectam escritórios distantes, o factor mais importante na comunicação interna é o contacto pessoal dos gerentes com todos os colaboradores motivando a interacção de toda a equipe de trabalho.
Já para Pimenta (2010), as empresas modernas devem ser capazes de responder às mudanças aparentemente imprevisíveis, dentro de certos limites da missão e dos princípios básicos da empresa. A flexibilidade, a eficácia e a rapidez na comunicação entre os elementos da empresa são fundamentais para a rápida adaptação às mudanças do ambiente. As inovações científicas e os avanços tecnológicos da actualidade estão transformando nossa forma de viver, pensar e comunicar. Nesse contexto mundial de profundas transformações mostra-se urgente a necessidade de repensar e reavaliar  os conceitos da comunicação aplicada à empresa. À reflexão crítica desse cenário de mudanças deve-se somar a importância da flexibilidade e da criatividade na vida das pessoas e das organizações (MATOS, 2009).
Completa Argenti (2006), a tecnologia fortaleceu os canais de comunicação em todo o globo, apagando as fronteiras nacionais para produzir a criação de um mundo tão interligado por conhecimento compartilhado que passará a ser uma aldeia global. Esta tendência teve um impacto monumental para as empresas, particularmente na década de 1990. 
Assim como na vida pessoal, na vida profissional a comunicação é fundamental. É através da comunicação que alcançamos sinergia dentro de uma organização, uma vez que a comunicação nos permite unir forças, promover a integração e o inter-relacionamento entre pessoas e departamentos, permitindo que, todos além de conhecer, actuem de maneira a cooperar e a colaborar, somando forças e caminhando de forma interagida em prol dos objectivos organizacionais, procurando alcançar sempre a obtenção da maximização dos resultados, por meio de um trabalho em equipe. A organização deve aprender a valorizar cada mensagem recebida, para actuar em prol da melhoria contínua.
Vivemos em um mundo globalizado, na era da incerteza, mundo recheado de mudanças constantes, onde a comunicação tem o seu valor, portanto, só poderão fazer o diferencial no mercado, as empresas que aprenderem a se comunicar, a trabalhar de forma interligada e inter-relacionada, somando forças, gerando assim, cada vez mais know-how, e por sua vez, agregação de valor, o que é essencial no processo de crescimento e expansão dos negócios, uma vez que, contribui e muito para que a empresa optimize seus resultados e se transforme em um diferencial competitivo, neste mercado onde a competitividade é demasiadamente acirrada.
Além da valorização das pessoas envolvidas no processo organizacional, as empresas deverão apostar na comunicação de seus objectivos, onde, o ideal é haver sempre feedback da comunicação realizada, a fim de construir e manter relacionamentos harmoniosos , fortificando então, a relação não só dos clientes internos, mas de todos os stakeholders envolvidos no processo organizacional, permitindo surgir e manter um elo de ligação entre todos, além de promover e colaborar para perpetuar um ambiente harmonioso e o compartilhamento de ideias e valores, onde a ideia de parceria estará presente em tudo que se faça e em todos.
Na era do conhecimento, a era em que vivemos, é preciso que para o empreendimento sobreviva no mercado, tenhamos pessoas talentosas, grandes líderes, uma óptima estrutura organizacional e que apresentem não só produtos e serviços de qualidade, mas também valores éticos. É também preciso, não só minimizar custos e maximizar lucros de seus accionistas, mas, ir além, se faz necessário enxergar todos os stakeholders como sendo parceiros, contribuindo assim para o desenvolvimento do empreendimento e compartilhamento de seus resultados.
A organização não se pode jamais esquecer que, para se obter êxito nas acções, eficiência e eficácia quanto à comunicação, deverá ficar “antenada” quanto ao meio e também quanto a todos os ruídos que por ventura aparecerem durante todo o processo.
Fazer com que a comunicação flua de maneira satisfatória dentro de uma organização é de suma importância, uma vez que esta poderá determinar o sucesso ou o fracasso das organizações e negócios, influenciando no comportamento dos consumidores e nas relações de trabalho gerando impacto positivo ou negativo na vida organizacional, quanto aos valores, à política e a cultura organizacional existente.
Diante desse cenário, as empresas inteligentes já começam a entender, o grandioso papel da comunicação dentro de uma organização e já iniciam transformações como a reformulação de seus conceitos, filosofias e práticas. Já são conscientes de que devem ficar atentas quanto aos valores e a cultura organizacional, uma vez que, os empreendimentos, assim como as pessoas, carregam sua história consigo e serão reconhecidos, analisados, valorizados e avaliados por esta, portanto, ficar atento quanto ao nosso comportamento e atitudes também é de suma importância.
Incorporar valores à marca, aos produtos e aos serviços, constitui o grande desafio da comunicação empresarial. Portanto, pensar em responsabilidade social, meio ambiente e cidadania corporativa, é imprescindível nos dias actuais e o importante não é só a contemplação destas ideias, mas a implementação das mesmas.
É de suma importância que, além de uma empresa trabalhar em prol de um ambiente transparente, respeitoso e acolhedor, que também tenha uma comunicação rápida, clara e eficiente, zelando sempre pela sua imagem, imagem esta que deve ser de fato de um empreendimento sério e confiável.
Criar e implementar uma política de comunicação não constitui uma simples tarefa, pois, é preciso que haja mudanças no que tange a cultura organizacional e isto não é fácil.
Temos que lembrar sempre que, as empresas são compostas de seres vivos e estes vivem de relacionamentos. O mundo mudou e nas organizações também é preciso que haja mudanças.
Assegurar que a liderança da empresa acredite que os pilares do sucesso organizacional, passam por transparência e comunicação constitui um avanço.

CAPÍTULO II - A COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

A empresa é um sistema aberto para o exterior que tem de corresponder às expectativas dos seus públicos que, actualmente, estão mais informados e mais exigentes e afirmam o direito de saber e compreender tudo.
Uma organização está sempre a comunicar e a sua imagem, o que se pensa dela, forma-se através de todas as comunicações e mensagens que dela recebemos. Através dessas mensagens, os públicos da organização formam uma imagem, em função da qual devem ser canalizados os diferentes sinais exteriores da imagem, num sentido que lhe seja favorável. A comunicação da organização transforma a identidade institucional em imagem, da qual é indissociável.
De acordo com Annie Bartoli, uma organização que quer ser comunicativa tem determinadas características, devendo:
- estar aberta à comunicação com o ambiente externo através da recepção e emissão de mensagens interactivas;
- regular e equilibrar a comunicação formal e a comunicação informal;
- ser explicitamente determinada para dar um fio condutor à comunicação formal;
- ser responsável por todos para evitar a procura, por algumas pessoas, de um poder artificial através da retenção da informação;
- ser evolutiva, ou seja, não ser rotineira nem excessivamente formalizada;
- ser enérgica para criar através da informação, da formação e da comunicação, potencialidades internas e saber realizá-las.
A comunicação é imprescindível para qualquer organização social. A dinâmica organizacional, que visa coordenar recursos humanos e materiais para atingir objectivos específicos, processa-se pela interligação e relacionamento dos seus membros. Toda a organização comunicativa pressupõe que a organização do trabalho favoreça o espírito de equipa, a implicação e o desenvolvimento de todas as pessoas, a definição de orientações claras e uma determinada gestão participativa. É desta forma que podemos falar da imprescindibilidade da comunicação para as organizações.
Segundo P. Jardillier uma comunicação organizada deve apresentar determinadas características:
1-             ser definida: estar dependente de um plano geral e de objectivos específicos;
2-             ser multi-direccional: estabelece-se de cima para baixo, de baixo para cima, transversalmente, interna e externamente;
3-             ser instrumental: é acompanhada de indicadores, dispositivos e instrumentos de comunicação, seleccionados de acordo com os objectivos;
4-             ser flexível: para poder integrar a comunicação informal, criando estruturas que lhe sejam favoráveis;
5-             ser adaptada e integrar sistemas de informação que possam ser geridos e adaptados às necessidades específicas de cada área organizacional;
Annie Bartoli faz um paralelo entre organização e comunicação, dizendo que ambas são simultaneamente estado, acção e resultado, porque têm um papel essencial na diminuição de divergências, de diferenças e na desordem, assim como para conseguir um clima de harmonia e coesão. O funcionamento de uma empresa é o resultado de várias interacções entre as estruturas, a estratégia, os fenómenos socioculturais e os comportamentos humanos. Para melhorar o seu funcionamento, é necessário agir sobre estes elementos e interligações, o que só se consegue através de uma política global de comunicação. A empresa actual não pode pensar em ser eficiente ao nível social e económico sem valorizar as formas da comunicação organizacional e as formas organizadas de comunicação.
