A finalidade e importância da DFC no cenário empresarial

A finalidade e importância da DFC no cenário empresarial

No atual mundo competitivo e globalizado, a maioria das organizações está sofrendo grandes problemas financeiros, sendo estes ocasionados, em grande parte, pela falta de uso da demonstração de fluxo de caixa, visto que este é um dos problemas mais frequentes nos casos empresariais. A demonstração de fluxo de caixa tem o intuito de auxiliar o empreendedor na evidenciação das entradas e saídas financeiras. E para retratar sobre este conhecimento é preciso usar de alguns conceitos introdutórios como a Ciência Contábil e a definição de demonstração contábil.
Ao abordar sobre a contabilidade pode ser visto que esta é uma ciência de grande importância para os empresários e bastante conhecida, desde os seus primórdios, em que quando era questionado sobre necessidade do uso desta ciência. O nascimento ou a instituição da contabilidade é cercado de inúmeros pareceres e cada autor destaca uma forma como está foi criada, mas Solange Aparecida retrata que “independente das divergências dos autores sobre o período do seu surgimento, o fato é que a contabilidade evoluir através de diversas fases, e como toda ciência, continuara cumprindo sua função social.” (2009, p. 19)
Desde a sua criação, a ciência contábil se destacou com inúmeras transformações, mas algo que é bastante compreendido é que está ciência tem o intuído de auxiliar a sociedade. Para Solange Aparecida “a contabilidade tem como função o registro, o controle e o sistema de informação dos fenômenos patrimoniais, com o objetivo de fornecer diagnósticos científicos aos seus diversos tipos de usuários.” (2009, p. 50)
Com esta abordagem se faz preciso introduzir sobre o conceito das demonstrações contábeis e a sua aplicabilidade no cenário empresarial. . As demonstrações contábeis são relatórios retirados dacontabilidade depois o lançamento de todos os documentos que venham a fazer parte do sistema utilizado pela contabilidade contábil da empresa mediante a um determinado período. Ao conceituar sobre as demonstrações contábeis o conselho regional de contabilidade do Paraná destaca que “as demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição patrimonial e financeira (balanço patrimonial), o desempenho (demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente) e os fluxos de caixa da entidade.” (2011, p.23)
Diante disso, é visto que os empresários necessitam buscar estratégias para avaliação dos gastos mediante a sobrevivência no mercado com o uso das demonstrações contábeis, que se utiliza de meios corretos para apresentar a situação real da empresa. Para o CRC do Paraná “o objetivo das Demonstrações Contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.” (2011, p. 10)
Prosseguindo a abordagem, o uso das demonstrações contábeis é de suma importância para a vivência empresarial. Através das demonstrações, o contador apresenta a empresa uma representação fidedigna do estado atual dela, podendo ser perante lucros, situação patrimonial, fluxo de caixa e entre outros. Ao que mediante a situação financeira e de disponibilidades é utilizado o demonstrativo do fluxo de caixa, que é conceituado como o demonstrativo que apresenta as mutações das contas de disponibilidades da organização. O CRC do Paraná traz um conceito sobre a DFC, em que este compreende que:
A Demonstração dos Fluxos de Caixa fornece informações acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para um período contábil, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades operacionais, nas atividades de investimento e nas atividades de financiamento. (PARANÁ, 2011, p. 39)
Com base neste é preciso retratar sobre a instituição da DFC que é a demonstração do fluxo de caixa e foi instituída mediante a lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que alterou alguns conceitos da lei 6404/76 ou lei das sociedades anônimas, ao que em seu artigo 176° retrata que no fim de cada exercício social, a empresa será obrigada a elaborar algumas demonstrações financeiras e com a alteração da lei 11.638/07 foi instituído no inciso IV do mesmo artigo sobre a obrigatoriedade do uso da DFC, que antigamente era conhecida como DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos).
