VIDA E OBRA DE ALGUNS FILÓSOFOS
introdução
Expressar a experiência real em palavras é um desafio
temível até para grandes escritores. Tão séria é essa dificuldade que para
vencê-la foi preciso inventar toda uma gama de géneros literários, dos quais
cada um suprime partes da experiência para realçar as partes restantes.
É argumentável que a filosofia nasce com o
primeiro ser capaz de elaborar uma linguagem e raciocínios complexos. Como só
conhecemos a espécie humana capaz de fazer tal coisa, podemos dizer, por
enquanto – ao menos até descobrirmos algum outro ser capaz de tais tipos de
raciocínios -, que a filosofia nasce com o ser humano. Pode parecer um pouco
presunçosa essa afirmação, mas não é. Aparentemente a filosofia nasce quando o
primeiro problema filosófico é formulado.
vida e obra de alguns filósofos
PARMÉNIDES
Nascido
por volta do ano de 515 a.C., na cidade de Eleia, ao sul da Magna Grécia
(Itália), Parménides é considerado pelos historiadores da Filosofia como o
pensador do imobilismo universal.
Em
seu poema, Parménides narra o que disse ter ouvido das musas que por uma
carruagem puxada por corsas, conduzem-no à luz da verdade (alethéia). A
verdade é, pois, o caminho do pensamento, já que o ser, o que existe é tudo
aquilo que pode ser pensado. Dessa forma, o que não é, o não ser, o que não
existe, não pode ser pensado nem, portanto, dito, sendo este um caminho
ilusório.
A
via da verdade é o pensamento que Parménides identifica com o ser. Mas o ser
para existir tem de ser dito, logo, há uma identidade entre SER, PENSAR E DIZER.
Sendo a verdade exclusiva dos deuses, entre os mortais há a via da opinião (dóxa),
causada pelas ilusões dos nossos sentidos.
Hoje
podemos dizer que a ontologia (estudo sobre o ser) de Parménides refere-se a
uma lógica material, como se o discurso estivesse compactado à experiência
física. Assim, podemos ver porque ele disse que “o ser é, o não ser não é”.
O filósofo apontava para unicidade do ser acreditando que toda forma de
movimento era ilusória (e só Newton, no séc. XVIII, com a física conseguiu resolver
esse problema!).
Parménides
julgava o ser uno, imóvel, indestrutível, ingénito (isto é, incriado, não
nascido, não gerado) e eterno. Segundo seu modo de pensar, o não ser, o nada
não existe e não pode ser nem dito nem pensado. Portanto, o ser não pode ter
surgido, porque ou teria surgido do nada, o que é impossível, ou teria surgido
de outro ser, justificando que o ser já era e sempre será; logo, é eterno. Nem
também o ser pode se movimentar, pois se se altera (o movimento em grego era
tido como deslocamento, crescimento, diminuição e alteração) será outro ser,
mesmo continuando a ser e, por isso, dois seres são impensáveis, apenas um ser
é pensável. E se não foi criado, nem gerado, também não pode ser destruído, já
que se destruído, algo ficará e assim permanecerá sendo.
Por
mais que se possa acreditar que Parménides seja o iniciador da lógica, sua
lógica ainda é vinculada à ontologia, isto é, ao ser, não podendo ser
considerada formal. Em linguagem moderna, poderíamos dizer que Parménides fala
da MATÉRIA, amorfa, de modo geral e que tudo o que existe é matéria, não
podendo existir o vácuo nem o vazio. E que apesar das suas mudanças em vários
elementos, substâncias, coisas e pessoas, ela, a matéria, é o princípio uno e
total, causa de toda a realidade.
Pode-se
também pensar que a filosofia de Parménides, isto é, a do imobilismo universal
ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas tradições religiosas
(principalmente a cristã) para descrever Deus e o céu. Notem que, em geral, os
mortos são enterrados com máximas que dizem: “Aqui jaz (repousa) fulano...”.
Deus seria esse princípio Uno e Todo sem partes divididas ou vazias que deveria
ser compreendido, através do pensamento, como princípio de todo o conhecimento.
É também interessante notar como a identidade entre SER e PENSAMENTO e
LINGUAGEM, de Parménides também associa-se com a tradição do Antigo Testamento.