Comunicar é edificar um capital de confiança que permite à empresa ser escolhida, apreciada e defendida”. J. Martins Lampreia refere-nos que a comunicação empresarial centra-se na projecção da imagem que a empresa quer transmitir aos vários públicos, enquanto entidade que faz parte de um corpo social com direitos, deveres e obrigações. A comunicação tornou-se num instrumento indispensável à gestão pelo papel fundamental que desempenha para a notoriedade da empresa.
Para o autor, a comunicação constitui, ainda, um processo contínuo, com objectivos de longo prazo, pelo que tem necessidade de ser periodicamente revisto, no sentido de fazer uma adequação necessária às mudanças significativas que possam surgir, motivadas pela concorrência, pelo comportamento do consumidor ou pelas variáveis do macro ambiente da empresa.
Tal como refere Lionel Brault, “uma empresa só existe através da comunicação”. Por isso, é importante que os responsáveis compreendam que uma comunicação inteligente pode contribuir para a mudança, contribuindo esta, por sua vez, para a gestão.
Em síntese, cada vez mais a comunicação da organização deve ser vista como um investimento e não como um gasto supérfluo. Apenas as empresas mais aptas poderão estar em condições de sobreviver ao clima concorrencial. E, ser mais apto, significa, entre outros factores, ter uma imagem positiva, forte e convincente junto do público.
As Funções da Comunicação nas Organizações
A comunicação de uma organização não tem como objectivo único transmitir uma boa imagem da empresa. Segundo Lionel Brault a comunicação desempenha sete funções na organização: função informativa, de integração, de retroacção, de sinal, comportamental, de mudança e de imagem.
A função informativa - é a função de comunicação que tem a finalidade de veicular o conhecimento da empresa. O domínio desta função é essencial para não gerar efeitos perversos, motivados por uma informação deficiente.
A função de integração - tem a finalidade de desenvolver nos colaboradores o sentimento de inclusão num grupo que ultrapassa a função económica. Consiste em veicular os valores fundamentais da empresa ao público interno e ao público externo. A partilha destes valores actua favoravelmente ao nível interno, sobre a coesão e a continuidade da empresa, exercendo influência também ao nível externo.
A função retroacção - assenta no retorno das mensagens enviadas num determinado eixo, vertical ou horizontal, com a finalidade de verificar e controlar a sua compreensão. A retroacção permite o diálogo, fazendo da comunicação uma relação de retorno. É através dela que o público interno exprime o seu descontentamento ou satisfação.
A função sinal - consiste na emissão e multiplicação de sinais e de micro mensagens que permitem ao público identificar a personalidade e a continuidade da empresa num mesmo sentido. Tem a finalidade de fazer entender a empresa como um todo coerente através de cores, logotipos, discursos, palavras-chave, comportamentos, atitudes e valores. É muito importante na comunicação interna, porque induz a cultura da empresa.
A função comportamental ou argumentista - é uma função interna muito importante que existe para indicar ordens claras e indispensáveis e pedir explicitamente que se caminhe numa direcção específica. Tem por base a função imagem, a função informação e a função retroacção e permite a concretização colectiva de decisões. Na comunicação externa, tem uma continuação lógica junto dos vários públicos, numa tentativa de sedução relativamente à empresa ou ao produto.
A função mudança - é a função da comunicação que permite a mudança de imagem e passa pela mudança real das mentalidades, das atitudes e das relações. Internamente motiva as pessoas, cria retroacção e modifica as relações. O diálogo permanente entre o interior e o exterior é um factor favorável à mudança, porque actua no comportamento das pessoas, modificando-o.
A função imagem - tem a finalidade de transmitir ao público interno e externo uma imagem favorável da empresa.
Tipos de Comunicação das Organizações
Tajada divide a comunicação em dois tipos básicos - a comunicação baseada em técnicas estruturadas e a comunicação baseada em técnicas não estruturadas.
No primeiro grupo, integra a Publicidade, o Patrocínio, o Mecenato e algumas acções de Relações Públicas, consideradas ao nível estrutural da gestão. Estas técnicas permitem o desenvolvimento estruturado da comunicação através do planeamento, controlo e difusão das mensagens responsáveis pela imagem institucional da empresa.
As técnicas não estruturadas incluem todas as acções de comunicação de carácter especial, maioritariamente as Relações Públicas e a cobertura informativa dessas acções, que são controladas pelos mais altos níveis da estrutura organizacional.
Para estabelecer uma política de empresa, devem considerar-se os elementos e os meios de comunicação controláveis pela organização, que ultrapassam a comunicação comercial nos seus quatro suportes básicos: o Produto, a Rede de Vendas, a Publicidade e a Promoção de Vendas - e vão até às Relações Públicas e à comunicação institucional ou corporativa, que é uma tarefa da responsabilidade da direcção geral.
Por sua vez, J. Martins Lampreia estabelece também uma divisão das diversas áreas de comunicação da empresa segundo dois vectores principais:
1. A comunicação de marketing - que é o vector das comunicações de um produto, serviço ou marca;
2. A comunicação empresarial - que é o vector das comunicações da empresa propriamente dita.
Ambos os tipos de comunicação utilizam os mesmos meios e técnicas de comunicação, embora com finalidades diferentes. A comunicação de marketing tem a finalidade de divulgar e promover os produtos, serviços ou marcas e a comunicação empresarial visa a divulgação da imagem da instituição como entidade que integra um corpo social e que tem direitos, deveres e obrigações.
O importante na comunicação empresarial é a própria imagem da organização que deve ser divulgada através dos factores de posse e dinâmicos de que dispõe. Embora a comunicação de marketing influencie a comunicação empresarial, o inverso acontece com mais incidência, interferindo com todas as outras formas de comunicação.
1.3 Técnicas de Comunicação das Organizações
Para Tajada, as Relações Públicas, a Publicidade e a Propaganda são três formas de comunicação que a empresa tem ao seu dispor, com responsabilidades e objectivos diferentes.
A Publicidade é uma técnica de comunicação que utiliza um conjunto de meios adequados que visam persuadir e convencer um determinado tipo de pessoas, com características previamente definidas, a utilizar um certo produto.
A Propaganda é uma técnica de comunicação num sentido, que não é emocional e tem que ver com ideias, crenças ou convicções, dando a conhecer com o objectivo de obter o apoio a uma opinião ou crença. É neste aspecto que Tajada distingue a Propaganda da Publicidade e das Relações Públicas.
As Relações Públicas são uma forma especial de comunicação cujo objectivo é o esforço deliberado, planificado e sustentado para estabelecer e manter o entendimento mútuo entre uma organização e os seus públicos. Desempenha um papel institucional muito amplo, porque avalia as atitudes dos públicos relativamente à instituição e desenvolve acções positivas que possam contribuir para eliminar atitudes desfavoráveis. Esta é a grande responsabilidade das Relações Públicas na comunicação empresarial, que ultrapassa a tarefa especializada da Publicidade. As Relações Públicas dizem respeito a todas as comunicações dentro e fora da organização.
Estas três formas de comunicação das empresas são susceptíveis de serem planificadas e aplicadas individualmente. Apesar de terem objectivos instrumentais concretos e distintos, devem reger-se por um objectivo geral e único da empresa, o que exige a implementação de uma acção integrada de comunicação.
Uma planificação integrada da comunicação permite à empresa actuar com mais solidez e coerência. A integração de todos os elementos de comunicação comercial e institucional num plano permite, através das várias técnicas existentes, coordenar a comunicação. Qualquer organização necessita de se apoiar nas técnicas de Publicidade, promoção de vendas e Relações Públicas, as quais, melhorando a imagem institucional da empresa, contribuem para os resultados comerciais.