Ao conceituar sobre a obrigatoriedade da DFC é compreendido que esta não é de incumbência para todas as empresas, ao que no parágrafo 6° do artigo 176° da lei 11.638/07 é retratado que “A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa”.
A DFC fornece um resumo das mutações de caixa com relação a três importantes áreas da empresa sendo: atividades operacionais, atividades de investimentos e atividades de financiamentos. A DFC permite ao empresário ver as alterações das disponibilidades do período, quais contas foram responsáveis por esta alteração e qual foi o resultado obtido com cada atividade deste fluxo.
O objetivo da DFC é demonstrar as alterações ocorridas na conta disponível da organização e tem a finalidade de auxiliar o empresário sobre as entradas e saídas financeiras, visando à redução de gastos onerosos e desnecessários. Segundo a FIPECAFI (2010, p.565) “o objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período”.
Do ponto de vista lógico, uma empresa que apresenta constantes resultados negativos, a primeira decisão a tomar pelos gestores é a redução de gastos, mas para o uso correto da redução de gastos se faz preciso apresentar a presença ou continuidade de cada gasto comparando com a qualidade do valor desembolsado e para isso é indispensável o uso da DFC. Na maioria das empresas, principalmente nas pequenas, o uso e compreensão da DFC são quase inexistentes, pois os gestores da mesma pouco conhecem sobre essa prática sendo um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.
Prosseguindo a abordagem, outro cenário em que a DFC tem importância é a gestão pessoal e motivacional da empresa e do empresário. O uso da DFC está interligado a fatores de motivação do individuo, visando pesquisar as entradas e saídas ocorridas para que se possam avaliar a finalidade destas saídas e a questão do custo-benefício sobre cada tipo de gasto/investimento. A pessoa para sair deste estado de escassez financeira precisa querer sair e depois viabilizar como está sua situação atual para que possam ser tomadas as decisões mais cabíveis mediante a este estado. Mediante aos conceitos motivacionais e pessoais no âmbito das demonstrações e gestão financeira, WINGET retrata que “Para prosperar de verdade, deve-se gastar menos dinheiro e ganhar mais dinheiro - não basta fazer uma dessas coisas.” (2009, p. 71)
Com esta abordagem, outro fator de grande relevância para a uma boa gestão dos gastos pessoais e aprender que não se devem culpar outros pelo seu insucesso, caso queira mudar a sua situação atual deverá aprender a assumir a culpa e avaliar os gastos e tentar se reorganizar. A melhor forma de prosperar a aprender a lidar com si mesmo e confiar nas suas atitudes, desde que sejam bem pensadas, para que possa enriquecer, mas quando enriquecer não se pode abusar ou parar de administrar, pois todos os bons resultados podem se extinguir em pouco tempo. Com base nestes conceitos motivacionais e pessoais retratados, WINGET diz ao empresário que quer mudar a sua situação atual que “saiba as mudanças que você pode fazer e que terão um impacto enorme sobre o seu futuro financeiro. Se você fizer essas coisas, garanto que prosperará!” (2009, p. 101)
Portanto, a demonstração do fluxo de caixa é um instrumento indispensável para a sobrevivência da empresa no mercado, ou seja, uma ferramenta norteadora e explicativa sobre as mutações das contas de disponibilidades da organização, através do gerenciamento das entradas e saídas de caixa sendo entendido como a base para todo planejamento e posterior tomada de decisão. Também é visto que este processo pode ocorrer em vários âmbitos do cenário empresarial, como gestão de custos, gestão de despesas, controle de caixa e conceitos primordiais como sobre a ciência contábil e das demonstrações contábeis. A DFC é um mecanismo novo, pois foi instituído com a lei 11.638/07 e é utilizado pelos os empresários que sonham com o sucesso apoiado em um planejamento bem detalhado sobre as entradas e saídas da organização mediante ao setor financeiro, ajustado a viabilidade da empresa e avaliação dos gastos e investimentos.