Neste, Deus se revela como o VERBO. Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra,
discurso e razão. E se para Parménides o lógos é também o
pensar e o ser, então é a divindade que fala e que fornece a base para
conhecermos, isto é, a via da verdade é a razão, o lógos divino.
Por isso, Parménides concebe o ser de forma circular, pois é, entre os gregos,
a forma da perfeição.
DEMÓCRITO
O filósofo
materialista Demócrito,
assim como seu mestre Leucipo, seguiu o caminho da filosofia racionalista
científica e é reconhecido como o filósofo grego que mais contribuiu para o desenvolvimento
da posição atomista. Como não havia distinção clara entre filosofia e
ciência na Grécia do século IV a.C., e como a posição atomista de Demócrito é
muito semelhante aos desenvolvimentos do século XIX, acerca da compreensão da
estrutura atómica, Demócrito é mais reconhecido como cientista do que filósofo,
sendo considerado por autores modernos como o pai da ciência como a conhecemos
hoje.
Como
materialista, as perguntas que Demócrito se fazia eram direccionadas a entender
quais circunstâncias causaram determinado evento, sem preocupar-se com o
propósito ao qual o evento serve, o que é uma questão mais teleológica, aquela
que trata da causa final, mais comum em filósofos como Platão e Aristóteles. A posição defendida por Demócrito era a de que tudo
é resultado das leis naturais e portanto as questões da física podem ser
explicadas por meio da compreensão da mecânica do mundo, interacções entre
elementos físicos, regidos pelas leis naturais.
Derivando
de sua posição materialista geral, a posição de Demócrito acerca da natureza
dos objectos do mundo dava conta de que tudo é composto de partículas
indestrutíveis, entre as quais existe espaço vazio. Embora sejam
geometricamente divisíveis, estas partículas são fisicamente indivisíveis,
infinitas em quantidade e sempre estiveram em movimento. Quanto ao que hoje
conhecemos como "peso atómico", a posição de Demócrito ainda é
discutida, devido a pouca informação, mas se sabe que a sua posição comportava
uma variedade de formas e tamanhos de átomos, chegando a afirmar directamente a
existência de átomos mais pesados que outros.
Esta
variedade de átomos seria importante para explicar a diferença de solidez dos objectos
no mundo. Demócrito utilizou os sentidos humanos para oferecer analogias que
nos possibilitassem ter uma imagem dos átomos, distinguindo-os em formas,
tamanhos e a maneira como se agrupam. Os átomos de Demócrito são sólidos inertes que interagem
uns com os outros mecanicamente, alguns são pontiagudos, outros são lisos,
escorregadios, e outros mais rígidos, quanto às conexões, supunha-se que
possuíam ganchos e encaixes para possibilitar que se agrupassem. Por esta
descrição, especialmente de sua forma de agrupação, podemos dizer que, a
despeito do nome, os átomos de Demócrito são mais semelhantes ao conceito moderno
de molécula do que ao conceito moderno de átomo. Embora
moléculas sejam fisicamente divisíveis.
Quanto
a sua origem, a posição atomista, como era comum aos materialistas da região de
Mileto, deriva da simples observação e estudo da natureza. Lucrécio, em
seu De rerum natura, explica as origens da posição atomista
apelando para analogias como rochas que se desfazem com o tempo e terra que se
torna lama ao entrar em contacto com a água, este tipo de fenómeno teria levado
filósofos como Demócrito a pensar que a mecânica do mundo seria baseada em
decaimento e combinação. Ao mesmo tempo, observa-se a renovação da natureza,
especialmente nos fenómenos relacionados a nascentes e crescimento de árvores,
o que faz pensar que deve haver algo de perpétuo, algo indestrutível que subjaz
estes objectos aos quais temos acesso e permite a renovação.
Embora
tenha se dedicado aos aspectos mecânicos do mundo, historiadores posteriores
consideram que Demócrito foi o filósofo que estabeleceu a estática como um
campo de estudo, escrevendo relevantes trabalhos teóricos acerca da poesia e
belas artes, embora nenhum destes trabalhos tenha sobrevivido até os dias
actuais.
PITÁGORAS
Pitágoras de Samos foi um dos grandes filósofos
pré-socráticos e matemáticos da Grécia Antiga.
Segundo ele “tudo é número”,
frase que indica uma explicação para a realidade e tudo que existe no mundo. A
ele foi atribuído o uso e criação dos termos “filósofo” e “matemática”.