Na opinião do mesmo autor, a comunicação institucional está ao serviço da imagem pública, tanto interna como externa. A coerência da comunicação deve orientar todas as linhas de acção da empresa, individualmente e na sua coesão, para uma comunicação própria.
Consideramos “público” o grupo de pessoas com que a organização se relaciona, com um interesse em comum. A toda a empresa corresponde uma pluralidade hierárquica e específica de públicos. Os que praticam e estudam as relações públicas conhecem a divisão em dois grandes grupos, ligada ao critério da proximidade, o qual dá primazia aos públicos mais próximos da empresa. O público interno engloba essencialmente os empregados e os accionistas; o público externo, a imprensa, a comunidade local, o governo, as associações e o público em geral.

A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E A GESTÃO DA MUDANÇA

Mudanças organizacionais, o que isso representa de fato? Em primeiro lugar, já é concebido que as organizações passam por transformações crescentes ligadas aos avanços na área científica e tecnológica. Essas transformações levam a modificações não apenas de equipamentos, mas também nos processos de trabalho e na gestão de pessoas.
Novas tecnologias necessitam de novos conhecimentos tanto para execução de operações como na gestão de pessoas, e isso significa a necessidade de um redesenho organizacional que leve em conta as pessoas envolvidas no processo. Esse redesenho organizacional exige uma redefinição dos perfis humanos necessários para o desempenho nas novas funções. Mudanças nos processos de trabalho requerem portanto, uma conexão estratégica entre pessoas e tecnologias.
Quando uma empresa implanta uma nova tecnologia, a utilização dessa tecnologia estará sujeita às influencias do clima e da cultura organizacional e que devem ser analisados como peças fundamentais no gerenciamento da organização.
O clima reflecte os reflexos de todas as mudanças organizacionais. Mediante uma pesquisa de clima pode-se obter inúmeras informações sobre as reacções às mudanças organizacionais. Dentre muitas respostas as variáveis a serem analisadas pode se identificar o nível de ansiedade diante da possibilidade de perda do emprego ou frustração diante dos novos modelos de gestão.
A essência dos subsídios da pesquisa de clima organizacional é o mapeamento das percepções sobre o ambiente interno da organização, como um ponto de partida igualmente válido para a mudança e o desenvolvimento organizacional. (CODA, 1997:99)
Outro aspecto a ser analisado é a cultura organizacional, que é o modelo de pressupostos básicos, que determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados aos demais membros como a maneira correcta para se perceber, se pensar e sentir-se em relação àqueles problemas. (SCHEIN, 1991:07)
Em síntese, os resultados da análise do clima e da cultura organizacional fornecem indispensáveis subsídios para que as pessoas sejam gerenciadas nos novos modelos de trabalho.
Quando uma empresa resolve implantar um novo processo, esse novo processo estará sujeito aos padrões internos já estabelecidos como correctos, ou seja, a cultura organizacional. Dentro desta cultura organizacional se processam determinadas formas de comunicação e é dentro deste contexto que entrarão novas ideias.
Assim, para que as novas formas de trabalho consigam os resultados esperados é importante a análise das formas existentes de comunicação e é a falta de gerenciamento da comunicação que pode gerar resultados inadequados nos outros planos estratégicos da organização.
O gerenciamento da comunicação portanto, é fundamental para a obtenção de resultados adequados na aquisição de novas tecnologias e paralelamente pode-se relacionar com a redução de custos nesse processo de mudança pois, a medida que o planeamento estratégico analisa a comunicação, inserindo-a nas estratégias, a probabilidade de sucesso da implantação de novas tecnologias aumentará.
Vale acrescentar que não é pelo fato de existir uma comunicação organizacional formalizada que todos os problemas de uma organização serão resolvidos. A forma de como a comunicação é utilizada pela empresa que esta se automatizando/informatizando, pode influenciar no processo de entrada de novas tecnologias, alterar padrões de produção e identificar diferentes estratégias para a direcção. (Baptista, 1999)
A comunicação, para ser utilizada de forma adequada pelas organizações, necessita do amplo entendimento da cultura e clima organizacional e embora exista a comunicação independentemente da importância que a empresa manifeste para ela, não será um veículo facilitador nas diferentes questões organizacionais, se não for utilizada correctamente e como uma forma de amenização dos diferentes impactos gerados pelas mudanças na empresa.
Considerando-se o Brasil, como um país que tenta sair de uma crise económica, geralmente as empresas valorizam os aspectos que mostram um ganho financeiro mais rápido. Carvalho (1994) a propósito, afirma que a velocidade das implementações estão associadas, de fato, aos altos e rápidos ganhos de produtividade. O alcance deste objectivo não leva em conta o planeamento no processo de aquisição de novas tecnologias. Esse não planeamento, está relacionado com a pouca importância que a empresa dá para o processo de transferência de novas tecnologias, ou seja, para o processo de comunicação das metas, ideias e mudanças organizacionais.
A comunicação tem um aspecto importante dentro destas transformações, e pode facilitar a compreensão, nos processos de transmissão e assimilação de novos conceitos e na socialização do conhecimento, isto é, compartilhar com todos os trabalhadores as metas da organização. Quando um trabalhador realmente conhece os planos da empresa em que trabalha, ele poderá colaborar com as mudanças que forem propostas.
Uma vez que a comunicação exerce um papel importante, principalmente nos períodos de mudanças nas organizações, ela precisa ir além da flexibilização ou breve amenização dos impactos, isto é, ela tem o papel de ir além do procedimento apenas informativo de mudanças e decisões sobre quaisquer assuntos. À medida que os funcionários da organização participarem do processo de mudança, estarão fazendo parte de um contexto, e fazendo parte, terão a possibilidade de participar activamente, como por exemplo através de sugestões.
Uma vez que o desenvolvimento tecnológico gera acentuadas mudanças nas organizações, o impacto deste processo, é tão grande que somente as técnicas administrativas não dão conta de uma explicação. O entendimento passa pelo processo de comunicação como forma fundamental de transferir as novas tecnologias, portanto, a comunicação pode dar suporte às empresas e realmente auxiliar no processo de implantação de novas tecnologias.
A comunicação estratégica é indispensável na mudança organizacional. A forma como se processa e gerencia-se a comunicação pode gerar influências no clima da organização e essas influencias podem ser reforçadas ou refutadas pelo padrão de cultura organizacional.
Diante disso, podemos considerar que uma comunicação é estratégica quando leva em conta o estado actual do clima organizacional e o tipo de cultura da organização. Os resultados, tanto do clima como da cultura organizacional estabelecem as estratégias à serem utilizadas.
Uma das estratégias comunicacionais está baseada no sistema de ouvidoria interna. A dinâmica que tem levado as organizações à ouvir seus clientes internos é um dos muitos aspectos que são reflexos das mudanças organizacionais.
O sistema de ouvidoria é por si só estático. Portanto, é necessário que os gestores incentivem a participação, seja divulgando o sistema, mostrando os benefícios potenciais da participação e constantemente fornecer o feedback aos envolvidos. Qualquer que seja a reclamação ou sugestão, o feedback é indispensável para a existência saudável de um sistema de ouvidoria interna.
A ouvidoria pode ter o papel comunicacional de integração. Para tanto, necessita de uma adequada organização das informações colectadas a fim de viabilizar o desenvolvimento de estratégias.
Conceituadas organizações usam as informações decorrentes de reclamações para solucionar os problemas ou melhorar a qualidade dos produtos e serviços. (Oliveira, 2000:24)
Em certo sentido, o conceito de organização é semelhante ao de comunicação. (LITTLEJOHN, 1988:287) Dentro da empresa, se processam determinadas formas de comunicação e neste contexto se inserem as mudanças. Cabe a lideranças organizacionais descodificar as formas de comunicação existentes e inserir os resultados dessa descodificação nas estratégias dos processos de transição.
As novas formas de comunicação conectam-se aos modelos existentes. Neste ponto WURMAN (1991:265) reforça essa importância quando diz que nós tendemos a perceber as coisas que se relacionam aos nossos interesses e atitudes preexistentes, seja para reforça-las ou para refutá-las. As pessoas, conscientemente ou não, tem tendência a descartar a informação que contradiga esses interesses e atitudes.