A Importância da Gestão Estratégica para Empresas de Pequeno Porte

Uma ferramenta de mudança

A gestão estratégica é hoje um dos principais desafios de gestores em todas as organizações. O mercado está cada vez mais imprevisível e competitivo, aumentando a necessidade de um gerenciamento com foco numa gestão estratégica contínua. Para todo gestor que realmente deseja tornar-se um executivo de sucesso, é preciso começar a entender melhor como funciona a gestão estratégica, especialmente para o desenvolvimento das empresas de pequeno porte.
Vive-se num tempo de constante evolução, logo, as empresas não conseguem sobreviver no tão complexo mercado competitivo e globalizado, quando somente alguns dos gestores estão envolvidos na elaboração e implementação de estratégias. Para o desenvolvimento de qualquer organização, todos devem estar envolvidos no processo: gestores e colaboradores precisam entender a importância de conhecer e perceber a gestão estratégica como uma ferramenta de mudança com a finalidade de garantir o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações no mercado.

Em busca do caminho certo

O artigo em questão visa contribuir para um maior entendimento sobre a importância da gestão estratégica para empresas de pequeno porte, através de um levantamento teórico e relevante que aponta para a necessidade desse monitoramento contínuo da gestão para buscar o desenvolvimento e sobrevivência das organizações em questão.
Para identificar e classificar uma empresa de pequeno porte, é necessário compreender informações que são de grande importância para todos que desejam abrir uma empresa ou saber onde se encaixa sua organização.
As Microempresas (ME) são as empresas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240 mil, enquanto as Empresas de Pequeno Porte (EPP) são aquelas com receita bruta anual superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2,4 milhões. (PORTAL NEWTON FREITAS)
Segundo o Portal Newton Freitas:
O Brasil conta com 4.918.370 empresas em atividade em 2002 (93,6%, micro; 5,6%, pequena; 0,5%, média; e 0,3%, grande), 99,2% das quais compõem o conjunto das micro e pequenas empresas. As microempresas empregam 36,2% das pessoas empregadas em empresas formais; as pequenas empresas, 21,0%; as médias empresas, 9,8%; e a grandes, 33,0% (Jornal do Senado, Brasília: Senado Federal, 13 nov. 2006, p. 4).
De acordo com a Veja (2004) “o ambiente para abrir, tocar e fechar empresas no Brasil é um dos mais sufocantes entre mais de uma centena de países pesquisados pelo Banco Mundial. Essa cultura antenegócios constitui um dos maiores entraves ao crescimento econômico do país.”
A gestão estratégica é um dos grandes desafios de gestores e empreendedores em todas as organizações. O espaço no mercado está cada vez mais competitivo por conta dos inúmeros e imprevisíveis fatores que atuam diariamente sobre ele, aumentando a necessidade de um gerenciamento com direcionamento em gestão estratégica contínua para sucesso dos negócios.
Segundo Tavares (2005, p. 50), esse conjunto de mutações tem incitado o pensamento sobre os formatos organizacionais mais sensíveis e adaptáveis. De maneira bem simples, pode-se dizer que a responsabilidade maior das empresas que adotam a gestão estratégica é desenvolver a capacidade de aprendizado envolvendo toda a organização.
Tavares (2005) complementa que a forma de construir o futuro depende das ações que se ampliam no presente. A gestão estratégica é, desse modo, uma referência. Serve para avaliar o presente e o futuro da empresa.
Para Kotler (1998) a organização de uma empresa incide de sua estrutura, política e cultural, que tendem a tornarem-se ultrapassados em um ambiente de negócios de mudanças simultâneas. Percebe-se que, enquanto a estrutura e as políticas podem ser mudadas com grandes dificuldades, é muito difícil isso ocorrer com a cultura da empresa. Contudo, mudar a cultura de uma empresa é, repetidamente, a chave para programar uma nova estratégia bem-sucedida para as organizações.
“A finalidade das estratégias é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas e ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos, metas e desafios estabelecidos.” (OLIVEIRA, 2007, p. 177).
Entrando no mérito da história, de acordo com Oliveira (2007, p. 177 apud STEINER, 1969, p. 237):
A palavra estratégia significa, literalmente, “arte do general”, derivando-se da palavra grega strategos, que significa, estritamente, general. Estratégia, na Grécia Antiga, significa aquilo que o general fez… Antes de Napoleão, estratégia significava a arte e a ciência de conduzir forças militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota. Na época de Napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos visando a melhores mudanças para vitória militar
Algumas pessoas confundem a Gestão Estratégica com o Planejamento Estratégico. Para melhor compreensão veremos agora suas definições e conceitos.
O Portal da Administração (2009) mostra que existe uma grande diferença entre Gestão Estratégica e Planejamento Estratégico. O Planejamento Estratégico é um método gerencial que diz respeito à elaboração de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua efetivação, levando em conta as condições internas e externas da organização e sua evolução esperada. Já a Gestão Estratégica é uma técnica de acrescentar novas informações de reflexão e ação ordenada e continuada, a fim de analisar a posição, elaborar projetos de modificações estratégicas e acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Tudo isso é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas da empresa.
Existe hoje uma ferramenta chamada “Balanced Scorecard, criada por Robert Kaplan, professor de Harvard, e David Norton, consultor de empresas, no início da década de 90 é atualmente, um dos conceitos mais utilizados na gestão estratégica.” (3GEM GESTÃO ESTRATÉGICA 2005, P.4)
De acordo com a 3GEM Gestão Estratégica (2005) o BSC, por obter sua disposição a tradução da estratégia com os grandes objetivos da empresa, apontadores de desempenho, metas de longo prazo e projetos, tem sido implementado por empresas em todo o mundo, apoiando todo esse processo junto aos objetivos organizacionais.
Em resumo, a utilização do BSC na criação de um processo efetivo de gestão estratégica deve considerar levantamentos como:
• Entendimento, por todos, da estratégia e da visão de futuro da organização;
• Definição de responsabilidade pela estratégia, em todos os níveis da organização;
• Acompanhamento da implementação da estratégia;
• Análises sistemáticas acerca da implementação da estratégia e do alcance da visão de futuro;
• Comunicação sistemática da implementação da estratégia e das decisões tomadas;
• Realimentação do processo de concepção da estratégia com o aprendizado adquirido durante as etapas de gerenciamento da implantação da estratégia.
Desse modo, além de garantir análise contínua do desempenho estratégico da organização, a gestão estratégica fecha o ciclo entre o desenvolvimento de uma boa estratégia e sua ativa implementação.
Ao defender a importância da gestão estratégica para desenvolvimento das empresas de pequeno porte Rampersad (2008) afirma que quando esse processo ocorre, toda empresa aprende e passa por transformações comportamentais, uma mudança organizacional. Isso se reflete o comportamento da empresa. Esse método se aplica também ao conhecimento. É preciso aperfeiçoar o autoconhecimento antes que se possa adquirir o conhecimento do mundo.
Por isso é de máxima importância para todo gestor, e nesse caso principalmente para o gestor de empresas de pequeno porte, o conhecimento e aplicação da gestão estratégica contínua para que o seu negócio tenha um desenvolvimento de forma monitorada no competitivo mercado que nos encontramos hoje.