Biografia
Pitágoras nasceu na ilha grega de
Samos, na costa jônica, em 570 a.C. Desde pequeno começou a ser educado em sua
cidade natal, estudando matemática, astronomia, música, literatura e filosofia.
Foi orientado na cidade grega de
Mileto por um dos maiores filósofos pré-socráticos: Tales de Mileto.
No entanto, suas ideias
revolucionárias para a época o levaram a ser perseguido. Nesse momento,
mudou-se para Crotona (sul da Itália) região conhecida como Magna Grécia.
Foi ali que fundou uma escola de
caráter místico-filosófico que ficou conhecida como “Escola Pitagórica”.
Entretanto, foi perseguido novamente,
deixando Crotona e partindo para o Egipto, onde ao observar as pirâmides, criou
o Teorema de Pitágoras.
O filósofo faleceu em Metaponto, na
região sul da Itália, em 490 a.C. com aproximadamente 80 anos.
Pitagorismo
Segundo Pitágoras, os números são a
base da vida na terra. Mediante suas ideias surge o Pitagorismo (ou Escola Pitagórica), sendo os
pitagóricos seus seguidores, dos quais se destacam: Temistocleia, Filolau de
Crotona, Arquitas de Tarento, Alcmeão e Melissa.
Na escola, ele ministrou aulas nas
áreas matemática (aritmética e geometria), astronomia, música, filosofia,
política, religião e moral.
Segundo o matemático grego, os números
representavam a harmonia e a ordem, ou seja, eram considerados a essência de
todas as coisas.
Essa teoria de Pitágoras surgiu da
observação entre a harmonia dos acordes musicais.
Os pitagóricos acreditavam que essa
concepção não era meramente matemática, mas também mística e espiritual.
Nesse sentido, eles desenvolveram uma
concepção espiritual da existência humana, donde a alma é libertada do corpo
após a morte.
Ou seja, eles acreditavam na reencarnação
e no desenvolvimento das virtudes humanas enquanto a alma estava aprisionada ao
corpo durante a vida.
Como resultado, os homens poderiam
reencarnar numa forma de existência mais elevada, conforme as virtudes
conquistadas durante a trajectória terrena.
Além do famoso "Teorema de
Pitágoras", os pitagóricos descobriram os números figurados e os números
perfeitos.
Na área da astronomia, Pitágoras
também avançou com questões sobre a esfericidade do planeta Terra e o
deslocamento dos astros utilizando conceitos matemáticos.
Essa teoria baseada num cosmo harmónico
ficou conhecida como “Teoria da Harmonia das Esferas”.
Teorema
de Pitágoras
Um dos mais importantes teoremas da
geometria é o Teorema de Pitágoras. É representado pela fórmula (c²=
a²+b²) sendo seu enunciado descrito da seguinte maneira:
“No triângulo rectângulo, composto por
um ângulo interno de 90° (ângulo recto), a soma dos quadrados de seus catetos
corresponde ao quadrado de sua hipotenusa.”
Frases
Segue abaixo algumas frases sobre o
pensamento de Pitágoras:
·
“O
universo é uma harmonia de contrários.”
·
“A
Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de
Deus.”
·
“A
matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo.”
·
“Observa
o teu culto a família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos
os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens.”
·
“O
filósofo não é dono da verdade, nem detém todo conhecimento do mundo. Ele é
apenas uma pessoa que é amiga do saber.”
·
“Os
animais dividem connosco o privilégio de ter uma alma.”
PLATÃO
Fundador da Academia de Atenas, Platão, aluno de Sócrates e professor de Aristóteles, é um dos filósofos gregos mais conhecidos e estudados
até os dias actuais, especialmente por sua obra ter sobrevivido praticamente
intacta mais de 2400 anos, o que não aconteceu com a grande maioria de seus
contemporâneos.
Muito importante para a história da filosofia, Platão é responsável por
termos acesso ao pensamento de diversos filósofos da Grécia antiga, como Sócrates, seu mestre, Heráclito, Parménides e Pitágoras. Platão foi ainda o introdutor do método de diálogo em filosofia e com
sua obra A República fundou a filosofia política ocidental.