Neste aspecto, o processo comunicacional interno deve estar em sintonia com um sistema social mais amplo. Amplo na concepção de empresa como um grupo e os subgrupos existentes.
Uma organização não modifica-se estrategicamente apenas adquirindo novos equipamentos é uma auto sabotagem tentar modificar uma empresa sem um gerenciamento que realize as conexões necessárias.
Esse gerenciamento deve levar em conta o sistema organizacional, Lipnack & Stamps (1994) reforçam essa ideia quando dizem que é difícil "enxergar "uma organização fisicamente distribuída. É preciso transformar esta dificuldade numa vantagem promovendo a "consciência do sistema como um todo". Enfatize a forma pela qual todos os componentes do sistema se inter-relacionam uns com os outros.
Para Ziemer (1996) as organizações sinérgicas são mais conscientes de seu papel e de seu significado dentro do contexto maior, e são capazes de modificar e expandir a própria identidade de maneira a incorporar mudanças macro estruturais. São empresas capazes de criar "o novo", em vez de apenas reproduzir o predeterminado.
Acompanhar as inovações é uma necessidade porém, as organizações obterão maiores resultados se levarem em conta o ser humano envolvido nos processos de trabalho. Dessa forma, novas tecnologias, somente podem ser entendidas enquanto um processo e da mesma forma uma transição para novos ambientes de trabalho, requerem novos estudos das relações indivisíveis sobre a gestão de processos e de pessoas no ambiente organizacional.
A mudança é um processo constante dentro das organizações e para se atingir as metas de transformação organizacional é preciso inserir a comunicação estratégica no sistema de planeamento e desenvolvimento da empresa, levando-se em conta a análise do clima e da cultura organizacional.
A importância da comunicação nas organizações
O conceito de comunicação é fortemente influenciado pelas transacções entre as pessoas, de tal modo que a comunicação constitui a primeira área a ser focalizada na administração de Recursos Humanos. Cada vez mais os líderes das organizações precisam estar atentos à rapidez das mudanças no cenário político, económico e social, bem como a velocidade dos avanços tecnológicos. Hoje os clientes estão mais exigentes e actualizados com a acessibilidade das informações, portanto, o termo qualidade não é mais um diferencial, é uma obrigação. A visão da empresa e  suas atitudes é que irão atrair os clientes externos e internos que se identificam com ela, gerando vários aspectos positivos como: transparência, confiança e lealdade. Os líderes, no entanto, precisam reconhecer a comunicação como algo estratégico na gestão
corporativa, onde agrega valores à produtos e serviços. É através dela que conseguimos formar uma verdadeira equipe harmoniosa e motivada a promover, interacção e o relacionamento entre  as pessoas e os departamentos.
As organizações que reconhecem a comunicação como algo competitivo, constroem sua imagem institucional e credibilidade  pública, estreitando um relacionamento ético e de responsabilidade social. O presente artigo abordará o tema através de pesquisas bibliográficas onde será analisada a importância da comunicação nos relacionamentos, objectivos e desenvolvimento da organização.  Actualmente, os fluxos de comunicação estão se intensificando em todos os sentidos, trazendo relevância num contexto amplo de discussões que envolvem aspectos teóricos e conceituais do qual fazem parte.
Uma comunicação eficiente é sem qualquer sombra de dúvida, o factor mais importante no sucesso de uma empresa. O relacionamento entre as pessoas só é possível através da comunicação.
A má comunicação traz desgastes nas relações, agressões verbais, perda de tempo com retrabalho, mal entendidos, susceptibilidades afectadas, perda de motivação e stress. Liderar é comunicar, para atingir os objectivos da empresa (MARTINIANO, 2007, p.156).
A comunicação bem administrada, oferece a qualquer empresa agilidade e clareza, sendo ela a responsável pelo desenvolvimento humano e de sua organização. Tudo que é construído, ou destruído, é pela comunicação ou falta dela.
Em todas as esferas da actividade humana, as mais variadas sempre estão relacionadas com a utilização da comunicação. Desta forma podemos perceber que a comunicação como um todo, serve para organizar e controlar. 
As mudanças contínuas e as formas de adequação criam uma nova realidade, pois as empresas cada vez mais têm necessidades de comunicar-se com todos os públicos para poder serem mais competitivas.  O  artigo está baseado numa abordagem qualitativa, apresentando a  importância e a prevenção da comunicação dentro das organizações, pois vem a interagir para uma melhor imagem da empresa, o melhor relacionamento organizacional buscando atingir seus objectivos. A comunicação, portanto, exige credibilidade e comprometimento de ambos, tendo o poder de criar valores e assim, impulsionando-a para o futuro.

A COMUNICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES

 A comunicação organizacional é de extrema importância para as organizações, pois visa passar informações, tomadas de decisões correctas e desenvolver relacionamentos que integram e coordenam todas as partes. 
O comportamento Humano nas organizações sofre influencias pessoais (personalidade, motivação, expectativas, objectivos  pessoais) e ambientais (cultura, ambiente de trabalho).
As relações humanas estão voltadas para atitudes e  acções desenvolvidas com os grupos e pessoas. Toda pessoa procura entrar em grupo e ser aceita e compreendida de forma a seguir seus  interesses e aspirações. Cada pessoa tem uma personalidade que pode ser influenciada por outro indivíduo ou grupo. A compreensão dessas relações contribui para melhorar a produtividade dos empregados, porque podem falar de uma forma mais espontânea e de uma maneira sadia.
O comportamento humano é resultado de um conjunto de fatos coexistentes, que podem ser entendidos como um campo de forças dinâmico inter-relacionado. Portanto, o comportamento de uma pessoa depende não somente de suas experiências passadas, mas também do meio ambiente psicológico actual.  (NETO, 2001, p. 57)
O foco das organizações é enfrentar a competitividade e sobreviver as novas exigências de mercado. No passado a comunicação organizacional tinha como função apenas estabelecer elos de relacionamentos com o emissor e receptor, Segundo Bueno (1995), diz que:
“Hoje, não se pode imaginar uma empresa que se pretenda ser líder de mercado e que volte as costas para o trabalho de comunicação”. (BUENO, 1995, p. 9).
A mudança é difícil, pois pessoas são influenciáveis e cada qual desenvolve um comportamento perante os processos de comunicação. Segundo Nassar (2004), afirma que:
Aos gestores cabe prestar atenção as mudanças na sociedade e antecipar-se a um modelo diferente de relacionamento. A auto-estima dos trabalhadores, o sentimento de identidade com a organização, a responsabilidade com o trabalho, a produtividade e a competitividade, entre outros indicadores, com certeza, não são estimuladas por uma comunicação interna que os despreza ou subestima. (NASSAR, 2004, p. 31) 
A comunicação pode e deve ser utilizada para estimular, motivar e melhorar a imagem da empresa, mas sua prioridade nas organizações é solucionar problemas, gerar e facilitar a compreensão entre pessoas com diferentes pontos de vista.
A comunicação interage na hierarquia da empresa, sendo o factor que pode construir ou destruir a imagem, os relacionamentos e os objectivos. Já Kwasnicka, qualquer pessoa ou grupo que tenham a intenção de iniciar um negócio próprio, precisa ter o conhecimento para administrar, ou então, contratar alguém para fazê-lo, visto que os problemas decorrentes do negocio devem ser previstos para alcançar a finalidade principal. (KWASNICKA,1995, p.17).
A comunicação se bem administrada oferece a qualquer empresa agilidade. Os administradores começaram a se preocupar com os aspectos “intangíveis” da organização, tais como liderança,  comunicação, motivação, organização informal, buscando entender o comportamento humano e encontrar soluções para os problemas organizacionais.
Comunicação como ferramenta de marketing
Ao longo do tempo a partir de estratégias de comunicação o marketing foi se destacando como mais uma ferramenta para incrementar no processo gerencial.
