ÓRGÃOS ANEXOS AO TUBO DIGESTIVO

INTRODUÇÃO
Para viver, crescer e manter o nosso organismo, precisamos consumir alimentos. Mas daí vem a pergunta de partida: o que acontece com os alimentos que ingerimos? Como os nutrientes dos alimentos, chegam às células do nosso corpo? Para permanecer vivos, renovar continuamente as células, desenvolver o nosso corpo e manter as actividades vitais, necessitamos de alimentos, pois são eles que fornecem energia para o nosso corpo.
Neste contexto o presente trabalho tem como objectivos principal de identificar os principais componentes do sistema digestivo e citar as principais funções de cada um. • descrever a anatomia dos componentes do sistema digestivo. • nomear as características estruturais de cada parte do sistema digestivo.





ÓRGÃOS ANEXOS AO TUBO DIGESTIVO
TUBO DIGESTIVO
Definição
O tubo digestivo e os órgãos anexos constituem o sistema digestivo. O tubo digestivo é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou tubo gastrintestinal. As estruturas do tubo digestivo incluem: Boca, Faringe, Esófago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus.
O comprimento do tubo gastrintestinal, medido no cadáver, é de cerca de 9 m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do tubo gastrintestinal mantém o tónus.
Os órgãos digestivos acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares, o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos digestivos acessórios, nunca entram em contacto directo com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para o tubo gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.
O tubo gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).
Funções:
1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais.
2- Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino.
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do tubo gastro intestinal e substâncias decretadas na luz do intestino.
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esófago.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.
Absorção: Processo realizado pelos intestinos.
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do tubo gastro intestinal.
O tubo gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são:  boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, recto e ânus.
Órgãos Anexos:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Glândulas Parótidas
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Glândulas Submandibulares
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Glândulas Sublinguais
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Fígado
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Pâncreas
BOCA
A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duros (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da cavidade bucal.
Limites da Cavidade Oral


A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do tubo digestivo – onde ocorra a fase automática da deglutição.
A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É limitada lateral e anteriormente pelos arcos alveolares maxilares e mandibulares que alojam os dentes. O tecto da cavidade da boca é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua.
Dentes
Os dentes são estruturas cónicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. Na época em que a criança está com 2 anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20 dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24 anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto completo de 32 dentes permanentes.


Língua
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula.
A raiz é a parte posterior, por onde se liga ao osso hióide pelos músculos hioglosso e genioglosso e pela membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa.
O ápice é a extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apoia contra a face lingual dos dentes incisivos inferiores.
A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da boca e a língua na linha mediana que forma uma prega vertical nítida, o frénulo da língua.
No dorso da língua encontramos um sulco mediano que divide a língua em metades simétricas. Nos 2/3 anteriores do dorso da língua encontramos as papilas linguais. Já no 1/3 posterior encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos linfáticos (tonsila lingual).
Papilas Linguais – são projecções do cório, abundantemente distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples.

Músculos da Língua – a língua é dividida em metades por um septo fibroso mediano que se estende por todo o seu comprimento e se fixa inferiormente no osso hióide. Em cada metade há dois conjuntos de músculos, extrínsecos e intrínsecos.
Os Músculos Extrínsecos são: Genioglosso, Hioglosso, Condroglosso, Estiloglosso e Palatoglosso.
Os Músculos Intrínsecos são: Longitudinal Superior, Longitudinal Inferior, Transverso e Vertical.
FARINGE
A faringe é um tubo que se estende da boca até o esófago.
A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo acto da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esófago.
Três estágios:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o esófago.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esófago para o estômago.
Limites da Faringe:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Superior – corpo do esfenóide e porção basilar do osso occipital
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Inferior – esófago
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Posterior – coluna vertebral e fáscia dos músculos longo do pescoço e longo da cabeça
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Anterior – processo pterigóideo, mandíbula, língua, osso hióide e cartilagens tireóide e cricóide
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Lateral – processo estilóide e seus músculos
A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (Nasofaringe), oral (Orofaringe) e laríngea (Laringofaringe).
Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide em crianças).
Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina.
Parte Laríngea – estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme.
A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O acto da deglutição normalmente direcciona o alimento da garganta para o esófago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direcção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traqueia move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a entrada da via respiratória.
O movimento da laringe também simultaneamente puxa as cordas vocais e aumentando a abertura entre a parte laríngea da faringe e o esófago. O bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no esófago em 1-2 segundos.
ESÓFAGO
O esófago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento.
A presença de alimento no interior do esófago estimula a actividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago.
As contracções são repetidas em ondas que empurram o alimento em direcção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esófago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo estomacal.
O refluxo gastroesofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na parte superior do esófago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esófago.
O esófago é formado por três porções:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Porção Cervical: porção que está em contacto íntimo com a traqueia.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral).
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica.
ESTÔMAGO
O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestivo, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esófago e o intestino delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como típica.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro.
O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esófago com o estômago.
O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.
Para impedir o refluxo do alimento para o esófago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico). Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.
O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do estômago) e a Curvatura Menor (margem direita do estômago).