Os personagens dos diálogos de Platão tratam de diversos temas em
praticamente todas as áreas da vida, privada ou pública, entre os principais
temas encontramos, a política, arte, religião, justiça, medicina, vício e
virtude, crime e castigo, sofrimento e prazer, sexualidade e a natureza humana,
amor e sabedoria, entre outros.
Platão foi um dos filósofos mais conscientes do modo como a filosofia
deveria ser concebida e qual deveria ser seu escopo e quais ambições poderia
aspirar o filósofo. De fato, Platão pode ser considerado o inventor do tema da
filosofia, aquilo de que ela de fato trata, tendo a filosofia como um rigoroso
e sistemático exame dos assuntos éticos, políticos, metafísicos e
epistemológicos através de um método distintivo.
A Platão frequentemente se atribui uma posição filosófica que actualmente
seria descrita como racionalista, parte de uma definição de raciocínio
como uma operação mental discursiva, pautada pela lógica, e utilizando
proposições para extrair conclusões; realista, em relação à existência de
universais, as formas ideais; idealista, com sua teoria das ideias, na qual a
verdadeira realidade estaria no mundo das ideias, sendo acessível apenas à
razão; e dualista, concepção baseada na existência de duas substâncias irredutíveis
uma a outra. Embora estas posições não tenham sido completamente desenvolvidas
por Platão, suas ideias iniciais inspiraram a formação destas posições
filosóficas, a tal ponto que, por exemplo, o realismo, na forma apresentada
acima, é hoje conhecido como "Realismo Platónico".
A Teoria das Formas, também frequentemente referida como Teoria das
Ideias, é um dos mais importantes desenvolvimentos filosóficos de Platão, de
acordo com esta teoria, as formas abstractas, aquelas não-materiais, possuem o
tipo mais elevado e fundamental de realidade, mesmo não possuindo existência
física estas formas são substanciais e imutáveis. O mundo material mutável que
conhecemos através da sensação teria existência secundária e dependente das
formas, também chamadas "ideias". Alguns autores chamaram estas
formas de "essências puras" que sustentam a existência do mundo
material. Platão defendeu a existência de uma conexão metafísica, portanto abstracta,
entre a maneira como procuramos ter acesso às formas, descrevendo tal procura,
bem como as dificuldades inerentes a este processo, em sua Alegoria da caverna, na obra República.
Autores como Stephen Körner, consideraram a adesão às ideias de Platão
como uma tendência natural para os estudiosos da matemática, esta posição é
evidenciada pela grande adesão de importantes nomes da matemática ao pensamento
platónico, entre eles Sir Bertrand Russell, A. N. Whitehead, Gottlob Frege,
Kurt Gödel, Georg Cantor, entre outros. Também na física existe uma arraigada
tradição platónica, começando com Galileu Galilei e se estendendo até Werner Heisenberg,
Roger Penrose, Stephen Hawking, entre outros importantes nomes da física
contemporânea.
Para além de sua grande relevância para a filosofia e ciência, Platão
também foi importante para o processo de racionalização da fé cristã, em grande
medida através de sua influência sobre o filósofo e teólogo Agostinho, um dos
mais importantes da história da cristandade.
SANTO
AGOSTINHO
Principal filósofo do período da filosofia conhecido como Patrística, Agostinho
de Hipona ou Santo Agostinho foi um filósofo da idade média cujo
trabalho ajudou a fundar as bases da filosofia adoptada pela Igreja Católica,
bem como levantar questões que influenciaram a toda a história posterior da
filosofia. Surge como um reformulador da filosofia patrística, praticada nos
primeiros séculos do cristianismo, explorando temas que estavam além das
questões do platonismo cristão, corrente filosófica mais popular nos primeiros
anos da Patrística. Até Agostinho os filósofos cristãos defendiam que o
fundamento e a essência da vida deveriam ser a fé, particularmente, a fé
cristã. A partir da fé os homens tomariam decisões importantes em suas vidas e
realizariam os julgamentos morais, para a razão era legada a actuação na vida
cotidiana, em decisões menores e rotineiras.