“ O marketing é um processo social e gerencial pelo quais os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.” ( KOTLER 1998, p. 27)
Um mercado consiste em todos os consumidores potenciais que compartilham de      uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo. (KOTLER, 1998, p.31).
As mudanças ocasionadas pela globalização alteraram por completo o comportamento das empresas em meados de 1989, fazendo com que elas percebessem que a comunicação seria uma área estratégica para ajudá-la a identificar as ameaças do macro ambiente. Portanto é fundamental que as organizações reconheçam cada vez mais o papel da comunicação como estratégia de vantagem competitiva para a vida da empresa. Integrar modelos de comunicação e estratégias e persuasão é um dos pontos para trabalhar a imagem interna e externa da empresa neste novo cenário;
 Um dos autores clássicos da comunicação organizacional, assim define:
A comunicação organizacional é considerada como um  processo dinâmico por meio do qual as organizações se relacionam com o meio ambiente e por meio do qual as sub-partes da organização se conectam entre si. Por conseguinte, a comunicação organizacional pode ser vista como o fluxo de mensagens dentro de uma rede de  relações  interdependentes. (apud KUNSCH, 1997, p.68).  
A interligação dos processos de comunicação e marketing está cada vez mais desenvolvida dentro das organizações. O marketing táctico organizacional vem sendo utilizado para influenciar as percepções das pessoas, promovendo a transmissão clara e objectiva de mensagens, baseando-se na ideologia, que toda empresa assume um papel de comunicadora perante a sociedade, seus colaboradores e fornecedores. 
 Segundo Marques (2004), os 5c’s de uma comunicação interna eficaz são:
 Clara;
 Consistente;
 Contínua e frequente;
 Curta e rápida e
 Completa
Optimizando os recursos através da comunicação  
Todos os recursos disponíveis de uma empresa devem ser optimizados, ou seja, utilizados da melhor maneira possível. Quando falamos de recursos estamos incluindo recursos humanos, tecnologia, matérias primas, espaço físico e todos os factores que formão uma organização.
A Promoção da comunicação de assuntos relativos a recursos humanos, através da veiculação ágil e eficaz de informações, busca construir uma base de confiança e credibilidade que permita o fortalecimento do relacionamento entre a Empresa e os empregados, alinhando-os às directrizes e estratégias empresariais. (CUNHA, 2002).
Com tudo as informações devem fluir com clareza e transparência dentro das empresas. Pessoas bem informadas conscientes do processo em qual participam, produzem mais, criam menos problemas e permanecem motivadas. Além de tudo o processo de comunicação deve garantir que as informações cheguem até seus destinatários sem perder seu conteúdo, pois um pequeno desvio de informação, podem acarretar prejuízos imensos, de dinheiro e tempo.
A comunicação organizacional é um novo nicho de mercado de trabalho para o profissional de comunicação, tão realizador quanto trabalhar nas formas clássicas. É uma nova realidade, pois as empresas cada vez mais têm de se comunicar com todos os públicos para poderem ser mais competitivas. A comunicação é o caminho certo para a compreensão da empresa no seu contexto interno e externo, provocando uma harmonia no conjunto, gerando uma sinergia positiva em todos os sectores, provocando uma satisfação no contexto.
A comunicação organizacional ou empresarial não é coisa para amador, pois a comunicação tem suas subtilezas que só profissionais da área dominam e qualquer acção errada pode provocar sintomas graves. 
As organizações fazem parte desse cenário e buscam  aprimorar seus conhecimentos e estratégias para transmitir da melhor maneira possível a importância de seus serviços e produtos para o mercado de modo geral.
Porém, a comunicação é necessária também não só para factores externos das organizações, a estrutura de uma empresa e o bom funcionamento dela depende também da boa comunicação. Embora as pessoas sintam a necessidade de se comunicar e façam isso sempre, poucas vezes percebem que estão fazendo. A percepção da importância da comunicação se dá quando não ocorre entendimento entre as partes e até mesmo quando não ocorre comunicação.
Torquato (1986) destaca em número de quinze as estratégias de comunicação empresarial. São elas: planejar a comunicação de maneira sinérgica e integrada; abrir e tornar mais equilibrados os fluxos da comunicação; tornar simétricos o marketing institucional e o marketing comercial; valorizar e enfatizar canais participativos de comunicação; estabelecer uma identidade (transparente e forte) para projecção externa; criar uma linguagem sistémica e uniforme; valorizar o pensamento criativo; acreditar na comunicação como um poder organizacional; reciclar periodicamente o corpo de profissionais; investir maciçamente em informações; ajustar os programas de marketing social ao contexto sóciopolítico; valorizar os programas de comunicação informal; assessorar, não apenas executar programa de comunicação; focar a comunicação para prioridades e ter coragem para assumir riscos e gerar inovações. De todas estas acções que levariam a um total impulso na qualidade de comunicação de uma empresa, merecem destaque duas estratégia - a primeira quando se fala do planeamento de uma comunicação de maneira sinérgica e integrada e a segunda quando se fala que devemos acreditar na comunicação como um poder organizacional.
As vantagens da comunicação empresarial
Padrões de comunicação organizacional crescer fora das escolhas de comunicação de executivos, gerentes e outros funcionários. Idealmente, a comunicação organizacional facilita o compartilhamento de informações, planeamento de eventos, coordenação de projectos e interacção social.
Desvantagens da comunicação empresarial
Embora a normalização das comunicações escritas podem ser úteis para uma organização, é essencial compreender que existem algumas desvantagens. Por exemplo, a organização deve treinar trabalhadores para usar o formato aceitável, que às vezes pode ser caro. Finalmente, as normas extremamente rígidas podem inibir o trabalhador de expressar completamente a mensagem de uma forma facilmente compreensível. Padronização rigorosa pode também prejudicar a criatividade. É essencial para gestores e trabalhadores de todos os níveis de entender quando é apropriado para desviar as directrizes da organização para comunicações escritas.
Benefícios de comunicação
Comunicação entre os colaboradores é um processo que ajuda as pessoas a sarna, criar e sustentar as operações organizacionais. Comunicação organizacional acontece em muitas formas, incluindo conversas, cartas, e-mails, memorandos e sites. Cada um destes tipos de comunicações são adequadas para diferentes tipos de situações. Por exemplo, as letras são mais formais do que e-mails e e-mails são formais do que conversas. Todas as formas de comunicação podem ser utilizados para conferir a autoridade responsável delegado, e fornecer informação vital.
Fraternização
Os funcionários podem usar a comunicação para se tornar familiar. Essa familiaridade pode levar a amizade. Amizade entre os funcionários pode ser bom para a empresa porque ela ajuda os funcionários a trabalhar em conjunto, conhecer os pontos fortes e fracos e aprender a confiar um no outro. Por outro lado, a amizade empregado pode ser uma distracção, com funcionários de passar horas conversando de trabalho em vez de ser produtivo. Conflitos sobre amizades e relacionamentos pode ser mais prejudicial do que outros tipos de conflitos no local de trabalho.
Estratégia de Comunicação
Através da criação de uma estratégia de comunicação, os líderes de negócios reduzir as desvantagens de uma comunicação e de aumentar as suas vantagens. As empresas têm uma variedade de necessidades de comunicação, que variam de acordo com a organização do tamanho da indústria, e estrutura. Elementos da estratégia de comunicação organizacional incluem tecnologia de comunicações, planos de comunicação e da delegação de responsabilidades de comunicação. A hierarquia de autoridade controla muitos aspectos da comunicação. Por exemplo, os executivos se comunicar com chefes de departamentos, que se comunicam com os gestores ou líderes de projecto, que se comunicam com empregados de nível inferior.

CAPÍTULO III - ASPECTOS DA COMUNICAÇÃO NA EMPRESA

A comunicação dentro das organizações, durante grande parte do tempo, foi encarada como o ato de trocar informações. No entanto, esta assertiva não provê suporte necessário para as organizações que procuram a preservação e criação de conhecimento. O objectivo do processamento das informações deve ser a geração de novas ideias  e, também, a existência de uma memória das ocorrências.
