A Importância Da Língua Portuguesa e Suas Implicações
A Importância Da Língua Portuguesa e Suas Implicações
A importância da língua portuguesa e suas implicações são
evidentes, mormente, na vida profissional. Basta refletir acerca da principal
razão de eliminação de candidatos à vagas de emprego em determinados setores. A
linguagem é o cartão de visita. Ao ouvir alguém por cinco minutos, já temos a
ideia formada da formação da pessoa que está falando.
Quanto ao profissional
A capacidade de comunicação, seja ela por domínio da linguagem
falada, escrita ou corporal, sempre nos traz conseqüências positivas.
O profissional que sabe se comunicar, sempre se diferencia.
Quem domina a norma culta da língua, e é apto a escrever e falar corretamente,
está sempre à frente, diferencia-se da maioria, que incorre em erros banais e
basilares.
Segundo Paulo Nathanel Pereira de Souza, presidente do
Conselho da Administração do CIEE, "Saber escrever bem é transmitir idéias
consistentes com a agilidade que os meios de hoje impõem. Saber escrever bem é
ser um artista das palavras. E todos nós, empresas e profissionais, precisamos
redescobrir urgentemente a eficiência dessa arte".
A maioria dos brasileiros - e digo maioria, sem exagero -,
não tem capacidade de expressar-se. Faltam competências fundamentais, como;
concatenar as idéias, aplicar a coesão e coerência em um texto, dissertar com
introdução, argumentação e conclusão, bem como o domínio da ortografia.
A falta de capacidade de escrever, falar e ler corretamente
decorre, por vezes vezes, da falta do hábito de ler, pois quem lê com
freqüência escreve melhor, tem melhor raciocínio, melhor interpretação e melhor
organização de idéias.
Para verificarmos este problema é suficiente entregarmos uma
proposta de redação a um aluno que recentemente concluiu o ensino médio em
determinadas escolas. Isto se torna mais trágico, quando o fazemos com alguns
intitulados universitários.
Em uma reunião na empresa ou em uma apresentação destacam-se
os que sabem defender seus argumentos de forma clara, convencer o auditório de
forma válida, expor e fundamentar suas idéias de modo conciso e claro. Para
tanto, é necessário o domínio das expressões.
Ao enviar um e-mail, elaborar um memorando, dirigir uma
carta a um cliente, colaboradores ou superiores hierárquicos, o profissional
revela a sua personalidade, demonstra a sua formação e grau de inteligência.
Não é possível entendermos por apto e qualificado, um
profissional que não é capaz de escrever um texto corretamente. Também não é
possível aceitarmos a idéia de que tal profissional gere uma boa imagem a
empresa, se este não sabe falar de forma correta.
Para exemplificarmos, basta lembrarmos da sensação ruim e
imagem negativa que formamos da empresa, quando somos atendidos por um
profissional que diz coisas como: "vamos estar verificando", ou
"vamos estar retornando". Isso, sem mencionar outros erros mais
absurdos e grotescos, como o "mim fazer"; "mim ver" etc.
Destarte, infere-se que o investimento em profissionais
qualificados e aptos a falar a própria língua é indispensável a uma empresa que
deseja ter uma imagem positiva perante seus clientes.
Quanto ao marketing pessoal
O que abordamos anteriormente está, umbilicalmente, ligado
ao marketing profissional. Haja vista, a impossibilidade de determinado
profissional ter sucesso em sua imagem profissional, sem expressar-se
corretamente.
A maioria dos nossos julgamentos é baseada em impressões. Se
causamos uma boa impressão, conquistamos algo, adquirimos, agregamos. O
investimento de agregar saberes, cultura e formação é altamente lucrativo e
gratificante, principalmente na área profissional.
Quando trabalhamos em uma empresa possuidora de um grupo
seleto e desejamos promoções e determinados cargos, devemos demonstrar nossa
qualificação e competência para aquela posição. Ora, é incontroverso que para
exercer tal posição, necessitamos de qualidades diferenciadas e postura
profissional. Destas qualidades, a habilidade de se comunicar é um fator
crucial.
Em cargos de liderança não se pode imaginar na qualidade de
líder uma pessoa desprovida destes elementos, pois como disse Reinaldo
Passadori: "Conhecemos muitas pessoas com grande capacidade de
comunicação, mas não são líderes, todavia não conhecemos líderes que não saibam
se comunicar".
Em um processo seletivo para conquistar uma vaga, desde a
entrevista, o examinador jamais deixará de avaliar as expressões do candidato,
dependendo do porte da empresa e do perfil da vaga. Estará automaticamente
eliminado aquele que se mostra incapaz de escrever e falar corretamente.
Por outro prisma, até mesmo para conseguir um bom
"networking" é necessário causar estas boas impressões, pois não
conseguiremos crédito e confiabilidade, nem mesmo dos nossos contatos, se não
nos mostrarmos bons profissionais, ou seja, aptos em fluência verbal.
Disse, o ilustre Professor Luiz Antonio Sacconi:
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja,
duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou
língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta,
forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma
sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação
de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios,
etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à
sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular
ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite
na gíria e no calão.
Cabe a nós brasileiros, entendermos o momento próprio do uso
de cada modalidade, tanto o momento formal, quanto o momento informal, para,
assim, não nos depararmos em situações ridículas e inconvenientes.
Falar e escrever bem gera admiração, apreço e projeta uma
boa imagem para os nossos ouvintes e interlocutores. Consequentemente
aumentamos nossa rede de contatos, adquirimos mais créditos e ampliamos nossas
oportunidades.
A eloquência e a habilidade de escrever levam o profissional
a lugares que muitos não podem chegar. Ocuparão tais lugares, por mérito, os
que investem em si mesmos e tem a consciência da importância de dominar a
língua pátria.
Quanto às relações interpessoais
As proposições supra mencionadas, que esclarecem a
importância do uso correto da língua, também são válidas neste tópico,
destinado as relações interpessoais.
Basicamente, é necessariamente entendermos que a comunicação
verbal é imprescindível para conseguirmos externar uma idéia, ilustrar uma
reflexão, fazer enxergar aquilo que outros não conseguem ver. E claro, todas
essas situações são perfeitamente aplicáveis no cotidiano, seja na família, com
amigos, com o cônjuge ou filhos.
As relações são beneficiadas quando sabemos interpretar o
que o interlocutor diz, quando sabemos trilhar os caminhos das idéias, pintando
a imagem do raciocínio com as palavras cabíveis e apropriadas.