Funções Digestivas do Estômago:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Digestão do alimento
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Secreção de hormônio gástrico e factor intrínseco.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.
INTESTINO DELGADO
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em conjunto após a morte é de 9 metros).
O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério.
Apresenta 4 Partes:
1) Parte Superior ou 1ª porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar.
2) Parte Descendente ou 2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada de dois Ductos:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Ducto Colédoco – provêm da vesícula biliar e do fígado (bile)
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Ducto Pancreático – provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática)
3) Parte Horizontal ou 3ª porção
4) Parte Ascendente ou 4ª porção
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo.
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdómen pelo mesecolo.
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calibre, as ténias, os haustos e os apêndices epiplóicos.
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.
As ténias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproximadamente 1 centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco e no cólon ascendente.
Os haustos do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais.
Os apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmóide.
O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: Ceco (cécum), Colo (cólon) (Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmóide), Reto e Ânus.
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco – Válvula Ileocecal (ileocólica). No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.
A porção seguinte do intestino grosso é o Colo, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.
Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado direito do abdome a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática).
Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza o abdome a partir da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica), normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo.
Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmóide.
Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao recto. A terminação das ténias do colo, aproximadamente a 15 cm do ânus, indica a junção recto-sigmóide.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Flexura Hepática – entre o cólon ascendente e o cólon transverso.
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Flexura Esplénica – entre o cólon transverso e o cólon descendente.
O recto recebe este nome por ser quase rectilíneo. Este segmento do intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal.
O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os esfíncteres anais.
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Funções do Intestino Grosso:
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Absorção de água e de certos electrólitos;
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/bb.gif?x73185 Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Peristaltismo:
Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move através do colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a reabsorção de água, causando diarreia.
PERITÔNIO
O peritónio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a parede abdominal é denominada Peritónio Parietal e a que se reflecte sobre as vísceras constitui o Peritónio Visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral do peritónio é denominada cavidade peritoneal.
Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritónio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sanguíneos. A estas pregas é dado o nome geral de mesentério.
Os Mesentérios são: o mesentério propriamente dito, o mesocólon transverso e o mesocólon sigmóide. Em adição a estes, estão presentes, algumas vezes, um mesocólon ascendente e um descendente.
O Mesentério Propriamente Dito – tem origem nas estruturas ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado.
O Mesocólon Transverso – prende o cólon transverso à parede posterior do abdome.
O Mesocólon Sigmóide – mantém o cólon sigmóide em conexão com a parede pélvica.
O Mesocólon Ascendente e Descendente – ligam o cólon ascendente a descendente à parede posterior do abdome.
O Peritónio apresenta dois omentos: o maior e o menor.
O Omento Maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado. Está inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno.
O Omento Menor estende-se da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado.
Apêndices Epiplóicos – são pequenas bolsas de peritónio cheias de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do recto.
GÂNDULAS
O aparelho digestivo é considerado como um tubo, recebe o líquido decretado por diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esófago, estômago e intestinos.
Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração.
As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: Glândulas Salivares Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade da boca.
Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares.
Glândulas Salivares Maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas, submandibulares e sublinguais.
Glândula Parótida – a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e facial.
Glândula Submandibular – é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior.
Glândula Sublingual – é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula submandibular.
FÍGADO
O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal.
Sua localização é na região superior do abdómen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1,500 g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.
O fígado apresenta duas faces: Diafragmática e Visceral.
O fígado é dividido em lobos. A Face Diagramática apresenta um lobo direito e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado.
A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um “H”, com 2 ramos antero-posteriores e um transversal que os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente ao lobo esquerdo.
Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.
Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e ducto colédoco.
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele – além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas.
A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção.

Outras Funções do Fígado são: Metabolismo dos carboidratos; Metabolismo dos lipídios; Metabolismo das proteínas; Processamento de fármacos e hormônios; Excreção da bilirrubina; Excreção de sais biliares; Armazenagem; Fagocitose; Activação da vitamina D.
VESÍCULA BILIAR
A Vesícula Biliar (7 – 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de bile.
O Ducto Cístico (4 cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contacto com o ducto pancreático principal.
PÂNCREAS
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 – 1500 ml de suco pancreático.
O pâncreas é achatado no sentido antero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago.
O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (antero superior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a  Face Visceral (póstero inferior)  que é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais.
O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no homem 16,08 g.
O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda.
Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola hepatopancreática.




CONCLUSÃO
Depois da pesquisa feita, chegou-se por concluir que o sistema digestivo é responsável por fazer a ingestão, digestão, absorção e eliminação dos alimentos. Ele é composto por um longo tubo que contém os principais órgãos e glândulas do processo digestivo. O tubo, com cerca de 9 metros, é capaz de levar o alimento até o ânus. Ela se inicia na boca através da mastigação e saliva formando um bolo alimentar. A língua é responsável por empurrar o bolo até a faringe, que passa pelo esófago e depois para o estômago, num processo chamado deglutição.
Quando o bolo atinge o estômago, ele passa por diversos processos químicos dos quais são retirados os nutrientes necessários para o corpo. A água do corpo humano e os sais minerais não são absorvidas durante a digestão e grande parte deles são absorvidos no intestino delgado. Esse último conecta-se com o intestino grosso, finalizando com o ânus, por onde as fezes são eliminadas.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

__________ Anatomia Humana: Sistema digestivo. Disponível em: http://anatomia-humana.info/corpo-humano/sistema-digestivo.html. Acesso aos 09 de Setembro de 2017.
Fabíola Alves dos Reis: órgãos anexos do sistema digestivo. Brasil, 2013. Disponível em: http://www.ufjf.br/anatomia/files/2012/04/S-DIGESTVO-2013.pdf. Acesso aos 09 de Setembro de 2017.
AULA DE ANATOMIA: Sistema Digestivo. Disponível em: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-digestorio/. Acesso aos 09 de Setembro de 2017.