Também é preciso identificar como ocorrem os intercâmbios de informações dentro da organização. Eaton e Smithers (1984) consideram três formas de diferentes: comunicação pessoal, de pessoa para pessoa; comunicação teledifundida, de um para muitos; prestação de contas, de actividade para registo. Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), a interacção entre o conhecimento tácito e explícito é realizada pelo indivíduo, mas deve ser compartilhado para que se difunda em espiral pela organização.
Para que este compartilhamento ocorra, os modos de interacção primários são a socialização e a externalização. Isto irá depender da eficiência do processo de comunicação, papel desempenhado pela troca de informações entre os associados na criação do conhecimento torna-se evidente. A inexistência de comunicação inviabiliza este fato, exaltando a busca de soluções para estes problemas de diálogo. A riqueza de possibilidades e médias nestas trocas de informações tende a aumentar e facilitar o entendimento por mais pessoas, elevando o alcance da comunicação.
A comunicação eficiente nos limites da corporação e até mesmo fora dela, com clientes e parceiros, facilita as rotinas administrativas. O ambiente propício para a comutação e reconhecimento acerca dos fatos será facilitado em todos os segmentos.
A menção do ambiente externo ao da companhia exibe um mar de possibilidades. O grande ponto da questão está em ajustar os diversos sistemas em congruência. A utilização dos sistemas de intercâmbio electrónico de dados (EDI) resolve grande parcela da dificuldade. Tapscott e Caston(1995) enunciam que a tecnologia EDI viabiliza a formação de relacionamentos novos e mais próximos entre as empresas.
Estas novas maneiras de relacionamento electrónico fazem uso dos documentos na forma digital, por meio da comunicação electrónica. Isto habilita sobremaneira o correio electrónico como ferramenta de intercâmbio de informações dentro das organizações.
Os problemas de comunicação existentes
A necessidade da comunicação está evidenciada no mundo corporativo. Porém, mais do que o simples intercâmbio de informações, busca-se a comunicação com eficiência, agilizando o processo decisório. Desta forma, torna-se necessário analisar os empecilhos a este processo para sua posterior eliminação.
O acúmulo e sobrecarga de informações presentes no dia-a-dia tornam necessária a evolução na forma de intercâmbio destas. Complementando, Fonseca e Pereira (1997, p. 232) afirmam que "o mundo actual experimenta um crescimento intenso dos sistemas de comunicação, visando dar rapidez ao processo."
No entanto, as limitações na comunicação não se encontram apenas no tempo disponível.
Outro grande factor bloqueador do processo é a distância, ou seja, o espaço entre os participantes. A necessidade de troca de documentos em papel entre as pessoas é um problema. Tapscott e Caston (1995, p. 123) dizem que "a movimentação de documentos físicos é dispendiosa, desajeitada e demorada", por exemplo, entre filiais de uma empresa em pontos opostos do continente.
Os documentos impressos, na forma de memorandos, ofícios e comunicados, acabarão por gerar outro problema: o de seu armazenamento. O papel, por sua natureza, tende a deteriorar-se quando manuseado em excesso e colocado em ambientes prejudiciais. Isto cria a necessidade de cuidados especiais no arquivamento, tanto para preservação quanto para localização.
Os problemas de comunicação não param na fragilidade do papel. A utilização de diferentes sistemas dentro da empresa aponta outra deficiência: a dispersão das informações. Como salientam Tapscott e Caston (1995, p. 29), "os sistemas de processamento de dados, processadores de texto, telex, telefone, fotocopiadoras e microfilmadoras tratam dados, de textos, voz e imagem, todos em formatos e padrões diferentes. Este fato torna o intercâmbio uma tarefa digna de um quebra-cabeças."
Outro obstáculo no fluxo de informações corporativo está nas barreiras estruturais e organizacionais. Como afirma Bartolomé (1999), hierarquias rígidas, múltiplos estratos hierárquicos, especialização, departamentalização e outras formas de diferenciação organizacional acabam por dificulta o processo. Os problemas que surgem daí são: retardo do fluxo, distorção das informações no meio do caminho, isolamento e impedimento da comunicação.
O ambiente empresarial está às voltas com uma crescente massa de informações provinda das mais variadas fontes: fornecedores, clientes, membros da organização. O grande desafio consiste em compartilhar e processar estas informações da maneira mais acertada possível, visando agilizar e colocar eficiência nos processos.

CAPÍTULO IV - A COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

Comunicação integrada de marketing visa o desenvolvimento da comunicação estratégica organizacional junto ao mercado, promovendo, posicionando e divulgando produtos, serviços, marcas, benefícios e soluções.
Tem como base um sistema gerencial integrado, utilizando como ferramenta o composto de comunicação propaganda, publicidade, assessoria de imprensa, promoção de vendas, patrocínios, venda pessoal, internet, marketing directo, eventos culturais e relações públicas. Busca atingir, com a utilização holística de todos os elementos deste composto, uma comunicação eficaz por parte do emissor junto ao seu consumidor alvo.
O papel da Comunicação Integrada de Marketing é desenvolvê-la buscando ampliar a integração com o mercado.
Desafios
Entre as milhares de marcas nas prateleiras das lojas, qual é a probabilidade de um consumidor ver um determinado produto e comprá-lo?
Observando uma lista telefónica, qual prestador de serviço escolher?
Os consumidores estão sem tempo, têm o dinheiro contado e um excesso de informações diárias, impossibilitando a compreensão e absorção/retenção integral das mensagens, veiculadas maciçamente pelos veículos de comunicação. O resultado disso, na maioria das vezes, é a compra feita com base unicamente em preço.
Uma marca pode possuir um alto valor agregado, ser de alta qualidade e relativamente valorizada, e, mesmo assim, não conseguir atingir seus objectivos de vendas e lucro se os clientes em potencial não a conhecerem ou não tiverem uma percepção favorável a seu respeito.
A comunicação eficaz é fundamental para a criação da consciência da marca, visando estabelecer uma imagem positiva, baseada em sua identidade corporativa, representada por seus produtos, serviços, soluções e benefícios oferecidos.
A comunicação integrada de marketing é imprescindível, também, para o sucesso dos planos de marketing no segmento business-to-business, principalmente os relativos aos objectivos de participação de mercado e aumento de valor, buscando a maximização dos lucros.
Muitos produtos comercializados nesse segmento estão se comoditizando. Em geral, a qualidade não difere muito de um fornecedor para o outro e os preços costumam ser muito semelhantes. A possibilidade de diferenciação entre os concorrentes com frequência resume-se à capacidade de compreender desejos e necessidades, comunicar e trocar informações e se adaptar com eficácia às mudanças, sugerindo inovações e gerando conveniência. Tudo isto pode ser feito por meio do atendimento diferenciado na venda pessoal.
Identificação do público-alvo ou audiência-alvo
Deve-se identificar o público-alvo determinado: qual o perfil social, quais são hábitos, seus costumes e desejos regionalizados. Isto é essencial para melhor posicionar o processo de comunicação integrada de marketing. É preciso lembrar-se que este estudo deve ser cuidadoso, tendo como premissa o respeito à privacidade, o que permitirá determinar a melhor forma de comunicação com os clientes e/ou prospects.
Esse processo é científico, utiliza hipóteses, as quais são confirmadas por meio de pesquisas de mercado qualitativas e quantitativas, fundamentais quando da personalização da mensagem e escolha do melhor veículo de comunicação.
O importante é que a escolha dos meios e processos de comunicação seja definida pelo estudo mercadológico junto ao público a ser atingido e não pelas preferências da agência, do comunicador ou pelos seus sucessos anteriores.
Identificar correctamente o público, determinar objectivos de comunicação, elaborar mensagens e seleccionar os melhores canais para multiplicar seus efeitos dentro do orçamento este é o desafio.
Determinação dos objectivos da comunicação
A comunicação integrada de marketing tem como objectivo macro lembrar, persuadir e informar, sempre integrando de forma harmónica a mensagem desejada junto ao público-alvo, chamando sua atenção, gerando interesse, desejo e, por consequência, uma possível compra.
Após identificar o mercado-alvo e suas premissas, o comunicador de marketing define sobre a resposta desejada com base no público e no plano global de marketing. A organização pode estar procurando uma resposta focada na maior atenção, conscientização e conhecimento da marca, que são aspectos cognitivos; pode estar buscando despertar o interesse, o desejo e a preferência pela solução gerada, que são premissas afectivas; ou então a compra ou experimentação, que constitui o estágio comportamental.