Agostinho, por outro lado, conhecedor da filosofia por traz de diversas
religiões e muito bem versado em filosofia geral, buscava na razão a
justificativa para a fé. Se de um lado entendia que a fé era fundamental, e
nunca pretendeu que a razão a subjugasse, de outro entendia que era preciso
algo além da própria fé para levar os homens descrentes a considerá-la,
utilizando a si mesmo como exemplo, uma vez que nunca foi particularmente
inclinado ao cristianismo até encontrar-se com Ambose de Milão e reavaliar-se,
convertendo-se em seguida. Entre os muitos tópicos nos quais trabalhou,
explorou a questão da liberdade humana, na forma do livre arbítrio,
defendendo que a Graça Divina seria o elemento garantidor da liberdade.
Formulou ainda a doutrina do pecado original e a teoria da guerra justa.
Como o inovador da filosofia patrística, Agostinho também utilizou-se de
argumentos cépticos, especialmente em sua refutação à corrente filosófica
conhecida como académicos. Em sua De Genesi ad literam, defendeu
o conhecimento natural e a razão, ao afirmar que, se passagens
da bíblia cristã contradizem a ciência ou a razão, estas passagens
devem ser reinterpretadas como metáforas estendidas, não como história. Sua
justificação é a de que a razão teria sido dada por Deus que, sendo
benevolente, não daria aos homens uma razão enganadora que fosse inclinada a
contradizer a bíblia, por mero capricho ou erro.
No que concerne a sua teoria do conhecimento, contrariando Platão, Agostinho defendeu que o testemunho de outras pessoas, mesmo quando
não nos traz uma informação verdadeira ou passível de verificação, pode nos
trazer novos conhecimentos. De acordo com Gareth Matthews, Agostinho
desenvolveu ainda o "argumento a partir da analogia a outras mentes"
como solução padrão para o problema das outras mentes, antecipando um debate
que seria levado a cabo, com mais enfase, por Descartes, séculos depois.
Segundo Agostinho, os cristão deveriam ser filosoficamente e
pessoalmente pacifistas. Isto significa dizer que os cristãos deveriam defender
a paz, optando por ela por princípio, sempre que possível, mas permite que,
quando não for possível estabelecer a paz, faça-se a guerra. Entendeu que uma
postura pacifica perante um mal que apenas poderia ser parado pela violência é
um pecado, uma vez que permite a perpetuação deste mal. Nestes casos os
cristãos deveriam considerar que uma guerra só é justa se seu objectivo for a
manutenção da paz, havendo um comprometimento duradouro com a mesma. Ainda, a
guerra não pode ser preventiva, mas apenas defensiva, com o objectivo de
restaurar a paz, nunca de atacar aqueles que tem potencial para violar a paz,
pois isto seria equivalente a punir antes do crime. Uma vez que nenhum humano é
capaz de, com absoluta certeza, garantir que um crime de fato ocorrerá é
injusto punir antes que o crime ocorra. Da mesma forma, a guerra só é justa
quando defensiva.
CONCLUSÃO
A importância dos filósofos equivale à própria
importância da Filosofia, para a história.
Os filósofos, e a Filosofia, contribuem em várias áreas do conhecimento: Lógica, ética, política, epistemologia, cosmologia, sociologia, antropologia, psicologia, matemática, física, etc. A filosofia não só sustenta estas e muitas outras ciências, como também possui ferramentas capazes de criticar qualquer forma de conhecimento já inventado pelo homem. Os filósofos são mestres em questionar e investigar a realidade, mesmo quando esta aparece como óbvia e inquestionável. Os filósofos influenciam nosso modo de ver o mundo (quer queiramos ou não, somos, no ocidente, profundamente influenciados por Platão, Aristóteles e muitos outros).
Os filósofos, e a Filosofia, contribuem em várias áreas do conhecimento: Lógica, ética, política, epistemologia, cosmologia, sociologia, antropologia, psicologia, matemática, física, etc. A filosofia não só sustenta estas e muitas outras ciências, como também possui ferramentas capazes de criticar qualquer forma de conhecimento já inventado pelo homem. Os filósofos são mestres em questionar e investigar a realidade, mesmo quando esta aparece como óbvia e inquestionável. Os filósofos influenciam nosso modo de ver o mundo (quer queiramos ou não, somos, no ocidente, profundamente influenciados por Platão, Aristóteles e muitos outros).
BIBLIOGRAFIA
PIRES, Herculano. Os Filósofos. 2ª Edição - Maio de 2001
MONDIN, Battista. Introdução à Filosofia: Problemas,
sistemas, autores, obras. 15ª Edição, SP, 2004.