Existem diferentes modelos de estágio de resposta do consumidor, os quais pressupõem que o comprador passe por um estágio cognitivo, afectivo e comportamental. Essa sequência de aprender, sentir, agir é apropriada quando o público tem grande envolvimento com uma categoria de produtos que parece muito ampla e heterogénea, como no caso da compra de um automóvel. Uma sequência alternativa agir, sentir, aprender é importante quando o público tem grande envolvimento com o produto mas faz pouca ou nenhuma distinção entre os produtos da categoria, como ocorre na compra de uma placa de alumínio. Uma terceira sequência, aprender-agir-sentir, é importante quando o público tem pouco envolvimento e faz pouca diferenciação entre os produtos da categoria, como na compra de sal, por exemplo.
De acordo com o produto ou serviço há uma sequência hierárquica de causa e efeitos. O profissional de comunicação integrada de marketing deve analisar esta sequência com base na categoria, diferenciações e atributos dos objectos de desejo, com o objectivo de planejar melhor o posicionamento de sua mensagem ou marca.
Elaboração da mensagem
O comunicador mercadológico tem o papel de criar uma mensagem que aumente a atenção, reduza a dispersão e anule os ruídos, buscando uma resposta positiva dos consumidores.
A mensagem, além de atrair a atenção, deve manter o interesse do receptor, mediante uma linguagem dirigida para cada audiência-alvo, buscando despertar o desejo de compra do produto ou serviço. É preciso lembrar que a eficácia da mensagem depende tanto da estrutura quanto do seu conteúdo e formato. É fundamental, também, definir a utilização da ambiguidade de estímulos ou argumentações bilaterais, de acordo com a ordem hierárquica de interesses do público.
Selecção de canais de comunicação/mídias
Definida a estratégia da mensagem, deve-se buscar os canais de comunicação/mídias mais eficientes para sua veiculação. Para isto são necessários alguns critérios básicos de análise para melhor escolha, tais como:
·         Índice de audiência - é o percentual da audiência potencial total exposta a um determinado veículo de mídia (é medido pelos institutos de pesquisa: Ibope, Marplan, IVC, entre outros).
·         Abrangência/cobertura e alcance - é o número de pessoas ou  domicílios expostos pelo menos uma vez a um determinado veículo de comunicação.
·         Custo por mil - trata-se do custo relativo para atingir mil domicílios ou pessoas.
·         GRP (Gross Rating Point . Pontuação Bruta Total) - é o somatório da audiência-alvo em um espaço de tempo específico.
Outros pontos importantes são a frequência, o valor qualitativo da exposição, a localização e os hábitos da audiência-alvo.
Estabelecimento do orçamento
Estima-se que o valor de investimento em comunicação deva ser de 2% a 5% ao ano, com base no facturamento bruto de uma organização de porte médio. É um percentual relativo, que deve variar de acordo com o segmento do negócio, tamanho, disponibilidade de recursos, região ou plano estratégico mercadológico de cada empresa.
Existem outros métodos de decisão orçamentária, os quais usam como parâmetro o custo de oportunidades de mercado, o percentual das vendas fixado em um valor por unidade ou os gastos da concorrência.
Não se deve confundir o orçamento distinto por canais de comunicação com o orçamento para estratégia integrada de comunicação. O planeamento táctico focado no cronograma de acção pode ser pontual em relação aos canais, mas sempre sistémico e constante quando da comunicação integrada de marketing, caso contrário poderá ocorrer uma descontinuidade do processo de relacionamento com o mercado.
Sempre que possível, o gestor mercadológico deve medir o custo x benefício de cada acção, verificando o retorno do investimento em comunicação, utilizando este histórico para futuras decisões de melhoria.
Evolução em relação às agências de propaganda
As agências de propaganda que desejem atender de forma mais completa seus clientes deverão se transformar em agências de comunicação.
Estas trabalharão com um programa integrado baseado na comunicação integrada de marketing e na verticalização de soluções, buscando compreender cada público-alvo, dentro deste contexto, customizando e flexibilizando o composto e os processos da nova abordagem comunicativa.
A evolução das agências de propaganda pressupõe a utilização integrada do composto de comunicação e está relacionada à valorização e comunicação dos atributos e benefícios ligados à marca.
Principais ferramentas do composto de comunicação:
·         Propaganda - trata-se de qualquer forma paga de divulgação que tenha como objectivo apresentar e promover ideias, produtos ou serviços, de carácter não pessoal, subsidiada por um patrocinador.
·         Tipos de propaganda - há propaganda de produto, serviço, marca, institucional, comparativa, correctiva, subliminar e documentário.
·         Promoção de vendas - são estratégias de marketing, efectivadas dentro e fora da mídia, em um período limitado, oferecendo suporte e incentivo a acções de venda pessoal (utiliza ferramentas de merchandising).
·         Tipos de promoção - amostragem, cupons-de-venda, brindes, descontos, bonificações, reembolsos, concursos, sorteios, garantias, promoção cruzada e material no ponto-de-venda.
·         Relações públicas - variedade de esforços para criar e manter uma imagem positiva da organização com seus diversos públicos (trabalha também com a geração de publicidade).
·         Tácticas mais usadas - press-release, kits de mídia, marketing de eventos, exibições e do endomarketing.
·         Publicidade - comunicação gratuita de informações sobre a organização, produto ou serviço (muito utilizada nas pequenas empresas que geram notícia e inovação).
·         Venda pessoal - é a venda em si; busca a interacção e o relacionamento pessoal com cliente, visando apresentar soluções com base em benefícios percebidos e valores agregados.
·         Marketing directo - sistema interactivo de comunicação que usa um ou mais meios de propaganda para obter uma resposta ou transacção mensurável sem o uso de intermediários.
·         Categoria - propaganda ou promoção de resposta directa, telemarketing, venda directa e internet.
Tais ferramentas, empregadas de forma estratégica e integrada, dentro de um processo de relacionamento constante com o mercado, durante os estágios de pré-venda, venda, consumo e pós-venda, são o princípio da comunicação integrada de marketing.
A análise do ciclo de vida do produto é outro ponto importante para compreender quando e com que intensidade usar o composto. Isto se aplica, por exemplo, no lançamento de um novo produto, em que a força na utilização integrada de todas as ferramentas é imprescindível.
Comunicação Interna - Endomarketing
Pimenta (2010) explica que através da comunicação interna é possível melhorar o desempenho dos funcionários, desenvolvendo valores tais como: responsabilidade, compromisso, cooperação, solidariedade e dedicação, promovendo pilares fundamentais para o trabalho em equipe. Pode-se ressaltar ainda que uma comunicação eficaz melhore o clima organizacional reforçando a importância do tema em estudo.
Nas organizações modernas, tão importante quanto a comunicação exógena é a comunicação interna, com o uso do endomarketing, que possibilita a personalização e integralização da mensagem, para cada receptor dentro da empresa. A democratização das informações e o respeito pelo timing de compreensão de cada colaborador termina por fazer a diferença, quando de sua integração real nas decisões empresariais.
Deve-se tomar cuidado com soluções de comunicação não integradas à cultura organizacional, como a caixa de sugestão e política de portas abertas, uma vez que a maioria dos subordinados aprendeu que o importante é dizer ao superior apenas aquilo que ele pretende ouvir.
Conclui-se que a comunicação eficaz não é, como à primeira vista pode parecer, um acto em que emissor e receptor se envolvem numa mensagem, com resultados claros e consensuais para os dois, principalmente se está cercada de ruídos e rumores. O emissor pode ter claramente em vista o objectivo de sua mensagem, com a qual concorda o receptor, mas ambos podem se comportar de maneira diferente, como se estivessem recebendo mensagens diferentes.
Segundo Pimenta (2010), para melhorar o desempenho dos funcionários, por meio da comunicação interna, é necessário desenvolver valores e técnicas. Os valores: responsabilidade, compromisso, cooperação, solidariedade e dedicação são fundamentais para o trabalho em equipe. As técnicas são formas de comunicação que possibilitam às equipes, operacionalizarem melhor seus procedimentos na organização.
A eficácia do desempenho comunicativo não é o mesmo que eficiência do encontro comunicativo. Duas pessoas podem ser eficientes, mas os resultados de um encontro de comunicação podem ser desastrosos.
Percebe-se que o produto a se comunicar, o desempenho do emissor, com suas habilidades linguísticas e capacidade de ouvir, integram o processo de comunicação interna, mas também integram o processo, a situação, o colaborador, os líderes, a mensagem que o receptor interpreta, suas habilidades de captação, o desenho organizacional e os comportamentos individuais. Não se pode analisar eficácia isolando-se qualquer um desses elementos.
A minimização da influência negativa dos rumores organizacionais é determinada por todos esses elementos, devendo, pois, ser distinguida das aptidões ou das qualidades das mensagens nas ferramentas comunicativas somente.
Lembre-se que as ferramentas apresentadas na comunicação integrada de marketing trazem as soluções integradas, para agregar valor a qualquer empresa que tenha como objectivo harmonizar sua comunicação e relacionamento dialógico.
Por consequência, a empresa recebe o seu respeito e energia colaborativa, necessários para o sucesso da socialização das informações sobre bases verídicas.
Marca
Para mostrar a importância da comunicação integrada de marketing na  formação deste activo organizacional, a pergunta que se faz é: Quanto vale o seu nome? A resposta do leitor, possivelmente, será um valor imensurável. A nova pergunta é: Por quê? Pelo respeito adquirido por meio do seu trabalho e estudo? Por ser um bom pai, mãe ou cidadão? Por compreender os demais, seus valores, crenças idiossincrasias? Por ser honesto e verdadeiro e ter tradição adquiridos durante toda uma vida? Possivelmente por tudo isto e um pouco mais.
Soluções Estratégicas
• Planeamento estratégico de marketing;
• Projectos culturais e eventos;
• Estudo de viabilidade de novos negócios;
• Desenvolvimento e gerenciamento de marcas;
• Criação de novos produtos e serviços;
• Pesquisas qualitativas e quantitativas;
• Desenvolvimento de acções para atracção de investimentos e turismo;
• Estudos de fluxo e exibição de produtos em pontos de venda;
• Desenvolvimento de projectos de marketing social;
• Criação publicitária e promocional;
• Criação de campanhas e estratégias de prevenção, educação, prestação de contas,
   incentivo ao pagamento de impostos, novos serviços e resgate da auto-estima;
• Desenvolvimento de estratégias que agreguem valor à marca e potencializem negócios;
• Desenvolvimento e criação de mídias alternativas e cooperadas;
• Desenvolvimento de acções de impacto no ponto de venda;
• Marketing de relacionamento e incentivo;
• Marketing pessoal para profissionais liberais;
• Criação de acções de marketing online;
• Programação visual;
• Promoção de vendas;
• Campanhas institucionais;
• Merchandising.
Mensuração de Resultados
É fundamental criar-se indicadores para mensurar o retorno da comunicação integrada de marketing, os quais podem ter como base pesquisas ou testes periódicos, tais como: recall auxiliado ou espontâneo, sondagens, relação vendas x utilização de cada uma das ferramentas do composto de comunicação, atitudes e opiniões dos colaboradores da organização.
Por fim, com o desenvolvimento estratégico da comunicação integrada de marketing voltado para o plano mercado-lógico organizacional, as empresas podem buscar a interacção total com o mercado e seus clientes, transformando a relação passiva de compra em relacionamento rentável de longo prazo.

CAPÍTULO V - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Conceitos de metodologia
Método é um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento. É um estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está, portanto, associado a caminhos, formas, maneiras, ou procedimentos para atingir determinado fim (VERGARA, 2007). 
De acordo com Gil (2006), a metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa. Sua organização varia de acordo com as peculiaridades de cada pesquisa, requer-se a apresentação de informações acerca de alguns aspectos tais como: o tipo de pesquisa, a população e amostra, a colecta de dados e análise de dados.
 No entender de Marconi e Lakatos (2006), todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; entretanto, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são ciências. Sendo assim pode-se dizer que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos.  
A metodologia apresenta as etapas a serem seguidas tendo como objectivo avaliar os vários métodos utilizados, assim como potencializar a pesquisa através do uso adequado de cada procedimento metodológico, possibilitando visualizar os pressupostos essenciais da experiência e garantindo maior eficiência e segurança ao estudo.
Caracterização da pesquisa
 Quanto à natureza, a pesquisa pode ser considerada como básica, uma vez que não tem propósito de aplicabilidade imediata; é generalista, voltada para descoberta de conhecimentos novos (MICHEL, 2005). A pesquisa buscou o estudo da comunicação interna na empresa, sem, contudo, aplicar na prática colaborando apenas como meio de fonte de conhecimento.
A caracterização da pesquisa quanto à abordagem é quantitativa, dessa forma considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações, para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas através de programas como Microsoft Word. Tendo como intuito principal a obtenção de resultados precisos, exactos, comprovados através de medidas de variáveis preestabelecidas (MICHEL, 2005). 
Quanto aos objectivos é definida como pesquisa exploratória, onde se busca familiarizar-se com o fenómeno que está sendo estudado, envolvendo levantamento bibliográfico, explicando um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos, visando proporcionar uma visão geral de um determinado facto; e pesquisa descritiva por procurar descrever a partir de dados primários o entendimento do tema estudado, obtidos por meio da aplicação do questionário, com a maior precisão possível, descrevendo as características da população, observando, registando e analisando suas relações, conexões e interferências (MICHEL, 2005).
No que diz respeito aos procedimentos técnicos, classificou-se como pesquisa bibliográfica, que de acordo com Ruiz (2006), consiste no exame desse manancial de livros, artigos ou documentos, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa científica. E como pesquisa de levantamento, pois é feita através da interrogação directa das pessoas cujo comportamento será estudado, desta forma um grupo significativo de pessoas forneceram informações acerca do problema estudado.
Tratamento e análise dos dados
 Em função da natureza do presente problema o tratamento dos dados foi feito com o uso do programa de Microsoft Word, permitindo a análise dos dados de maneira adequada aos objectivos de estudo através da digitalização.
De acordo com Gil (2006), o processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. A interpretação dos dados consiste fundamentalmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos, quer sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados anteriormente.




CONCLUSÃO

O mercado passa por processos constantes de mudanças, em consequência das fortes alterações políticas, económicas e sociais. O mundo empresarial convive com a era da globalização e do crescente apelo para o exercício da competitividade, da responsabilidade social e ambiental e da eficiência na produção, todos esses factores levam os executivos a presenciar permanentes oscilações em diferentes situações, sendo necessário administrar com tomadas de decisões precisas. As empresas terão grandes desafios neste século, e para superá-los precisam ter boas estratégias, as condições do ambiente externo só podem ser resolvidas através de decisões internas das organizações, para isso é preciso ter uma boa comunicação.
Como se pode perceber ao longo do trabalho é indiscutível a importância da comunicação nos dias actuais, é interessante observar como essa ferramenta promove o desenvolvimento da empresa e facilita o fluxo de informações dentro da organização adequando as práticas administrativas e permitindo assim uma maior harmonia entre todos os sectores, contribuindo para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável para todos os agentes da empresa. Contudo conclui-se que a comunicação deve ser sempre vista como ponto crucial no bom andamento das missões, onde é preciso focar cada departamento da instituição e fazer uma espécie de auditoria, tudo aquilo que não estiver adequado, deve ser melhorado para com isso estar sempre buscando o melhoramento contínuo e o desenvolvimento da empresa.
Sugestões para a comunicação empresarial
Para promover uma comunicação forte e desenvolvida é preciso melhorar o clima organizacional, dar ênfase maior ao trabalho em equipe, manter uma comunicação clara, integrando os colaboradores para melhorar o relacionamento entre os sectores, utilizando meios de comunicação como mural, memorando e circular para manter os funcionários sempre informados das decisões da empresa, descentralizar as tomadas de decisões que devem ser feitas por todos os membros da organização.




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